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Cartas de leitores selecionadas pelo jornal O Estado de S. Paulo

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8 min de leitura

Eleição nos EUA

Decisão política, nada mais

O que moveu Joe Biden a desistir de concorrer à presidência dos EUA pelo Partido Democrata não foi exatamente sua saúde física e mental, tampouco seus lapsos de memória. Biden não viu outra saída senão a de ceder à pressão dos eleitores democratas que suspenderam a robusta contribuição financeira da qual o partido depende para executar a campanha. Após o anúncio da desistência o partido contabilizou, até o final do dia, nada menos que US$ 46 milhões de doações, em contraposição aos US$ 2 milhões do dia anterior. Os democratas estão, com razão, apavorados pela perspectiva real de vitória de Donald Trump, sobretudo após o atentado que o ex-presidente sofreu. Ou seja, a pressão para ceifar Biden foi política. A preocupação com sua saúde, do ponto de vista humanitário e compassivo, está em segundo plano. Com grande chance de cair no esquecimento.

Luciano Harary

São Paulo

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Jogo embolado

Que ninguém se engane: a saída de Joe Biden da corrida presidencial é ótima para Donald Trump, afinal, quem quer que entre na disputa não terá o peso do título de presidente do EUA. A não ser que Biden renuncie também à presidência e Kamala Harris seja a escolhida dos democratas para disputar a eleição. Por outro lado, Trump já tem uma condenação criminal definitiva e só está aguardando a promulgação da sentença que poderá levá-lo para a cadeia. Segue tudo indefinido na América até novembro.

Mário Barilá Filho

São Paulo

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‘Efeito Adélio’

Com Kamala Harris como adversária, Trump já pode encomendar a faixa presidencial em agosto. Ela será muito mais fácil de derrotar que o próprio Biden. O Partido Democrata necessita, com urgência, encontrar em seus quadros um adversário capaz de anular o “efeito Adélio” naquela disputa.

Jorge João Burunzuzian

São Paulo

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Desde 1976

2024 será a primeira eleição presidencial nos EUA sem um Bush, Clinton ou Biden nas chapas desde 1976.

Carlos Arthur Ortenblad Jr.

Rio de Janeiro

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Eleições Brasil 2024

Onde estão os projetos?

Já se foram há muito tempo as campanhas eleitorais que traziam consigo ideias, projetos e discussões sobre política com pê maiúsculo. Hoje, presenciamos acusações, delírios, mentiras e a disseminação do ódio contra adversários ou segmentos políticos. Nossos políticos e seus partidos perceberam que os eleitores não exigem discussões em torno de projetos e de sua exequibilidade. Logo, passaram a deixar de lado completamente o que poderiam e deveriam fazer caso eleitos. Os eleitores em geral não pesquisam quem são os candidatos e o que já fizeram na vida ou na política, o que facilita para os enganadores no caminho da eleição. Depois de eleitos, vão trabalhar para seus representantes, apoiadores financeiros e de forma alguma vão fazer algo que venha a beneficiar a sociedade. Assim tem sido nos últimos anos, décadas de tempo perdido e recursos que se esvaem e deixam de ser aplicados em saúde, educação, meio ambiente, mobilidade urbana e saneamento.

Rafael Moia Filho

Bauru

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Estagnação

O grande mal da política brasileira é que o tempo para ela estagnou: tanto as suas propostas quanto os seus candidatos são os mesmos há décadas.

Lincool Waldemar D’Andrea

São Paulo

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Fome no Brasil

Metas e controle

Bela Gil e Caio Magri, membros do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDESS) e autores do artigo Como enfrentar a fome no Brasil (Estadão, 21/7, A4), destacam cinco fatores essenciais para tanto: acesso à educação; acesso físico a alimentos saudáveis; acesso financeiro; acesso a ferramentas (material para cozinhar, luz, água e gás); e acesso ao tempo (para cozinhar), além da necessidade de engajamento social e do enfrentamento das questões estruturais para combater a desigualdade. O que chama a atenção é que esse conjunto de fatores faz parte de qualquer programa de governo apresentado no Brasil, seja pela esquerda, centro ou direita. Sem compromisso com metas e sem mecanismos de controle das ações governamentais, tudo isso é conversa para boi dormir.

