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Cartas de leitores selecionadas pelo jornal O Estado de S. Paulo

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Por Fórum dos Leitores
8 min de leitura

Jair Bolsonaro

Caso das joias

Jair Bolsonaro será inocentado por excesso de provas, pois parece que faltam convicções aos investigadores dos crimes praticados. Se for condenado agora, será apenas pelo desvio de joias, ficando a responsabilidade pela morte de pelo menos 500 mil pessoas durante a pandemia de covid e a tentativa de golpe de Estado em segundo plano.

Adilson Roberto Gonçalves

Campinas

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Direita democrática

Concordo com o título do editorial do Estadão A direita democrática precisa negar Bolsonaro (9/7, A3), já que, no show de horrores ocorrido em Santa Catarina, durante evento com a presença de Jair Bolsonaro, na tal Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC), ficou evidente que o ex-presidente, mesmo com devastador nível de investigações nas costas por crimes praticados enquanto no poder, se mantém em alta. Ora, como a direita vai conseguir negar Bolsonaro se o atual presidente, Lula da Silva, perdido e sem rumo, se comporta do alto de suas ideias retrógradas fomentando também uma polarização insana como o “nós contra eles”, com a qual acaba dando fôlego e sendo o maior cabo eleitoral do ex-presidente? Com a precariedade da atual gestão, Bolsonaro, mesmo inelegível até 2030, poderá ser capaz de convencer os eleitores a elegerem quem ele bem entender. A saída, como alerta o editorial, é já iniciar movimentos que convençam o eleitorado de que não podemos continuar sucumbindo com governos tipo Lula ou Bolsonaro.

Paulo Panossian

São Carlos

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Governo Lula

Guerra na Ucrânia

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil condenou o ataque contra o maior hospital infantil da Ucrânia, em Kiev, mas não citou a Rússia. Lula da Silva, que costumeiramente defenestra o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, chamando-o de genocida pelos ataques na Faixa de Gaza, ficou calado em relação ao seu companheiro, o ditador Vladimir Putin.

J. A. Muller

Avaré

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Programa naval

Petrobras retoma programa naval (Estadão, 9/7, B9) Promessa: construir 25 navios ao custo de US$ 2,5 bilhões, em estimativa de hoje. Qualquer pessoa com um mínimo de bom senso sabe que isso é uma obsessão e uma utopia, como já foi demonstrado nos governos do PT. Lamentavelmente, a conta ficará para os contribuintes brasileiros. Uma pergunta que gostaria de saber a resposta: qual o preço do navio produzido no exterior? E qual o prazo para entrega?

Silvano Antônio Castro

São Paulo

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Verborragia

Gasolina a R$ 6,40, gás a R$ 120. E aí, Lula, vai continuar com a verborreia?

Artur Mendes

Campinas

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Revolução de 1932

Instituto de Engenharia

O levante armado desencadeado pelos paulistas pela redemocratização do País e por uma nova Constituição que mobilizou a população de São Paulo teve na classe dos engenheiros, tendo à frente o Instituto de Engenharia, um protagonismo relevante. Imediatamente após a eclosão do movimento inscreveram-se na secretaria do instituto 739 engenheiros e mais 367 auxiliares, não engenheiros, que se ofereceram para trabalhar pela causa constitucionalista. A ação dos engenheiros se estendeu por todos os ramos da atividade militar: nas linhas de combate, nas delegacias técnicas, na fabricação de armas e munições; em projetos e execuções de trincheiras, na reparação de estradas de rodagem, na destruição de pontes, nos serviços de transporte rodoviários e ferroviários, nas instalações de telégrafos e telefones, entre outros.

José Eduardo W. de A. Cavalcanti, membro do Conselho Deliberativo do Instituto de Engenharia

São Paulo

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Sala São Paulo

Nelson Dupré

Merecida homenagem à Sala São Paulo e à sua importância na cultura do Estado e do Brasil (Os 25 anos de uma revolução na música, 9/7, C6-C7). Mas sentimos falta de alguma menção ao gênio criativo do arquiteto Nelson Dupré e sua equipe, que nos anos 1990 fizeram possível essa magnífica obra. Desde os primeiros esboços até a conclusão do projeto, um exemplo de criatividade e elegância.

Eduardo Poccard

São Paulo

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Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

‘ABSURDO’

Totalmente desacreditada dos governos após gestão de Fernando Henrique Cardoso. Em vez de aumentar impostos, por que não cortar totalmente todos valores de vereadores, deputados, senadores e do presidente? Com regalias abusivas, estes deveriam ter apenas seus salários e trabalhar como todo trabalhador. Além disso, ainda temos estes valores imensos para ano eleitoral. Um absurdo. Estes políticos não sabem e não se importam realmente com os brasileiros.

