Forum Dos Leitores

Fórum dos Leitores

Veja mais sobre quem faz

Fórum dos Leitores

Cartas de leitores selecionadas pelo jornal O Estado de S. Paulo

exclusivo para assinantes
Por Fórum dos Leitores
9 min de leitura

Apostas online

Bloqueio

Plataformas de apostas online que não pediram autorização à Fazenda para operar no País serão retiradas do ar no dia 11 de outubro pela Anatel (Estadão, 1º/10). Se a Anatel tiver a mesma eficiência que tem para bloquear golpistas, falsos fornecedores de crédito consignado do INSS e empresas de telemarketing abusivas com o bloqueio de 500 a 600 sites de apostas não regulamentados, conforme disse o ministro Fernando Haddad, os apostadores podem ficar tranquilos, vão apostar por muito tempo ainda.

Vital Romaneli Penha

Jacareí

*

Paliativo

Neste momento o Brasil está sob grave ataque, que, apesar de dissimulado e silencioso, produz danos imensuráveis à sociedade, à economia, à ordem pública e até à soberania nacional. Refiro-me à ofensiva extremamente agressiva das chamadas bets, que se transformaram num braço do crime organizado para lavagem de dinheiro (e esse é o menor dos problemas). Urge que essas apostas online e sua respectiva publicidade sejam imediatamente suspensas e proibidas em todo o território nacional. Qualquer coisa diferente disso é mero paliativo. Ademais, ficou evidente que o beneficiário do Bolsa Família que tenha feito esse tipo de jogo não precisa, de fato, do benefício.

Milton Cordova Junior

Vicente Pires (DF)

*

STF

Prejuízo moral e financeiro

Na semana que passou, o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), livrou de punição mais um réu da Operação Lava Jato. Do alto de seu comprometimento com o sr. Lula da Silva, o ministro anulou todas as condenações do ex-presidente da construtora OAS, Léo Pinheiro. Com base em argumentos questionáveis, o ministro vai tomando decisões monocráticas sem nenhuma reação dos seus pares do Supremo. O prejuízo moral e financeiro é enorme. Até quando ele pode, por sua conta exclusiva, alterar o passado, tentando apagar uma das páginas mais sujas de nossa história, na qual seu padrinho político é um dos protagonistas?

Celso Battesini Ramalho

São Paulo

*

E o colegiado?

O ministro Dias Toffoli, sozinho e mais uma vez, anulou todos os processos contra um réu confesso da Operação Lava Jato. Os outros ministros, por não se manifestarem diante dessa decisão monocrática, são cúmplices. E o Senado, calado, compactua com esse desmando. Vergonha!

Antonio Manoel Vasques Gomes

Rio de Janeiro

*

‘Recivilização’

Como boa parte dos brasileiros, tenho acompanhado estarrecido algumas atitudes tomadas recentemente no Supremo Tribunal Federal. Vejamos: num tribunal que, por origem, devem ser tomadas decisões colegiadas, são excessivas as decisões monocráticas. Num tribunal que, por origem, deve julgar matérias constitucionais, atualmente se julga até briga de cão e gato. Um tribunal que, por origem, deve se ater à Constituição, hoje não a respeita em vários casos. Um tribunal que, por origem, não tem função recivilizatória, agora nos propõe, segundo o ministro Luís Roberto Barroso, a “total recivilização do Brasil” como parte de suas funções. Afinal, quem tem de ser recivilizado?

Joaquim Antonio Pereia Alves

Santos

*

Decepção

O Estadão se superou com os dois excelentes e importantes editoriais de 1º de outubro: Um estranho conceito de civilização e Papelão do Brasil na ONU. Sua análise deixa claros os porquês da grande decepção de muitos brasileiros – e não apenas de bolsonaristas – com o STF e com o governo Lula 3.

