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Cartas de leitores selecionadas pelo jornal O Estado de S. Paulo

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10 min de leitura

Oriente Médio

A resposta israelense

O sistema de defesa antiaérea de Israel frustrou de forma formidável o ataque de centenas de drones e mísseis disparados pelo Irã contra o território israelense. Segundo fontes de notícias, 99% dos projéteis foram interceptados. Israel discute uma resposta ao ataque. Resta saber se a reação será na mesma proporção. Joe Biden aconselha Netanyahu a não contra-atacar. Considera que o sucesso da defesa já é por si uma vitória. O G-7 se solidariza com Israel. O Conselho de Segurança da ONU faz reunião de emergência sobre o conflito, mas termina sem consenso. O Itamaraty diz acompanhar o caso com grave preocupação, mas não condena o ataque. E Lula, que é persona non grata em Israel, silencia. Um eventual agravamento da crise terá consequências na economia mundial. O papa Francisco faz um pedido pelo fim das hostilidades. Cabe a nós rezarmos para que os governos envolvidos ajam com bom senso e evitem a guerra.

Deri Lemos Maia

Araçatuba

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Governo Lula

Conselheiros externos

Lula recorre a núcleo de conselheiros nas crises e quer dar um ‘chacoalhão’ no governo (Estadão, 14/4). A matéria cita seis nomes: tirando o economista Luciano Coutinho, o prefeito de Araraquara, Edinho Silva, e o publicitário Sidônio Palmeira, sobram um leão de chácara de Lula (Paulo Okamotto), um ex-presidiário pego no mensalão (ex-deputado João Paulo Cunha) e o ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli, que ajudou a quase quebrar a estatal na era da corrupção petista, com a compra superfaturada da refinaria de Pasadena, nos EUA. Ora, com conselheiros dessa estirpe, se chacoalhar demais, é provável que Lula caia.

Paulo Panossian

São Carlos

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Sistema penitenciário

Remédio fatal

O sistema penitenciário brasileiro está falido há muito tempo. Pune de maneira desumana, não ressocializa. Os que de lá saem retornam à sociedade muito piores do que entraram. E, para piorar o que está péssimo, o Congresso Nacional apresentou um remédio que vai ferir de morte o paciente: o fim das saídas temporárias para os apenados que preenchem condições predeterminadas. O índice nacional de retorno é de 95%. Ou seja, tal medida tem o potencial de implodir o sistema! O populismo não pode nos levar ao caos. Que os especialistas sejam ouvidos, antes que se cometa um erro imenso.

Celio Cruz

Recife

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‘Saidinha’ não é favor

Se todos os brasileiros, e principalmente os nossos parlamentares, lessem o editorial ‘Saidinha’ não é favor aos presos (Estadão, 13/4, A3), com certeza decidiriam pela manutenção do benefício. Mas preferirão fazer o fácil, proibindo a “saidinha” e posando de preocupados com a segurança diante de seus eleitores, em vez de conscientizá-los de que a “saidinha” não é o grande problema – ao contrário, ela ajuda para o dia em que os presos voltarem ao convívio da sociedade.

J. C. C. Marques Zeca Rocêro

São Paulo

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Vida na cidade

Bairros agradáveis

Calçadas corretamente construídas, bem conservadas e desobstruídas são o básico para que se forme um bairro agradável, como propõe o guia My neighborhood, da ONU Habitat (Estadão, 13/4, C6 e C7). Em nível nacional, o Código de Trânsito Brasileiro determina as regras básicas de configuração e uso das calçadas, que na cidade de São Paulo são muito bem detalhadas na legislação local, mas infelizmente não são aplicadas e muito menos fiscalizadas adequadamente. É fundamental que os eleitores de todo o País saibam dos candidatos a prefeito de suas cidades quais são seus planos e programas de governo a respeito.

Jaques Mendel Rechter

São Paulo

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Arte e sociedade

Missão dos museus

Sobre a matéria Museus como antídotos ao preconceito (Estadão, 13/4, C3), os museus podem e devem contribuir para combater preconceitos. Para isso, a diversidade e o respeito ao outro devem mesmo estar na raiz da missão de museus e outras instituições culturais. Isso é tanto mais importante quando o desrespeito e a falta de empatia são reforçados pela imersão de tantos em bolhas que desconsideram tudo o que está fora e é diferente. Toda luta pelo convívio deve ser saudada e emulada.

