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Por Fórum dos Leitores
7 min de leitura

Governo Lula

Desconfiança da sociedade

Editorial do Estadão de sexta-feira (10/1, A3) diz: “Lula sabe muito bem que politizar o 8 de Janeiro significa manter viva a chama golpista que anima Jair Bolsonaro e seus apoiadores”. Muitos falam da sagacidade política do presidente da República, mas se for isso mesmo ele está cometendo uma enorme asneira. Não bastassem os insidiosos posicionamentos do PT, o governo vem cometendo inúmeros equívocos, especialmente na condução da economia, sem entender que os resultados obtidos até agora devem se tornar um verdadeiro voo de galinha nos próximos dois anos. Acrescentem-se a esse cenário decisões de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), notadamente Alexandre de Moraes, com seus inquéritos infindáveis, e Dias Toffoli, com suas esdrúxulas decisões sobre o que restou da Lava Jato, que fomentam ainda mais os instintos raivosos de bolsonaristas e causam desconfortos e desconfianças em toda a sociedade. O Estadão tem dado a sua contribuição ao alertar o governo e o STF em inúmeros editoriais. Enquanto houver esse comportamento, mais polarizado fica o ambiente político, cujas consequências negativas se evidenciarão no próximo pleito eleitoral. A conferir.

José Carlos Lyrio Rocha

Vitória

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Data da história brasileira

O editorial Lula quer se apropriar do 8 de Janeiro define bem o caráter do populismo barato e oportunista do governo. Lula não perde a oportunidade de sorrateiramente se apropriar dessa data, que não é de ninguém a não ser da história brasileira.

Lincool Waldemar D. Andrea

São Paulo

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Economia

Meta de inflação

Sou contra os arroubos do economista Lula da Silva, mas apesar disso entendo que uma meta de inflação em 4,5% ao ano é uma tremenda ousadia para um país com as nossas características. O que as autoridades monetárias deveriam ter como meta é uma taxa de inflação em torno de 10%, porém com mecanismos de garantir o poder de compra de uma determinada faixa da população, a de menor poder aquisitivo. Quem muito tem não se preocupa com inflação. Eu chamaria isso de inflação administrada. Acho que esse era o pensamento de Joseph Stiglitz, quando foi economista-chefe do Banco Mundial. Pense nisso, Gabriel Galípolo.

João Israel Neiva

Cabo Frio (RJ)

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Pobreza e desigualdade

No artigo A desigualdade e a loteria (Estadão, 10/1, B7), o economista Fabio Giambiagi explica bem a diferença entre pobreza e desigualdade. Faltou explicar que as pessoas politicamente de direita procuram “reduzir a pobreza”, ao passo que as pessoas de esquerda procuram “reduzir a desigualdade”. Para as pessoas de direita os ricos não são errados, como pensam as pessoas de esquerda; pelo contrário, são instrumentos de crescimento da economia e geradores de empregos.

Martinho Isnard R. de Almeida

São Paulo

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‘Estadão’, 150 anos

Hábito de décadas

Cumprimento o Estadão e seus profissionais pela celebração do 150.º aniversário de sua fundação, bem como pelo abrangente e extenso trabalho jornalístico desenvolvido ao longo dos anos de sua existência. Minha família e eu somos assinantes há décadas, hábito que se iniciou com meu trisavô, Modesto Evangelista Camargo. Que venham os próximos séculos!

Andreas de Souza Fein

São Paulo

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Evolução gráfica

Expresso minha homenagem ao Estadão pelos 150 anos. Um jornal que tem história e credibilidade, com independência e inovação. Tenho três exemplares guardados no meu acervão pessoal de jornais (edições de 2009, 2010 e 2016), e destaco para a evolução gráfica dos últimos 15 anos. Recentemente, virei assinante digital por causa do acervo do Estadão. Meus cumprimentos aos profissionais que trabalham ou trabalharam no jornal. E vida longa ao Estadão!

Luciano Amorim

Paraíba

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Pelos direitos humanos

Parabéns ao Grupo Estado pelos primeiros 150 anos de vida, sempre comprometido com a defesa dos princípios liberais e democráticos e engajado com a defesa dos direitos humanos e das minorias. Que venham os próximos 150!

