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Cartas de leitores selecionadas pelo jornal O Estado de S. Paulo

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8 min de leitura

Tragédia no RS

COP-30

Uma amiga sugeriu uma medida sensacional: que tal transferirmos a Conferência do Clima de 2025 (COP-30) para Porto Alegre? Isso não só reforçaria a ajuda financeira de que nossos irmãos do Sul tanto precisam, como mostraria aos descrentes, in loco, os perigos de fechar os olhos aos efeitos do aquecimento global.

Marcos Lefevre

Curitiba

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Encargos trabalhistas

Sobrecarga

Excelente a colocação do estudo do professor José Pastore (Encargos trabalhistas superam 100% do valor dos salários no País, Estadão, 10/5, B2). No Brasil, a complexidade de abrir e gerir uma empresa é um desafio agravado pelo elevado custo de manutenção dos funcionários. Esse cenário frequentemente restringe contratações e investimentos. A insuficiente remuneração, decorrente dos altos encargos, pode resultar num desempenho abaixo do ideal dos funcionários e na falta de profissionais especializados. Esses obstáculos dificultam o crescimento de pequenas empresas, sobrecarregando os escassos funcionários eficientes e acumulando funções.

Veronica Casarini Pazos Avanci

Campinas

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Acordo de Itaipu

‘Indecência’

É bom ficarmos de orelhas em pé quando Elena Landau chama de indecência o acordo para Itaipu (Estadão, 10/5, B7). Foi comemorado como uma vitória pelo governo brasileiro, mas a economista alerta: é uma derrota para os consumidores, que pagarão a conta. Lula protelou o acordo para, depois, ceder, e quem não deveria ganhar ganhou. O Paraguai ganhará umas centenas de milhões por ano. Quando a conta chegar, todos terão se esquecido de tal manobra. E assim, de esperteza em esperteza, o prejudicado é sempre o povo.

Izabel Avallone

São Paulo

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Lei das Estatais

A solução política do STF

Eu pensava que as leis existissem para serem cumpridas, e por todos. Agora, a bola da vez é a Lei das Estatais – uma das poucas benfeitorias de Michel Temer. Não tenho nada contra Jean Paul Prates nem contra Aloizio Mercadante, mas tenho, sim, contra as leis exclusivas, numa clara negociação do Supremo Tribunal Federal (STF) com o governo do tipo “vou abrir uma exceção só para você, o.k.?”. A lei deveria ter exceções ou conveniências? Claro que não! Enquanto o STF agir como governo neste país, não haverá justiça.

Jason Cesar de Souza Godinho

São Paulo

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Compromisso do STF

Ao ler o editorial A Constituição que vale e não vale ao mesmo tempo (Estadão, 11/5, A3), entende-se por que o STF se dispõe a comprometer sua própria imagem: está visivelmente comprometida com o sonho dos inimigos da democracia. Só absurdos como este e a certeza da impunidade, pela inoperância do Senado, podem explicar por que seus membros se lixam para até, pelo menos, aparentar honestos.

Nilson Otávio de Oliveira

São Paulo

Polarização

Lucidez

Eu faço parte dos 40% de brasileiros que não são petistas nem bolsonaristas, e quero agradecer aos autores do artigo Livres da polarização (Estadão, 11/5, A4). É alvissareiro poder ler um texto tão lúcido em meio ao Festival de besteiras que assola o País (Febeapá), título cunhado pelo saudoso Stanislaw Ponte Preta. Trago para esta conversa uma citação de Santo Agostinho que acredito ser muito adequada quando a desesperança num país melhor parece prevalecer: “A esperança tem duas filhas lindas, a indignação e a coragem; a indignação nos ensina a não aceitar as coisas como estão; a coragem, a mudá-las”. Creio que muitos brasileiros, como eu, estão indignados com a conduta de autoridades que atuam em todos os Poderes e nos três níveis de governo. Talvez nos falte coragem para promover as mudanças fundamentais para transformar o Brasil que temos no Brasil que queremos.

Israel Aron Zylberman

Carapicuíba

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Liberdade para discutir

Sou um dos 40% dos brasileiros que sofrem com a polarização, que só nos faz retroceder, além de nos tirar a liberdade de discutir os nossos problemas sem interlocução apaixonada de um ou de outro lado. Agradeço pela clareza e objetividade manifestadas no artigo Livres da polarização. Oxalá ele acenda o sinal amarelo para muitos.

