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Cartas de leitores selecionadas pelo jornal O Estado de S. Paulo

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Por Fórum dos Leitores
9 min de leitura

Chuvas em São Paulo

Ajuda da Prefeitura

Não está nada fácil viver na cidade de São Paulo. Além da conhecida insegurança dos seus cidadãos, que podem ser assaltados a qualquer momento, agora temos as chuvas intensas, com os riscos de enfrentarmos o trânsito travado, pois os semáforos não funcionam, de naufragarmos em alguma área alagada ou de sermos atingidos por uma árvore e morrermos. Será que, como prefeito reeleito, o sr. Ricardo Nunes não consegue ao menos ajudar mais um pouco?

Luiz Frid

São Paulo

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Podas indevidas

Reitero o que escrevi neste espaço mais de um ano atrás (Não é culpa das árvores, 8/11/2023, A4). A Prefeitura nada fez, e agora, a toque de caixa, quer contratar não sei quantas equipes de poda, despreparadas e fora de época, que vão mutilar as árvores sem o devido manejo. E a ausência de engenheiros florestais vem agravando ainda mais as podas indevidas (não são agrônomos que entendem de árvores!). A cidade carece de arborização urbana, mas, apesar do aumento do calor, a falta de cuidado com o verde tanto pelos órgãos autorizados quanto pela maioria das pessoas é sinal de falta de civilidade, cidadania e sustentabilidade. Preparem-se para aguentar as motosserras e a destruição do que resta do verde paulistano.

Heliana Angotti-Salgueiro, pesquisadora associada do Instituto de Estudos Avançados da USP

São Paulo

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Poder Judiciário

‘Sensação de impunidade’

A atitude de libertar presos que cometeram crimes brutais antes do cumprimento da sua pena – como analisado no editorial Sensação de impunidade (Estadão, 13/3, A19) – demonstra total falta de respeito com a sociedade que procura viver com lisura. De igual modo, é injustificável a Justiça anular as condenações de crimes como o assalto aos cofres públicos – especialmente os atos confessados por seus autores, inclusive com a devolução de fortunas afanadas. Libertar antes da hora criminosos que ceifaram vidas e anular a condenação de criminosos que se locupletaram do dinheiro público, na minha opinião, é a mesma coisa. Cumprimento, portanto, o procurador-geral da República, dr. Paulo Gonet, pela atitude de contestar a decisão judicial monocrática que beneficiou Antonio Palocci.

Hamilton Penalva

São Paulo

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Uma nova PGR

Oportuníssima a publicação, pelo Estadão, da matéria Procuradoria-Geral da República recorre de decisão de Toffoli que beneficiou Palocci (12/3, A7) e do editorial Ainda há Ministério Público em Brasília (13/3, A3). Recordar fatos como os transcorridos na Lava Jato sempre desperta na memória das pessoas, invariavelmente, a indignação e o inconformismo com julgamentos duvidosos, mas também a esperança de um dia, mais cedo ou mais tarde, ver a justiça ser feita. Parece-nos que surge uma nova Procuradoria-Geral da República (PGR), por meio de Paulo Gonet, que destemidamente desafia o ministro do STF Dias Toffoli, autor da anulação de processos de criminosos confessos, em decisões monocráticas, sem o referendo de seus pares, sem a contestação contumaz do Congresso Nacional e diante do silêncio incompreensível e inaceitável de partidos políticos, juristas e entidades de advogados e da sociedade civil. Isso é uma vergonha! Vale a pena, aqui, citar frase do representante da Transparência Internacional, Guilherme France, em denúncia à Organização dos Estados Americanos: “Se o Brasil antes exportava corrupção, agora exporta impunidade”.

Jorge Atique Cury

Barretos

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Governo Lula

Fora de sintonia

Cumprimento o Estadão pelo oportuno editorial O mundo arcaico de Lula (14/3, A3). O presidente está totalmente fora de sintonia com a realidade, não consegue se atualizar nem evoluir. Vai se arrastar até o fim do ano que vem, aos trancos e barrancos, perseguido por suas próprias ações desastrosas. Chega de demagogos, populistas e desqualificados! O País precisa de um mínimo de bom senso e moderação.

