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Cartas de leitores selecionadas pelo jornal O Estado de S. Paulo

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Por Fórum dos Leitores
9 min de leitura

Imposto de Renda

Compensação

Novo IR terá quatro grupos de cobrança; dividendo acima de R$ 50 mil será taxado (Estadão, B1). Com a proposta de isenção do Imposto de Renda (IR) para ganhos mensais de até R$ 5 mil viria também um acréscimo para ganhos acima de R$ 50 mil/mês. Seria interessante incluir aqui os penduricalhos hoje isentos de IR, tais como as diversas ajudas e ressarcimentos pagos a juízes e desembargadores, e o que é pago pela participação em conselhos de grandes empresas a alguns políticos e indicados do governo.

Helton P. F. Leite

Lorena

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Renda

No projeto enviado ao Congresso faltou considerar como renda todos os penduricalhos que são adorados por políticos e membros do Poder Judiciário.

Renato Maia

Vitória

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O IR de cada um

Será que algumas categorias pagarão Imposto de Renda sobre dividendos e sobre penduricalhos como os recebidos por desembargadores, procuradores, juízes, deputados, senadores e ministros (inclusive no Supremo Tribunal Federal), ou só os mortais brasileiros que já pagam impostos exorbitantes?

Emerson Luiz Cury

Itu

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Pela eleição

Na verdade, membros do governo pensaram, avaliaram e decidiram mexer na tributação do Imposto de Renda beneficiando os candidatos das eleições de 2026, principalmente o falante pai dos pobres e desamparados, que almeja mais uma reeleição.

Carlos Gaspar

São Paulo

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Eduardo Bolsonaro

Paulistas traídos

O carioca Eduardo Nantes Bolsonaro foi eleito deputado federal por São Paulo com 741 mil votos. Nos 45 dias de 2025 em que permaneceu como representante de nosso Estado no Congresso Nacional, não apresentou nenhum projeto e fez somente um discurso no plenário, de acordo com este jornal (Coluna do Estadão, 18/3, A2). Considerando que um deputado federal tem salário bruto de R$ 46.366,19, além de custeio de gabinete e auxílio moradia, pode-se aferir que ele recebeu, proporcional e aproximadamente no período de dois meses e meio de seu mandato, o montante de quase R$ 120 mil para não fazer absolutamente nada, além, claro, de promover debates tumultuados nas comissões parlamentares, para lacrar e produzir vídeos que depois exibia nas redes sociais para seus eleitores, agora traídos. Isso até o pedido de licença, com justificativas esdrúxulas. Que o evento nos sirva de lição para escolhermos criteriosamente em quem votar.

Honyldo Roberto Pereira Pinto

Ribeirão Preto

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Bolsonarismo

Liberticidas

Segundo o editorial A missão quase impossível de Tarcísio (Estadão, 19/3, A3), ao participar do ato pela anistia aos “supostos” golpistas, o favorito para herdar os votos de Bolsonaro tenta equilibrar-se entre ser leal ao padrinho “liberticida” e ser um genuíno democrata. Liberticida é, de acordo com o dicionário, quem ou o que se opõe a qualquer tipo de liberdade de um povo, de um país, de uma nação; que age com o propósito de destruir as liberdades de uma nação. Isso posto, creio que nem Bolsonaro nem o governador Tarcísio de Freitas sejam liberticidas, muito ao contrário. Estão lutando pela liberdade e anistia dos envolvidos no 8 de Janeiro, usando para tal um precedente precioso: Lula, condenado por crimes inquestionáveis contra a Pátria, foi libertado. Seriam seus anistiadores também liberticidas?

Maurílio Polizello Junior

Ribeirão Preto

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Futebol sul-americano

Declaração racista

Inacreditável a declaração do presidente da Confederação Sul-americana de Futebol (Conmebol), Alejandro Domínguez, de que a Libertadores sem o Brasil seria como “Tarzan sem Chita”. Seria melhor o futebol sem Conmebol.

