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Telemar, Telefônica e BrT vão lançar novo serviço de IPTV

Mesmo sem mudança da lei, companhias telefônicas preparam transmissão de programas de vídeo pela internet ainda este ano

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Por Agencia Estado
Atualização:

Mesmo sem mudança na lei que regula as transmissões de tevê, as operadoras de telefonia já preparam sua entrada no mercado televisivo. Telemar, Telefônica e Brasil Telecom (BrT) têm planos para lançar serviços de TV com transmissão por linha telefônica. A princípio, a oferta de serviços deverá ser limitada por causa da lei. A Telefônica quer oferecer, ainda neste ano, serviços de IPTV no Estado de São Paulo. A BrT até marcou data para estrear o serviço: em setembro, a empresa vai lançar um projeto piloto com 300 clientes. Já os planos da Telemar são para o primeiro semestre de 2007. "Com o IPTV, teremos na TV toda a interatividade da internet, ou seja, o número de canais passa a ser ilimitado e ela terá funcionalidades como um DVD, como dar pause ou pular um comercial", diz Alberto Blanco, diretor de novos negócios da Telemar. "Um telespectador que gosta da novela das seis, poderá aproveitar os recursos para assisti-la às 11 horas da noite", continua Blanco. "É lógico que tudo será acordado entre nós e as fornecedoras de conteúdo. Mas, do ponto de vista tecnológico, já podemos fazer isso." A operadora de TV a cabo Net coloca em dúvida a viabilidade do serviço a curto prazo. "Ainda não conseguimos transmitir IPTV com a velocidade e a qualidade que queremos", afirma o presidente da empresa, Francisco Valim. Para ele, a televisão sempre terá a necessidade do conteúdo ao vivo, mas outros negócios podem surgir, como programas sob demanda, principalmente na área de entretenimento. "Filmes e seriados poderão ser comprados e isso terá um valor agregado, mas todo mundo quer ver noticiário e jogos ao vivo." Outra operadora de TV a cabo, a TVA, tem realizado testes de IPTV. A companhia diz, em nota, que "há grandes desafios para as empresas lançarem este serviço". Entre eles estão a regulamentação do setor, a baixa penetração de internet de banda larga e a falta de provedores de conteúdos. Mesmo com todas as dificuldades e disputas envolvendo a IPTV, as empresas de tecnologia apostam no novo sistema. Com a necessidade de convergência cada vez maior entre dados, imagens e voz, os fabricantes de softwares estão trabalhando em ritmo acelerado para desenvolver os serviços próprios para a IPTV. Em 2005, a Cisco, uma das maiores empresas do mundo de tecnologia, adquiriu por US$ 6,9 bilhões a Scientific-Atlanta, especializada em softwares para uso de imagens na internet. Na semana passada, o presidente da empresa, Bob McIntyre, esteve no País para mostrar que a tecnologia para os novos serviços já está disponível. "Estou encontrando todos os possíveis clientes e passando a mensagem de que temos as soluções de vídeo, dados e voz, tudo no plano da banda larga", disse McIntyre. Para ele, a IPTV terá mercado maior que a TV a cabo, pois o número de assinantes de banda larga cresce no mundo todo - no Brasil, entre 2004 e 2005, o crescimento foi de 73%. Em outras regiões do mundo, ele conta que os projetos começaram a sair do papel. "Cada cliente está num estágio e precisa de soluções próprias. Nos EUA, estamos com a AT&T. Na Europa, com Deutsche Telecom."

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