Pedro Paulo A. Funari, professor titular do Departamento de História da Unicamp

Campinas

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Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

RESPOSTA DO BRASIL

Conforme noticiado, o embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine, manifestou com razão seu desapontamento diante da descabida falta de condenação por parte do governo Lula da Silva aos ataques do Irã contra Israel na noite do último sábado, 13/4, dia de descanso sagrado para os judeus. Assim como prega o ditado “quem cala consente”, quem não condena igualmente o faz. Como se vê, o governo Lula não perde nenhuma oportunidade de se colocar claramente contra o governo de Israel, seja apoiando o grupo terrorista Hamas ou o Irã. Vergonha!

J. S. Decol

São Paulo

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REUNIÃO DO G-7

Ao verificarmos as reuniões das lideranças mundiais quando tomam decisões que influenciam posturas sobre as guerras e economias globais, ficamos impressionados. De modo geral, são lideranças de idade avançada que se comportam de maneira quase infantil, fato que causa consequências gravíssimas para toda a humanidade. Esperemos que, o mais breve possível, ditos líderes sejam trocados por novos substitutos que permitam que futuras decisões sejam tomadas de forma a aliviar as tensões globais que vivenciamos agora.

José de Anchieta Nobre de Almeida

Rio de Janeiro

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TENSÕES GEOPOLÍTICAS

O ataque do Irã contra Israel não causou danos, não houve qualquer vítima. O formidável domo de defesa de Israel funcionou perfeitamente, porém, essa defesa custou mais de um bilhão de dólares para Israel. Centenas de drones de baixa performance, baratos mas perigosos, foram disparados pelo Irã e neutralizados por mísseis caríssimos disparados por Israel. Fica claro que uma guerra nesses termos é insustentável. O país que usar mísseis que custam um milhão de dólares cada para derrubar drones de 50 mil dólares irá à falência em pouquíssimo tempo. O recado de Teerã não poderia ter sido mais claro.

Mário Barilá Filho

São Paulo

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CONFLITO NO ORIENTE MÉDIO

Pela lógica, se Israel acha que tem o direito de matar comandantes da Guarda Revolucionária Islâmica na Síria e no Líbano, o Irã tem o direito de se defender. Foi o que fez, mandando alguns drones que foram abatidos. Para não escalar mais o conflito, o Irã anunciou, logo em seguida, que não mandaria mais drones. Agora cabe aos cinco membros do gabinete de guerra de Israel, que têm poderes de tomada de decisão, decidir o que fazer: continuar provocando Irã e Hezbollah, o que desestabiliza ainda mais Síria e Líbano, ou tentar resolver a crise humanitária sem precedentes em Gaza. Observando o comportamento de Benjamin Netanyahu, não tenho muita esperança de que ele realmente queira resolver a crise. Parece que seu plano é tornar a Gaza inabitável, sem se importar com os mais de 33.207 mortos, entre os quais 13.000 são crianças, além dos reféns israelenses que, surpreendentemente, não são mais importantes.

Omar El Seoud

São Paulo

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CONFLITO IRÃ-ISRAEL

Conforme alerta dos Estados Unidos neste sábado, 13/4, o Irã, com centenas de drones e mísseis, atacou Israel. Porém, 99% destes aparatos utilizados contra Israel foram interceptados com sofisticados equipamentos da França, Inglaterra e EUA, e também pelas tropas de Benjamin Netanyahu. O estrago foi pequeno. Fala-se em 12 israelenses feridos. O que vem por aí ninguém sabe. Israel diz que vai responder à altura. Já o Irã afirma parar por aí, a não ser que Israel faça novos ataques. Enquanto esses líderes irresponsáveis e desumanos continuarem brincando de pega-pega, a economia mundial vai continuar capengando.