Flavio Calichman

São Paulo

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Os anseios do eleitorado

Como pesquisas já comprovam, a nomeação ministerial da beldade petista, uma passionária que mal consegue disfarçar seus finais intentos, não corresponde aos anseios do eleitorado, que vê as benesses do Bolsa Família evaporarem no calor da inflação.

José Guilherme Beccari

São Paulo

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Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

RELAÇÕES DO GOVERNO

Na declaração feita pelo presidente Lula em referência a Gleisi Hoffmann, durante evento no Planalto com Hugo Motta (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), acredito que poderia ter acontecido um desfecho mais positivo, sem as críticas, se o nosso presidente tivesse enaltecido primeiramente as qualidades e competências de Gleisi Hoffmann. Isso ajudaria a manter uma boa relação com o presidente da Câmara dos Deputados, destacando o fato de ser “bonita” como um predicativo do sujeito: “colocou uma mulher competente, capaz e bonita para ser ministra de Relações Institucionais”. Na minha modesta opinião, parece que as relações no governo consideram a beleza como um mérito para se ter uma boa relação entre governo e Congresso, em detrimento das experiências, da capacidade moral e intelectual, que acabam sendo relegadas a outras esferas. Que País é esse?

Gilberto Oliveira

Cotia

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INÚTIL CELEUMA

Claro que o presidente Lula incorreu em ato falho ao adjetivar a escolha de Gleisi Hoffmann para o cargo de ministra da Secretaria de Relações Institucionais. Todavia, é evidente que não foi o atributo físico que pautou a indicação. Goste-se ou não, a nova ministra tem trajetória política e liderança partidária, a par de ocasionais controvérsias próprias do ambiente democrático. Apesar de inapropriada para a ocasião, a referência ao físico de Gleisi Hoffmann não merece a celeuma criada. Pois parece, na verdade, que esteja sendo intencionalmente adubada como item a adicionar à campanha de esculhambação movida contra o atual governo, com precedentes, aliás, a exemplo do que sucedeu no segundo mandato de Dilma Rousseff.

Patricia Porto da Silva

Rio de Janeiro

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LULA E GLEISI

Numa frase em que Lula disse: “é muito importante trazer aqui o presidente da Câmara e o presidente do Senado. Porque uma coisa que quero mudar, estabelecer uma relação com vocês. Por isso, coloquei essa mulher bonita para ser ministra de Relações Institucionais, porque não quero mais ter distância de vocês”. Quais outros adjetivos o presidente poderia ter empregado para se referir à sua ministra sem que criasse estranhamento ou fosse tachado de machista? “Bonita” é proibido falar? Se fosse um homem e fosse chamado de bonito, estaria tudo bem? Nada indica, por todo o seu histórico, inclusive na relação com Gleisi, que Lula a escolheu para o posto por sua beleza.

Luiz França G. Ferreira

São Paulo

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CRITÉRIO TÉCNICO

Mais uma fala machista de Lula. Reduz a competência da mulher em detrimento de sua beleza. Quer dizer que seu critério técnico é a beleza? E a competência? Essa fala é um retrocesso para um líder que se diz defensor da inclusão. Cada vez que Lula fala, ele se revela e cai no conceito de suas admiradoras. Pobre do homem que só vê a beleza em uma mulher. É a pauta woke entranhada na mente machista do presidente. Para ele, o mérito é secundário. O pensamento continua sendo machista e misógino. Se fosse um outro dizendo isso, as telas estariam pegando fogo. Pelo visto, Nísia tinha razão quando disse que sofreu uma campanha sistemática e misógina, ao se queixar da desvalorização do seu trabalho, da sua capacidade e da sua idoneidade. Depois de ontem, Lula deixou claro o que espera das mulheres, certo?