Marcos Lefevre

Curitiba

2 de outubro de 1932

Memória cívica

Numa época em que os valores éticos e morais andam tão desprezados por algumas de nossas autoridades representativas, carece ser ressaltada a data histórica de 2 de outubro de 1932, que marca o protocolo celebrado entre o Alto Comando da Revolução Constitucionalista e o governo ditatorial de Getúlio Vargas, objetivando a cessação das hostilidades e a definição das regras para o término do movimento que buscava uma Constituição para o nosso país. A luta dos paulistas não foi em vão, pois em 1933 uma Assembleia Constituinte se forma e já em 1934 é promulgada a almejada Constituição. Aos que lutaram e morreram, a eterna gratidão dos que amam a liberdade.

Pedro Paulo Penna Trindade

São Paulo

*

Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

ESTRANHO CONCEITO

O editorial Um estranho conceito de civilização (Estadão, 1/10, A3) é brilhante sobre vários aspectos que assolam atualmente o Supremo Tribunal Federal (STF). A Constituição está sendo rasgada diariamente por esta corte totalmente aparelhada. Voltamos a ter presos políticos, exilados e presos condenados a 17 anos sem que tivessem um inquérito aberto. Como estão livres de punição, agem como bem entendem e isso vai subindo à cabeça na medida em que se julgam os messias de hoje. Vivem presos numa redoma de vidro amparados por seguranças e se deliciam com lagostas e vinhos nobres. Um mundo a parte, sem dúvida, de alto custo financeiro para um país pobre como o Brasil. Acrescento ainda, a título de colaboração com o editorial, que ficou esquecido o caso mais simbólico de todos, ou seja, o do sr. Sérgio Cabral que dispensa comentários. Aqui, o ilustre salvador da pátria foi o ministro Gilmar Mendes. Para encerrar, embora existam diversos fatos ainda, lembro também que o arrogante ministro Luís Roberto Barroso defendeu um terrorista italiano aqui no Brasil e era também cliente de João de Deus. Menos, ministro, menos.

Nelson Falseti

São Paulo

*

PAPELÃO

O editorial do Estadão Papelão do Brasil na ONU (Estadão, 1/10, A3) foi brilhante. Abordou o assunto de como o Brasil, erroneamente, está conduzindo a sua política internacional. Uma vergonha. O discurso do presidente Lula no México nos envergonha e contém dados fora da realidade. Quando ele menciona que em Gaza morreram 41.000 mulheres e crianças, fico me perguntando se não morreram homens, sejam terroristas ou não. É um discurso dirigido que mostra muito bem a política deste partido que infelizmente o presidente pertence.

Mendel Szlejf

São Paulo

*

SEGURANÇA PÚBLICA

A mídia nos informa constantemente de operações da Polícia Federal que envolvem inteligência, pesquisa, prisões e definição de acusações. A quantidade de operações nos surpreende e compreendemos que as investigações demoram por causa do seu grande volume. O que não se compreende é o que faz a Polícia Civil, a Polícia Militar e as Polícias Municipais. Não se vê mais os policiais pelas ruas aplicando multas ao estacionamento em locais proibidos, há uma enorme quantidade de crimes não solucionados, bandidos condenados não são presos e suspeitamos que os policiais não estão preparados para os crimes digitais. É essa estrutura que garante a segurança da população?

Aldo Bertolucci

São Paulo

*

COMÉRCIO DE ARMAMENTOS

Os senhores das armas sempre ganham. Junto com as drogas e a religião, é o ramo do comércio mais rentável que existe hoje. Os analistas procuram explicar a escalada do conflito, mais uma vez, no Oriente Médio, pensando na existência dos povos, espaço vital, história e cultura de ocupação, etc, quando é o comércio de armamentos a maior razão para tais ações. Muitos estudos foram feitos avaliando o enriquecimento dos envolvidos quando as guerras terminam, ou melhor, são suspensas.