Fernando K. Lottenberg, comissário da OEA para Monitoramento e Combate ao Antissemitismo

São Paulo

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Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

CREDIBILIDADE PERDIDA

Em busca da credibilidade perdida (Estadão, 10/1, A3). Haddad não tem bagagem suficiente para ser o ministro da Fazenda. Só está lá porque Lula sabe que pode fazer o que quiser com ele e com a economia brasileira. Fosse o Henrique Meirelles, por exemplo, a situação poderia ser outra, pois tem experiência de sobra nessa área, e melhor jogo político também. Sua palavra tem mais peso no mercado e temos que lembrar ainda dos quase 33 bilhões de dólares jogados fora e sem resultado nenhum na credibilidade, tanto do governo como na do seu ministro da Fazenda. Exemplos de ministros sem força têm de monte. Guido Mantega,de triste lembrança, é um dos mais de recentes.

Nelson Falseti

São Paulo

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PEDRA NO SAPATO

A área econômica é a pedra no sapato desse governo. Todas as previsões são de um 2025 difícil. Como se não bastasse o aumento dos preços dos alimentos, o presidente prejudicou ainda mais aqueles que dependem do salário mínimo, quando anunciou um reajuste menor no salário. Só a inflação da carne atingiu 15,43%, fazendo com que o pobre sinta no bolso essa escalada de preços e sem a prometida picanha. Por enquanto, esse governo conseguiu mostrar que é gastador, não corta gastos, mas sabe interferir no bolso do trabalhador taxando tudo que pode. A popularidade do presidente continuará caindo, pois barriga vazia não se enche com discurso.

Izabel Avallone

São Paulo

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VÍDEO FALSO

É desprezível a atitude do deputado federal bolsonarista Osmar Terra (MDB-RS) na divulgação de vídeo deepfake do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, contendo informações falsas sobre supostas novas taxações que estariam sendo discutidas pelo governo federal.

Jorge de Jesus Longato

Mogi Mirim

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PROPAGANDA

O uso da comemoração do 8/1 como propaganda para determinados grupos está cada vez mais parecido com o uso de 31/3. Só troca os militares pelo Partido dos Trabalhadores.

Vital Romaneli Penha

Jacareí

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PROPÓSITO POLITIQUEIRO

Assim como foi condenável e totalmente descabida a iniciativa do ex-presidente Jair Bolsonaro de procurar ressignificar o feriado nacional da Independência de 7 de setembro como uma festiva comemoração do bolsonarismo de extrema direita, foi igualmente despropositada a politização do tenebroso 8 de Janeiro pelo presidente Lula da Silva, de olho em 2026, ao reunir meia dúzia de gatos-pingados em Brasília para um abraço à democracia, obra canhestra de seu marqueteiro e novo ministro da Secretaria de Comunicação (Secom), Sidônio Palmeira. Os 365 dias do ano pertencem ao calendário, não a um propósito politiqueiro. Vergonha.

J. S. Decol

São Paulo

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ALGAZARRA

Parece que agora os acontecimentos do 8 de Janeiro estão ganhando a dimensão mais apropriada. Afinal, um golpe de Estado perpetrado com a participação até de moradores em situação de rua não deveria ter sido o motivo para o alarde atribuído pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A matéria Lula usa ato esvaziado do 8 de Janeiro para afago aos militares (Estadão, 9/1, A8) traduz bem a importância dessa lamentável algazarra.

José Elias Laier

São Carlos

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DECISÃO DE ZUCKERBERG

O presidente Lula da Silva e sua trupe estão preocupadíssimos com as intenções de Mark Zuckerberg que não quer mais controlar os disparos de desinformações e fake news por todos os lados feitas pelas suas plataformas. Segundo consta, as declarações do dono da big tech impactaram o mundo como um todo. Na verdade, todos os futuros possíveis atingidos devem se espelhar nos atos exitosos do ministro Alexandre de Moraes, que além de enfrentar as mesmas intenções do dono da X, Elon Musk, colocando-o no seu devido lugar – e quase de genuflexão. Afinal, que os países se unam e tomem as mesmas providências, deixando os negacionistas de plantão a ver navios. Fica a dica para paz geral!