Paulo Panossian

São Paulo

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PLANETA TERRA EM RISCO

Neste domingo, 14/4, o noticiário mostrou os ataques do Irã a Israel como represália ao ataque à sua embaixada. Lembrei que a humanidade jamais esteve tão perto da extinção como agora, devido ao aquecimento global, com as emissões dos gases de carbono, decorrentes da industrialização que provoca o efeito estufa, aumentando a temperatura média do planeta. Nós estamos correndo um risco iminente de sermos os dinossauros da vez e por culpa exclusivamente nossa, por termos aquecido demais o planeta. Nossos cientistas já comprovaram que a nossa mãe Terra é um sistema termodinâmico fechado, que troca calor, mas não matéria com o seu exterior. Um parente dela é o nosso refrigerador. Esse sistema obedece às quatro leis da física, comprovadas pelos cientistas, jamais as dos políticos metidos a entenderem o que ignoram completamente. Portanto, quando os chefes de Estado se acham no direito de tomar decisões que não têm a mínima lógica, via de regra desastradas, nos aproximam cada vez mais do nosso fim inexorável. Como, por exemplo, com o “desmatamento zero na Amazônia até 2030″, nada a ver com as demais metas estabelecidas no Acordo de Paris. Assistindo às reportagens de ontem, com as bombas sendo destruídas e explodidas, criando mais gases do efeito estufa, foi automático lembrar do saudoso samba de Adoniran Barbosa, Saudosa Maloca, já com a adaptação: “cada bomba que caía, doía no coração”, pois todas produzem mais gases do efeito estufa, tornando a nossa “maloca” cada vez mais inabitável para nós. E nos aproximando ainda mais do nosso fim. Ou a Organização das Nações Unidas (ONU) modifica o seu estatuto e acaba com o inútil Conselho de Segurança, com cinco países com direito a veto especial, ou sua existência é só uma organização para assuntos menores. Cabe à ONU resolver esse imbróglio.

Gilberto Pacini

São Paulo

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DÚVIDAS NO STF

Se a Constituição valesse mesmo, o Supremo Tribunal Federal (STF) seria diferente. Como a Constituição é genérica, uma para cada assunto, a única certeza no STF é que tudo são dúvidas.

Arcangelo Sforcin Filho

São Paulo

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JUSTIÇA DE CURITIBA

Aos poucos a farsa da Lava Jato é desconstruída. O juiz corregedor Luiz Felipe Salomão afastou a juíza Gabriela Hardt e três desembargadores da Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) que apoiavam e copiavam todas decisões do ex-juiz Sérgio Moro. É o processo de limpeza, higienizando a Justiça da república de Curitiba .

Sylvio Belém

Recife

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APURAÇÃO NOS TRIBUNAIS

A mídia nos informa que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) está fazendo uma apuração na 13ª Vara Federal de Curitiba para verificar se há irregularidades nos julgamentos. Acho uma ótima ideia e, melhor ainda, que se façam correções em muitos mais Tribunais no Brasil. Uma estatística já antiga dizia que cerca de quarenta por cento dos presidiários estão presos sem julgamento de primeira instância. Além disso, o Congresso pretende acabar com o foro privilegiado porque começar pela primeira instância leva muito mais tempo e favorece deputados e senadores. É a melhor prova de que o Judiciário não funciona. Que se ponham a trabalhar!

Aldo Bertolucci

São Paulo

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PENDURICALHOS ADQUIRIDOS

A notícia comentada no editorial Vem aí outro penduricalho adquirido (Estado, 14/4, A11) é um autêntico escárnio. Que motivos mobilizam o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e o senador Davi Alcolumbre em defesa desse privilégio em um Judiciário que consome recursos três vezes mais do que gastam os judiciários dos outros países? Ao invés de procurar reduzir esse custo indefensável num País carente de recursos para educação, saúde, segurança e programas sociais, essas autoridades mais parecem um penduricalho do Judiciário.

José Elias Laier

São Paulo

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BENEFÍCIOS PARA O JUDICIÁRIO

A edição de hoje traz novamente um editorial que deveria chocar o contribuinte, intitulado Vem aí outro penduricalho adquirido (Estado, 14/4, A11). Trata-se de mais uma vergonha que o Legislativo defende para o Judiciário, de um adicional de 5% ao salário de juízes e procuradores a cada cinco anos. Dinheiro para isso há mas, para os idosos cuja esperança era a chamada revisão da vida toda, não existe.

