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Cartas de leitores selecionadas pelo jornal O Estado de S. Paulo

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9 min de leitura

Operação Lava Jato

O fim esperado

Numa mesma página do Estadão (21/9, A12), lemos que a Polícia Federal indiciou Romero Jucá, Renan Calheiros e Eduardo Braga por corrupção e, também, que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli anulou todos os processos e provas em mais um caso da Operação Lava Jato. Evidentemente, as investigações, no primeiro caso, serão arquivadas, e ninguém tem a menor dúvida sobre isso. No segundo caso, bem, aí já é o fim mais que esperado das investigações que se fizeram e que comprovaram fatos criminosos. No Brasil, manda quem pode e obedece quem não é rico – como sempre foi, aliás.

Marcelo Gomes Jorge Feres

Rio de Janeiro

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Questão de tempo

A investigação da Polícia Federal que indiciou o ex-senador Romero Jucá e os senadores Renan Calheiros e Eduardo Braga, sendo um desdobramento da Operação Lava Jato, logo terá todas as provas descartadas e anuladas.

Vital Romaneli Penha

Jacareí

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Brasil

A última esperança

Nas páginas A3 e A4 do Estadão de ontem está o motivo do desencanto dos brasileiros, de não podermos evocar os versos da canção de amor de Vinícius de Moraes e Tom Jobim (“abre os teus braços e canta a última esperança”) em relação ao nosso futuro como nação. Do editorial Uma Suprema Corte kafkiana à assombrosa certificação de Bolívar Lamounier em Brasil, sociedade de castas, se esvai nossa esperança.

Widson Schwartz

Londrina (PR)

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Rede social

Judiciário e tecnologia

Na semana que passou, a rede social X, de Elon Musk, usou atalhos tecnológicos para driblar a decisão do ministro Alexandre de Moraes de banir a rede se esta não se submetesse às suas decisões. O mundo tecnológico atropela a soberania nacional. Os que defendem o X arguem que Moraes abusa do seu poder e decide monocraticamente, sob segredo de justiça e de forma ditatorial, e a única reação possível seria inventar alternativas e continuar operando para defender a “liberdade de expressão”. Fato: Moraes foi ungido por Dias Toffoli como investigador, acusador e juiz, conduz processos que não têm fim e não dá satisfação a ninguém sobre suas decisões, que são questionáveis – por exemplo, no caso em que a empresa Starlink foi instada a pagar a multa de outra empresa. Como reagir a isso? Atropelando suas decisões? A pergunta que faço é: nossos doutos togados têm suficiente conhecimento tecnológico para atuar de forma eficiente neste novo mundo?

Eduardo Aguinaga

Rio de Janeiro

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Ditadura na Venezuela

Endurecendo a repressão

A propósito do relatório de uma Missão Independente da ONU denunciando o aumento da repressão na Venezuela (Estadão, 18/9, A13), até quando o presidente Lula vai se fazer de surdo, mudo e cego?

Robert Haller

São Paulo

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O horror

Como mostrou o Estadão no editorial O horror da Venezuela que Lula finge não ver (19/9, A3), o presidente do Brasil faz o possível para proteger Nicolás Maduro, passando por cima do “horror” que tem sido relatado naquele país. Do que será que ele tem medo? É de Maduro?

Luiz Antonio Ribeiro Pinto

Ribeirão Preto

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‘Bets’

Aposta de risco

Quem é dependente de jogos, drogas, sexo, compras, etc., alimenta sua rede de dopamina com expectativas de ganhos antes e durante a fissura. O depois é deprimente e arrasador, só corrigido com nova rodada de fissura e prática impulsiva. O custo para a saúde e a segurança é inimaginável. Isso serve também para a dependência do álcool. O imposto que será arrecadado com atividades como os jogos de azar é infinitamente menor do que o gasto com saúde e com segurança. Se essas organizações envolvidas com as bets, por exemplo, distribuem a rodo patrocínios e prêmios para parceiros, imaginem quanto faturam com os dependentes e com os otários? O fenômeno das bets incentiva tragédias familiares. É ingênuo acreditar que aquele infame “jogue com moderação” faça alguma diferença neste processo. A série de reportagens do Estadão sobre as bets é um serviço público de altíssima relevância.

