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Opinião | Investimento de US$ 6,6 bi na OpenAI coloca IA como obrigação para sucesso de empresas no mercado

Empresa de Sam Altman já é uma das companhias privadas mais valiosas do mundo e ressalta que sem IA será impossível ter êxito nos negócios daqui para frente

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Foto do author Mauricio Benvenutti

A OpenAI, criadora do ChatGPT, levantou na semana passada um investimento de US$ 6,6 bilhões e vale agora US$ 157 bilhões, quase o dobro do que valia no início do ano. Essa foi a maior rodada de venture capital de todos os tempos.

Agora, a companhia de Sam Altman já vale mais que 87% das organizações do S&P 500. Isso a coloca entre as empresas privadas mais valiosas do mundo, junto com SpaceX e ByteDance, dona do TikTok.

Empresa de Sam Altman já é uma das companhias privadas mais valiosas do mundo Foto: Jason Redmond/AFP

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Em 2023, estima-se que o custo para operar só o ChatGPT foi de aproximadamente US$ 700 mil por dia. Esse é o preço que se paga para treinar grandes modelos de inteligência artificial (IA) como o GPT-4, que possui 1.8 trilhão de parâmetros. No total, a empresa já gastou mais de US$ 7 bilhões com treinamento dos seus algoritmos e US$ 1,5 bilhão com sua equipe, que expandiu de 700 para mais de 1,7 mil funcionários em apenas 9 meses.

O ChatGPT tem mais de 250 milhões de usuários ativos por semana e 11 milhões de assinantes mensais, sendo a sua curva de adoção uma das mais rápidas da história da internet: em 5 dias atingiu 1 milhão de usuários, em 2 meses atingiu 100 milhões. Só o Threads de Mark Zuckerberg foi mais veloz do que isso. Como comparação, o TikTok levou 9 meses para atingir os mesmos 100 milhões de usuários, enquanto o Instagram levou 2,5 anos.

Voltando à captação recorde, podemos tirar três conclusões. Primeiro, que o tamanho desse investimento reforça a crença da indústria de tecnologia sobre o poder da IA e o apetite pelo desenvolvimento extremamente custoso que impulsiona os seus avanços. Segundo, que uma série de outros negócios surgiram para competir com a OpenAI nos últimos anos, incluindo vários fundados por ex-funcionários da OpenAI, como Anthropic e Safe Superintelligence. Há ainda uma intensa competição com empresas maiores, que possuem recursos vastos, como Google e Amazon, que também desenvolvem as suas próprias IAs. Isso significa que Sam Altman precisará de cada centavo desse cheque para manter sua liderança. Por fim, se a OpenAI – fundada em 2015 como uma organização sem fins lucrativos – passar a visar lucros, como está sendo considerado pelo conselho da empresa, isso poderá atrair ainda mais capital à companhia.

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As IAs generativas são, de fato, uma inovação transformadora, comparável aos PCs e smartphones. Com potencial de aumentar drasticamente a produtividade e impactar quase todas as profissões, há quem diga que o mundo caminha para existirem somente dois tipos de empresas: as que são boas em IA e o resto.

Opinião por Mauricio Benvenutti

Sócio da plataforma para startups Startse

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