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Cartas de leitores selecionadas pelo jornal O Estado de S. Paulo

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Por Fórum dos Leitores
8 min de leitura

Congresso Nacional

Orçamento 2025 aprovado

Orçamento passa com mais recursos para emendas e superávit inflado (Estadão, 21/3, B1). Nada como um Congresso Nacional atuante a todo vapor: trâmites e arrumações pela viabilidade das emendas parlamentares não transparentes, de bilhões de reais, trabalhos extras para esvaziar a chamada Lei da Ficha Limpa etc. E, sim, todo um esforço nacional que nada tem a ver com interesses públicos da sociedade que vota e que paga todas as contas – inclusive as tão caras dos privilégios, supersalários e penduricalhos de luxo –, mas que tem tudo a ver com os interesses privados desta nossa classe política, tão dedicada aos seus. Mas isso é Brasil! Maravilhosa terra das promessas vãs e das impunidades. Terra fértil para fake news, para funcionários públicos fantasmas e rachadinhas, para poderosos jamais punidos e para um povo sempre traído.

Marcelo Gomes Jorge Feres

Rio de Janeiro

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Privilégios

Limite

CNJ cria limite a penduricalho e juiz pode receber o dobro do teto constitucional (Estadão, 21/3, A8). E esse penduricalho oficial continuará isento do Imposto de Renda?

Albino Bonomi

Ribeirão Preto

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Eduardo Bolsonaro

Bananas lá e cá

Sei que não é da natureza séria do Estadão, mas a combinação dos editoriais A república bananeira de Trump e Doce exílio (21/3, A3) foi uma sacada fantástica. Longe de reduzir o político em fuga ao seu apelido, mas é, paradoxalmente, uma distopia real vê-lo se refugiar num país que está expulsando refugiados, clamar por direitos humanos que sempre desprezou e denunciar uma ditadura inexistente. Se Eduardo Bolsonaro, que nem sequer foi citado nos processos em curso no Supremo Tribunal Federal (STF) em relação à tentativa de golpe de Estado, está desesperado, podemos imaginar o que ele teria a esconder. Creio que a peça da Procuradoria-Geral da República (PGR) seja apenas a ponta do iceberg do câncer fascista gestado dentro do Estado brasileiro.

Adilson Roberto Gonçalves

Campinas

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O julgamento de Bolsonaro

As quase sete décadas como leitora do Estadão talvez me autorizem a questionar o editorial Doce exílio (21/3, A3), que passa a impressão de que só falta a condenação judicial para ratificar a convicção deste jornal de que os delitos de que Jair Bolsonaro é acusado são fatos líquidos e certos, sem levar em conta as dúvidas que pairam sobre a existência de provas reais dos supostos delitos.

Inês Rosa Levis

Jundiaí

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Mandato desonrado

O deputado Eduardo Bolsonaro, aquele que certa vez disse que bastavam um cabo e um soldado para fechar o STF, fugiu para os EUA pedindo licença da Câmara e foi conspirar contra o Brasil. O que falta para lhe cassar o mandato que não honrou?

Sylvio Belém

Recife

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Ideia em mente

“Se quiser fechar o STF, sabe o que você faz? Não manda nem um jipe. Manda um soldado e um cabo.” Quantos dos vândalos na Praça dos Três Poderes naquele dia 8 de janeiro de 2023 tinham essa ideia como guia, consciente ou inconscientemente?

Jorge João Burunzuzian

São Paulo

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Ambiente

Nossos rios

Cumprimento o jornal O Estado de S. Paulo pelas excelentes publicações sobre os nossos recursos hídricos, principalmente sobre os Rios Tietê e Pinheiros (Estadão, 21/3, A19), mas gostaria de lembrar que também aqui, na periferia da região leste, depois do muro do centro expandido de São Paulo, estão os nossos rios que jogam suas águas poluídas e malcheirosas no Tietê. Daí a necessidade de os trabalhos da Secretaria Estadual do Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil) ampliarem os processos governamentais para os demais municípios envolvidos na bacia do Tietê, para que os planos de políticas públicas para recuperação das nossas águas sejam ampliados, com participação também do governo federal no formato da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA). Vale lembrar que a água é um bem necessário para nós, humanos, nossos animais, plantas e o meio ambiente, por isso o estudo de nossos rios e córregos deveria constar do currículo escolar em todos os níveis.

