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9 min de leitura

Crise na Venezuela

Nova eleição?

Nova eleição na Venezuela será a sugestão do Brasil, por meio do assessor de Lula para assuntos internacionais, Celso Amorim, para solucionar a crise política venezuelana. Será difícil entender que, sejam quantas eleições forem, Nicolás Maduro vencerá todas?

Mário Cobucci Júnior

São Paulo

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A palavra de Lula

Em 22 de julho, quando Maduro alertou sobre um “banho de sangue” caso ele perdesse as eleições, Lula falou: “Quem perde as eleições toma banho de votos, não de sangue”. E completou: “O Maduro tem de aprender que, quando você ganha, você fica, quando você perde, você vai embora e se prepara para disputar outra eleição”. E agora, quando Maduro não quer entregar o poder depois da eleição em que perdeu, faz sentido o Brasil pedir novas eleições? Quantas mais? Até Maduro ganhar uma? Lula, por favor, mantenha sua palavra e peça a Maduro para descer do pedestal em que se colocou. Os venezuelanos já disseram, no voto, o que querem. Se ele não descer, ao menos Lula mantém sua palavra e o Brasil, a sua honra.

Wilson Scarpelli

Cotia

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À espera de um milagre

“Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?!” (presidente Lula, sobre a recente eleição na Venezuela).

Maike André Marques

Itapira

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Ditadura

Gostaria muito de saber do senhor presidente Lula e do seu partido político, o PT, quais as diferenças básicas e fundamentais entre a ditadura do Brasil no período 1964-1985 e a da Venezuela sob a liderança de Nicolás Maduro. Isso porque parece que, dependendo dos interesses políticos ou, melhor, dependendo de quem são os que ocupam o poder, as ditaduras são condenáveis ou não, são execráveis ou não, são criminosas ou não.

Marcelo Gomes Jorge Feres

Rio de Janeiro

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Hora da decisão

Até quando Lula da Silva vai ficar em cima do muro na atual crise venezuelana?

Robert Haller

São Paulo

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Judiciário

Vale tudo?

De acordo com reportagem da Folha de S.Paulo, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes usou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para investigar e inflar denúncias contra bolsonaristas no inquérito das fake news, que corre no STF (Estadão, 14/8, A10). De cara, devo lembrar que não vale dizer que os meios justificam os fins. Se assim fosse, Sergio Moro não teria passado pelo que passou e a Operação Lava Jato estaria de pé até hoje. Parece que o supremo ministro cruzou a linha vermelha e até já se fala em um Moraesgate. O pedido de impeachment deve partir da oposição, mas o caso é tão grave que não seria surpresa se partisse até mesmo de alguém da situação. Não é de hoje que fatos estranhos vêm acontecendo no seio do STF. Vamos ver como os demais ministros vão se posicionar diante deste fato gravíssimo – diga-se de passagem –, que só veio à tona por obra de uma imprensa livre e democrática como a nossa.

Luiz Gonzaga Tressoldi Saraiva

Salvador

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Ciência

Água em Marte

Marte pode ter água escondida em oceano subterrâneo (Estadão, 13/8). De acordo com estudo baseado nas análises da sonda Mars Insight, da Nasa, o planeta Marte tinha rios e mares como a Terra, há 3 bilhões de anos. A água em Marte foi para o interior do planeta. Aqui, no ainda “planeta azul”, nós estamos apressando o fim do equilíbrio entre terra e água que permitiu o surgimento da vida como a conhecemos. Seres vivos, animais e vegetais demandam água e sol. Até quando a Terra continuará sendo o planeta da vida possível?

Paulo Sergio Arisi

Porto Alegre

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Trânsito

Faixa de pedestres

A propósito da matéria de 12/8 (A18) sobre a aquisição de novos radares para as rodovias paulistas e, inclusive, para a Região Metropolitana de São Paulo, não basta multar o excesso de velocidade e a quebra do rodízio. São, ainda, necessárias ações repressivas para o desrespeito às faixas de pedestres, sistematicamente ignoradas, o que é motivo de graves e cada vez mais acidentes. Cadê os marronzinhos?

Eurico Cabral de Oliveira

São Paulo

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Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

‘VAZA TOGA’

Sobre o recente episódio da Lava Toga, eu gostaria muito que o Senado Federal levasse adiante a ideia de submeter o citado ministro ao processo de impeachment. Sei que ainda não há provas suficientes, ou mesmo robustas para tal ato extremo. Até porque, para concretizar o procedimento, deveria haver a participação e a anuência de um ministro do Supremo Tribunal Federal (estarei certo?), e sei também que o processo serviria principalmente para atender a interesses pessoais e demagógicos de certos senadores, mas seria uma medida oportuna. A lista, já enorme, de arbitrariedades e injustiças cometidas por este senhor, perpetrando atos inconstitucionais e ilegais a pretexto de defender a Constituição e a Democracia, e que já têm ocorrido desde pelo menos as eleições de 2022, já são motivos suficientes para a abertura do processo. A recente decisão de negar a retirada provisória da tornozeleira de ré envolvida na baderna do 8 de janeiro, para a realização de exames destinados ao tratamento de um câncer, me parece a joia do bolo. Antes que me rotulem, não sou bolsonarista, apenas um cidadão que não suporta injustiças, muito menos truculência, mormente vindas de uma autoridade da República, que, a bem da verdade, não reúne as mínimas condições nem éticas, nem profissionais, de ocupar tão alto cargo. Sua nomeação foi apenas uma das poucas pisadas de bola do então presidente Michel Temer.

