A maior parte dos laboratórios utiliza ovos fecundados de galinha no processo de produção da vacina contra a gripe. Vírus atenuados da doença são injetados dentro dos ovos, que funcionam como meios de cultivo para os micro-organismos. Eles infectam as células do embrião da ave.Em um processo com várias etapas, separam-se os vírus das substâncias do ovo. Os microrganismos são, então, misturados a uma solução fisiológica que contém um composto capaz de torná-lo inativo. A vacina está pronta.Quando a vacina é injetada no organismo humano, os fragmentos do vírus inativo acionam uma resposta do sistema imunológico que produz anticorpos contra o invasor. Se um verdadeiro vírus da gripe entrar no corpo, o sistema imunológico vai reconhecê-lo e produzir os anticorpos certos para destruí-lo antes de provocar a doença.Alguns laboratórios substituem os ovos por culturas de células. No Brasil, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) tenta adquirir a tecnologia, mas considera que isso só será possível dentro de alguns anos. Em tese, o novo método permitiria a produção de novas vacinas em menos tempo.Por enquanto, a única fábrica capaz de produzir a vacina na América Latina fica no Instituto Butantã, em São Paulo, mas ainda não está em funcionamento.O governador de São Paulo José Serra (PSDB) anunciou que o Butantã deve começar a produção da vacina em janeiro do próximo ano e entregará, até abril, 18 milhões de doses de imunizações contra a gripe suína.
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