Olavo de Almeida Soares

São Paulo

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Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

TAXA SELIC

Na quarta-feira passada, 19 de março, em uma decisão unânime, o Banco Central (BC) determinou o aumento da taxa Selic em um ponto porcentual, de 13,25% para 14,25% ao ano. Diante do fato, cabe perguntar se o presidente Lula vai defenestrar ou elogiar o presidente do BC, Gabriel Galípolo. A ver.

J. S. Vogel Decol

São Paulo

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GABRIEL GALÍPOLO

E aí, dona Gleisi Hoffmann? Não vai esculachar o novo presidente do Banco Central (BC), indicado pelo atual governo, pela elevação de um ponto porcentual na taxa básica de juros? E o presidente, o que diz?

José Roberto dos Santos Vieira

São Paulo

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FERNANDO HADDAD

O ministro da Fazenda Fernando Haddad age como um cartola de time de futebol. Quando o árbitro erra a favor do seu time, ele fica quieto. Quando erra contra, ele abre a boca no mundo, dizendo que seu time é perseguido e outras coisas mais. Quando a pesquisa da Genial/Quaest era favorável ao ministro, ele fazia cara de paisagem. Agora, que é desfavorável, ele rebate e contesta o método usado na pesquisa. Ele seria mais honesto se contestasse a pesquisa quando os números eram a seu favor. Haddad é um verdadeiro cartola da Economia.

Vital Romaneli Penha

Jacareí

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REFORMA NA ESPLANADA

Cadê a reforma ministerial, presidente? Continuam sempre os mesmos?

Robert Haller

São Paulo

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REGRA DE TRÊS

Elon Musk está para Donald Trump, assim como Gleisi Hoffmann está para Lula (guardadas as devidas proporções).

Carlos Leonel Imenes

São Paulo

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PAULO HARTUNG

Muito feliz pela volta de Paulo Hartung na política! É de homens sérios e competentes como ele que o nosso País precisa.

Cléo Aidar

São Paulo

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EMENDAS PARLAMENTARES

Estamos há 40 anos do início do processo de redemocratização no Brasil, e há 10 anos praticando um importante instrumento que deveria ser mais um passo rumo à sonhada expansão dos pactos democráticos. Este primeiro decênio de recomposição das emendas parlamentares individuais como impositivas, trouxe mais problemas à democracia do que incrementos. Aliás, a partir de 2015, as emendas passaram a incrementar os interesses de bases e alianças partidárias nos municípios. É um ciclo vicioso. Os recursos saem opacos do Planalto. Chegam abundantes e desenfreados nos municípios, para sustentar as bases que manterão partidos, deputados e senadores no poder do Planalto. A moral que falta a essa história é a efetividade e honestidade da transparência no manejo desses recursos. Orçamento impositivo sem transparência é sinônimo de furto ao erário, isto é, aos cofres públicos, mais claramente, ao dinheiro do povo.

Luís Fabiano dos Santos Barbosa

Bauru

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FAMÍLIA BOLSONARO

A fuga é sempre uma forte marca da família Bolsonaro. Não assumem a responsabilidade por seus atos, fogem das consequências, tentam golpear as instituições. Buscam soluções ilegais o tempo todo. É o que acontece com o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Ao fugir chorando para os Estados Unidos, abandona o mandato que, equivocadamente, o povo de São Paulo lhe concedeu.

Sylvio Belém

Recife

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JUSTIÇA

O mote popular que diz “a justiça tarda, mas não falha” é razoavelmente confirmado nos países democráticos onde o sistema legal funciona com consistência. Por aqui, no entanto, a afirmação sofre modificações. Uma delas se traduz pela imagem de que a Justiça tarda e, quando chega, cumpre breve visita e sai ultrajada para nunca mais voltar. Dois fatos são exemplares. Um deles diz respeito a Lula da Silva, envolvido em atos de corrupção pelos quais foi condenado a mais de 12 anos de prisão, dos quais cumpriu somente 580 dias. Depois, foi liberado pela Corte Suprema, que posteriormente anulou os respectivos processos, permitindo a sua candidatura à presidência. O outro é o do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral que, pela amplitude de seus desvios, mereceu pena de mais de quatro séculos de cárcere, lá ficando, no entanto, por seis anos, posto em liberdade pelo mesmo colegiado, podendo até passear pelo Brasil. É ou não uma versão tropical do referido mote?

