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Cartas de leitores selecionadas pelo jornal O Estado de S. Paulo

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8 min de leitura

IBGE

Perda de credibilidade

Não demorou muito e o que já se previa acabou acontecendo: a gestão temerária do sr. Marcio Pochmann na presidência do IBGE, por conta de seu viés ideológico. Seu comportamento autoritário está impedindo que o corpo técnico da instituição participe das decisões do órgão. Promoveu alteração do estatuto e a criação da Fundação IBGE+ sem serem debatidas com os coordenadores e gerentes. Isso causou descontentamento e motivou duas cartas abertas ao Conselho Diretor. O IBGE não é uma instituição qualquer. É o responsável pelas pesquisas que apuram os principais indicadores econômicos do País. São dados importantes que servem para embasar políticas públicas de todas as esferas de governo. É desastroso para o País sua perda de credibilidade. Não à toa, bastou a imprensa noticiar e houve alta do dólar e queda no Ibovespa e na Bolsa de São Paulo.

Deri Lemos Maia

Araçatuba

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STF

Emendas impositivas

O artigo AI-5 orçamentário? (Estadão, 21/9, A6), de Paulo Corrêa, merece contundentes correções. Embora discorde da atuação monocrática de alguns ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), a decisão de suspender as emendas parlamentares foi tempestivamente referendada por unanimidade pelo plenário. Quanto à decisão emanada, ao contrário do afirmado no artigo, não alcançou o direito da representação parlamentar, limitando-se à obrigação constitucional de observância da legalidade, moralidade, publicidade e eficiência dos atos públicos, que indecentes parlamentares insistem em descumprir. Considerar que o bloqueio das emendas pelo Judiciário é um cerceamento territorial à atuação parlamentar é uma aberração interpretativa: a representatividade no Congresso é de abrangência nacional, não se limitando aos eleitores dos eleitos. E, ainda, apontar anomalias judiciárias como justificativas àquelas parlamentares é consolidar o caos na atuação do Estado. No mesmo sentido, amenizar responsabilidade parlamentar comparando porcentualmente o valor das emendas (R$ 50 bilhões) com o Orçamento da União (R$ 5,5 trilhões), ambos de 2024, é referendar a já embaraçada picaretagem congressual. Também é equivocada a comparação de que o valor das emendas “escondidas” é equivalente aos gastos na aposentadoria e pensões de militares. Diferentemente daquelas, estes têm nome e CPF dos destinatários.

Honyldo Roberto Pereira Pinto

Ribeirão Preto

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Moraes e Toffoli

Gostaria que os excelentíssimos senhores presidentes do STF e do Senado respondessem a toda a sociedade quem será que conseguirá pôr um freio nos senhores Alexandre de Moraes, o destruidor da Constituição, e Dias Toffoli, que com suas decisões monocráticas joga na lata de lixo da História o maior escândalo de corrupção do mundo.

José Renato Nascimento

São Paulo

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Eleições em São Paulo

Memória de Bruno Covas

Ricardo Nunes deveria ter vergonha das palavras proferidas na entrevista ao bolsonarista Paulo Figueiredo. Mostra sua real cara e oportunismo. Deveria, no mínimo, respeitar a memória de Bruno Covas.

Roberto Sigaud

São Paulo

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Imóveis desocupados

Os candidatos à Prefeitura de São Paulo deveriam incluir em suas promessas o que farão com as placas de “aluga-se” e “vende-se” de tantos pontos comerciais fechados e em abandono, com tantos desempregados. Só creches, unidades de saúde e mais estações de metrô dão votos? Que tal reduzir o IPTU para imóveis desocupados?

Carlos Gaspar

São Paulo

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Seca histórica

Volta do horário de verão

Quem paga o pato nessa estupidez de ideia é a classe trabalhadora, obrigada a sair de madrugada, no escuro, para ir trabalhar. E a conta pelos transtornos e desorganização que causa, principalmente no relógio biológico, é paga por todos.

Silvio de Barros Pinheiro

Santos

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Início da primavera

A primavera chega acabrunhada e tristonha, com queimadas causando desesperança. O quadro desolador tingiu o céu de cinza. Estrelas deram lugar para o fogo. Árvores sofrem. Animais morrem. Plantas e flores perdem o brilho e a candura. Tristeza infinita no reino do verde e do Sol.