José Roberto dos Santos Vieira

São Paulo

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VALE TUDO NO TSE?

Parece ser um caso de “feitiço que vira contra o feiticeiro” a revelação de conversas entre servidores do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre pedidos de relatórios não previstos nas atribuições daquele órgão para subsidiar processos conduzidos em outro. Por consequência, expondo o ministro Alexandre de Moraes a possível processo de impeachment no Senado Federal (Sobre a reportagem Moraes usou TSE fora do rito regular para investigar bolsonaristas, afirma jornal (Estadão, 14/8, A10). O caso realça a incongruência do emprego de práticas antirrepublicanas justamente por quem estaria incumbido da missão de combatê-las, a acrescentar mais um fator ao rol de incertezas relacionadas ao desempenho de membros do Supremo Tribunal Federal (STF). Este tem sido alvo de ruidosas críticas, seja por declarações fora dos autos ou participação em eventos patrocinados por agentes envolvidos em processos sob julgamento no Supremo, seja por recentes observações do próprio Alexandre de Moraes expondo opinião pessoal sobre o quadro de concorrentes ao próximo pleito municipal, a sugerir ativismo político. Sem desconsiderar o princípio de in dubio pro reu, parece-me, entretanto, que o ministro Moraes anda mordendo o próprio veneno.

Patricia Porto da Silva

Rio de Janeiro

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‘VIÉS PARTIDÁRIO’

O todo poderoso ministro Alexandre de Moraes, o paladino da justiça e defensor da democracia, está enredado em suspeita de ilegalidades jurídicas contra bolsonaristas. É mais um ministro da Suprema Corte que julga com viés partidário e que não merece crédito.

Jose Alcides Muller

Avaré

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JUDICIÁRIO

Sobre a reportagem Moraes usou TSE fora do rito regular para investigar bolsonaristas, afirma jornal (Estadão, 14/8, A10). No século XVI, Maquiavel escreveu conselhos aos governantes sobre como manter e consolidar o poder. Dentre as suas sugestivas orientações, encontramos aquela que endossa a supremacia dos fins e relativiza os meios. O STF não exerce a função de governo, ainda que em alguns contextos isso apareça como tentação. Porém, em vários momentos, nossos eminentes ministros ultrapassam os limites do bom senso nas relações com outros poderes, beirando a maquiavélicos. É o que vemos na atitude de Alexandre de Morais que teria requisitado relatórios ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para o inquérito das fake news e das milícias digitais, com estratégias paralelas ao rito ordinário e oficial. Ora, a intenção (o fim) era boa. O ministro queria fazer justiça. Todavia, num Estado de Direito, a ilicitude dos meios questiona a manutenção e consolidação deste tipo de exercício de poder.

Luís Fabiano dos Santos Barbosa

Bauru

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‘INSUSTENTÁVEL’

A situação do ministro Alexandre de Morais está insustentável. O presidente do Senado e os senadores não podem mais segurar esta situação, esta agressão à Constituição e à nossa segurança jurídica.

Arcangelo Sforcin Filho

São Paulo

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ELEIÇÕES MUNICIPAIS

Tenho acompanhado o desespero de alguns jornalistas e candidatos depois que Pablo Marçal entrou no jogo para disputar a prefeitura de São Paulo. Em primeiro lugar, a internet está aí para mostrar deslizes de qualquer candidato. E se ele sobe nas pesquisas usando apenas as redes sociais, como estarão os marqueteiros que cobram um absurdo de seus candidatos e apresentam certos paraquedistas, que são financiados com o dinheiro público (dinheiro nosso) e se comportam tão mal em debates? Já vimos parlamentares serem presos, condenados por improbidade administrativa e que voltam aos cargos, governadores que são investigados na compra de respiradores. Basta um Google e temos uma infinidade deles. Um ex-governador é ministro bem ao lado do Lula. A pergunta que não quer calar: temos algum santo neste meio? Quem não é pecador que atire a primeira pedra.

Izabel Avallone

São Paulo

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‘REFRESCO NOS OLHOS DOS OUTROS’

Na edição desta quarta-feira, na coluna Internacional, matéria noticia que Lula sugere uma nova eleição para superar crise política na Venezuela (Estadão, 14/8, A12). Pimenta nos olhos dos outros é refresco. Por favor, presidente.