José Jerônimo Bastos Amaral

Belo Horizonte

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Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

DERRAPADA

Pelo jeito Lula perdeu o pouco brilho que lhe restava perante o eleitor. E se nas pesquisas de opinião de vários institutos o resultado tem se mostrado ruim para o presidente, nesta última divulgada pela Genial/Quest,é uma derrapada de difícil recuperação. Já que 63% dos entrevistados acham que “Lula não cumpre promessas de campanha”. E quando a pergunta é “O Brasil está indo na direção certa ou errada?”, dos 46% que responderam sim e 41% que responderam não em julho de 2023, agora, em maio de 2024, o sim caiu para 41% e na direção errada subiu para 49%. Ou seja, hoje, o cidadão brasileiro melhor informado enxerga com mais precisão que Lula vende só ilusão com o objetivo único de se perpetuar no poder.

Paulo Panossian

São Carlos

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BRASIL DA IMPUNIDADE

No 1.º de maio, Dia do Trabalho, houve uma reunião de sindicalistas no Itaquerão em São Paulo, sob contribuição financeira da Lei Rouanet e da Petrobras, com Lula em plena campanha política favorecendo o candidato Boulos à prefeitura de São Paulo. Público ridículo, com a presença de poucos gatos-pingados. Quero ressaltar que foi uso indevido de recursos financeiros e ilegal antecipação de campanha política, em autênticas transgressões, no Brasil da impunidade. Não seriam motivos para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostrar serviço? Impugnar a candidatura de Boulos e apear Lula da presidência?

Humberto Schuwartz Soares

Vila Velha (ES)

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ATÉ QUANDO?

A economia brasileira, não é de hoje, segue de vento em proa sem bússola e sem norte em mar bravio e céu carregado de nuvens negras. Como disse o cientista político Fernando Schüler, o crescimento econômico do País aumentou, nos últimos 40 anos, metade da média da América Latina e apenas 10% do que avançaram os tigres asiáticos. Enquanto outros países crescem e prosperam para o mundo inteiro ver, o Brasil continua patinando e correndo atrás do próprio rabo, cavando um buraco cada dia maior. Até quando?

J. S. Decol

São Paulo

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SEM SAÍDA

No 1.º mandato de Lula ele encontrou uma herança bendita que desdenhou, mas copiou muitas das boas ações trocando os nomes. Obedeceu algumas regras de escolhas de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e Procuradoria-Geral da República (PGR). Depois no 2º mandato a cumpanheirada já estava toda acomodada em bons cargos curtindo as vantagens e mordomias. Depois foi voltado à vida política e se candidatou para um 3.º mandato. Era visível pois, durante a campanha 2022, quando perguntado sobre seus projetos em diferentes setores, não tinha nenhum programa e para nenhum setor. Estamos sem saída. É mais do mesmo e piorado. Haja improvisação. Tenho pena de nós e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Tania Tavares

São Paulo

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PROTESTOS UNIVERSITÁRIOS

A filosofia e ciências sociais emulam algumas universidades norte-americanas e tentam convencer outros universitários a aderir a luta anti ataques israelenses. USP, o problema desta causa é que já no texto vem errada. O chamamento deve ser: vamos lutar contra o terrorismo do Hamas, exigir a saída deles de Gaza para Israel não invadir.

Roberto Moreira Silva

Cotia

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CRISE AMBIENTAL

Diante da tragédia ambiental em curso no Rio Grande do Sul, está na hora de acabar com a palhaçada que o governo Lula segue fazendo na área do meio ambiente. A greve dos órgãos de fiscalização ambiental faz o jogo dos criminosos da floresta. Bolsonaro cancelava as multas ambientais, desde janeiro Lula está fazendo pior: ninguém está sequer recebendo qualquer multa ambiental. O País precisa acabar com a greve do Ibama, precisa fortalecer essas instituições, precisa acabar com o desmatamento ilegal agora, nada justifica prevaricar até 2030. Os mineradores ilegais são alvos fáceis, basta mandar as Forças Armadas atrás deles, destruir os equipamentos e prender os receptadores do ouro ilegal. Está na hora de contrariar muito os interesses do agronegócio, que deveria ter que pagar impostos destinados a sanar os danos ambientais que o desmatamento e as queimadas provocam. Quem quiser derrotar Lula e o PT na próxima eleição terá apenas que mostrar a palhaçada que eles estão fazendo na pauta do meio ambiente.

Mário Barilá Filho

São Paulo

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TRAGÉDIA NO RS

Dias e noites sangrando no Rio Grande do Sul. A água da chuva dá de beber aos mortos. Agonia e dor moram nos corações.

Vicente Limongi Netto

Brasília

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CRISE CLIMÁTICA

A ciência foi negligenciada na pandemia e não foi ouvida quanto aos alertas aos eventos climáticos extremos. Em face da tragédia no Sul do país, muitos apregoam a necessidade de uma nova abordagem no urbanismo predatório e impermeabilizante, mas refutam em destinar mais recursos para a ciência e tecnologia. Em São Paulo, por exemplo, o governador aproveita para tentar, mais uma vez, reduzir os recursos das universidades paulistas e da Fapesp. O negacionismo faz escola.