Vera Ligia Giovana D Arienzo

São Paulo

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LULA DA SILVA

O língua frouxa Lula da Silva deu uma trégua nas críticas a Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central. Com isso, o dólar sofreu uma leve queda, a bolsa reagiu, mas o índice de inflação subiu, já que a Petrobras elevou os preços dos combustíveis e do gás de cozinha. Assim, a picanha e a cerveja continuam longe dos domingos dos mais pobres, apesar das benesses do governo e do Supremo Tribunal Federal (STF) aos irmãos Batista, os maiores exportadores de carne do mundo.

Jose Alcides Muller

Avaré

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9 DE JULHO

Por ocasião da comemoração dos 92 anos da histórica Revolução Constitucionalista – movimento armado iniciado em 9 de julho de 1932, liderado pelo Estado de São Paulo contra o autoritarismo do governo provisório do ditador Getúlio Vargas para exigir uma nova Constituição –, não poderia ser mais bem-vinda a notícia da assinatura do termo de cooperação da Sociedade de Veteranos de 32 (MMDC) com a subprefeitura da Sé para a gestão do Mirante 9 de Julho, localizado atrás do icônico prédio do Museu de Arte de São Paulo (Masp). O mirante inaugurado em 1938 como parte do Belvedere Trianon, ficou abandonado por mais de 70 anos, compondo com o Obelisco do Ibirapuera os principais símbolos paulistanos de 32. No local estarão, em exposição aberta ao público, capacetes de aço, granadas, munições, fardas, medalhas e documentos da época, bem como diplomas concedidos aos maiores doadores da Campanha do Ouro para o Bem de São Paulo, que arrecadou o metal com o qual foram adquiridos material bélico e munição para o movimento. Uma salva de vivas a 9 de Julho e à bravura e valentia dos paulistas representados por Miragaia, Martins, Dráusio e Camargo (MMDC). Viva São Paulo.

J. S. Decol

São Paulo

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CASO DAS JOIAS

Sabe quando eu vou acreditar que aquele montão de joias é presente de alguém, mesmo que de um rei saudita? Nem eu e nem a velhinha de Taubaté.

Sérgio Barbosa

Batatais

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‘GRAVIDADE INDISCUTÍVEL’

Desvio de R$ 6,8 milhões em joias. Difícil acreditar em fatos infelizmente comprovados e que são de gravidade indiscutível. “Quem nunca comeu melado quando come se lambuza”. Frase que lembra minha infância, mas ao que parece permanece atual.

Vera Bertolucci

São Paulo

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FALAS DESRESPEITOSAS

As semelhanças entre a dupla Lula & Bolsonaro – eternos candidatos à presidência do País – vão desde a falta de vacinas, do descumprimento de promessas de campanha, de graves problemas com a Justiça, do excesso de gastos, das muitas viagens de recreio até o déficit econômico, entre outras. Agora, estão intimamente ligados por um cordão umbilical, quando, numa disputa interminável, um diz que é imbrochável e o outro diz que tem tesão como se tivesse 20 anos de idade. Na verdade, tais falas desrespeitosas para com o povo brasileiro mostram que ambos têm graves distúrbios de personalidade e o Brasil não precisa desses dois trastes. Fora Lula e fora Bolsonaro.

Júlio Roberto Ayres Brisola

São Paulo

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NORDESTE

Há mais de 50 anos temos presenciados sistematicamente benefícios para a região Nordeste, tais como Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), Sudene e fundos setoriais com objetivo de tentar desenvolver a região. Será que todos estes incentivos e benefícios não foram suficientes para desenvolver a região? Agora, presenciamos na reforma tributária mais benefícios para as montadoras na região. Chega, se a região não desenvolveu até agora não vai desenvolver. Agora uma coisa é correto: sistematicamente vemos uso indevido de recurso na região, como o de um ministro que asfaltou uma estrada para a sua fazenda com recurso público.

Marco Antonio Martignoni

São Paulo

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BÔNUS A POLICIAIS

O senhor governador de São Paulo, ao pagar bônus por meta aos policiais, se esquece da promessa de campanha de recuperar o salário, defasado por incompetência administrativa. E os aposentados? Ficarão sem reposição de perdas acumuladas? É nefasta, a ação.