Carlos Ritter

Caxias do Sul (RS)

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Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

GESTÃO LULA

Lula da Silva e seu Partido dos Trabalhadores vivem alardeando que precisaram reconstruir o Brasil após o governo Jair Bolsonaro. Pois uma nova reconstrução se avizinha, com data marcada para 1.° de janeiro de 2027, quando irá subir a rampa um novo presidente, que – espero – não deverá ser Lula nem Bolsonaro, nem lulista e nem bolsonarista. Infelizmente, ainda temos dois anos de desconstrução pela frente. O trabalho será árduo. A democracia deverá voltar a ser plena e indiscutível, e não relativa como é hoje. A autonomia das nossas instituições, como Banco Central e agências reguladores, deverá voltar ao curso normal, ou seja, trabalharem pelo País e não a serviço do governo de plantão. A política externa que hoje é motivo de vergonha para os brasileiros de bem, deverá voltar a ter um Itamaraty altivo, independente e brilhante como de outrora, este sim, orgulho dos brasileiros. Desde Fernando Henrique Cardoso e a breve passagem de Michel Temer (pois é, deixou um legado melhor do que muitos governos de quatro anos) estamos perdendo tempo com destruições e pseudo-reconstruções, deixando passar inúmeros cavalos selados. Basta. Chega de lulismo, de bolsonarismo, de radicalismo e de populismo.

Luiz Gonzaga Tressoldi Saraiva

Salvador

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AJUDA DIVINA

O presidente Lula declarou: ”se Deus ajudar, a gente quer ter o verão com menos dengue na história do País”. Não sei quais são os contatos e mensagens que o presidente Lula tem e recebe de Deus (seria importante confirmar se Ele ainda continua brasileiro), mas devemos ficar muito preocupados se a ajuda divina não vier, pois parece que esse governo só conta com a ajuda divina no combate à dengue, já que planos efetivos nem mesmo Deus acredita que existam. Oremos ou salve-se quem puder.

Mario Miguel

Jundiaí

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ALEXANDRE DE MORAES

Multa de R$ 50 mil para o usuário do X, mais R$ 5 milhões por dia se o antigo Twitter continuar operando no Brasil, e invasão das contas da Starlink para punir Elon Musk são apenas algumas das arbitrariedades praticadas por um ministro que se julga acima da lei. A única maneira legal de colocar Alexandre de Moraes em seu devido lugar, ou seja, fora do Supremo Tribunal Federal (STF), é o Senado federal, comandado pelo insosso Rodrigo Pacheco e que, portanto, não vai fazer nada. Assim, continuaremos a ver o democrata Moraes agir como um ditador.

Jose Alcides Muller

Avaré

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MORTE DE UM PARTIDO

A morte horrível de um partido político (Estadão, 18/9, A3). Como explicar o que aconteceu com o PSDB? Como aceitar que o partido, com FHC a frente, que acabou com o maior problema socioeconômico do Brasil, a hiperinflação, termine dessa maneira? Como ficam os brasileiros sem um partido do nível do PSDB? O editorial mostra vários fatores que contribuíram para a ruína desse partido mas acredito que conforme os nomes de peso do partido foram envelhecendo não apareceram substitutos a altura dos mesmos. A maior promessa que era Aécio Neves se perdeu depois da derrota para Dilma Rousseff. Daí em diante foi só ladeira abaixo com o partido totalmente indefinido entre um lado e outro da politica brasileira.

