Creator economy e retail media se integram e crescem em 2025

A segunda parte da análise de tendências para a indústria de comunicação em 2025 destaca a força do marketing de influência, embora o público demande mais transparência e informação

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Foto do author Igor Ribeiro
Por Igor Ribeiro

Leia aqui a parte 1 e a parte 3 da análise

Parte 2: influência proprietária

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O poder do varejo como mídia

O marketing que se utiliza de canais proprietários dos varejistas – como retail media e live commerce – ainda não é uma estratégia central, mas é das que vêm mais crescendo nos planos de mídia de CMOs. Segundo estudos da DMexco, são modalidades cada vez mais relevantes e, portanto, mais elaboradas e profissionais. Depois de social media (74%) e influencer marketing (47%), é onde os líderes do setor mais planejam investir (28%).

O investimento em retail media cresceu mais de 42% no Brasil em 2024, evidenciando a necessidade de mais do que uma simples adaptação. É crucial uma orientação estratégica baseada em um profundo entendimento de suas potencialidades, bem como de suas necessidades estruturais

Beto Sirotsky, co-CEO da BPool

O Media Trends & Predictions da Kantar Ibope Media atesta esse crescimento no próximo ciclo. Retail media é o canal de crescimento mais rápido, com expectativa de dobrar sua participação para 14,3% até 2026.

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O marketing deve entender cada canal de retail como uma ferramenta eficiente de construção de jornada de relacionamento com o seu consumidor. Há mercados onde esse investimento já ultrapassa a TV aberta e isso é reflexo da quantidade de varejos que estão priorizando seus canais digitais de venda e comercializando sua first party data

Silvia Visani, head of data intelligence e consumer insights da Dentsu

Marketing de influência seguirá fortalecido, mas consumidores exigem mais transparência e informações na relação com marcas e creators Foto: Adobe Stock

Qualidade e informação na creator economy

A Goldman Sachs estima que a creator economy passará de um mercado de US$ 250 bilhões em 2024 para US$ 480 bilhões até 2027. Não há mais dúvidas, portanto, de que marketing de influência é um ponto estabelecido e consistente na relação com o consumidor. Mas os dados indicam que ainda essa sinergia ainda pode melhorar bastante.

Um estudo da Intersect PR Latam apontou que 37,7% dos entrevistados confiam em publicações de influenciadores que são patrocinadas – em 2022, essa fatia era de 58,1%. Mas é a vida real que ainda tem mais importância: ao serem questionados sobre equilíbrio entre experiências on e off-line, 42% dos entrevistados pela Accenture LifeTrends disseram que na semana anterior o que mais lhes deu prazer foi alguma atividade na vida real, enquanto 15% citaram algo que fizeram no mundo digital.

A tendência de forte crescimento de live commerce no Brasil é impulsionada pelo alto engajamento das pessoas nas redes sociais e pela conexão significativa com influenciadores. As novas tecnologias vêm permitindo uma jornada de compra cada vez mais integrada e fluida, atraindo um número crescente de consumidores

Beto Sirotsky, co-CEO da BPool

As empresas podem e devem se beneficiar dessa preferência por meio de conteúdos de qualidade e informativos. O estudo da Accenture também aponta que 68,2% das pessoas engajariam mais com marcas que produzissem publicações educativas por meio de vídeos e blogs. Segundo a Intersect PR, 33,8% das pessoas buscam informações sobre finanças nas redes sociais uma vez ou mais por mês – entre consumidores de 16 a 24 anos, esse número sobe para 44%.

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Consumidores têm acesso a muita informação enquanto tentam achar online as diferentes partes daquilo que precisam. Eles querem ter uma relação mais direta, honesta e confiável com marcas e produtos, sendo que o processo para encontrar aquilo que lhes falta seja mais fácil e menos condescendente

Paula Goñi, consultora sênior da Euromonitor

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