Vital Romaneli Penha

Jacareí

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Carta à Fifa

Leila aciona Fifa contra presidente da Conmebol: ‘Não sabem o que é racismo, como vão combatê-lo?’ (Estadão, 18/3). Se o futebol brasileiro tiver o mínimo de respeito, deveria deixar as competições promovidas pela Conmebol ou exigir a saída do atual presidente da entidade. A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, não pode ser a única a levantar a bandeira contra o racismo no futebol.

João Israel Neiva

Cabo Frio (RJ)

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Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

QUADRO POLÍTICO

Diante do quadro político atual, com a expressiva, merecida e crescente perda de popularidade do presidente Lula e a inelegibilidade do ex-presidente Bolsonaro até 2030, o cenário para as eleições de 2026 está totalmente aberto, nublado e imprevisível. Como bem escreveu a comentarista Eliane Cantanhêde em seu artigo O fiasco de Copacabana (Estadão, 18/3, A9): “O ambiente político não está só como o Diabo gosta, mas muito atrativo para ‘outsiders’ de passado obscuro ou simplesmente sem passado, de presente atrelado a redes sociais e fake news e de futuro incerto. Lula foi o grande eleitor de Bolsonaro em 2018, Bolsonaro foi o de Lula em 2022 e, juntos, podem eleger em 2026 um legítimo quadro do Centrão ou até um aproveitador barato, vendido como ‘antissistema’. Tomara que não”. A ver no que vai dar.

J. S. Vogel Decol

São Paulo

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IGUALDADE DE DIREITOS

Ato no Rio prega anistia, mas é usado para resgatar Bolsonaro do título de inelegível (Estadão, 16/3). E qual o problema disso? Luiz Inácio foi anistiado de forma prá lá de suspeita, para que pudesse concorrer e assumir a presidência da República, contando com o aval e o silêncio de boa parte da imprensa. Se Bolsonaro continuar inelegível ou ainda for preso, espera-se, por uma questão de justiça, que Lula da Silva seja expelido da presidência e volte para a prisão para cumprir o resto da condenação que recebeu. É assim que procede uma verdadeira democracia. Igualdade de direitos e deveres para todos.

Maurílio Polizello Junior

Ribeirão Preto

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MESMICE

Um governo se sustenta com base nas suas políticas desenvolvimentistas, na sua base parlamentar, na sua relação com o Congresso e as instituições e na eficiência do seu ministeriado. Estou falando de um governo sério. O governo Lula se sustenta no Bolsa Família, no Auxílio Gás, no Pé-de-Meia, no Bolsa Atleta e etc. E, agora, também na isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil. O governo Lula se sustenta comprando consciências. Descobriu esse filão e dele não abre mão. Não existe uma política para a indústria, para o comércio, para o brasileiro empreender mais. O governo Lula não pensa nisso, só em voto. Só pensa na próxima eleição, seja ela municipal, estadual ou majoritária. O governo Lula não cria cidadãos, cria dependentes. O Bolsa Família, que devia ser um programa emergencial – onde as pessoas beneficiadas deveriam ter orgulho ao não precisarem mais fazer parte do programa – tornou-se o maior empregador do País. O cidadão recebe do Bolsa Família, arruma um emprego sem carteira assinada, claro, e agradece todos os dias, principalmente, nos domingos de eleição, a São Lula, o melhor presidente que o País já teve e que nunca existirá outro igual. E o País, que já foi o País do futuro, não passa do País da mesmice.

Luiz Gonzaga Tressoldi Saraiva

Salvador

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EDUARDO BOLSONARO

Quem acredita que alguém como o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) se licencia do cargo, portanto abandonando a luta no Brasil para os brasileiros, para brigar pela nossa democracia indo morar nos Estados Unidos? Pura balela. Vai em busca de viver em um ambiente melhor para ele. Qual poder político ele tem lá?

Luiz Frid

São Paulo

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TOUR BOLSONARISTA

Tendo em vista a decisão de Eduardo Bolsonaro de permanecer indefinidamente nos EUA, fica a pergunta: ele e sua família viverão com que meios, uma vez que pediu licença sem remuneração de seu cargo na Câmara? Mesada dada por Donald Trump?