Sandra Maria Gonçalves

São Paulo

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Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

ELEIÇÕES MUNICIPAIS

Em breve as televisões estarão cheias de vídeos apelativos dos candidatos às prefeituras na caçada aos eleitores. O que não pode é o cidadão se deixar enganar por narrativas. No caso da deputada Tabata Amaral, que foi eleita deputada federal, bastaria seu eleitor levantar o que ela fez como deputada. Se hoje ocupa o 5° lugar na disputa à prefeitura de SP é porque o cidadão que vota não está satisfeito com sua gestão como deputada, ou seja não convenceu ninguém. Portanto, se vitimizar dizendo que foi pobre, que veio da periferia não é demérito. Porém, quando alça grandes postos, em geral fica de costas para a população. Já estamos cansados deste filme. O bom é que o pessoal das redes sociais não se deixa enganar por narrativas e sabe que no 2.° turno os votos dela irão para a esquerda. Todo cuidado é pouco.

Izabel Avallone

São Paulo

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IMUNIZAÇÃO

As pessoas inteligentes e de bom senso entendem que as vacinas são o resultado de muitas experiências e de muitos testes antes que sejam fornecidas. Assim, o Brasil que passou alguns anos em processo de reprovação e de recusa na aceitação das vacinas, felizmente, retornou ao caminho do bom comportamento, obtendo da Organização Mundial de Saúde (OMS) a certificação de que deixou de integrar a relação dos 20 países com mais crianças não vacinadas. Sem dúvida, deve-se comemorar o evento, porque O bem-vindo retorno das vacinas (Estadão, 22/7, A3) deixa de lado aquelas ridículas considerações feitas contra as vacinas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro ao vinculá-las a efeitos colaterais adversos, como HIV, jacaré e outras, colocando, novamente, os brasileiros no caminho do respeito científico e na estrada da saúde desejável.

José Carlos de Carvalho Carneiro

Rio Claro

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BIDEN DESISTE DA CORRIDA ELEITORAL

Biden se rende (Estadão, 22/7, A3), mas vence na eleição da moral lançando sua vice-presidente, Kamala Harris, para enfrentar o amoral, mentiroso e sem caráter Donald Trump, o exterminador do futuro da democracia americana. Que os eleitores independentes e racionais dos Estados Unidos votem na candidata de Biden, um homem que honra seu país.

Paulo Sergio Arisi

Porto Alegre

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‘BIDEN GANHOU DE LAVADA’

Diante da acertada e oportuna decisão do presidente Joe Biden de desistir da campanha à reeleição dos EUA, em novembro, por sua evidente e indisfarçável fragilidade física e mental aos 81 anos, cabe, por oportuno, reproduzir o parágrafo final do editorial Biden se rende (Estadão, 22/7, A3): “Em gritante contraste com o delinquente Trump, Biden sai da disputa como um político de grande estatura, que só foi abatido pelas limitações de sua idade, disputa que é impossível vencer. Já no campo moral, Biden ganhou de lavada”. Bravo, Biden.

J. S. Decol

São Paulo

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22.ª EMENDA AMERICANA

Com a desistência de Joe Biden ficamos sabendo, por exemplo, que Barack Obama ou Bill Clinton não poderiam substituí-lo. A 22.ª Emenda da Constituição dos EUA diz o seguinte: “Nenhuma pessoa será eleita para o cargo de presidente mais de duas vezes”. Como Obama e Clinton foram eleitos e reeleitos, eles automaticamente ficam inelegíveis. Quem está precisando de uma Emenda à Constituição como esta é o nosso Brasil. Aqui, temos uma figurinha carimbada que gostaria de ser reeleito ad eternum, esquecendo-se que a alternância de poder, além de saudável, é um dos pilares da democracia. Claro, não a democracia relativa que esta mesma figurinha é adepta.

Luiz Gonzaga Tressoldi Saraiva

Salvador

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MISSÃO DE KAMALA HARRIS

O primeiro negro a governar os Estados Unidos da América foi Barack Obama. Agora, Kamala Harris, negra também, tem a chance de se tornar a primeira mulher a governar a maior potência mundial. Mas seu maior desafio é outro, e bem mais nobre: livrar o seu país e o mundo todo, se Deus quiser para sempre, da volta de um abominável e nefasto segundo governo de Donald Trump.

Abel Pires Rodrigues

Rio de Janeiro

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NOVO CANDIDATO

A força da imagem de Kamala Harris poderá reverter a ascensão de Donald Trump nos EUA. A plataforma de governo é a mesma em relação ao desistente Joe Biden, mas, com alguém mais energético, muda a empatia do eleitorado. Não deveria ser assim, mas sabemos o quanto a comunicabilidade do político com seus eleitores é fundamental, haja vista a quantidade de egressos do rádio, TV e mídias eletrônicas que são eleitos, pelo menos no Brasil. Quatro anos atrás a vice-presidente era ungida como a sucessora natural por tudo o que representava e ficou na geladeira este tempo todo. Agora terão de fazer, em quatro meses, o que não foi feito em quatro anos, a começar por convencer o restante dos caciques democratas.

