Cadbury e Kraft são duas grandes competidoras não apenas no mercado americano, mas também no Brasil. A Cadbury é dona de 70% das vendas de goma de mascar no País, graças a produtos como Trident, Bubbaloo e Chiclets. A marca mais vendida é a Trident. A empresa é ainda dona da marca Halls, referência no mercado de balas.A Kraft também tem participações expressivas no País. Exibe 36,4% de participação nas vendas de chocolates (a liderança é da Nestlé), 11,5% nas de biscoito, 46,7% em bebidas em pó (refresco) e 34% em sobremesas, segundo dados do Instituto Nielsen. Entre as principais marcas estão a Lacta (com chocolates como Bis e Diamante Negro), Club Social, Trakinas, Tang e Royal (gelatinas). Apesar disso, caso o negócio entre as duas seja concretizado e se o portfólio atual for mantido, não deve haver sobreposição de produtos. "O mercado nacional tem crescido muito e os investimentos, aumentado ano a ano. Não teria porque qualquer empresa estabelecida no Brasil, seja lá por qual motivo, optar por encolher a operação", analisa Getúlio Ursulino Netto, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Chocolate, Cacau, Balas e Derivados (Abicab).Atualmente, segundo Ursulino, o País ocupa o quarto lugar no ranking mundial de consumo de balas e chocolates e conta com 85 empresas. O consumo per capita é baixo. Dos 180 milhões de habitantes, 85 milhões são consumidores regulares e 50 milhões, eventuais. Ou seja, ainda há 45 milhões que não compram nem uma bala.Em 2009, a Kraft anunciou a construção de uma fábrica em Vitória de Santo Antão (PE). Hoje, emprega cerca de 7 mil pessoas nas 4 fábricas no País. Em 2008, faturou R$ 4 bilhões. A Cadbury faturou R$ 1 bilhão e tem crescido 15% ao ano. Tem 2.300 empregados e uma fábrica em Bauru (SP).
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