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Cartas de leitores selecionadas pelo jornal O Estado de S. Paulo

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Por Fórum dos Leitores
7 min de leitura

Governo Lula

Propaganda da gestão

O marqueteiro Sidônio Palmeira assumiu a Secretaria de Comunicação Social (Secom) com o intuito de melhorar a imagem do governo, enfrentar fake news e “mostrar os feitos” dos diversos ministérios. Está certo. O que se espera de qualquer governo é que faça propaganda de si próprio, inclusive com intuitos eleitorais. Entretanto, Sidônio terá um trabalho homérico e não é difícil entender o porquê. Quem construiu a imagem do atual governo foi o presidente Lula da Silva e o PT, vários ministérios não mostraram feitos, pois não há nada a mostrar e será difícil combater fake news se o próprio governo frequentemente recorre a meias verdades para governar. Ou seja, o novo ministro da Secom só conseguirá fazer uma boa propaganda do governo se o governo fizer sua parte primeiro.

Luciano Harary

São Paulo

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Poder Judiciário

‘Superbrasileiros’

Inicialmente, parabéns ao Estadão por manter viva a questão dos vencimentos moralmente inaceitáveis, haja vista serem frutos (penduricalhos) de decisões internas dos Tribunais de Justiça espalhados nos Estados da Federação. Parece-nos que os supersalários fazem parte da estrutura do próprio Poder Judiciário, e assim os superbrasileiros que os recebem sentem-se totalmente confortáveis e sem qualquer constrangimento, pois creem ter esse direito. É preciso nos esforçarmos por um Brasil sem mordomia, austero e transparente.

Paulo Sérgio de Avelar Seixa

Ervália (MG)

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Tribunal de Alagoas

Ao ler que o Tribunal de Alagoas aprovou benefícios de até R$ 438 mil para juízes, só me restou bater palmas, afinal trata-se de Estado rico, onde toda a população é atendida como se vivesse no Primeiro Mundo, onde todos têm água tratada e esgoto e excelência em ensino e saúde.

Paulo T. Juvenal Santos

São Paulo

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Estatais

Ao Estado o que é do Estado

Parabéns ao Estadão pela excelente entrevista com o engenheiro Wilson Ferreira Jr. (‘O Brasil é o celeiro energético do mundo’, 15/1, B6). Impressionante a trajetória profissional desse jovem executivo. Além de autoridade técnica, destacou-se como dirigente de altíssimo nível de empresas privadas e estatais, como a Eletrobras. Ele provou, como CEO desta última, que, no rumo certo, com autonomia de comando, é possível sim uma empresa com controle acionário do Estado atingir seus objetivos e buscar, concomitantemente, resultados empresariais. Basta atuar supletivamente à iniciativa privada e acabar com o deplorável aparelhamento político, condição que, na época, lhe foi dada. Como resposta à indecência que se verifica atualmente na gestão dessas empresas, o Congresso deveria deixar claro que o comando da estatal não é do governo, e sim do Estado, seu acionista. Como tal, os seus votos nas assembleias de acionistas terão peso na proporção do seu capital investido, com um conselho de administração escolhido na mesma configuração e proporção, com o Executivo indicando apenas um terço dos seus membros e com reconhecida idoneidade técnica e moral, como é o caso do entrevistado. Os demais postos a completar a representação estatal seriam preenchidos por membros natos – definidos em lei – com interesses no desenvolvimento e perpetuidade da companhia.

Nilson Otávio de Oliveira

São Paulo

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Mobilidade

Odorico Paraguaçu

Excelente a coluna do caderno Mobilidade do Estadão desta quarta-feira (Sucupira está de volta?, 15/1, D8). Se não quiserem se igualar ao deplorável prefeito de Sucupira, da novela O Bem-Amado, os prefeitos devem assumir suas obrigações e responsabilidades na gestão e fiscalização do espaço de locomoção de suas cidades, defendendo a segurança e a vida das pessoas, cumprindo e fazendo cumprir o que a legislação determina.