Heleo Pohlmann Braga

Ribeirão Preto

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TEMPO SABÁTICO

Família rica essa do Eduardo. O pai não trabalha e vive no jet ski, e ele agora tira um tempo sabático nos Estados Unidos. Quem paga essa conta? Brasileiro é tão bonzinho.

Cecilia Centurión

São Paulo

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IMPOSTO DE RENDA

Uma boa proposta do governo, anunciada na terça-feira passada, 18, isenta do Imposto de Renda contribuintes que ganham até R$ 5 mil por mês (R$ 60 mil por ano). Os beneficiados serão mais de 10 milhões de contribuintes. Um importante alívio no orçamento familiar. Para compensar uma renúncia de arrecadação estimada em torno de R$ 25,85 bilhões, o Planalto decidiu criar quatro grupos de tributação, que começará de zero e chegará a 10%. Pelas estimativas da equipe econômica, a medida poderá arrecadar, já em 2026, R$ 34,12 bilhões. Para quem ganha mensalmente de R$ 5.000,01 até R$ 7 mil, seguem as mesmas faixas atuais do Imposto de Renda. Contribuintes com renda mensal acima de R$ 50 mil (R$ 600 mil por ano) deverão pagar um imposto progressivo que vai até 10%, como para quem ganha mais de R$ 100 mil por mês (R$ 1,2 milhão por ano). No total, cerca de 140 mil pessoas iriam pagar imposto extra para compensar a perda de arrecadação. Finalmente, depois de décadas, pode ocorrer uma correção importante no valor de isentos do Imposto de Renda. Real justiça social.

Paulo Panossian

São Carlos

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APLAUSOS

São merecedoras de aplausos as propostas anunciadas pelo governo isentando do pagamento do Imposto de Renda quem recebe salário de até R$ 5 mil e taxando quem recebe altos dividendos. Além de justo, o projeto objetiva enfrentar a brutal concentração de rendas vigente no País.

Sylvio Belém

Recife

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PREVI

O editorial do Estadão O aparelhamento da Previ (19/3, B3) esclarece para os leitores interessados a ingerência nefasta do desgoverno Lula da Silva, junto com o partidão (PT), na administração do fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil (BB). No período de janeiro a novembro de 2024, ocorreram perdas inexplicáveis no valor de R$ 14 bilhões. O Tribunal de Contas da União (TCU) decidiu abrir uma auditoria para deslindar o fato. Como associado do Plano I da Previ, área afetada pelo rombo, encareço que tal auditoria investigue com todo critério as contas envolvidas. E, caso necessário, que sejam punidos nos rigores da lei os responsáveis. A complementação de aposentadorias e pensões pagas por esse fundo são indispensáveis para os associados, pois não tem como sobreviver dignamente com o que nos é destinado pela Previdência Social (INSS) sujeito, ainda, à incidência do Imposto de Renda.

Emmanoel Agostinho de Oliveira

Vitória da Conquista (BA)

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REALISMO POLÍTICO

A realidade da política do Brasil nesses últimos 40 anos, após a redemocratização, mostra que temos dificuldades e que vivemos um afunilamento, como vivenciamos há pouco tempo. Precisamos que surjam novas lideranças políticas entre nós, para que possamos ter tranquilidade no futuro que está a nossa frente.

José de Anchieta Nobre de Almeida

Rio de Janeiro

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TEMPOS INCERTOS

É inacreditável que em pleno século 21, onde muitos sonham em se mudar para o planeta Marte, milhares de pessoas estão perdendo suas vidas com terríveis guerras no planeta Terra. Na minha modesta opinião, isso só ocorre pelo egoísmo, que é o maior mal que assola a humanidade.

