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Vale define meta florestal ambiciosa para a década

O compromisso de recuperar e proteger 500 mil hectares até 2030 é uma das contribuições da empresa para combater o aquecimento global, rumo ao objetivo de se tornar carbono neutra

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Por Vale
9 min de leitura
Divulgação: Vale 

A Vale anunciou a meta de recuperar 100 mil hectares de florestas e contribuir para a proteção de outros 400 mil hectares até o final da década, o que representará um novo impulso às ações de conservação ambiental que a companhia já vem realizando. A nova meta florestal está integrada ao objetivo da Vale de se tornar carbono neutra até 2050.

Além de proteger a vegetação e a biodiversidade, contribuindo dessa forma para a redução das emissões brasileiras de gases causadores do efeito estufa, a Vale tem como diretriz o fomento de negócios com impactos socioambientais positivos, que possam gerar empregos e renda às comunidades. “Nossos projetos vão sempre conciliar a conservação do meio ambiente à melhoria da qualidade de vida, porque não podemos desconsiderar a presença das pessoas nesses territórios”, diz Patrícia Daros, diretora do Fundo Vale, responsável pela gestão dos projetos socioambientais da companhia.

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Um exemplo de iniciativa social que se transformou em negócio de impacto é o Café Apuí, marca orgânica “made in Amazônia”. O Fundo Vale já realizou diversos aportes ao projeto, desde 2012, totalizando mais de R$ 2 milhões. Esse apoio foi fundamental para que os 40 produtores se estruturassem, atraíssem o interesse de investidores privados e conseguissem aumentar em 300% sua renda média. O Apuí realizou recentemente as primeiras exportações, e a expectativa para os próximos três anos é multiplicar por cinco o número de produtores envolvidos.

Créditos qualificados

Projetos-piloto atrelados à nova meta florestal da Vale já recuperaram 1.053 hectares de áreas degradadas em seis estados – Pará, Bahia, São Paulo, Mato Grosso, Rondônia e Minas Gerais. Esses projetos envolveram três biomas – Amazônia, Mata Atlântica e Cerrado. “Testamos diferentes modelos de recuperação conciliando espécies nativas com outras atividades. Os resultados demonstraram a viabilidade técnica e comercial, e agora vamos dar escala a eles”, descreve Patrícia. A previsão até o final de 2021 é recuperar mais 5 mil hectares, o que envolverá um investimento de quase R$ 100 milhões e resultará na geração de 1.100 empregos diretos.

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Os projetos-piloto envolveram a aceleração de duas startups: a Belterra, com foco em sistemas agroflorestais, e a Caaporã, que fomenta sistemas silvipastoris, conciliando cadeias de produção animal com o cultivo de espécies vegetais nativas, a exemplo de cacau, baru e pupunha. Até o final do ano, a Vale vai acelerar mais cinco negócios de impacto, com atuação em sete estados.

“Associar o fortalecimento do ambiente de negócios com a recuperação de áreas degradadas é parte fundamental da nossa estratégia. É o que chamamos de ‘carbono de impacto’”, diz Patrícia. “Não queremos acessar quaisquer créditos de carbono para alcançar nossas metas, e sim aqueles que envolvam conservação, recuperação e melhoria nas condições de vida das comunidades.”

Foram testados diferentes modelos de conciliação das espécies nativas com outras atividades,que têm se mostrado viáveis.

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Mineradora acumula décadas de esforço pela proteção florestal

A nova meta florestal é mais um capítulo de uma longa tradição da Vale no tema

Divulgação: Vale 

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A nova meta ambiental da Vale se soma a uma longa tradição da companhia em proteção florestal – a Vale já ajuda a proteger quase 1 milhão de hectares de florestas. Destaca-se a parceria com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), envolvendo seis unidades de conservação que compõem a região conhecida como Mosaico de Carajás, no sudeste do Pará. São cerca de 800 mil hectares de floresta, área equivalente a mais de cinco vezes a cidade de São Paulo, com estoque de 490 milhões de toneladas de carbono equivalente. Do Mosaico de Carajás sai mais de 60% da produção de minério de ferro da Vale, mas as atividades da empresa ocupam cerca de 1,5% da região.

