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Cartas de leitores selecionadas pelo jornal O Estado de S. Paulo

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Por Fórum dos Leitores

Guerra na Ucrânia

E os russos?

A Ucrânia aceitou uma proposta dos Estados Unidos para um cessar-fogo imediato de 30 dias com a Rússia. Autoridades dos dois países se reuniram na Arábia Saudita para discutir a guerra, porém os detalhes do acordo, aprovados por Zelenski, ainda não foram divulgados, e não há prazo definido para o início do armistício, caso seja aprovado pela Rússia. Isso me lembra uma cena lendária que teria acontecido na Copa do Mundo de Futebol de 1958, na Suécia, onde o Brasil enfrentou a poderosa seleção da União Soviética. No vestiário do Brasil, o técnico Vicente Feola teria passado as últimas táticas aos jogadores antes da partida, distribuindo as tarefas aos comandados até chegar a Garrincha: você recebe a bola, desce pela direita, tabela com o armador, driblar um, dois, três, faz tabela com Pelé e cruza na área. Alguma dúvida? Ao que o craque teria respondido: “Mas, professor, você já combinou tudo isso com os russos?” Será que a tabela entre Trump e Zelenski vai dar certo ou Putin vai jogar para escanteio?

Sérgio Dafré

Jundiaí

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Ocidente em transformação

Agradeço ao Estadão pela aula do embaixador Rubens Barbosa no artigo Trump-Zelenski e o diálogo meliano (11/3, A6).

Lilia Hoffmann

São Paulo

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Guerra comercial

‘Medo de cara feia’

“Em evento em Betim (MG), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou Trump. ‘Não adianta o Trump ficar gritando de lá porque eu aprendi a não ter medo de cara feia’” (Tarifa de 25% sobre aço entra em vigor, Estadão, 12/3, B1). Em vez de ficar botando banca diante do presidente americano, melhor faria Lula se olhasse para a cara feia do povo brasileiro diante do seu governo, com tantas lorotas e inflação alta, em razão da irresponsabilidade do Planalto, que não se preocupa com o equilíbrio fiscal do País. Se Lula diz que Trump deveria respeitar o Brasil, ele também deveria urgentemente dignificar os votos que recebeu em 2022 e governar este país com responsabilidade, dentro das regras macroeconômicas que podem sustentar crescimento robusto com justiça social.

Paulo Panossian

São Carlos

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Valentia e competência

Ao advertir Donald Trump em tom ameaçador e duro (“aprendi a não ter medo de cara feia. Fale manso comigo”), Lula encheu de orgulho o coração dos brasileiros. Eles esperam, agora, que Lula chute o pau da barraca e mostre semelhante valentia e competência para combater a inflação, barateando alimentos, combustíveis, remédios, etc.

Vicente Limongi Netto

Brasília

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PT

Autodivisão

O termo “dividir para conquistar”, embora remeta à antiguidade, continua atual e muito aplicável a vários contextos: para derrotar um inimigo, basta provocar sua cisão interna. O PT está conseguindo uma inovação filosófica desse princípio. Em vez de a oposição provocar a divisão do PT, é o próprio partido que se esfacela sob o olhar apetitoso da extrema direita, que assiste tranquilamente ao desenrolar dos acontecimentos. Nos Estados Unidos, Trump voltou ao poder mais forte e autocrático do que em seu primeiro mandato. A história pode se repetir aqui também.

Luciano Harary

São Paulo

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Gleisi em duas frentes

Será que Gleisi Hoffmann terá tempo e tatto para mostrar sua diplomacia, liderança e capacidade de aglutinação para tocar as duas frentes: atuar como ministra da Secretaria de Relações Institucionais e costurar a eleição de um preposto seu para a presidência do PT?

Vital Romaneli Penha

Jacareí

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De olho em 2026

Comenta-se a boca pequena que Gleisi Hoffmann é a aposta de Lula para disputar a Presidência da República nas próximas eleições. Vem aí o poste 3 de Lula? Quem viveu e viu no que deu o governo Dilma Rousseff (o poste 1) e tem acompanhado a política econômica de Fernando Haddad (o poste 2), que só pensa em taxar, não embarcaria em nova canoa furada. Lula é estimulado a concorrer em 2026 porque é o troféu vivo da sua militância. Uma vez fora, não terá substituto, porque os brasileiros já conhecem a narrativa da esquerda e porque Lula, vaidoso, não vai comprometer a sua biografia – que, convenhamos, já está exposta neste seu terceiro mandato.