Paulo Roberto Gotaç

Rio de Janeiro

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ESTADO PARALELO

Os integrantes do Legislativo e do Judiciário têm reiterado a desgovernança nacional e a mutilação do Orçamento público. Os integrantes do Legislativo, se aproveitando de presidentes desprovidos da qualidade de governar e liderar, iniciaram o apossamento do Orçamento público exigindo emendas inconstitucionais e insistindo no anonimato da autoria da iniciativa. Embora aparentam estar trabalhando para seus redutos eleitorais, na verdade, buscam vicejar as costumeiras práticas delituosas amplamente conhecidas, além de prejudicar sobremaneira a renovação representativa. Já os do Judiciário, outrora exemplos de sobriedade, equilíbrio e justeza, desandaram a distorcer a justa remuneração meritória através da deformação e manipulação da parcela orçamentária que lhes é de direito, direcionando-a para exorbitantes remunerações, em detrimento do aparelhamento estrutural deste poder. Nestes Poderes, assiste-se a prática de atos, ditos legais, porém, que ignoram a essencial legitimidade constitucional. Destroem nossas esperanças enquanto exercem um Estado paralelo.

Honyldo Roberto Pereira Pinto

Ribeirão Preto

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EDUCAÇÃO NOS EUA

O desmantelamento do setor de educação determinado pelo presidente Donald Trump, nos EUA, segue uma lógica para o eleitor branco, conservador, tradicional e religioso que é contra o movimento woke e se opõe à teoria crítica da raça. Os estados com viés mais republicano poderão moldar as futuras gerações num ambiente educacional onde prevalecem o movimento pró-vida e a defesa da pena de morte. Em contraste aos estados com viés mais democrata, onde o eleitor mais diversificado e progressista defende movimentos por mais igualdade social, sendo tanto a favor do aborto como contra a pena de morte. Nos próximos anos, o aprofundamento da divisão interna do país tenderá ao ponto mais próximo de ruptura desde a Guerra de Secessão (1861-1865), em decorrência da escravidão.

Luiz Roberto da Costa Jr.

Campinas

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GLORIOSO TRUMP

A música diz: “Você já foi à Bahia? Não? Então vá”. Nos EUA, podemos adaptar: “Você já foi na salinha? Não? Então não vá, quem já foi na salinha nunca mais quer voltar”. Um cientista francês foi deportado dos EUA por, na salinha, ter no seu celular críticas à política de corte de custos em pesquisas pelo presidente Donald Trump. Cuidado quando for para as terras americanas. Não se esqueça de bater palmas para o glorioso Donald Trump.

Roberto Solano

Rio de Janeiro

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VIOLÊNCIA

A nova modalidade de assalto agora acontece em estacionamentos de supermercados ou shoppings. Como se vê, a bandidagem não tem limite. Por outro lado, com mais de dois anos de governo do PT, o Ministério da Justiça ainda não tem um plano de segurança. Na campanha eleitoral, todo candidato tem a solução para os problemas da segurança, mas, uma vez eleitos, se esquecem das promessas. Está bem claro que a solução depende da reforma de todo o sistema da justiça criminal. A sociedade sente que o aumento da criminalidade se dá por conta de impunidade. Nunca é demais perguntar, quando é que os inquilinos do Congresso vão se debruçar sobre o tema? Já passou da hora, o povo não aguenta mais tanta violência.

Luciana Lins

Campinas

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CRIMINALIDADE IMPUNE

Proponho que todo o Judiciário abra mão de seus seguranças particulares pagos com dinheiro público, ou todo cidadão também tenha este direito. Restaure-se a moralidade e todos devemos sofrer por igual.

Luiz Frid

São Paulo

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AYRTON SENNA

Há 65 anos, nascia um gênio das pistas. Dia 21 de março é aniversário do tricampeão mundial de Fórmula 1 (1988, 1990 e 1991), Ayrton Senna da Silva, um ídolo acima de torcidas. Parabéns, Ayrton Senna, você é inesquecível. Esse, sim, fez história e estará eternizado na lembrança de todos os brasileiros. Suas características de pessoa de sucesso são: ousadia, perseverança, determinação, foco e superação. Ayrton Senna morreu aos 34 anos, fazendo o que gostava e no lugar que a história lhe reservou por direito. Ayrton Senna, o maior de todos os tempos. Que o nosso Ayrton Senna, grande águia e eterno ídolo, brilhe eternamente em nossos corações. Onde você estiver, Senna, receba sempre nosso amor, carinho e gratidão.

José Ribamar Pinheiro Filho

Brasília