Combate à pandemia

O trabalho de proteção atrelado à nova meta ambiental já foi iniciado, por meio de parcerias com quatro Unidades de Conservação no Rio de Janeiro e no Espírito Santo, envolvendo quase 53 mil hectares. A previsão até o final do ano é ter mais 62 mil hectares protegidos.

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Todo o planejamento técnico desses projetos é coordenado pela equipe sediada na Reserva Natural Vale (RNV), área de 23 mil hectares da Mata Atlântica localizada ao norte do Espírito Santo. Oficialmente considerada como área dedicada à proteção e à pesquisa desde 1978, a RNV é referência internacional em trabalhos de recuperação de áreas por meio de espécies nativas, com estudos de longa duração.

Só na última década, a Vale investiu cerca de R$ 700 milhões em projetos de pesquisa e proteção na Amazônia Legal, região em que vivem 25 milhões de pessoas. Apenas pelo Fundo Vale, foram investidos R$ 135 milhões em 75 projetos, envolvendo organizações não governamentais (ONGs) e associações comunitárias.

Em 2020, boa parte dos esforços se voltaram a minimizar os efeitos econômicos da pandemia. Em parceria com o Fundo Conexsus, o Fundo Vale e outras instituições destinaram R$ 6,4 milhões em créditos para 10,5 mil produtores rurais e extrativistas de 82 associações e cooperativas do País, cujas áreas de atuação somam 32,6 mil hectares – um terço localizado na Amazônia Legal. Esses recursos foram fundamentais para viabilizar o escoamento da produção e gerar renda para as famílias durante a crise da covid-19.

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Os projetos de sustentabilidade da companhia também vêm amplamente ado­tando a inteligência artificial. Um exemplo é a parceria do Fundo Vale com a Microsoft e o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) para identificar áreas com risco de desmatamento, por meio de uma plataforma online que analisa mapas de satélite e variáveis como estradas ilegais. O objetivo é provocar uma ação preventiva nestas áreas antes que o desmatamento ocorra.

Outro objeti­vo é ajudar a reduzir em 15% as emissões dos fornecedores da Vale até 2035.

Tecnologias inovadoras geram ganho ambiental

Parte fundamental da busca da Vale pela redução da pegada de carbono é o desenvolvimento de processos mais limpos e eficientes em várias áreas

Divulgação: Vale 

A companhia tem investido em uma série de novas tecnologias que associam o ganho ambiental ao aumento de produtividade e à redução de custos. Em 2020, a Vale assumiu o compromisso de neutralizar suas emissões diretas e indiretas (escopos 1 e 2) até 2050. A estratégia está pautada em dois eixos complementares: redução de emissões por meio de soluções tecnológicas e compensação das emissões residuais, via Soluções Baseadas na Natureza, na qual se encaixa a meta florestal de recuperação e proteção de 500 mil hectares. Está em estudo também a compra de créditos de carbono.

Divulgação: Vale 

Até 2030, a empresa vai investir pelo menos US$ 2 bilhões para reduzir 33% de suas emissões de escopo 1 e 2. Além da implementação de soluções disruptivas, a empresa assumiu a meta de consumir 100% de eletricidade a partir de fontes renováveis em suas operações no Brasil em 2025 e, no mundo, em 2030. Atualmente, cerca de 90% da eletricidade consumida pela Vale globalmente vem de fontes renováveis.  E, para atender ao maior consumo futuro de eletricidade pela retomada da produção e eletrificação da matriz energética, a estruturação de projetos e parcerias para promoção de energia renovável é fundamental para  neutralização das emissões até 2050. A companhia anunciou ainda que pretende reduzir em 15% as emissões líquidas de sua cadeia de valor (escopo 3) até 2035, tendo como referência o ano de 2018. Isso representa um corte de aproximadamente 90 milhões de toneladas de gases do efeito estufa, o equivalente às emissões pelo uso de energia do Chile.

