Instituto de Física pede fim de núcleo paranormal da UnB

Criado há 20 anos com a justificativa de estudar fenômenos paranormais, Nefp é acusado de nunca ter cumprido sua função

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O Instituto de Física da Universidade de Brasília (UnB) pediu ao Conselho Universitário a extinção do Núcleo de Estudos de Fenômenos Paranormais (Nefp). Criado há 20 anos com a justificativa de fazer pesquisa acadêmica sobre paranormalidade, é acusado de nunca ter cumprido a função. "O pretexto da pesquisa não passa de fachada para acobertar a crendice", criticou o diretor do Instituto de Física, Geraldo Magela e Silva. O pleito é antigo, mas ganhou força recentemente com a prisão da vidente Rosa Maria Jaques e do marido dela, João Tocchetto, acusados de terem armado uma farsa para atrapalhar a investigação do assassinato do ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral José Guilherme Villela. A vidente tem certificado de instrutora de um curso de paranormalidade promovido pelo Nefp em 2001. Desde então, ela faz consultorias até mesmo em investigações policiais. Villela, sua mulher e a empregada foram mortos com 73 facadas, em casa, em 2009. Rosa se apresentou à polícia dizendo ter informações, recebidas do além, que levariam ao esclarecimento do crime. Suas "revelações" levaram à prisão de três suspeitos - na casa deles foi achada uma chave da residência do casal. A polícia descobriu que a chave havia sido colocada no local para incriminar os suspeitos, que acabaram soltos por falta de provas."A todo instante somos surpreendidos com problemas, alguns eivados de marginalidade, como esse", criticou o físico Geraldo Magela e Silva.

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