Izabel Avallone

São Paulo

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Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

ECONOMIA DE LULA

Na entrevista ao Estadão (11/3, B4), o ex-presidente do Banco Central, Gustavo Loyola, falou sobre a condução errática da economia do Brasil sob o (des)governo Lula 3, com a prática de uma política monetária menos eficaz e efetiva, aliada a alta taxa de juros, resultando na expressiva queda de popularidade do presidente. Com a previsão de que a taxa Selic chegue a 15,5% no final do ano e uma inflação de 6%, disse que as medidas do pacote lançadas para tentar baixar o preço dos alimentos serão inócuas e irrelevantes. “O governo está no modo eleitoreiro dando tiros no próprio pé”. Diante de sua acertada fala, cabe dizer que, ao contrário do que o presidente Lula pensa e deseja, em vez de estar no modo reeleição de olho em 2026, seu errático e desnorteado (des)governo está colaborando para a eleição da oposição no próximo pleito. Quem viver verá.

J. S. Vogel Decol

São Paulo

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GESTÃO LULA

Na gestão pública do Lula e do PT, tratam o governo a partir dos seus interesses particulares. Por isso, acontecem as nomeações de advogados, políticos e amigos, que confundem suas funções e os benefícios com direitos pessoais. Então, isto tem que acabar nas próximas eleições, pois mais um mandato desse e estará tudo dominado nas diferentes áreas do poder.

Tania Tavares

São Paulo

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APARELHAMENTO

Do jeito que o Brasil está sendo aparelhado em todos serviços públicos, nos últimos anos, fica claro que o único mérito necessário é ser amigo do dono.

Luiz Frid

São Paulo

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SITUAÇÃO CAÓTICA

O cenário brasileiro é crítico no terceiro mandato presidencial de Lula. Nos dois primeiros anos, ele não plantou, mas agora quer colher. Colher o quê? Sua obsessão é a reeleição em 2026. O que está ruim, vai piorar, pois irá gastar mal o que não dispõe, agravando ainda mais a caótica situação. Daí, só há uma opção: impeachment. Antes que Lula acabe com o Brasil.

Humberto Schuwartz Soares

Vila Velha (ES)

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TAXAS DE TRUMP

Não entendo de economia e muito menos de política. Mas o que Donald Trump está fazendo é uma tremenda baderna. Ameaçando taxar tudo e todos. Isto não fica bem para um país como os EUA. Mesmo sem entender nada, penso que a taxação eleva o preço das mercadorias e, com isso, alimenta a inflação. A impressão que tenho é que Trump pegou uma doença recente feita no laboratório do PT, no Brasil. É o vírus que chamamos de o mal de Haddad. Quer taxar tudo para que seu tutor e a madame possam gastar mais.

Iria de Sá Dodde

Rio de Janeiro

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AMEAÇA PARA OS EUA

Impressionante como Donald Trump está conseguindo destruir os EUA a passos rápidos. Os EUA são decadentes, estão na descendente e logo serão superados pela ascendente e próspera China. Porém, sob Trump, o que já estava ruim para os norte-americanos ficou ainda pior. Reelegeram como presidente um total irresponsável, autoritário e que apenas defende os interesses escusos dos bilionários e das grandes corporações, contra o povo e o país. Parece que Trump foi eleito para destruir os EUA, tornar o país em terra arrasada e convencer que foram os chineses que botaram ele na Casa Branca para acabar de vez com o seu próprio país. A extrema direita é um total desastre e a maior ameaça para o futuro e sobrevivência da humanidade.

Renato Khair

São Paulo

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TARIFAS SOBRE AÇO

Confesso que dei boas risadas ao ler a reação do nosso presidente às tarifas, como se as mesmas fossem apenas uma bravata pessoal e não uma estratégia para tentar reduzir o enorme déficit comercial americano. Isolado e protegido da realidade em Brasília, e com a perigosa ilusão de ser um líder relevante do chamado Sul Global, nosso governo atual infelizmente ignora as drásticas mudanças em curso no mundo, preferindo reagir aos acontecimentos com o fígado ao invés do cérebro. Aliás, nós também impomos altíssimas tarifas ao resto do mundo e não vemos nosso governo e seus representantes falarem nada sobre a injustiça disso ou possíveis mudanças quando tentaram, sem sucesso, negociar o adiamento da entrada em vigor das tarifas americanas sobre a importação de aço e alumínio. No final, se tudo continuar como está, teremos uma indústria nacional cada vez mais fraca e menos inovadora, além de cada vez menos competitiva internacionalmente. E altamente dependente de subsídios, isenções, crédito fácil e exigências de conteúdo nacional apenas para subsistir. Até quando os contribuintes e os consumidores brasileiros continuarão obrigados a custear essa injusta e pesada conta? Tristes trópicos.

