Irresponsabilidade fiscal
E pensar que Itamar Franco trabalhou tanto para pavimentar a estabilidade econômica do Brasil (Plano Real). Agora, todo o seu empenho vai por água abaixo, já que o governo atual não faz a lição de casa, demonstrando a incompetência e a falta de compromisso do PT.
Sérgio Eckermann Passos
Porto Feliz
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Tensão global
Putin está blefando?
O sr. Vladimir Putin, que usa seus agentes para envenenar e assassinar russos que são seus desafetos até em outros países, não foi capaz de proteger seu general Igor Kirillov, chefe das Forças de Defesa Nuclear, Biológica e Química da Rússia? Agora, desafia os Estados Unidos com um “duelo de mísseis”, para demonstrar ser capaz de superar qualquer sistema de defesa dos EUA e do Ocidente. Está blefando?
Tania Tavares
São Paulo
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Cultura
O futebol no cinema
Apreciei muito a reportagem No ‘Canal 100′, o futebol ganhava tons de magia, de Ubiratan Brasil (Estadão, 19/12, C6 e C7). Assisti inúmeras vezes ao cinejornal Canal 100 porque, desde a minha juventude e até hoje, frequento assiduamente salas de cinema. Minha geração (tenho 79 anos), gostando ou não de futebol, tem a música Na cadência do samba (Que bonito é) de forma nítida na memória, podendo ser cantarolada com absoluta fidelidade. A gravação que está na nossa memória foi feita em 1957, com arranjo de Lyrio Panicalli e participação de Waldir Calmon ao piano. Cumprimento a Cinemateca pelo belo trabalho que está realizando, reeditando as cenas emblemáticas do nosso futebol.
José Oscar Nogueira Reis
São Paulo
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Boas-festas
O Estadão agradece e retribui os votos de Feliz Natal e próspero ano novo de Conecte (Eliane Tanaka); Elisabeth Migliavacca; Fernando Gabeira; Ingrid e Alexandru Solomon; Izabel Avallone; e Júlio Roberto Ayres Brisola.
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Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br
REFORMA TRIBUTÁRIA
O Brasil finalmente deve comemorar. Após 30 anos engavetada, é aprovada Reforma Tributária. Talvez a mais moderna do mundo. A média de impostos a ser pago será em torno dos 28%, hoje em 34%. E deixa, como ocorre atualmente, de penalizar a etapa da industrialização dos produtos para cobrar o imposto do consumidor final. Finalmente, nesse caso, o País será mais competitivo na exportação de industrializados. Porém, pela complexidade, a sua implementação será concluída em seis anos, a iniciar em 2026. Com essa reforma, muitos custos que hoje oneram as empresas serão reduzidos, como o da simplificação de sua contabilidade, etc. A lamentar, é que, infelizmente, nesses últimos anos de governos como de Lula e Jair Bolsonaro, ambos se lixaram para essa reforma. Não fosse a determinação do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e encampado também pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD- MG), Lula e seu PT teriam mantido engavetado essa reforma, assim como fizeram em suas gestões anteriores entre 2003 até meados de 2016 com Dilma Rousseff. Olhando para o futuro, essa reforma vai trazer muitos benefícios paraa Nação. Incluindo mais participação de investidores externos no País.
Paulo Panossian
São Carlos
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MARIONETES
Dólar chegou a R$ 6,18, mesmo com o Banco Central interferindo no mercado, mas Lula apenas liberou uma lista de indicados para preencher as vagas disponíveis para cargos de direção em agências reguladoras. Quem sabe agora, após liberação de dinheiro para as emendas e lista de indicados pelos nobres congressistas pra preenchimento de tais vagas, o Congresso vote o Orçamento e a reforma fiscal. Enfim, Lula cedeu e fez de tudo para agradar o Congresso. Mas quem vai agradar o mercado financeiro? Quem vai acalmar a inflação e a alta do dólar? Quem vai trazer de volta os investidores estrangeiros? Passou da hora dos brasileiros voltarem às ruas para dar um basta neste toma lá dá cá. Precisamos voltar às ruas não apenas para derrubar um presidente da República, mas para pressionar os nobres congressistas a trabalharem em prol do povo e não apenas para eles enricarem às nossas custas. Ou o gigante acorda ou vamos virar marionetes, palhaços, bobos da corte dos políticos e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Maria Carmen Del Bel Tunes
Americana
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BRASIL ATOLADO
O presidente Lula da Silva segue impávido em seu propósito de distribuir dinheiro público através dos mais variados programas sociais. Que se dane o teto de gastos, o arcabouço fiscal, que se dane o mercado, esse é o lema de Lula. A disparada do dólar é a resposta do mercado: que se dane o governo Lula. O Brasil só tem a perder com um presidente da República que enxerga a economia como um inimigo que tem que ser derrotado para ele continuar comprando votos. A volúpia de gastos somada com a corrupção generalizada no governo vão quebrar o País no meio. O Brasil tinha tudo para estar se beneficiando do cenário externo desfavorável no mundo todo, mas segue atolado nos seus problemas internos de gestão e na corrupção desembestada de sempre. Patético.