Heleo Pohlmann Braga

São Paulo

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APOIO DO LEGISLATIVO

Nem todos são iguais perante a lei, segundo a Constituição. Entretanto, os membros da magistratura e do Ministério Público, embora contando já com inúmeros penduricalhos em seus vencimentos, desejam mais. E contam com políticos do Poder Legislativo para a satisfação de seus desejos. Eis que o atual presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e o anterior, o senador Davi Alcolumbre manobram para a concessão de adicional automático de 5% dos vencimentos, a cada cinco anos. Muito bem critica o Estadão no editorial Vem aí outro penduricalho adquirido (14/4, A11), relembrando que criam distorções para apresentar soluções. Entretanto, essas soluções criam desigualdades e sangram o erário. Ainda, como questionamento cabível, é de se perguntar se os referidos beneficiários fazem jus às benesses de que gozam há anos? Os processos andam em ritmo normal? As decisões são prolatadas com a devida brevidade? Enfim, a população gosta/respeita os integrantes das carreiras prestigiadas ou dispensam a elas críticas contundentes?

José Carlos de Carvalho Carneiro

São Paulo

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DISCUSSÃO SOBRE A SAIDINHA

Qual será o verdadeiro significado do termo “ressocialização” agora que a “saidinha” foi extinta pelo Congresso Nacional por meio de um projeto de lei, vetado em parte por Lula, com todas as consequências políticas que começam a pipocar no radar? Literalmente, “ressocializar” pode, no contexto, significar o preparo de presos merecedores, por vários motivos, de nova oportunidade de retorno ao convívio social normal. É, no entanto, uma definição genérica emitida por leigo, nada versado em leis, somente com pequeno lastro de bom senso. Assim, minha curiosidade é remetida à comparação. A maioria dos países regidos pelo modelo democrático privilegia alguma forma de ressocialização diferente do puro e simples cumprimento total da pena, eventualmente atenuado, após determinado período, com algum tipo de condicional decidido em cada caso pela justiça? Por outro lado a “saidinha” em datas notáveis, com retorno depois de alguns dias à reclusão, segundo o modelo brasileiro, é praticada em algum deles? Como cidadão, gostaria de obter alguma informação sobre essas duas indagações, em que pese a complexidade do assunto.

Paulo Roberto Gotaç

Rio de Janeiro

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EDUCAÇÃO NO BRASIL

Foi noticiado que o governo Lula não reiniciou mais de três mil obras de educação. Depois somos obrigados a ouvir o discurso mentiroso de que o governo se preocupa com a educação. Basta ver a situação em que se encontra o Ensino. Uma total falta de respeito com quem paga imposto e gostaria de ver esse País andando para frente. O fato é que são milhares de pessoas penduradas em cargos, sem resolver absolutamente nada, ganhando uma fortuna e tirando das crianças a oportunidade de ter uma educação de ponta. Mas no Brasil é assim, promete-se muito e não se cumpre nada.

Izabel Avallone

São Paulo

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INCLUSÃO NAS ESCOLAS

Excelente artigo de Renata Cafardo sobre a inclusão de autistas nas escolas, intitulado Polêmica sobre inclusão de autistas na escola: quais as propostas e por que divergem tanto? (Estado, 15/4) que, diga-se a princípio, no Brasil não existe. O que existe é uma utopia, palavras, planos, ideias lindas que na prática não funcionam. Temos hoje uma política voltada somente para autistas e se esquecem das diversas outras síndromes. Apesar da Lei Brasileira de Inclusão determinar atendimento por toda a vida, tenho uma filha de 42 anos, deficiente intelectual, que não consigo matricular de forma alguma numa escola especializada porque o Estado oferece uma escola que os próprios membros da diretoria de Ensino não recomendam para ela. Com isso, tivemos o azar de termos entrado com um processo na Justiça e ter caído em uma Vara onde o juiz é omisso. Apesar de ter concluído toda a fase de instrução já há algum tempo, o magistrado não decide, não julga e não sentencia. Um absurdo, pois não nos dá a chance de ao menos recorrer a uma instância superior. Enfim, a inclusão no Brasil só é bonita nos planos do MEC e das Secretarias de Educação.

José Renato Nascimento

São Paulo

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PROBLEMAS COM A OPERADORA

A mesma imposição da Justiça à Enel deveria ser imposta para todas as empresas de telefonia e internet. Estamos há três dias sem internet fixa da Vivo aqui em casa, e após inúmeras ligações solicitando visita técnica para resolver o problema do fio da rua que escapou, não apareceu nenhum técnico ainda. Outro problema histórico que enfrentamos com a operadora é o não envio das faturas pelos Correios. Todas elas são eficientes somente na hora de vender seus produtos e serviços, depois abandonam os clientes.

Eliel Queiroz Barros

São Paulo