Nelson Falseti

São Paulo

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QUEIMADAS PELO BRASIL

Os colossais incêndios na Amazônia e no Pantanal, e também no cerrado e na mata Atlântica, são todos criminosos e coordenados, em áreas de vegetação da União, para após devastados, serem ocupados por pecuaristas para a criação de gado. Estão destruindo a fonte de água dos rios e das chuvas, que tornam o Brasil habitável, que movem as Hidroelétricas, a agricultura e a pecuária de todo o país. Sem as florestas e o Pantanal, o Brasil se tornará um deserto como o Saara. Deu para entender? A Polícia Federal e os corajosos bombeiros não conseguem combater tantos incêndios em áreas tão grandes e importantes para a sobrevivência da Nação.

Paulo Sergio Arisi

Porto Alegre

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DESMATAMENTO

A mídia nos conta que, em Corumbá, a Polícia Federal informou que em 2020 havia uma gleba de 6.400 hectares de terra da União com vegetação intocada, mas que, agora, tinham descoberto que havia sido invadida e tinham incendiado toda a gleba. Enquanto reproduzia o depoimento do policial, o canal de TV mostrou uma vista aérea de uma área desmatada, com cercas, mostrando que a ocupação já durava vários anos. A ausência da autoridade em casos como esse mostra claramente um dos principais problemas de nosso país: os poderosos pagam para não serem perturbados quando infringem a lei, pouco importam os direitos dos cidadãos. Temos que criar um ambiente que puna severamente os poderosos e os distraídos.

Aldo Bertolucci

São Paulo

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‘SEGUE O BAILE’

Não existe qualquer resquício de vontade política para acabar com o desmatamento e as queimadas ilegais, a posição oficial do País é continuar permitindo o desmatamento ilegal até 2030, discurso que o presidente Lula da Silva continua repetindo como se o País inteiro não estivesse pegando fogo. A bancada da corrupção, dona do Congresso, apoia de corpo e alma as queimadas, a invasão de terras, a mineração ilegal, etc. Uma única voz contraria à destruição do País se ergueu no STF, mas já dito que não é papel do STF se meter em qualquer assunto sem ser provocado. O Brasil assiste a vitória da ignorância, o País inteiro sendo destruído ao vivo, depois do desmatamento e das queimadas virá a seca catastrófica, padrão africano, anos sem chuva. O País vai gastar centenas de bilhões de reais em usinas de dessalinização, as obras serão superfaturadas e segue o baile.

Mário Barilá Filho

São Paulo

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NOVA NARRATIVA

A ministra Marina Silva e o governo Lula estão vendendo a narrativa de que os focos de incêndio são ações criminosas e orquestradas, e, portanto, o governo é isento de culpa. Segundo informações, o Brasil teve 68.635 focos de queimadas em agosto de 2024, supondo que mil tenha indícios criminosos ou de manuseio inadequado, seria menos de 1,50% desse total. O governo vai ter que vender uma outra narrativa diferente para isentá-lo de culpa.

Vital Romaneli Penha

Jacareí

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SEGURANÇA PÚBLICA

O governo jamais conseguiu em tempo algum tirar a arma da mão do bandido. Mesmo assim, continua editando leis que beneficiam o infrator (direitos humanos, câmeras corporais, regime de progressão da pena, etc.), Por outro lado, numa simples canetada restringe ao máximo (praticamente proíbe) o uso da arma ao cidadão de bem, deixando-o à mercê da sanha do mal crescente, já que a segurança pública é um redondo fracasso e as leis penais são pusilânimes. Só falta entrar em pânico.

Marcelo de Lima Araújo

Rio de Janeiro

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ENVELHECIMENTO DA POPULAÇÃO

O maior acelerador do envelhecimento é a pobreza, diz a pesquisa da universidade Adolfo Ibanez do Chile. Estamos no Brasil vendo a população envelhecer e, como somos um país com a maioria da população pobre, vamos ver muito sofrimento ainda.