Edmar Augusto Monteiro

São Paulo

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ATAQUE RUSSO

E aí, presidente Lula? O bombardeio do hospital infantil na Ucrânia pelos russos não é genocídio? Ah, lá é acidente.

Milton Castiel

São Paulo

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DECLARAÇÃO

O governo Lula, que está com a aprovação em baixa, resolveu criticar o ataque covarde do presidente russo, Vladimir Putin, contra um hospital infantil na Ucrânia sem citá-lo. E por onde anda a turminha do oba, oba a favor da Palestina, que não se manifestam contra Putin?

Tania Tavares

São Paulo

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MANIFESTAÇÃO

Será que os militantes do PT vão à Avenida Paulista fazer uma manifestação contra a Rússia pelo ataque a um hospital infantil na Ucrânia matando funcionários e atingido crianças?

Luiz Frid

São Paulo

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JOE BIDEN

“Biden nega desistir de candidatura”. “Biden recusa pedidos para desistir de reeleição”. “Ninguém vai me forçar a sair”. Essas são algumas das manchetes na imprensa. Só o fato de ter que negar, recusar e resistir apenas acentua a inviabilidade de Joe Biden em concorrer à reeleição. Parece técnico de futebol aqui no Brasil, dizendo que está prestigiado e focado no trabalho. Não, presidente Biden, infelizmente a sua candidatura já foi para o espaço em algum foguete da Nasa. Até quem não quer votar em Donald Trump já admite fazê-lo, tal a sua fragilidade demonstrada, não só no debate. A chance de reverter o quadro ainda existe, claro, desde que o presidente tenha em mente que uma possível desistência à reeleição não é uma derrota, ao contrário, é a possibilidade de derrotar Trump e evitar que a democracia americana volte a ser ameaçada.

Luiz Gonzaga Tressoldi Saraiva

Salvador

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HIGIENIZAÇÃO

O país mais poderoso do mundo dispõe de arsenal com poder de destruição talvez maior que o da colisão do asteroide que extinguiu os dinossauros. Seu atual dirigente, no entanto, não vem desenvolvendo raciocínios com a clareza que o cargo exige, como demonstrou o seu desempenho durante o último debate visando às próximas eleições, e alguns lapsos em encontros com líderes mundiais. Num contexto geopolítico cada vez mais complexo, tais sinais aumentam a ansiedade internacional. Por outro lado, seu oponente, já também exibindo certo grau de senilidade, não aparenta possuir o nível de sensatez imprescindível ao posto almejado, temeridade percebida por ações em mandato anterior e escândalos seguidos de envolvimentos com a Justiça. Analistas políticos de quase todos os matizes recomendam a desistência Joe Biden da sua caminhada, embora concordem que Trump, em contrapartida, constitui uma ameaça ao equilíbrio democrático. Tal cenário sugere, para o bem da humanidade, que a própria sociedade americana empregue seu poder de pressão, como em outras ocasiões de crise, no sentido de alijar ambos da próxima contenda eleitoral e exigir uma higienização de lideranças de seu país, capaz de impedir uma provável debacle da sua hegemonia.

Paulo Roberto Gotaç

Rio de Janeiro

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DERROTA DA EXTREMA DIREITA

A vitória da esquerda nas eleições francesas foi uma ducha fria no convescote da extrema direita em Santa Catarina, o CPAC Brasil. Mas os derrotados na França não atacaram o processo eleitoral, como fizeram Donald Trump e Jair Bolsonaro, que não souberam perder e apoiaram tentativas de golpe contra o Estado de Direito.

Sylvio Belém

Recife

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INGOVERNABILIDADE

Com tanto receio da extrema direita, Emmanuel Macron apoia o centro e a extrema esquerda, perdendo a eleição, assim, a extrema direita. Mas o Parlamento será governável? Macron conseguirá terminar bem seu mandato? O Estadão, no editorial intitulado França despedaçada (Estadão, 7/9, A3), demonstra as mazelas que deverão ser suportadas pela França retalhada ideológica e politicamente. Com efeito, as eleições referidas lançaram o país no escuro, com um Parlamento ingovernável e um presidente sem força política. Assim, o rumo a ser tomado doravante deverá ser revestido não só de cautela política, como de profunda análise dos lemas das correntes alinhadas e vencedoras, mas jamais se esquecendo da extrema direita, que possui mais de 140 cadeiras no Parlamento, constituindo, pois, uma força nunca desprezível.

José Carlos de Carvalho Carneiro

Rio Claro