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Cartas de leitores selecionadas pelo jornal O Estado de S. Paulo

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Por Fórum dos Leitores
9 min de leitura

Queimadas

A fumaça do desgoverno

Os charlatães da democracia, encapsulados no poder, finalmente estão sentindo as consequências da cruel política oportunista que praticam rotineiramente. Enquanto trafegam em palácios e bradam nas tribunas o que é ditado pelos lobbies, o legítimo interesse coletivo é sorrateiramente substituído por projetos de poder e pelo domínio do Orçamento público. E, como estamos aprisionados por uma ultrapassada legislação político-eleitoral, que nos veda excluí-los após eleitos por não cumprirem suas promessas ou desvirtuar a representatividade, eis que a natureza nos substituiu, levando para o poder brasiliense as consequências desta desastrosa governança: a fumaça que há tempos estamos respirando agora chegou a Brasília. Lamentando pela população inocente, que essa escória política sinta em seus pulmões o que legou aos brasileiros. É a fumaça do desgoverno.

Honyldo Roberto Pereira Pinto

Ribeirão Preto

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Hora de agir

Nossas brilhantes autoridades estão achando que reuniões e blá-blá-blá vão apagar as chamas que se espalham pelo Brasil. Para o Fundo Eleitoral de 2024, por exemplo, destacaram R$ 5 bilhões, mas para enfrentar o problemão atual apenas 10% disso. É um absurdo! Quanto às punições, quando do episódio do 8 de Janeiro o ministro Alexandre de Moraes chegou a aplicar penas de até 17 anos de prisão, mas para os criminosos que estão acabando com este país ainda não chegaram a um consenso sobre como puni-los. Por fim, quanto ao presidente Lula, é hora de agir e deixar de viver a sua situação “confortável”.

Ariovaldo J. Geraissate

São Paulo

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Falta liderança

As mudanças climáticas estão fazendo enorme estrago no Brasil: destruíram o Rio Grande do Sul e estão transformando nosso território numa imensa labareda que vai deixar sequelas graves na vida de todos nós. Porém vemos que o Executivo e o Legislativo se dedicam a temas diametralmente opostos à solução do problema, como as eleições municipais e para a presidência da Câmara, e o perdão aos partidos que não respeitaram a legislação. Fazem muita falta as lideranças visionárias, com visão estratégica. Estamos nos encaminhando para o fundo do poço – que, aliás, estará seco.

Aldo Bertolucci

São Paulo

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Judiciário no Tocantins

Operação Máximus

Em áudio, juízes se queixam de propina parcelada, diz PF (19/8, A11). A matéria do Estadão revelou o estarrecedor caso da Operação Máximus, que trouxe à tona áudios encontrados pela Polícia Federal (PF) registrando claramente a “insatisfação” de magistrados suspeitos de integrar um esquema de venda de sentenças no Tribunal de Justiça do Tocantins, envolvendo os interesses de uma mineradora, cujos pagamentos de propinas estavam sendo feitos de forma fracionada e com atraso. Parece que ao menos a corrupção neste país é levada muito a sério: a propina tem de ser paga à vista e na data combinada. A que ponto chegamos! Pobre Brasil!

J. S. Decol

São Paulo

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STF

Reforma

Há tempos o Estadão aponta o protagonismo do Supremo Tribunal Federal (STF) em questões fora de sua alçada, interferindo nas competências do Executivo e do Legislativo como se fosse um superpoder. Editoriais sugerem aos juízes recato e autocontrole, o que pode ser cavalheiresco, mas é vã a esperança diante da natureza humana de quem se acha investido de poderes sobrenaturais. A solução para essas anomalias está no Congresso Nacional. O Estadão prestaria um bom serviço ao País mostrando os projetos de lei e propostas de emenda à Constituição que propõem reformar o STF, trazendo a discussão à luz do Sol. O debate público evitaria que tais projetos permaneçam apenas como espantalhos usados em negociações obscuras entre o Legislativo e o Judiciário.

Monica Falcone

São Paulo

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Casas de apostas

‘Bets: uma aposta de risco’

Em curso, bet ensina parceiro a enganar apostadores até com inteligência artificial (19/9, A18). Meus parabéns ao jornal O Estado de S. Paulo pelas sucessivas e informativas matérias sobre essa atividade. A informação completa e confiável é uma das maiores defesas da sociedade.

Luiz Carlos Andrade Junior

São Paulo

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Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

‘MORTE HORRÍVEL’

O editorial A morte horrível de um partido político (Estadão, 18/09, A3) descreve com clareza a decadência do antigo respeitado partido político PSDB, cujo declínio vem desde as derrotas para o Lula na primeira década de 2000, com o lulopetismo assumindo hipocritamente o projeto social democrático do PSDB. Todavia, esse disfarce caiu por terra no governo Dilma, quando aquela hipocrisia foi abandonada, escancarando o verdadeiro projeto de poder desastroso do partido. Agora, o que se vê é o abraço de afogados de velhas lideranças do PSDB com o PT, cabendo ao que sobrou a desmoralizante agregação de José Luiz Datena. Que tristeza. O que se espera é que partidos novos bem intencionados venham a ocupar o vazio.