Izabel Avallone

São Paulo

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NOVOS ERROS

Diante da crescente queda de popularidade e da perda de credibilidade de sua errática política econômica à deriva em mar revolto, o presidente Lula, de olho em sua reeleição em 2026, está fazendo o diabo para reverter o mau resultado das pesquisas de opinião pública. Com relações atravancadas e emperradas com um Congresso amplamente dominado por partidos de centro-direita, fez a péssima e descabida escolha de nomear a deputada federal licenciada Gleisi Hoffmann para a Secretaria de Relações Institucionais, responsável pela delicada tarefa das articulações políticas com os partidos. Como é sabido, Gleisi é conhecida por sua postura radical de esquerda, o que deverá levar o (des)governo Lula 3 a um conflito ainda maior e mais intenso com o Congresso. Como se vê, o presidente Lula não perde nenhuma oportunidade de falar asneiras e cometer novos erros a cada novo dia. Está mais perdido que cachorro em dia de mudança. Pobre Brasil.

J. S. Vogel Decol

São Paulo

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NOVAS LIDERANÇAS

O presidente Lula da Silva poderia dar um presente para o País e anunciar a sua oportuna e merecida aposentadoria da vida pública. O País precisa de novas lideranças políticas, novas ideias, novas competências e sangue novo correndo nas veias da Nação. Com Lula aposentado e Bolsonaro inelegível, o Brasil tem a chance de ser governado por alguém honesto e competente. A última vez que esse fenômeno ocorreu foi há mais de 20 anos, no governo de Fernando Henrique Cardoso. O Brasil pode sonhar com uma liderança que conduza a Nação para fora do pântano da corrupção generalizada, para longe do Terceiro Mundo, rumo ao desenvolvimento sustentável e com justiça social.

Mário Barilá Filho

São Paulo

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TEIMOSIA

Pensando em sair do buraco em que se meteu, o presidente Lula quer, a qualquer custo, melhorar sua aceitação jamais vista na história deste País. Planos e mais planos disponibilizando recursos para que os mais vulneráveis se enforquem cada vez mais constam no cardápio dos empréstimos com altos juros cobrados. Se Lula quer fazer algo de bom aos mais necessitados, deveria lançar a campanha juro zero. Desta forma, talvez consiga melhorar sua avaliação e sair da crise que se encontra. Mas essa dica é muito para a sua teimosia. Quem viver verá.

Júlio Roberto Ayres Brisola

São Paulo

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HOMEM DO SACO

Quando ainda menino, eu morria de medo do homem do saco. Eu acreditava na sua existência. Não tinha conhecimento de que ele era uma figura mitológica. Que alívio quando descobri que o danado não existia. Passei a dormir sem medo. Estou fazendo este relato para tranquilizar aqueles que acreditam que, caso o ex-presidente Bolsonaro se torne réu, o governo americano poderá salvá-lo. Tem gente que conta com essa façanha. Diz que o clã Bolsonaro é o xodó de Trump. Permita-me uma gargalhada. Se assim fosse, Eduardo Bolsonaro não teria acompanhado a posse de Trump em um estádio de basquete num telão, lá nos Estados Unidos. Não tenhamos medo. A existência dessa amizade é igual a existência do homem do saco. Bom sono para todos.

Jeovah Ferreira

Taquari (RS)

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POPULISTAS

Por aqui, o nosso presidente se esforça em produzir notícias negativas sobre si próprio e seu desastroso governo, como fica claro em mais um editorial O mundo arcaico de Lula (Estadão, 14/3, A3). Nos States, o presidente deles também está sendo muito bem sucedido na sua empreitada de colocar o mundo todo contra ele e tornando seu país alvo de críticas contundentes. Trump, com ideias revolucionárias, segundo ele, e Lula, com ideias retrógradas, segundo a maioria da população, seguem suas sinas de populistas que não entenderam as mudanças do mundo e tentam mudar achando que descobriram finalmente quem veio antes. Um acha que foi o ovo, e o outro que foi a galinha. Enquanto isso, a incerteza reina nos dois galinheiros.