Júlio Roberto Ayres Brisola

São Paulo

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ZIGUE-ZAGUE

Política externa em zigue-zague, com direito a bajulações ao ditador Nicolás Maduro e sua democracia relativa que acabaram virando bumerangue; as manifestações equivocadas sobre os conflitos entre Israel e os grupo terroristas do Hamas e Hezbollah. Além de opiniões sem conteúdo relativas à Guerra da Ucrânia. No âmbito interno, show eleitoreiro, meio esvaziado, posto que sem povo e sem autoridades importantes, destinado a festejar suposta tentativa de golpe – sem armas – durante o qual o promotor do espetáculo se declarou amante da democracia, adiantando que os maridos amam mais suas amantes do que as mulheres do dia a dia, e tentou fazer graça ao afirmar que o povo criou o apelido Xandão para se referir a Alexandre de Moraes, embora saiba que não foi bem o povo – tentando sobreviver no difícil cotidiano desprovido de um mínimo de segurança pública – e sim a mídia que cunhou o termo. Na área da Economia, gafes verborrágicas cujo resultado é a desvalorização da moeda e ameaças de inflação, com fuga de investimentos. Estes são alguns dos flashes, entre tantos outros, que vêm desgastando a capacidade de governar de Lula da Silva, ainda preso aos vícios anacrônicos e ultrapassados que lhe renderam decolagem política lá nos idos do sindicalismo.

Paulo Roberto Gotaç

Rio de Janeiro

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TRAGÉDIA ANUNCIADA

Uma tragédia anunciada (Estadão, 10/1, A7). “E agora, José? Qual será a reação do Brasil a um banho de sangue na Venezuela?” Pergunta errada. O correto seria: e agora, Luiz Inácio? Qual será a sua reação a um banho de sangue na Venezuela? De direita ou de esquerda, o cidadão brasileiro não tolera a truculência e autoritarismo de Nicolás Maduro frente ao sofrido povo venezuelano. Este abacaxi deve ser descascado, única e exclusivamente, pelo democrático presidente do Brasil. Afinal, “quem pariu Mateus que o embale”.

Maurílio Polizello Junior

Ribeirão Preto

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DIFÍCIL PARA O MUNDO

Tudo ficará mais difícil para o mundo, como era de se esperar, a partir de agora com Trump assumindo a presidência dos EUA pela segunda vez. Ele acaba de avisar a que veio, mesmo antes de começar a despachar do Salão Oval na Casa Branca. É óbvio que não será de mão beijada que conseguirá o que pretende, se é que conseguirá. Mas, como o petulante que é, anunciou que vai anexar o Canadá como o quinquagésimo primeiro Estado americano, se apossará da Groenlândia para explorar suas riquezas, acabando de vez com aquela reserva de gelo na calota polar e dando uma banana para a Dinamarca. Informou também que deseja tomar o Canal do Panamá, possivelmente assumindo o controle da passagem de navios como parte dos EUA. Imaginem o que pode ocorrer com a Groenlândia, por exemplo, que já sofre com o aquecimento global, se ela for explorada de forma predatória pelos EUA. Lembremos que lá existe uma incalculável riqueza que poderá ser destruída rapidamente. Se isso ocorrer, seu degelo aumentará ainda mais o nível das águas de todos os oceanos. Trump também avisou que irá mudar o nome do Golfo do México para Golfo da América, o que leva a crer que os EUA irão assumir o comando do local Apertemos o cinto, o piloto não sumiu, mas é maluco. E tem o agravante do aquecimento da temperatura do planeta que já está ocorrendo com as mudanças assustadoras do clima em toda a Terra, causando desastres e tragédias em muitas regiões. Sem falar das guerras absurdas em andamento, que seu toque de Midas do Inferno certamente fará escalar. Tem também o aumento da violência cotidiana nas cidades e nos campos, e o medo do domínio da inteligência artificial. O futuro, que já se descortina assustador, ficará ainda mais sombrio e temerário.

Jane Araújo

Brasília