Virgílio Melhado Passoni

Jandaia do Sul (PR)

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LIXO IMPORTADO

Nossas praias, refúgios favoritos de turistas, em um futuro não muito distante, a continuar o desleixo de banhistas com recicláveis e alimentos, aliados ao pouco caso das autoridades locais, ficarão todas impróprias para o veraneio. Além dos entulhos domésticos deixados por frequentadores sujismundos, que as ondas arrastam para oceano, segundo apontamentos da ONG Ecomov, a quantidade de lixo internacional nas praias de São Paulo aumentou 500% nos últimos cinco anos. As suspeitas recaem sobre navios que despejam embalagens e outras objetos em alto mar. O tsunami de resíduos levou o Ministério Público de São Paulo a abrir inquérito civil para apurar a origem do lixo. Basta ler a matéria no Estadão (18/3, A18) sobre o tema, com gráfico, porcentagens e opiniões, que não deixa qualquer dúvida sobre as origens dos flutuantes piratas indigestos. A China lidera absoluta com 74,4%, Malásia responde por 12,3% e Estados Unidos por 7,8%. A continuar nessa batida, o sucesso do último verão, cujo refrão diz “nós vai descer”, passará a ser nós vai subir.

Sérgio Dafré

Jundiaí

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ARGENTINA

Depois do índice chegar a 300% num pico interanual (em abril do ano passado), a inflação anual da Argentina terminou 2024 em 117,8%. O índice já recuou para 66,9% na inflação interanual (acumulado em 12 meses) em fevereiro de 2025. Entretanto, o tradicional protesto de aposentados – realizado às quartas-feiras – diante do Congresso Nacional, em Buenos Aires, ganhou agora o apoio de torcidas de futebol. Isso reflete as dificuldades econômicas, o aumento da pobreza e do desemprego, assim como os cortes de subsídios como, por exemplo, para a compra de remédios. A violência policial terminou com manifestantes presos, vários feridos e um fotógrafo internado em estado grave no último dia 12 de março. O sucesso dos frios dados macroeconômicos contrastam com as consequências microeconômicas quentes nas ruas da capital do país.

Luiz Roberto da Costa Jr.

Campinas

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SALOMÃO ÉSPER

No domingo passado, dia 16/3, perdemos o lendário Salomão Ésper, certamente o último grande expoente do período áureo do rádio paulista dos anos 1950/1960 e com uma longeva carreira de 70 anos como apresentador de programas de auditório e, depois, de programas jornalísticos. Na Rádio Bandeirantes, fez lenda, a partir de 1978, no Jornal Gente, ao lado de José Paulo de Andrade e Joelmir Beting. Na TV, participou da última entrevista da cantora Elis Regina. Despediu-se dos microfones em 2019, aos 90 anos de idade. Na ocasião, em São Paulo, a Câmara Municipal conferiu-lhe o maior prêmio cultural da cidade, o Colar Guilherme de Almeida, em reconhecimento à sua eclética trajetória. Dono de uma dicção inconfundível e de um português esmerado, sempre foi conhecido por seu bom humor e generosidade. Era também um grande declamador, com memória invejável que o fazia transitar de Guerra Junqueiro até Paulo Bomfim. Contava que seu pai, imigrante sírio que não sabia ler em português, fez questão de assinar o Estadão para que os filhos se aperfeiçoassem no uso da língua, e Salomão se manteve fidelíssimo ao jornal até seus momentos finais. Formado pela Faculdade de Direito do Largo São Francisco, trazia a mesma erudição de outro colega que tanto admirava, Murillo Antunes Alves, dez anos mais velho. No livro O Rádio e suas histórias na primeira pessoa, do jornalista Luiz Casadei Manechini, os pósteros poderão aquilatar a grandiosidade de Salomão Ésper. Para quem o conheceu pessoalmente, porém, restará uma lágrima de eterna saudade.

José D’Amico Bauab

São Paulo

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CAPACETE

O capacete protege a vida de alguns, mas serve de máscara para muitos. O capacete deveria ser exigido somente nas estradas. Nas vias urbanas, junto com um controle rigoroso da velocidade, o equipamento não deveria ser exigido, pois protege muitos bandidos.

Gilberto Ruas

Santos