Mário Barilá Filho
São Paulo
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ORGULHO NACIONAL
Nações que elegem governos através de eleições democráticas têm governantes com a cara de seu povo. Eleitores ignorantes elegem presidentes ignorantes. Povos inteligentes e educados elegem estadistas competentes e sábios. Governos de povos instruídos e cultos são um reflexo do que pensa a Nação. Não existem governos nem povos perfeitos, mas podemos e devemos tentar eleger governantes competentes e responsáveis para não pensarem que somos burros e ignorantes,. É uma questão de orgulho nacional.
Paulo Sergio Arisi
Porto Alegre
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MORTE DE GENERAL
Morte de general envia recado, mas não muda guerra (Estadão, 19/12, A14). Queria ver com que cara ficou Vladimir Putin, um ex-agente da KGB, ao saber que um homem, recrutado pelo governo da Ucrânia, conseguiu implantar e detonar um explosivo dentro de sua casa e assassinar o seu chefe de defesa nuclear.
Tomomasa Yano
Campinas
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SILÊNCIO
Um primor o artigo Educação para o silêncio (Estadão, 18/12, A4) do advogado Nicolau da Rocha Cavalcanti, que tratou com todas as letras sobre o caos barulhento em que vivemos nestes tempos digitais de conexão 24h por dia. Como bem disse, “no mundo atual, tudo se torna fonte de incômodo. E é imperioso reclamar, falar, espernear, opinar, postar. Esperar em silêncio, sem mexer no celular, é um ato raro. Estar quieto – apenas olhando, observando, refletindo, imaginando, encantando-se com as pessoas e o mundo à volta – não é apreciado, não é ensinado, não é vivido. Soa como loucura. É preciso a todo momento consumir telas, sons, notificações, algoritmos. A repulsa ao silêncio é sintoma de interioridade rasa. Acostumamo-nos com o contato superficial com as pessoas, com o mundo, com as notícias, com nós mesmos. Cultivamos e celebramos uma sensação de conhecimento e de domínio do mundo. Já sabemos, já entendemos, já julgamos. Fugimos – ele é incômodo – do mistério, do que não entendemos, do que não dominamos, do que não se encaixa em nossas prévias categorias. Paradoxalmente, com tal atitude, sabemos explicar cada vez menos coisas. Sem o silêncio, é difícil refletir, contemplar, dialogar. Sem o silêncio, perdemos a capacidade de olhar o outro. Aquele que é diferente da gente – que não tem conosco laços de família, de amizade, de afinidade esportiva, política ou ideológica, etc. – tem se tornado cada vez mais invisível, menos relevante, menos significativo. Não só no trânsito ou na política, mas em todos os âmbitos da vida”. Por oportuno, cabe citar Pitágoras: “Escuta e serás sábio. O começo da sabedoria é o silêncio.” Shhhhh.