Jaques Mendel Rechter

São Paulo

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Correção

Em parte dos exemplares do Estadão de quarta-feira, a frase atribuída a Giordano Bruno no primeiro editorial da página A3 foi grafada incorretamente. O dito italiano correto é: se non è vero, è ben trovato.

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Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

FERNANDO HADDAD

Leio que Fernando Haddad, enrolado ministro da Taxação e Mãos na Cabeça, sugeriu que os governadores de oposição telefonassem e agradecessem a Lula pela sanção da lei que estabelece novas regras para a renegociação de dívidas estaduais. Em resumo, disse que o presidente deixou de lado todas as divergências e colocou o País em primeiro lugar. Ministro, no lusco-fusco de suas tempestades, essa postura está parecida com a dos meninos guias de turismo de Olinda, que, perdidos na decorada alocução, a qualquer interrupção têm que voltar ao início do discurso para se fazerem inteligíveis. Em primeiro lugar, há algum tempo, o Brasil está no quesito corrupção, gastanças, falência, incompetência et caterva. Esse novo título não mudará a sua folha corrida, a prefeitura de São Paulo que o diga, enredo de um velho e triste filme de baixa bilheteria. Tampouco, torna-lo-á competente, doravante. Infelizmente, porque o presidente já se comparou a Deus, e assim acredita, independentemente da rotineira falta de acertos nos números, projeções e decisões de seu governo. Com essa fala, Haddad, o seu lugar está garantido no topo do Olympus. Diante da falta de matéria-prima de qualidade na construção de sua casinha, o seu pobre autoelogio tem a ver com os discursos de posse de um certo Napoleão, CEO do hospício chamado Brasil. Valha-me Deus.

Celso David de Oliveira

Rio de Janeiro

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MEIA PALAVRA BASTA

Crie fama e deite na cama. Diga-me com quem andas e te direi quem és. Filho de peixe, peixinho é. Para bom entendedor meia palavra basta. O governo quer combater as fake news que propagam que o Pix será taxado. Perfeito. Mas quem tem um ministro da Fazenda conhecido por Taxadd não pode reclamar que notícias falsas se espalhem. Afinal, onde há fumaça (quase sempre) há fogo. E antes que o governo queira me processar, que fique claro: o Pix não será taxadd.

Luiz Gonzaga Tressoldi Saraiva

Salvador

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LEI LULA DA SILVA

O Brasil deveria criar a lei Lula da Silva estabelecendo que pessoas inimputáveis por lei ficam proibidas de exercer qualquer cargo público. Uma pessoa que não responde pelos seus atos não deveria governar o país nem exercer qualquer atividade pública. O presidente Lula da Silva saiu da cadeia por nulidades processuais, deveria ter sido julgado novamente, não foi porque com a sua idade avançada não haveria tempo para o novo julgamento, Lula se tornaria inimputável antes da nova sentença. Graças a essa lambança jurídica o País vai seguir assistindo Lula da Silva, lépido, faceiro e inimputável, governando o país por oito longos anos. A Justiça brasileira precisa criar vergonha na cara.

Mário Barilá Filho

São Paulo

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VERDADEIRO PROBLEMA

O problema do governo Lula 3 não era o ministro que foi substituído na Secretaria de Comunicação Social (Secom). É o próprio presidente da República. Como se sabe, não há propaganda boa que venda um produto de má qualidade.

J. S. Decol

São Paulo

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MEDIOCRIDADES E TOLICES

Mark Zuckerberg e sua empresa Meta, dona do Facebook, Instagran e WhatsApp, responderam ao governo do Brasil que desejam que as pessoas falem abertamente nas redes sociais. A questão é que a maioria das pessoas não tem informações realmente corretas e confiáveis sobre qualquer tema, como os jornalistas profissionais, cujas informações e opinião é publicada em órgãos de imprensa responsáveis pelo que publicam. Umberto Eco, o notável escritor italiano, afirmou que “a internet deu voz aos idiotas”. As redes sociais, um esgoto de opiniões imbecis, estapafúrdias e odiosas, não podem jogar esse lixo ao ar, contaminando o mundo com suas mediocridades e tolices.