Adilson Roberto Gonçalves

Campinas

*

‘NADA CIVILIZATÓRIO’

O STF civilizador de Barroso completa um ano de anulações da Lava Jato (Estadão, 1/10). Pois para mim e muita gente com caráter e inteligência, as anulações de condenações de contraventores e criminosos, no âmbito da Lava Jato, que desviaram, inquestionavelmente, montantes financeiros astronômicos via corrupção, recebimento e distribuição de propinas, não é nada civilizatório, muito pelo contrário, além de ser um tapa na cara da sociedade.

Maurílio Polizello Junior

Ribeirão Preto

*

LULA DA SILVA

As falas mais recentes de Lula da Silva. Vamos lá, a primeira: “Por que eu tenho que falar da Venezuela em todo o lugar? Eu não falo nem da Janja em todo lugar”. A comparação é tão imbecil – desculpe, não consigo outra definição – que o melhor a fazer é lamentar que essa pessoa esteja sentada na cadeira presidencial. A segunda: “Eu, em política, sempre costumo deixar uma porta aberta”. É verdade, no primeiro mandato deixou aberta a porta da corrupção com o mensalão, no segundo mandato deixou aberta a porta do cofre da Petrobras que deu no petrolão, e, agora no terceiro mandato, está abrindo portas e portões e entregando a governabilidade ao centrão. A terceira: “Brasileiros e brasileiras continuarão a derrotar os que tentam solapar as instituições e colocá-las a serviço de interesses reacionários”. Tomara mesmo que isso aconteça, principalmente com aqueles que colocam as agências reguladoras, o Banco Central, as estatais – como a Petrobras – e o STF a serviço dos seus interesses reacionários, e, vale a pena acrescentar, partidários.

Luiz Gonzaga Tressoldi Saraiva

Salvador

*

ELEIÇÕES MUNICIPAIS

No próximo domingo, dia 6 de outubro, os eleitores brasileiros elegerão prefeitos e vereadores de todos os 5.570 municípios do País. Prefeito vem do termo latino paraefectus, que significa posto acima dos outros. Uma grande responsabilidade de uma pessoa para com os cidadãos. Vereador é originário de verea, como os gregos designavam quem indica os caminhos, as veredas da cidade. Um munícipe responsável pelos outros e uma câmara de indicadores dos caminhos para o bem comum da cidade. Devemos escolher os mais competentes e capazes para governar e legislar nossas urbes.

Paulo Sergio Arisi

Porto Alegre

*

PABLO MARÇAL

A retórica de Pablo Marçal deu-lhe um contragolpe que beira a ato falho. Ao afirmar que “mulher é inteligente e, por isso, não vota em mulher”, não só ofendeu a dignidade e competência do ser mulher, como também revelou a impropriedade da sua forma discursiva, mais preocupada em criar cenários apelativos para comercialização da sua própria imagem. A contradição aqui só está nos termos (contraditio in terminis) que o candidato do PRTB utilizou, porque na sua postura, claramente misógina, parece não haver contradição.

Luís Fabiano dos Santos Barbosa

Bauru

*

‘SOCIEDADE MISÓGINA’

Fiquei indignada com a fala do candidato a prefeito de São Paulo, Marçal, que “mulher é inteligente e não vota em mulher”. Além de nos chamar de idiotas, apesar de apregoar a inteligência feminina, mostra uma submissão ao homem. O que é isso? Mulheres não pensam? Não tem convicção própria? Não confiam no seu próprio gênero? Que o candidato saiba que mulheres pensam, são chefes de família e alcançam postos cobiçados por homens e ainda sofrem o preconceito de uma sociedade misógina, que ainda pensa e tenta manter a mulher em um papel de subserviência. Espero que toda mulher paulistana use sua inteligência e não vote em alguém que a subestima.

Lucia Flaquer

São Paulo

*

‘COACH’

Mulher inteligente é aquela que não vota em machões travestidos de coach.

