Nos últimos anos, a Motorola caiu nas graças dos brasileiros por uma razão: fazer smartphonescom bom custo benefício. Nomes como Moto G, Moto X e Moto Z ajudaram a popularizar, por aqui, funções que estavam acessíveis apenas em celulares de alto padrão: como o 4G, no início da década, ou câmeras de lente dupla/tripla. A proposta fez a Motorola ganhar espaço no mercado local e assumir a vice-liderança, ficando atrás da Samsung. Faltavam, porém, aparelhos de alto padrão. Agora não mais: nesta quinta-feira, 2, a empresa lança no País sua nova linha de smartphones premium, a Motorola Edge.
Por enquanto, a linha terá dois aparelhos: o Edge e o Edge+. Aqui, o Edge+ vai custar R$ 8 mil; já o Edge sairá por R$ 5,5 mil. Ambos trazem baterias parrudas, sistema de som otimizado, conjunto de câmeras com quatro lentes e até mesmo conectividade 5G – algo que ainda está longe de estar disponível no Brasil.
Por aqui, a empresa diz que os aparelhos estão prontos para serem usados com a nova tecnologia de conexão, que só deve ser implementada de forma ampla e comercial no País no ano que vem. Enquanto isso, quem comprar um Motorola Edge e for cliente da Claro poderá testar o 5G, em uma funcionalidade desenvolvida pela Ericsson, que usará as faixas de frequência do 4G para trafegar na velocidade do 5G. A inovação, porém, não deve aproveitar outras vantagens do 5G, como a redução de latência e demandará que o consumidor tenha um chip preparado para isso – algo que, até o momento, a operadora não explicou como vai acontecer.
Além disso, os aparelhos trazem design arrojado, com tela infinita e curva nas bordas, e processadores de ponta – o Edge+, por exemplo, é equipado com o Snapdragon 865, usado também pela Samsung no Galaxy S20. Outra característica que ajudou a Motorola a ganhar espaço no mercado nos últimos anos – a preferência por não modificar o sistema Android, no que muita gente chama de “Android puro” – também estará presente nos dois novos aparelhos.
“É importante ter um portfólio com aparelhos em todas as faixas e ouvíamos muito dos consumidores o pedido para ter um celular topo de linha. Trabalhamos com força nesse sentido”, afirmou Thiago Masuchette, gerente de produtos da Motorola no Brasil, em sessão realizada quando o aparelho foi lançado no exterior. Segundo ele, os dois aparelhos terão produção na fábrica da empresa em Jaguariúna, no interior paulista. Nos EUA, o Motorola Edge+ custa US$ 999. Já o Motorola Edge sai por US$ 700 lá fora.
Motorola Edge+ tem câmera poderosa
Com tela de 6,7 polegadas, o Motorola Edge+ é o irmão mais caro e robusto da dupla de aparelhos premium da Motorola. O smartphone traz processador Snapdragon 865, bem como 12 GB de memória RAM e um conjunto de lentes tripla, com direito a uma lente de 108 MP, combinada a uma grande angular de 16 MP e uma teleobjetiva de 8 MP. A câmera frontal tem 25 MP e o aparelho tem entrada para fones de ouvido, algo raro em celulares premium.
Já a bateria tem 5.000 mAh (miliAmpére/hora), uma das maiores do mercado – e que a Motorola promete que será capaz de durar por até dois dias. O armazenamento interno é de 256 GB.
Motorola Edge é menos robusto, mas interessante
Já o Motorola Edge traz especificações um pouco mais simples, mas ainda bem interessantes. O processador é um Snapdragon 765, com 6 GB de memória RAM. Também tem tela de 6,7 polegadas, conectividade 5G e um conjunto de câmera tripla na parte traseira – sendo que a única diferença é uma lente de 64 MP, contra a de 108 MP do Edge+. A câmera frontal também tem 25 MP e há entrada de fone de ouvido.
Já a bateria é de 4.500 mAh, que a Motorola também promete que é capaz de durar até dois dias. O armazenamento interno é de 128 GB, com opção de expansão com cartão de memória.
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