Paralelamente, a Vale desenvolve o Programa de Eficiência Energética, que, por meio de rotinas operacionais estruturadas e um sistema de coleta e gestão automatizadas de dados, confere assertividade e uniformidade às ações de forma global. Estão em avaliação 350 iniciativas, das quais 20 já foram implantadas e que resultaram, até o momento, na redução do consumo de 7,3 milhões de litros de diesel por ano, o equivalente ao corte de 20 mil toneladas de CO2 equivalente.

Uma das soluções tecnológicas já em teste é o primeiro mineraleiro de grande porte do mundo equipado com velas rotativas – um dos resultados do programa Ecoshipping, criado pela área de navegação da Vale para contribuir com as metas de redução das emissões de carbono pela companhia.

Com 325 mil toneladas de capacidade, a embarcação conta com cinco velas instaladas, o que permite um ganho de eficiência de até 8% e a consequente redução de 3,4 mil toneladas de CO2 equivalente por ano. As velas são rotores cilíndricos, com 4 metros de diâmetro e 24 metros de altura, equivalente a um prédio de sete andares. Durante a operação, os rotores giram em diferentes velocidades, adaptadas às condições ambientais e operacionais do navio, criando uma diferença de pressão que impulsiona o navio para a frente.

Se a eficiência projetada for confirmada, a tecnologia poderá ser rapidamente ampliada para 40% da frota da companhia, o que reduziria em quase 1,5% as emissões do transporte marítimo de minério de ferro.

Primeiro mineraleiro de grande porte do mundo equipado com 5 velas rotativas.

ITV, fábrica de conhecimentos científicos para a sustentabilidade

Os R$ 407 milhões investidos desde a criação do Instituto Tecnológico Vale, em 2010, já resultaram em mais de 530 trabalhos publicados

Divulgação: Vale 

Sediado em Belém, o Instituto Tecnológico Vale Desenvol-vimento Sustentável (ITV-DS, www.itv.org) é um centro de pesquisa multidisciplinar com 35 pesquisadores contratados e cerca de 90 bolsistas, que pesquisa os meios físicos, biológico e a socioeconomia nas áreas de estudo. O ITV faz o mapeamento das áreas de operação e de proteção ambiental por meio de imagens de satélite e até técnicas moleculares. Também desenvolveu ferramentas que auxiliam na identificação de áreas adequadas para a proteção ou recuperação. O ITV-DS produz estudos para a melhor quantificação de emissões de gases pela atividade industrial e captura de carbono pela floresta, além de avaliar cientificamente a recuperação de áreas degradadas e produção agrícola por meio de sistemas agroflorestais.

A pesquisa ajuda nos esforços de gerar uma bioeconomia com a floresta de pé, como o estudo do jaborandi, uma espécie ameaçada de extinção. Esta planta é a única fonte da pilocarpina, usada para o controle do glaucoma. Estudos genéticos da planta desvendam o mecanismo de síntese da pilocarpina e selecionam plantas adaptadas para a produção fora da floresta. “Decifrar as causas da maior produção da substância nos exemplares da floresta em comparação aos cultivados será a chave para obtê-la sem usar o estoque natural”, descreve o gerente do Conhecimento Científico do ITV-DS, Guilherme Oliveira.

Mapeamento genético

Além de proteger áreas nativas, devem-se conhecer e preservar as espécies ameaçadas. As pesquisas relacionadas ao jaborandi são parte de um grande projeto de mapeamento de espécies vegetais nas cangas de Carajás, trabalho que já envolveu 145 pesquisadores e fez o número de espécies conhecidas que habitam a região saltar de 200 para 1.100. As espécies também foram mapeadas geneticamente, por meio do uso de novas tecnologias baseadas em sequenciamento de DNA.  Outra iniciativa de grande relevância viabilizada pelo ITV-DS  é o projeto AmaZoomics, que decifrará o genoma de 29 espécies em parceria com o Parque Zoobotânico de Carajás e outras instituições no País e no exterior.  Em seis anos, o instituto conseguiu mapear 8 mil códigos genéticos de cerca de 4 mil espécimes de plantas e 700 invertebrados, transformando a Amazônia no único bioma brasileiro a ter uma biblioteca genética de referência.

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