Adilson Roberto Gonçalves

Campinas

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DESASTRES NATURAIS

A natureza não perdoa, ela mata. Às agressões sofridas pelas práticas humanas, ela responde de forma devastadora, como aconteceu em 2023 em Teresópolis no Rio de Janeiro, com mais de 200 mortes, e agora com as inundações sem precedentes no Rio Grande do Sul que já matou mais de 100 pessoas –indubitavelmente são tragédias anunciadas. Ninguém mais ignora que eventos extremos decorre do aquecimento global, cujas causas estamos cansados de saber: desmatamento da Amazônia, queima de combustíveis fósseis, emissão de gás de efeito estufa CO2, entre outras. Triste é saber que após as águas baixarem, tudo cairá no esquecimento e nenhuma providência será tomada. É mais que hora de ser decretado o desmatamento zero de nossas florestas. E, quem sabe, governo petista unir o útil ao agradável e criar o ministério dos desastres naturais. O momento é oportuno.

Deri Lemos Maia

Araçatuba

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SOLIDARIEDADE

A solidariedade é uma qualidade do povo brasileiro; em contra partida, a incompetência em escolher seus governantes é enorme. Então vamos vivendo mal e plenos de carinho.

Roberto Solano

Rio de Janeiro

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SOLUÇÃO

Que pena. Nessa tragédia, a solução para o Governo é que o Estado precisa de dinheiro.

Carlos Gaspar

São Paulo

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CAVALO CARAMELO

A união de todos os brasileiros em prol do povo gaúcho pode ser sintetizada pela comoção causada com a imagem daquele cavalo se equilibrando por dias sobre o espaço exíguo de um telhado em uma área totalmente alagada pelas enchentes no Rio Grande do Sul. Os olhares de todos acompanhavam o animal torcendo para que resistisse até que o socorro chegasse para retirá-lo de lá com vida. Bombeiros de São Paulo, militares do Exército, acompanhados por veterinários e outros voluntários, compuseram a força-tarefa que fez o resgate preciso sob os olhares atentos de grande parcela de brasileiros de todos os cantos. Foi um olé mudo que cada um dos que assistiam soltou. Agora ele está em segurança e se recuperando do esforço equino que demonstrou para a Nação. Caramelo é o símbolo da força não só do povo gaúcho diante de tamanha catástrofe, mas de cada ser humano, brasileiros, argentinos, uruguaios, paraguaios e muitos de diversas nacionalidades que assistem e torcem pela salvação de todos que ainda correm risco naquela parte tão importante do Brasil.

Jane Araújo

Brasília

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AÇÕES ESTATAIS

Os neoliberais bradam pelo estado mínimo, mas quando surgem os grandes problemas, como por exemplo, a pandemia e as calamitosas enchentes do Rio Grande do Sul, se calam, se escondem e a ação estatal tem que assumir e resolver tudo com o máximo.

Sylvio Belém

Recife

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SOLIDARIEDADE AUTOCONGRATULATÓRIA

Discordo parcialmente do artigo de Fabiano Lana, onde exalta que existe uma linha tênue entre a solidariedade e a vaidade autocongratulatória frente à tragédia no RS (Estadão, 10/5), salientando ainda que o grande filósofo Nietzsche diria que Janja e Felipe Neto estariam prestando solidariedade para se sentir mais poderosos frente aos que nada tem. O maior motivo de suas ações demagógicas seria por palco, palanque ou holofote. O admirável filantropo é aquele que age no anonimato, sem estardalhaços. Cabe muito bem a essa situação, um velho ditado: o que a mão direita faz, a esquerda não precisa ficar sabendo.

Maurílio Polizello Junior

Ribeirão Preto

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TITE NO FLAMENGO

Já falam que o Tite vai ser demitido. Bem, eu nunca achei ele técnico. Técnico que disputa duas copas do mundo e não ganha nada. Temos outros que botam ele no chinelo. Se esse time do Flamengo disputar um torneio no aterro do Flamengo vai ser o último colocado. Aliás, o Flamengo precisa repensar melhor suas contratações de técnico e as cláusulas de rescisão. O balanço do Flamengo referente a 2023 aponta prejuízo operacional, em razão das multas rescisórias dos técnicos dispensados. O Flamengo é a alegria de qualquer técnico. Fica dois, três meses, não ganha nada, é mandado embora e é indenizado. O Flamengo é uma mãe nesse ponto. Os diretores deveriam responder por isso. E deve ocorrer com Tite também. Para mim, ele é fraco. Muito ruim. Achavam que com o título de campeão carioca tinham um timaço. E desde quando o campeonato carioca é parâmetro para avaliar qualquer time? Esse campeonato já deveria ter acabado há muito tempo. Já teve sua época.

Panayotis Poulis