Os fãs brasileiros de games acordaram com uma esperança diferente nesta terça-feira, 26: após quase três anos longe do Brasil, a fabricante de videogames Nintendo atualizou seu site oficial para o País.
Antes apenas uma página que redirecionava para o site norte-americano da empresa, agora o endereço tem uma saudação aos consumidores. "Obrigado por visitar a Nintendo Brasil. Que bom ter você por aqui", diz o texto do site, que só contém links para serviços no exterior e para a loja virtual do Nintendo 3DS, único serviço que a empresa manteve funcionando no País desde janeiro de 2015, quando decidiu encerrar sua operação local.
É cedo ainda para dizer que a empresa pode voltar a vender seus produtos de forma oficial por aqui. No entanto, não seria surpreendente. Quando saiu, em 2015, a japonesa amargava uma de suas piores crises com o fracasso de vendas do Wii U - e fechar a operação brasileira, que não tinha grande desempenho, parecia um passo óbvio para cortar custos.
Agora, porém, com o sucesso do Nintendo Switch, a Nintendo se vê em um grande momento, e é bastante possível que a companhia decida retornar - afinal, o mercado brasileiro de games é o maior da América Latina e movimenta mais de US$ 1 bilhão ao ano, segundo dados da consultoria Newzoo.
Para os fãs, a volta da empresa ao País significaria a volta de serviços de assistência técnica e garantia para os novos produtos da empresa, e a esperança de preços mais baixos - hoje, quem quer ter um Nintendo Switch tem de pagar pelo menos R$ 1,5 mil no varejo informal em São Paulo. Já os jogos em formato físico para o console custam pelo menos R$ 250. (No formato digital, eles saem por volta de R$ 200, mas é preciso ter cartão de crédito internacional e uma conta em uma Nintendo eShop estrangeira). Também ajudaria os estúdios brasileiros interessados em criar games para o console.
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