Adilson Roberto Gonçalves

Campinas

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BOM SENSO

Joe Biden teve bom senso. Seguiu o conselho dos seus partidários políticos e dos americanos que prezam os EUA. Caiu na real e, para o bem do País, desfez a pretensão de reeleição. Lula, sem bom senso, é um garoto gastador de 20 anos entusiasmado com Janja, bagunça a diplomacia e a economia, incrementa impostos, interfere na Petrobras e sem noção de equilíbrio fiscal. Está complicando o Brasil e quer novamente ser reeleito.

Humberto Schuwartz Soares

Vila Velha (ES)

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MESMO CAMINHO

Joe Biden já mostrava que a idade estava afetando o seu desempenho e mostrou seriedade e patriotismo ao desistir de sua candidatura a favor de Kamala Harris, mulher, negra, que já mostrou sua competência. Temos que torcer para que o nosso presidente Lula da Silva siga o mesmo caminho, desista de seu projeto de reeleição e indique uma pessoa competente, cujo espírito de liderança possa conduzir nosso País a uma melhoria de vida dos brasileiros.

Aldo Bertolucci

São Paulo

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GERALDO ALCKMIN

Lula, se tivesse um mínimo de bom senso, deveria fazer o mesmo que Biden em prol de Geraldo Alckmin para um mandato tampão até 2026, amenizando a polarização atual e abrindo espaço para novos atores mais condizentes com os desafios atuais. Lula sairia, assim, para entrar para história, desta vez sem traumas.

Albino Bonomi

Ribeirão Preto

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‘ATO DE PATRIOTISMO’

Que tal se o presidente Lula, em um raro ato de patriotismo, aproveitasse o exemplo de Joe Biden nos EUA e renunciasse a possibilidade de se candidatar à reeleição em 2026? Falando coisas sem sentido ele já está.

Luiz Frid

São Paulo

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CORAGEM

Pois é, enquanto Biden só fez trocar nomes de pessoas, aqui o Lula anda esquecendo muita coisa, inclusive repetindo programas de seus outros governos que não deram certo ou terminaram em desvio. Será que teria coragem de pedir para sair?

Tania Tavares

São Paulo

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FIEL ESCUDEIRO

Padilha diz que desistência de Biden foi em nome de ‘projeto maior’ para derrotar a extrema direita (Estadão, 21/7). Mais uma tentativa de narrativa criada por um fiel escudeiro de Luiz Inácio. Biden só desistiu, aliás, foi convencido a desistir da disputa pela reeleição à presidência dos Estados Unidos, por estar demente, senão, certamente, não largaria o osso. Biden está demente, e Padilha, que perdeu uma enorme oportunidade de ficar calado, não sabe nada, o inocente, ou finge não saber.

Maurílio Polizello Junior

Ribeirão Preto

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REVISÃO DA LEI DE ZONEAMENTO EM SP

Impressionante a voracidade do setor imobiliário em São Paulo para ocupar qualquer espaço possível ou não e construir edificações, nem que seja necessário alterar as regras já existentes que servem, justamente, para regular esta ocupação desenfreada de espaços. Estas emendas propostas pelos vereadores em cima do PL 339/2024, e aprovadas ao apagar das luzes, sem consulta pública, são uma aberração, um verdadeiro atentado ao povo em geral, privilegiando o setor imobiliário (como sempre) e as classes mais privilegiadas. Muita mentira é disseminada, principalmente aquelas que dizem que estas emendas beneficiarão a população. Por exemplo, estão extinguindo as Zonas Residenciais - ZERs, lindeiras aos corredores de ônibus e metrô, atualmente protegidas por parâmetros que estabelecem gabaritos beneficiando os proprietários atuais de residência. Prefeito Ricardo Nunes, por favor, analise com carinho cada uma destas propostas e vete emendas como esta. Garanto que seus eleitores lhe serão gratos.

Luiz Guilherme Bender

São Paulo

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POLÍTICA AMBIENTAL

Meus cumprimentos a Renato Buranello pelo artigo Bioeconomia agroindustrial (Estadão, 21/7). É preciso reconhecer a relevância do nosso agro para o mundo. Utilizar mecanismos e técnicas adequadas à sustentabilidade – ser agrosustentável – colaborará substancialmente para que sejamos os líderes da nova economia, a economia verde. Estamos no caminho certo.

Arnaldo Jardim

São Paulo