Vicente Limongi Netto

Brasília

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Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

STF

Uma pesquisa da Atlas mostra que todos os ministros do Supremo Tribunal Federal são avaliados negativamente. Todos, sem execeção. Os que têm pior avaliação são Gilmar Mendes (59% de imagem negativa), Dias Toffoli (55%), Nunes Marques (54%) e Flávio Dino (53%). Se algo não está errado com o STF então o problema é de narrativa, apenas para usar uma palavra muito usada hoje em dia. Eu explico melhor: ou a população não está entendendo o STF ou está entendendo muito bem e não está concordando com o que acontece ali. De uma forma ou de outra, é uma situação inédita e perigosa a principal Corte de Justiça do País estar tão desacreditada.

Luiz Gonzaga Tressoldi Saraiva

Salvador

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QUEIMADAS

O Brasil não vai vencer a guerra contra os criminosos da floresta com o discurso cínico e dissimulado do presidente Lula da Silva. É preciso vontade e determinação para combater os crimes ambientais agora e não a ladainha de Lula, que promete acabar com o desmatamento ilegal só em 2030. Lula afaga os criminosos, acha certo queimar o mato para fazer um roçado. Com essa balela o País está assistindo a erradicação do Pantanal e da Amazônia, milhões de hectares sendo criminosamente destruídos. Sem vontade política de contrariar os interesses da bancada ruralista e dos criminosos da floresta, o Brasil só vai mudar de rumo quando a água acabar de vez, quando, então, o País irá mandar o exército e reflorestar os biomas destruídos.

Mário Barilá Filho

São Paulo

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NOVA GERAÇÃO

A Fundação Perseu Abramo, os teóricos do PT, vai tentar aproximar nestas eleições o partido do PT aos 60+ . Esquecem estes senhores que esta geração lê mais, acompanha política e não são tão fáceis de enganar. Sabe como o PT é no poder e tem horror e medo de inflação.

Tania Tavares

São Paulo

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ECONOMIA

Se tivermos no fim do ano um IPCA perto de 4,35% ao ano, como consta do Boletim Focus, e uma Selic de 11,75% ao ano, conforme previsões dos maiores bancos do mercado, a taxa de juros real será de 7,30% ao ano. Isto é razoável ?

Cássio Mascarenhas de Rezende e Camargos

São Paulo

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JUSTIÇA ELEITORAL

Campinas: Justiça cassa registro de candidatura do prefeito e o deixa inelegível por oito anos (Estadão, 19/9). Dário Saadi, candidato à reeleição, é acusado de abuso de poder político por gravar em repartições públicas. E José Luiz cadeirada Datena, por que ainda não foi cassado? Ao que tudo indica, a Justiça Eleitoral entende que agressões físicas entre os candidatos são liberadas, não justificam cassações.

Maurílio Polizello Junior

Ribeirão Preto

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PREFEITURA DE SP

De início cumpre explicar que ignorar não quer dizer burrice, como muitas pessoas se enganam, mas sim não saber por não ter sido informado sobre alguém ou um acontecimento. É o caso da escolha do nosso prefeito, que será uma pessoa que terá grande influência na vida de cada um de nós. Cabe aqui dar um exemplo com o nosso atual prefeito que reflete uma política de adensar a cidade. Ou seja, menos oxigênio para cada morador. Passei por isso quando estava na Vila Olímpia e passei a construir enormes prédios de muitos andares. Passei a ir ao PS e ser internado no hospital. Tive que me mudar de lá. Portanto, cada eleitor tem a obrigação e a inteligência de se informar sobre cada candidato, como se estivesse na loja para escolher uma roupa para ir a um casamento. Por exemplo, eu jamais escolheria um Pablo Marçal, pois nunca morou aqui e nunca ocupou um cargo pública. Para mim, seria como ir à feira e comprar uma fruta qualquer sem a examinar muito bem. Exemplo, Marçal nunca morou em São Paulo e nem foi político antes. Agora, quer ser o prefeito de São Paulo? É lógico que não vai saber como. E nós, população, que pagaremos a conta; Certamente ele só está interessado no dinheiro que irá ganhar e, com certeza, não será pouco. Esse tipo de situação deveria ser proibido na Legislação Eleitoral.