J. S. Decol
São Paulo
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NATALIDADE
Um discreto fato atual começa a surgir nas estatísticas ao redor do mundo. Casais questionados sobre o sonho provável de gerarem filhos. Descendentes quase obrigatórios em outros tempos, hoje são dispensados no imaginário de muitos casais. Fracasso como sociedade planetária talvez explique essa perigosa tendência dos jovens na atualidade. O custo de uma boa formação, uma realidade violenta no cotidiano e uma desesperança global desanimam qualquer responsabilidade na criação e manutenção da prole. Tendência incômoda, já que o mecanismo natural da perpetuação da espécie sempre foi o idealismo de transmitir nossos genes às gerações futuras. Um mundo mais justo, amigável e pacífico depende também das novas gerações. Negar o nascimento dos filhos no mundo de hoje é muito compreensível, mas talvez seja cortar pela raiz a esperança de um futuro melhor para a humanidade. Formar um cidadão íntegro, livre e responsável será sempre uma missão difícil, mas cada vez mais necessária e importante nesse ameaçado planeta Terra.
Márcio Mourão
Rio de Janeiro
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TRÂNSITO EM SP
É inacreditável que os paulistanos não tenham se dado conta que o caos no trânsito vem aos poucos matando o melhor de nossas vidas, inclusive o espírito do Natal, reunião fraterna da família e amigos. Quem pode foge, e foge para outros congestionamentos. Só diferem por estar longe. Longe. Cada um para seu canto. Salve-se quem puder, o último que sair apaga as luzinhas da árvore de Natal. Nosso problema social, inclusive o da violência endêmica, decorre desta exaustão de viver e trabalhar numa cidade caótica, que não anda, que rouba o tempo para estar junto, conversar, conviver. Parece um floreado, mas é a ciência quem diz. Final do dia, exausto, cada um para seu canto. Feliz Natal? Sou ciclista e acima de tudo sou cidadão, ou me esforço para ser. Como ciclista, estou muito impressionado como ficou trivial que em vários momentos do dia e em várias ruas eu simplesmente não encontre espaço para passar com a bicicleta. A rua está tão congestionada, tão cheia de automóveis, que não há espaço sequer para um ciclista costurar entre os automóveis parados. Hoje não há opção, a não ser parar, mesmo em uma bicicleta. Calçada? Pedalar nelas é mais que desrespeitoso ao pedestre e pessoas com necessidades especiais, é falta de cidadania. Quando faço, e o faço porque não tenho outra alternativa, vou a passo de pedestre pedindo desculpas, mais que sinceras, profundamente envergonhadas, com medo de ser atropelado pelas motos que a cada dia mais tomam as calçadas. Meter ciclovia em tudo quanto é canto? Sou contra. A bem da verdade é solução de quem não conhece o assunto: a cidade. Quero ver resolvido o problema de todos os cidadãos, não só os meus ou dos meus iguais mais próximos. Só vamos resolver o caos desta cidade quando a maioria se interessar, procurar entender o que realmente acontece e der um basta. Mais, precisam olhar o que se fez e faz mundo afora, com respeito. “Eu sei”, “nós somos diferentes”, e outras respostas vindas do umbigo, nos trouxe a essa baderna que hoje vivemos. Acreditem se quiser, somos todos humanos, inclusive nós, paulistanos. Acreditem, as experiências bem-sucedidas de outros valem para nós. Feliz Natal a todos.
Arturo Alcorta
São Paulo
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EXEMPLO PARA O MUNDO
O prêmio Fifa The Best 2024 finalmente colocou Vinícius Júnior no topo do mundo como o melhor jogador de futebol da atualidade. Prêmio justíssimo. Mas o troféu Fair Play para Thiago Maia por sua atuação na tragédia climática em maio no Sul do País mostrou que, além de jogadores de futebol, famosos e idolatrados pela torcida, eles podem assumir outros papéis importantes na vida. Ao carregar uma senhora de 71 anos nas costas, com água até o pescoço, Thiago deu um exemplo para o mundo. Golaço.
Luiz Gonzaga Tressoldi Saraiva
Salvador
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MÚSICAS INÉDITAS
É interessante o viés econômico da descoberta de músicas inéditas de Michael Jackson, na matéria Em um depósito, 12 inéditas de Michael Jackson (Estadão, 17/12, A20). Enquanto os fãs e estudiosos da evolução musical gostariam de saber o que são essas composições e como o conjunto fora pensado pelo autor, os mercadores da cultura querem apenas lucrar com o material. Pelo jeito, leiloar as fitas é mais importante do que masterizá-las e tornar conhecido seu conteúdo.
Adilson Roberto Gonçalves
Campinas