Roberto Solano

Rio de Janeiro

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PABLO MARÇAL

Confirmadas as pesquisas, o cavalo paraguaio Pablo Marçal brevemente sairá do noticiário paulistano para provavelmente reaparecer como candidato a algum cargo somente em 2026, o que dará certo fôlego para as pessoas de bem. Pois, tal qual uma doença infecciosa que pode se manifestar com maior ou menor gravidade, o marçalismo mostrou ser uma variante muito mais virulenta do que o bolsonarismo, em que a truculência, a mentira, a diminuição e humilhação do outro, o histrionismo e a bufonaria são o modus operandi fundamental para conquistar votos. E consegue, como demonstra a pesquisa DataFolha, que confere a Marçal surpreendentes 19% da preferência do eleitorado. Muitos destes justificam a escolha como sendo um protesto contra a política tradicional. Só que a história mostra que populistas eleitos com base nessa teoria conseguiram estragar mais ainda o que já estava ruim. Felizmente o tratamento – a rejeição de 47% – a essa variante está dando resultado.

Luciano Harary

São Paulo

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ELEIÇÕES MUNICIPAIS

Datafolha: apoio de Lula não impulsiona Boulos, e Nunes abre vantagem entre os eleitores mais pobres (Estadão, 19/9). Inquestionavelmente, o eleitor paulistano vivencia um grande dilema. Escolher entre o histriônico Pablo Marçal, o insípido e inodoro Ricardo Nunes, ou ainda, Guilherme Boulos, o invasor de propriedades, apadrinhado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Uma pergunta não quer calar. Por que o candidato psolista lidera com 34% das intenções de voto entre os eleitores mais ricos? Que tipos de contrapartidas os eleitores desta classe social buscam com a eleição de Guilherme Boulos?

Maurílio Polizello Junior

Ribeirão Preto

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POLÍTICA BRASILEIRA

Não resta dúvida que a profissão de político é a que mais se utiliza da mentira para alcançar o poder e nele se manter. É uma característica inescapável, aceita como uma das imperfeições da natureza humana, de difícil correção no horizonte temporal visível. Em alguns países democráticos, no entanto, onde as escolhas são feitas por eleitores com razoável nível de educação, o alcance dessa prática de ilusionismo com a coisa pública tem limitações e, volta e meia, constatam-se situações nas quais os prestidigitadores são punidos judicialmente, fato que normalmente antecede um ostracismo que os impede de se aventurar em novas empreitadas de poder. No Brasil, porém, a mistura de votantes despreparados, atraídos por políticos que se excedem na prática da mentira, com um sistema legal confuso, além das eclosões cada vez mais frequentes, em campanhas, de ações violentas até exibidas em tempo real pela mídia, propiciam o início do aparecimento de um caldo de cultura cujo crescimento precisa ser interrompido urgentemente por ação rápida e exemplar da justiça eleitoral, sob pena de deteriorar a nossa ainda frágil democracia.

Paulo Roberto Gotaç

Rio de Janeiro

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DECLARAÇÃO DE ISRAEL

Li em jornais internacionais que Isaac Herzog, o presidente de Israel, postou no X o seguinte nessa sexta-feira, 20/9: “Nós não queríamos esta guerra. Não queremos guerra – não hoje, nem nunca. Mas temos direito aos direitos mais básicos de qualquer nação: viver como qualquer outro povo, em paz, segurança e tranquilidade, e trazer nossos filhos e filhas de volta para casa – os reféns de volta para suas famílias, e os cidadãos deslocados do Norte e do Sul de volta para suas casas, escolas e negócios”. Ele concluiu afirmando que os ataques aéreos israelenses no sul do Líbano durante a noite foram “precisos e impressionantes”, e acrescentou que “reafirmamos nossa determinação de vencer diante do terror”.

Jorge A. Nurkin

São Paulo

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‘GRUPO TERRORISTA’

Bem-vindo, Israel. Ao rol dos grupos terroristas mais vis, ignóbeis, escabrosos e perniciosos do mundo.

Marcelo Gomes Jorge Feres

Rio de Janeiro