Tania Tavares

São Paulo

*

RENOVAÇÃO DO CENÁRIO POLÍTICO

Reflexões sobre meu voto para prefeito: O carisma, por si só, nunca é um fator decisivo em minha escolha. Analisando criticamente, nenhuma das propostas apresentadas pelos candidatos à prefeitura me entusiasmou verdadeiramente ou me convenceu de forma plena. O que mais se destacou foram as informações negativas sobre os candidatos, as quais avaliei e classifiquei conforme a gravidade, ciente de que minha escolha seria, inevitavelmente, por um mal menor. Como eleitor consciente, minha principal preocupação atual é enfrentar o sistema nocivo que se instaurou no Brasil. A verdadeira divisão social não se encontra entre os políticos – já que a maioria deles está alinhada entre si – mas sim entre a classe política e o povo, constantemente manipulado e desrespeitado. Dado o nível alarmante de degradação de nossa política, torna-se urgente a renovação do cenário político. Há esperança de que surjam figuras menos comprometidas com o sistema vigente. Reconheço que apostar nessa renovação é um risco, mas não o fazer seria ainda mais prejudicial. Em suma, diante disso, meu voto será guiado não por paixões ou promessas vazias, mas pela busca de uma mudança necessária, ainda que incerta, em nosso panorama político.

Jorge A. Nurkin

São Paulo

*

MEIO AMBIENTE

As secas no Brasil pioraram nos últimos 60 anos, algo que impacta a nossa vida e saúde. Já passou da hora de as autoridades incentivarem respeito às árvores nas nossas ruas e bairros. Árvores, além de tudo, são vidas, nunca lixeiras ou depósito de fezes de cachorro. A Amazônia e onde moramos, sem isso, nada muda. E ficam só nos discursos das ditas autoridades. Adotar árvores nas nossas ruas e bairros é vital e premente. Isso deveria, inclusive, ser incentivado nas escolas de todos os níveis.

Antonio Jose Gomes Marques

São Paulo

*

COMUNIDADES

A influência das comunidades árabes e israelenses fora da região é frequentemente subestimada, embora seus papéis nas políticas dos países em que residem sejam fundamentais. As diásporas, ao se estabelecerem em novas terras, mantêm laços culturais e identitários que transcendem fronteiras. Essas comunidades não apenas preservam suas tradições, mas também atuam como agentes de mudança política e social, influenciando decisões que reverberam na dinâmica do conflito no Oriente Médio. O engajamento político dessas populações pode moldar narrativas e estratégias, impactando a percepção internacional sobre a região. Assim, a interação entre as diásporas árabe e israelense e os contextos políticos locais é um fator crucial, muitas vezes negligenciado, que merece atenção nas análises da política regional contemporânea.

Luciano de Oliveira e Silva

São Paulo

*

‘CALADO’

Por que Lula fala tanto em genocídio por Benjamin Netanyahu e fica tão calado com o que Vladimir Putin e Nicolás Maduro estão fazendo?

Nelio de Jesu Galvão

São Paulo

*

DEMISSÃO DE TITE

Tite, mais um treinador demitido pela atual direção rubro-negra. Para tais dirigentes, uma decisão que serve para deslocá-los de alvos de torcedores, os quais, aliás, não devem ser vistos ou mencionados como toda a torcida. Soa estranha a sucessão de compras, vendas e empréstimos de atletas. Aliás, negociações envolvendo várias idas à Europa, a começar pela primeira de impacto do zagueiro Vianna, em Portugal. Os pratas da casa ficam como se na bandeja, aos bolsos cobiçosos dos negociadores. Agravados pela inflação de Datas Fifas, desgastes decorrentes em geral, contusões em atletas se acentuam e contratações se realizam à revelia do bom senso. Cada jogo, uma equipe diferente. Sobra para os treinadores, já não ouvidos sobre necessidade de qual ou tal contratação. Então, demissão de treinadores é válvula de escape para tais, digamos, dirigentes.

Antonio Francisco da Silva

Rio de Janeiro