Luiz Gonzaga Tressoldi Saraiva

Salvador

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GOVERNO TRUMP

Tudo leva a crer que os maiores desafios dos EUA estão ligados a sua situação fiscal, avaliada por especialistas como comparável à de alguns países do Terceiro Mundo. Aparentemente, só não entrou em regime de emergência porque conta com uma importante âncora: o controle e emissão da moeda adotada como referência de trocas no mundo – o dólar. Embora não seja possível dimensionar, talvez pela magnitude, o seu endividamento, é natural supor que possui um limite que infla gradativamente, formando uma bolha que pode estourar a qualquer momento, atingindo o mundo todo. Tal cenário traz a reboque alguns sérios inconvenientes, como a perda da dianteira tecnológica e de inovação, que podem desembocar em vários aspectos importantes, entre os quais, a segurança nacional. É óbvio que, antes de assumir, Trump foi colocado a par de tais desdobramentos. Assim, ao tomar posse, desencadeou uma série de iniciativas visando corrigir os grandes desníveis. Deste elenco de providências, constam ajustes tarifários que estão agitando o clima comercial até entre aliados históricos e a interferência, visando o interesse do país, em questões geopolíticas de regiões convulsionadas. É desejável, no entanto, que saiba até onde esticar as cordas.

Paulo Roberto Gotaç

Rio de Janeiro

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PRESIDENTE FAKE

O presidente Donald Trump deve precisar, e muito, do apoio de Elon Musk. Deixou-o brincar com seu filhinho, o pequeno X, dentro do símbolo do poder dos EUA, o Salão Oval, na presença de muita gente com cara séria. Após declarar que os carros elétricos “são bons se você tiver uma empresa de reboque” e desejar que os defensores da tecnologia “apodreçam no inferno”, agora está usando a própria Casa Branca como showroom para os carros Tesla. Mudar de ideais não é novidade, mas dar uma guinada de 180 graus desse jeito mostra uma personalidade muito oportunista. Que os palestinos e os ucranianos se cuidem com as soluções para seus conflitos sugeridas por este presidente 100% fake.

Omar A. El Seoud

São Paulo

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VIOLÊNCIA NO TRÂNSITO

Os assaltos e mortes por bandidos usando motos não tem fim. Gostaria de dar uma sugestão: são tantos os assaltos com motos, que eles deveriam usar capacete de ciclista (mais reforçado), para que seja possível ver o rosto, e andar a um limite de 30km/h. O teste poderia começar pelo futuro mototáxi. Além disso, organizar o trânsito, não permitir zigue-zague, travessias do lado direito e etc. Estas ações diminuiriam os acidentes e, com certeza, seria possível identificar os criminosos.

Olivio Mori Junior

São Paulo

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CARNAVAL

Sou moradora da Rua João Moura, e em todo Carnaval a rua é bloqueada, mas meu direito de ir e vir nunca foi afetado. Esse ano, fui impedida de entrar na minha rua. Um dos agentes de trânsito disse que são ordens do prefeito, e o outro disse pra eu estacionar onde desse e ir a pé. Acho que o Carnaval de rua é uma festa democrática, mas é um absurdo impedir as pessoas de poderem acessar suas casas.

Marcia Midori Takeuchi Andrade

São Paulo

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CALÇADA PARA AUTOMÓVEIS

As ruas são para os automóveis e as calçadas também. Esta parece ser a lógica das calçadas em muitas ruas de São Paulo, como na Avenida Onze de Junho, na Vila Clementino, onde os pedestres podem quebrar as pernas ao tentar caminhar em calçadas cheias de degraus para a entrada de carros em garagens. Com a palavra, a prefeitura da maior cidade do Brasil.

Paulo Sergio Arisi

São Paulo

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PAPA FRANCISCO

Eleito após a renúncia de Bento XVI. O argentino procurou neste tempo criar uma maior aproximação dos fiéis e humanizar a figura do pontífice com gestos de simplicidade. Francisco, 12 anos: uma revolução a partir do próprio nome. O ineditismo das palavras, dos gestos e, até mesmo, do silêncio são recordados neste marco comemorativo dos 12 anos de pontificado do Papa Francisco.

José Ribamar Pinheiro Filho

Brasília