José Elias Laier

São Carlos

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LEQUE ENORME

O Estadão, com razão, fala da morte horrível do PSDB em razão da candidatura a prefeito de São Paulo do truculento sr. José Luiz Datena. Eu vou um pouco além: a filiação dele no partido nem deveria ter existido. Completo: a truculência, na minha opinião, é o menor problema. O pior problema, para a sociedade brasileira, é que os partidos políticos viraram o abrigo de muitos bandidos. Estou falando do banditismo em termos amplos, ou seja, corrupção, golpe e até crimes de sangue. O leque é enorme.

Sérgio Barbosa

Batatais

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‘AGONIZANDO’

PSDB, quem te viu e quem te vê. Confundindo debate político com deboche. Preferindo o uso da força física à força dos argumentos e das ideias. Os teus verdadeiros homens públicos devem estar decepcionados e a social democracia agonizando.

Nivaldo Ribeiro Santos

São Paulo

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PSDB

Sobre o editorial e sobre o quase fim do PSDB, temos que admitir que o salto alto dos tucanos deu vida ao PT. Partido político é semelhante à banda de rock. Se não tiver dono acaba. Da eleição de 1994 até 2018, o PSDB, com ótimos quadros, mandou e desmandou em São Paulo. Enquanto isso, em Minas Gerais o Palácio da Liberdade ficou com Itamar Franco em 1998 pelo simples fato de Eduardo Azeredo e Aécio Neves não se entenderem, e Aécio ter entregue em 2014 de bandeja para o PT. Deu no que deu. Durante o reinado do PSDB em São Paulo e Minas Gerais, o PT ganhou quatro eleições presidenciais apoiado pelo Norte e Nordeste. Na verdade, quem começou a matar o tucano paulista foi o governador João Dória. Menosprezou Aécio, que por sua vez foi o pai do Lulécio e da Dilmazia – s.m.j –. O mineiro foi derrotado em casa por Dilma Rousseff porque mineiro é difícil de entender. Parece que o PSDB paulista está na lona. Fernando Henrique Cardoso, Bruno Covas, Geraldo Alckmin, José Serra e outros tucanos emplumados aposentaram ou se foram. O tucanato mineiro está de joelho, porém, não está morto e poderá voltar em 2026. Com todo respeito a Romeu Zema, Alexandre Kalil e outros, o neto do dr. Tancredo sabe cozinhar o galo em fogo brando e em questão de política dá de mil no que está aí. Antes de fechar a tampa do caixão, vamos esperar.

João Israel Neiva

Cabo Frio (RJ)

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TERCEIRIZAÇÃO

“Se Deus ajudar, teremos o menor número de mortes por dengue na história neste verão” afirmou Lula, terceirizando, como sempre, a sua responsabilidade pela saúde dos brasileiros.

Luiz Frid

São Paulo

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LULA DA SILVA

A pretensão de Lula em se tornar a estrela principal da Assembleia da ONU, na Cúpula intitulada “Em defesa da Democracia contra os Extremismos”, passa um atestado falso de que o mundo é composto por idiotas. Estaria num mesmo patamar de uma palestra de uma garota de programa num convento de freiras.

Luiz Felipe Schittini

Rio de Janeiro

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TAXA SELIC

Nesta superquarta, 18/9, numa avaliação eminentemente técnica, o Comitê de Política Monetária (Copom), do qual fazem parte Gabriel Galípolo e outros três diretores indicados pelo presidente Lula da Silva, decidiu, por unanimidade, elevar a taxa Selic em 0,25 ponto porcentual, de 10,50% para 10,75% ao ano. No comunicado divulgado após a reunião, o Copom disse que a alta é resultado de um cenário marcado por resiliência na atividade econômica doméstica, por pressões no mercado de trabalho e expectativas desancoradas para a inflação, distantes da meta oficial, de 3%,com margem de tolerância de 1,5 ponto. Como se vê, nem “toda a unanimidade é burra”, como dizia Nelson Rodrigues. Burrice é a descabida e interminável insistência e pressão do presidente Lula junto ao Banco Central para baixar na marra e por decreto a taxa de juros num cenário adverso, preocupado tão somente com o lado político da questão e de olho nas eleições de 2026. No placar do jogo, vitória do BC por 1 x 0 contra Lula. Boa.

J. S. Decol

São Paulo

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MOMENTO DE INFLEXÃO

O céu cor de anil do Brasil está coberto por 100 tons de cinza neste triste ano em que brasileiros botaram fogo na natureza. O mundo arde em chamas ou se afoga em tempestades apocalípticas. A arrogância humana se depara com a resposta da natureza à nossa ambição e prepotência. Estamos às portas de um momento de inflexão em nosso modelo econômico de desenvolvimento da sociedade do consumo alucinado. Mudar ou morrer, então vamos mudar.

