YouTube retira do ar canais de grupos supremacistas

Segundo um porta-voz da empresa, mais de 25.000 canais foram encerrados por violar regras sobre discurso de ódio

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Por Redação
Atualização:

SÃO FRANCISCO - O YouTube removeu de seu serviço canais de grupos supremacistas por violarem "repetidamente" suas regras, por exemplo, alegando que certos indivíduos são inferiores a outros, informou nesta segunda-feira (29) a plataforma de vídeo do Google.

A lista de canais removidos inclui a de David Duke, conhecido por ter sido o líder da Ku Klux Klan; o canal do líder alternativo de direita Stefan Molyneux; os canais NPI/RADIX e rpspencer, criados por Richard Spencer, um militante neonazista; e o canal supremacista branco American Renaissance e seu canal de podcast AmRenPodcasts. 

Redes sociais se tornaram alvo de críticas por tolerarem conteúdo que incitaa violência contra pessoas Foto: Chris Ratcliff/ Bloomberg News

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"Depois de atualizar nossos regulamentos para resolver melhor a questão do conteúdo supremacista, vimos um aumento de 5 vezes no número de vídeos removidos e encerramos mais de 25.000 canais por violar nossas regras sobre discurso de ódio", disse um porta-voz da empresa. 

O assassinato, no final de maio, do afro-americano George Floyd, nas mãos de um policial branco, provocou um enorme movimento contra o racismo, que obrigou empresas e instituições a reverem suas políticas, com as redes sociais convertidas mais do que nunca em alvo de críticas por tolerar conteúdo que incite a violência contra pessoas. 

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O YouTube enfatizou, no entanto, que sua luta contra os supremacistas começou há um ano. 

A plataforma decidiu na época proibir "qualquer vídeo que afirme que um grupo é a outro para justificar discriminação, segregação ou exclusão, com base em atributos como idade, sexo, origem, classe social, religião, orientação sexual ou status de veterano", de acordo com seus regulamentos. 

Em caso de violação, e como medida de aviso, o YouTube pode retirar direitos dos responsáveis pelo canal, como a possibilidade de obter lucros com publicidade./AFP

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