Enquanto em empresas e salas de aula as apresentações em Power Point são garantia de tédio, durante uma Pecha Kucha Night o programa da Microsoft pode ser um instrumento de arte. Ou não. Depende de quem escolhe os slides. "Dá para mostrar o roteiro de um filme, explicar uma tese ou apresentar o portfólio", explica o coordenador do Itaulab e promotor da primeira noite em São Paulo, Guilherme Kujawski. Uma regra simples evita a chatice: os participantes podem mostrar até 20 imagens, com 20 segundos para cada. A duração máxima é de 6 minutos e 40 segundos. A idéia nasceu num escritório de arquitetura no Japão em 2003 e está hoje em mais de 100 cidades do mundo. "Além de ser uma crítica às apresentações que se arrastam inutilmente durante horas, é ainda o espaço de uma construção narrativa dinâmica", diz Kujawski. Em 2007, Porto Alegre foi a primeira cidade do País a sediar uma Pecha Kucha Night. "Até pirotecnia foi usada para compor os discursos", conta o escritor Paulo Scott, responsável pelo evento na capital gaúcha, junto com o jornalista gaúcho André Czarnobai, o Cardoso.
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