Paulo Sergio Arisi

Porto Alegre

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‘NEM UM FIAPO’

A União Europeia deve ignorar os apelos do Brasil e proibir a importação de produtos agropecuários brasileiros vindos de áreas desmatadas depois de 2020. O presidente da República é o principal avalista do desmatamento ilegal. Lula da Silva quer o fim do desmatamento só em 2030. Se depender de Lula, o Brasil terá mais seis anos no mesmo padrão de destruição de 2024, e isso vai resultar na erradicação do bioma Pantanal e na destruição irreversível da Amazônia. Não há nem um fiapo de vontade política de conter a destruição ambiental em curso no Brasil. A pressão externa será fundamental para estancar o desastre ambiental em curso no País.

Mário Barilá Filho

São Paulo

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‘FENÔMENO ‘EL DINO’'

Por onde andam os defensores de nossas matas, florestas e mananciais? Enfiados em suas tocas esperando a chuva chegar? O Brasil arde em fogo e não se ouve um pio dos ditos amantes da fauna e das florestas, ao contrário de há poucos anos quando a grita foi geral, inclusive ultrapassando fronteiras, com os focos perenes da Amazônia e Pantanal. Hoje, em proporções muito maiores, o País virou uma fogueira e o atual mandatário, com fogo no quintal de casa (Parque Nacional de Brasília), perdido na fumaça, dá uma volta de helicóptero, faz ar de paisagem, retorna ao Palácio e passa a bola ao ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), para ações contra as queimadas. Deus queira que o fenômeno El Dino derrote o El Niño e nos livre de sermos, se as chamas continuarem desenfreadas, queimados vivos.

Sérgio Dafré

Jundiaí

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MICROFONE E SALIVA

O presidente Lula, enquanto se dedica à sucessão da prefeitura de SP, adulando seu protegido, esqueceu do povo brasileiro. Há falta de vacinas em praticamente todo o sistema SUS; tardiamente, diz que vai enfrentar a dengue; novamente, faz uso de artimanhas com pedaladas para não cumprir o limite das despesas do arcabouço fiscal; levou um chega pra lá do seu pupilo Gabriel Galípolo que apoiou o aumento dos juros para brecar a gastança lulística; ainda não conseguiu se organizar para combater os incêndios no País; finge que não sabe sobre os horrores imposto por seu muy amigo ao povo venezuelano – porque está com o rabo preso com Nicolás Maduro e Daniel Ortega. Na verdade, microfone e saliva não resolvem os problemas do Brasil, como diz o editorial do Estadão desta quinta-feira, O horror da Venezuela que Lula finge não ver (Estadão, 19/9, A3).

Júlio Roberto Ayres Brisola

São Paulo

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QUE PAÍS É ESSE?

O Brasil vive uma situação inusitada. Temos um presidente que foi eleito ou nomeado. Ainda há dúvidas sobre a honestidade da eleição. E o pior: não manda nada. Gosta mesmo é de turismo. Temos alguns presidentes não eleitos e nomeados pelo Senado que habitam a sede do STF. Legislam, tomam decisões econômicas e outras sem entender absolutamente nada. Tomam decisões que cabem ao Executivo e decidem sempre de forma errada. Temos um presidente da Câmara que só pensa em dinheiro e puder. Temos um presidente do Senado e Congresso que fala bonito e não decide e não faz nada, mas manda e muito. E o povo, como fica? Segundo Zélia de Melo, “é um mero detalhe“. E nossa pergunta fica sem resposta. E o País sem rumo e sendo motivos de chacota no mundo inteiro. Que país é esse?

Paulo Henrique Coimbra de Oliveira

Rio de Janeiro

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TENSÃO NO ORIENTE MÉDIO

O Hamas cruzou a linha vermelha, iniciando uma guerra na Faixa de Gaza quando sequestrou cerca de 250 pessoas tornando-as reféns e matou mais de 1.200 israelenses, em 7 de outubro do ano passado. Agora, Israel faz a mesma coisa ao explodir pagers e walkie-talkies de milhares de pessoas do Hezbollah no Líbano. Um grande ataque em larga escala e, portanto, muito diferente quando, em 1996, Yahya Ayyash, conhecido como “O Engenheiro”, foi morto por um celular-bomba. Na época, ele era o principal fabricante de bombas do Hamas e o autor intelectual de atentados que mataram mais de 70 pessoas.

Luiz Roberto da Costa Jr.

Campinas

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MAIS CLARO DO QUE NUNCA

Segundo o líder religioso sul-africano, Desmond Tutu, “Se você fica neutro em situações de injustiça, você escolhe o lado do opressor”. O governo brasileiro condenou explosão de pagers no Líbano. Que horror, Israel aterrorizando terroristas. E quanto aos foguetes que esses terroristas têm jogado dia após dia na tentativa de atingir pessoas das cidades do Norte de Israel? Sobre isso, o Itamaraty se cala. O lado que Lula escolheu está mais claro do que nunca.

Jorge Alberto Nurkin

São Paulo

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VIOLÊNCIA NO RJ

Mais um tiro em um veículo que entra em favela vindo de uma linha expressa. Urge sinalização de perigo, com redutores de velocidade, além de polícia nessas localidades. Não é possível esse tipo de ação na cidade do Rio de Janeiro.

Roberto Solano

Rio de Janeiro