A Toshiba afirmou que uma de suas linhas de montagem no Japão, que fabrica pequenos displays de cristal líquido (LCD) ficará fechada durante um mês, e a fabricante de PCs Lenovo demonstrou preocupações a respeito de componentes, enfatizando a ameaça às cadeias de fornecimento provocada pelo terremoto do Japão.
Os fechamentos de fábricas da Toshiba e da Hitachi são apenas os últimos de uma série de casos semelhantes em outras companhias japonesas após o terremoto acompanhado de tsunami e da crise nuclear, que ameaçam o fornecimento de toda sorte de componentes à indústria mundial, desde semicondutores a peças de carros.
As fábricas da Toshiba abastecem a indústria de telefones celulares e montadoras de carro com paineis de aparelhos de navegação. Suas duas fábricas, incluindo outra localizada no Japão que não foi afetada, respondem por cerca de 5 por cento do mercado mundial de pequenos LCDs, afirmou Damian Thong, analista da Macquarie Capital Securities, no Japão.
A fabricante de chips Maxim Integrated Products e a Lenovo, a quarta maior marca de PCs do mundo, também fazem parte da lista de empresas de vários setores que alertam para as interrupções na produção.
“No curto prazo não haverá muito impacto. Estamos mais preocupados com o impacto no próximo trimestre”, afirmou o presidente-executivo da empresa, Yang Yuanqing, a jornalistas de Xangai nesta quinta-feira.
Mesmo se as fabricantes de PC como a Lenovo quisessem encontrar fornecedores em outros países, é questionável se eles teriam capacidade para atender a demanda.
/ REUTERS
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.