Paulo Sergio Arisi

Porto Alegre

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RESPONSÁVEIS

Em países civilizados e democráticos os seus cidadãos são responsáveis pelo que fazem e escrevem. No Brasil, parece que é o Estado que quer cuidar disso. Não gosto.

Luiz Frid

São Paulo

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GOVERNO PRESIDENCIAL

Com decisões conflitantes, arrecadatórias e aparentemente obrigatórias, o Brasil criou o governo presidencial, com mais poderes do que o governo federal, Estadual e municipal, com políticos sem voz, mas com muito dinheiro no bolso.

Carlos Gaspar

São Paulo

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PAPO FURADO

A depender desse governo, o aquecimento global vai piorar. Estão na base do discurso sem um plano. Até agora não se sabe quem é a autoridade climática e para que vai servir, tampouco se sabe quem é o presidente da COP-30, que será em novembro. O que se sabe por enquanto é que os hotéis estão lotados. Recentemente, o fogo consumiu o Cerrado, o Pantanal, a Amazônia e muitas plantações país afora. Assustou o Brasil, que convive com a letargia de um governo que colocou a culpa na mudança climática. Mas qual planejamento foi apresentado? Tudo que se vê é a moleza da ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, e a demagogia de Lula, só pensando na COP cujo objetivo é pedir doações. Resolver o problema que é bom, nada. Sobra muito papo furado e falta planejamento. O tempo urge.

Izabel Avallone

São Paulo

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ALÍVIO TEMPORÁRIO

O recente acordo de cessar-fogo firmado entre o grupo Hamas e o Estado de Israel representa um alívio temporário para os inocentes de ambos os lados, que têm sofrido as consequências diretas do conflito. Esse entendimento traz à tona a possibilidade de segurança e estabilidade em uma região marcada por um histórico de tensões profundas, onde frequentemente se discursa sobre a paz, mas raramente se concretizam ações efetivas para promovê-la e preservá-la. Embora o cessar-fogo constitua um passo significativo, sua eficácia dependerá da disposição mútua para buscar soluções diplomáticas que respeitem os direitos humanos e promovam a coexistência pacífica. É imperativo que a comunidade internacional atue de forma diligente para apoiar medidas que transformem o cessar-fogo em uma base sólida para um futuro de diálogo, respeito mútuo e reconstrução das condições de vida para todas as partes envolvidas.

Luciano de Oliveira e Silva

São Paulo

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CONSTRUÇÃO DE TERCEIRA PISTA

Quem já viajou de carro ou ônibus para Santos em qualquer dia do ano sabe da urgência de se resolver o caos que se forma ao se aproximar da cidade e de seu porto. Se for época de safra, pior ainda. Urge uma nova pista para descer e subir a serra ou a economia deste país ficará mais estrangulada do que já está. O projeto apresentado para a terceira via fala sobre uma descida mais suave que as existentes para que possa facilitar a movimentação de caminhões. A recomendação técnica é que a via ideal seja de 5% de declividade, não muito longe da declividade máxima permitida para trens que é de 3%. De 5% para 3% parece que é pouco, mas não no projeto de engenharia. Não sei qual será a declividade, já que para caminhões varia entre 12% máxima aos 5% ideais. Deixo uma pergunta como leigo, mas também como cidadão preocupado com o futuro: por que não projetar a terceira via de forma que no futuro possa ser transformada em ferrovia? É de conhecimento que o transporte por caminhões não é o ideal, principalmente na escala que se tem da produção nacional, assim como para o fluxo ideal e necessário no porto de Santos. Tenho plena consciência de que o problema é muito mais complexo, mas por que não investir já pensando em possibilidades futuras? A pergunta é pertinente. Especialistas dizem que o correto seria levar em consideração desde já a ampliação viária que se fará necessária a médio prazo.

Arturo Alcorta

São Paulo