Fernando T. H. F. Machado

São Paulo

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LARANJAS PODRES

Dias Toffoli esculachado (Estadão, 12/3). Dias Toffoli, amigo do amigo do meu pai, ex-advogado do PT, não está nem um pouco preocupado com o esculacho recebido. O passapanista-mor do Supremo Tribunal Federal (STF), que vem anistiando os envolvidos no maior esquema de corrupção da história política do brasil, continuará envergando a toga que deveria ser concedida apenas a notáveis com alta reserva moral. Permanecerá firme no cargo, recebendo salário e demais mordomias totalmente incompatíveis com suas atuações desastrosas. Lamentável e inquestionavelmente, o STF conta hoje com algumas laranjas podres.

Maurílio Polizello Junior

Ribeirão Preto

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LAVA JATO

O Supremo Tribunal Federal (STF), especialmente o ciumento Gilmar Mendes, desmantelou a Lava Jato, prejudicando o Brasil. O argumento? Descumprimento da Constituição durante as investigações, baseando-se em mensagens vazadas ilegalmente, cuja veracidade nunca foi comprovada. Comparado ao tamanho da corrupção envolvendo políticos e empresários, essa justificativa é pífia. Como consequência, o Brasil rejeitou o PT e elegeu um presidente totalmente despreparado. Depois, Edson Fachin anulou condenações numa canetada, permitindo o retorno de um ex-presidente (aquele que foi preso por corrupção), que voltou mais teimoso, mais à esquerda, e sem ter a mesma sorte de seu primeiro mandato, quando herdou o governo de Fernando Henrique Cardoso.

Attilio Alemi

São Paulo

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JOSÉ DIRCEU

Com certeza o Brasil não anda pra frente. Aos 78 anos, com pompa e ambições, o ex-presidiário José Dirceu mostra ao País que ainda estou aqui.

Carlos Gaspar

São Paulo

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CINEMA BRASILEIRO

Dois filmes, dois robôs e um mesmo sintoma de nossa época (Estadão, 12/3, C3). O relato das coincidências entre os curtas Eu não sou um robô é mais um que integra o rol de casos de plágio envolvendo brasileiros. Creio que um exemplo bastante significativo é a obra Rebecca, de Daphne du Maurier, ser quase uma cópia de A Sucessora, de Carolina Nabuco. Em todas as situações, parece que o lado brasileiro é sempre o mais prejudicado, aceitando acordos ou recebendo ameaças. Mas arte é arte em qualquer parte. Dinheiros são diferentes.

Adilson Roberto Gonçalves

Campinas

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PROGRAMA DO MEC

Espero que este programa do MEC, para os alunos do fundamental e médio melhorarem os resultados em Matemática, traga resultados, pois são catastróficos. Aliás, seria aconselhável alguns professores também participarem do programa. Pois o que tem de professor passando de ano junto com os alunos.

Panayotis Poulis

Rio de Janeiro

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SERVIÇO POSTAL DA DINAMARCA

O fim do serviço de correio para envio de cartas na Dinamarca foi anunciado. Fato decorrente da diminuição desse veículo escrito. Adeus às velhas missivas e viva a digitalização. Boa notícia?

Liliana Liviano Wahba

São Paulo

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SEMINOVOS

É notório que nossos mais talentosos craques – hoje talvez um pouco menos do que há três décadas – são percebidos ainda em tenra idade e cobiçados por milionários clubes do exterior. Lá, uma boa parcela – há os que não se adaptam – mostra seu melhor rendimento e desfruta de polpudos salários. Daí decorre o fato de os convocados para compor as atuais seleções nacionais serem, até certo ponto, ilustres desconhecidos do torcedor brasileiro e, portanto, não se sentem irresistivelmente atraídos para fazerem parte da equipe que representa seu país. Até 1982, no entanto, tal não ocorria, pois o respeitado time brasileiro era composto exclusivamente por craques atuando no Brasil, que viam nas respectivas escalações não só um motivo de orgulho, mas também como o grande momento das suas vidas de atleta. Os campeonatos domésticos são atualmente disputados por jogadores vindos diretamente das divisões de base ou – tendência bastante atual – por importados de mercados mais baratos, como o sul-americano, ou ainda por dispensados de clubes estrangeiros, já além do ponto ótimo e, portanto, mais idosos. O resultado é a baixa qualidade do futebol atual praticado por aqui. Uma mistura de iniciantes com outros mais baratos, originários de feiras próximas, além de veteranos retornados dos ricos centros, mas já além do ponto ótimo, ou seja, seminovos que também são semivelhos. Isso tudo sem falar da invasão de técnicos alienígenas.

Paulo Roberto Gotaç

Rio de Janeiro

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PALMEIRAS X SÃO PAULO

Parabéns ao São Paulo por acatar o resultado do jogo, não polemizando o pênalti por uma hipotética falha do árbitro do VAR, causada pela possível esperteza do craque Vitor Roque, que valorizou o preço do seu passe.

Silvio Goczo Olivo

São Paulo