Marcelo Almeida Fonseca Azevedo

Minas Gerais

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‘ESTADISTA TUPINIQUIM’

O presidente Lula, com cara de paisagem, achou interessante propor ao amigo Nicolás Maduro novas eleições na Venezuela. Acha que, se depender das benditas atas, vai continuar esperando sentado. Na verdade, se conseguir convencer o amigão, certamente que o resultado não será aceito pelo ditador, como já fez com Edmundo González, e também, lá atrás, com Juan Guaidó. Será que o estadista tupiniquim se esqueceu ou está envergonhado com a sua atuação pacifista?

Júlio Roberto Ayres Brisola

São Paulo

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ELEIÇÕES FRAUDULENTAS

Absolutamente desprovida de sentido, para não dizer ridícula, a proposta do chanceler Celso Amorim, encampada pelo presidente Lula, de novas eleições na Venezuela, desta feita somente entre Nicolás Maduro e o opositor Edmundo González, e na presença de comitivas de observação internacionais. Ora, para começar, se Maduro, descaradamente, já havia proibido na eleição passada a presença de observadores de outros países como parte de seu plano premeditado de fraudar o resultado, por que permitiria agora? Mais importante, entretanto, é que a não divulgação das atas eleitorais já é prova inconteste de fraude. Não são novas eleições que farão de Maduro uma pessoa honesta, apta a aceitar uma eventual derrota. O governo brasileiro se nega a adotar uma atitude enérgica condenatória contra o caudilho venezuelano e apela para soluções que só pioram a imagem do Brasil.

Luciano Harary

São Paulo

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‘NA MESA DE BARGANHA’

O papel do governo Lula na crise da Venezuela é risível. Pedir a divulgação das atas eleitorais não é sério porque se Maduro tivesse vencido as atas seriam divulgadas. Propor nova eleição soa ridículo. Lula, apesar de sua ambição de ser um ator relevante no jogo das nações, não consegue superar as idiossincrasias ideológicas de uma esquerda dos anos 1960. A democracia é um valor inegociável e nem isto fica de pé na crise venezuelana, está na mesa de barganha com o ditador Nícolas Maduro.

José Tadeu Gobbi

São Paulo

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FALA DE LULA

Lula sugere novas eleições para Venezuela. Mas não foi Lula que disse que a democracia relativa da Venezuela tinha eleições demais?

Vital Romaneli Penha

Jacareí

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‘CARTILHA PETISTA’

Reza na cartilha petista que não se abandona um companheiro. Lula é amigo pessoal e aliado histórico do ditador venezuelano Maduro. É ingênuo achar que o demiurgo petista vai deixar seu colega na mão. Na pior das hipóteses, ele vai manter o silêncio – ou então vai dizer que os boletins de votação apresentados pela oposição não são confiáveis, como já declarou seu assessor Celso Amorim. A exigência de apresentação das tais atas é mero pretexto para empurrar com a barriga, ganhar tempo e não dar o braço a torcer ao confirmar a vitória de González. Lula têm obsessão pelo chavismo e pelo ditador Maduro. Seu apoio ao regime é incondicional. Em menos de 24 horas do término da apuração, seu partido se apressou em referendar o resultado que deu a vitória ao regime. A esta altura, a única saída honrosa para Lula seria ele dizer: Maduro, entrega o poder. Perdeu, mané.

Deri Lemos Maia

Araçatuba

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ESPERA

Lula está esperando. Um filho? Um neto? Não, Lula da Silva está esperando as atas das eleições na Venezuela. Está esperando sentado, claro. Como as atas não apareceram até hoje, Lula da Silva agora sugere novas eleições. Genial. Lula da Silva não é apenas o ser mais honesto que já pisou no planeta Terra, agora é também o mais inteligente. Pronto, basta convocar novas eleições e tudo estará resolvido. Me permita perguntar, presidente, quem serão os candidatos? A María Corina Machado estará na chapa da oposição? Quem e como irá atestar a lisura do novo pleito? O atual ditador, Nicolás Maduro, e as Forças Armadas fiéis a ele, estão de acordo com a realização das novas eleições? Se estão, quando foi esse acordo sensacional e espetacular? A oposição concorda com a nova palhaçada, desculpe, as novas eleições? Não precisa responder, presidente, assim como o macaco filósofo do programa Planeta dos Homens: “Não precisa explicar, eu só queria entender”.

Luiz Gonzaga Tressoldi Saraiva

Salvador

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‘ENRASCADA’

A sugestão de Lula (leia-se Celso Amorim) não passa de uma tentativa de ambos para diminuir o desgaste na enrascada que criaram; e que emparedou o PT e o desgoverno que está mais perdido do que cego no meio do tiroteio. Este é o resultado de se acumpliciar com ditadores: um manda Lula tomar chá de camomila, o outro expulsa o embaixador e o Brasil passa vexame. Somente os fanáticos e os ignorantes ainda acreditam na seriedade deste desgoverno.

Silvano Antônio Castro

São Paulo

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‘CAIR FORA’

É um acinte propor uma nova eleição na Venezuela depois da roubalheira generalizada promovida por Nicolás Maduro. O ditador tem que cair fora e não receber uma nova chance de fraudar a eleição de novo.

Mário Barilá Filho

São Paulo