Gilberto Pacini

São Paulo

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CIDADES BRASILEIRAS

Boa Esperança do Norte é o 5.569.º município brasileiro. Um dos 1.670 municípios que sobrevivem basicamente graças ao Fundo de Participação dos Municípios (FPM), ou seja, mais um custo significativo para a população brasileira, que precisa arcar com prefeitos, vereadores e toda a estrutura da máquina pública. Não seria o caso de criarmos um novo modelo administrativo, composto por um conselho voluntário de cidadãos, que elegeriam um CEO profissional para administrar a cidade? Esse sistema poderia gerar uma economia de bilhões de reais para o País, além de possibilitar a criação de cidades muito melhores para se viver.

Artur Mendes

Campinas

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PARAFUSAR VALORES

A fim de evitar que candidatos à prefeitura da maior cidade da América Latina lançassem cadeiras uns sobre os outros durante um debate, os promotores do evento julgaram por bem parafusar as cadeiras no chão. Não, isso não é um enredo de um filme surreal, tampouco um meme extraído das redes sociais. Trata-se das eleições municipais de São Paulo, em que candidatos que deveriam propor soluções para os problemas da cidade. Ao invés disso jogam a civilidade no lixo esperando, assim, conquistar votos. Esta é a grande tragédia: as pesquisas mostram que boa parte do eleitorado não muda sua intenção de voto apesar da violência verbal persistente dos candidatos e das cadeiras voadoras. Não são os parafusos dos assentos que vão mudar esse estado de coisas. É preciso agregar e parafusar valores.

Luciano Harary

São Paulo

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VIOLÊNCIA NO RJ

Assistindo a televisão, vi uma notícia de que uma adolescente de Minas Gerais foi baleada, no Rio de Janeiro, quando o automóvel da família entrou por engano no Complexo da Maré. O repórter classificou o fato como uma fatalidade. Interessante observar que, quando numa operação policial, alguém é alvejado — mesmo que por acidente — o fato é motivo de repúdio e especulação, buscando criminalizar a polícia. Já quando o bandido atira, a mesma imprensa hipócrita diz que foi uma fatalidade.

Sérgio Eckermann Passos

Porto Feliz (SP)

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REVISÃO DA POPULAÇÃO

Muito claro e objetivo o texto do Fabio Giambiagi, intitulado A revisão da população do IBGE (Estadão, 20/9, B8). Agora só falta os governantes e legisladores não empurrarem com a barriga o problema e agirem.

Vital Romaneli Penha

Jacareí SP

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TENSÃO NO ORIENTE MÉDIO

Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah, arrastou o Líbano para um conflito com Israel, uma das maiores potências militares e tecnológicas do mundo, sem medir adequadamente as consequências. Ele apostou que Israel não suportaria uma guerra prolongada, mas foi surpreendido pela coesão e resiliência israelense. Nasrallah também contava com uma intervenção direta do Irã, porém Khamenei limitou-se a orações enquanto os Estados Unidos mobilizaram porta-aviões carregados com armamentos avançados. Internamente, o Líbano está profundamente dividido: enquanto alguns apoiam o Hezbollah, muitos outros enxergam o grupo como uma grave ameaça à soberania e à paz do país. Para esses críticos, as explosões recentes foram vistas como uma espécie de justiça, com muitos expressando apoio à destruição total do Hezbollah, que consideram o verdadeiro inimigo do Líbano. Apesar das dificuldades, há uma parcela significativa de libaneses que ainda nutre a esperança de um futuro de paz com Israel, embora reconheçam que o caminho para essa reconciliação será longo e desafiador.

Jorge Alberto Nurkin

São Paulo

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INVENÇÕES

Desde sua fundação em 1948, Israel tem se destacado por suas invenções que beneficiaram a humanidade nas suas mais diversas áreas da atividade, tornando-se o segundo maior polo tecnológico do mundo. As frequentes e intermináveis guerras envolvendo Israel com seus vizinhos têm suscitado nos anti-israelenses propostas de boicote aos seus produtos e invenções, já adotado por um grande número de simpatizantes. Todavia, estes, por ignorância ou conveniência, não cumprem com rigor este desígnio, excluindo do boicote itens que lhes são imprescindíveis para a vida, tais como medicamentos, vacinas, uso de equipamentos para diagnóstico e monitoramento de condições de saúde, aparelhos e aplicativos de comunicação, dentre muitos outros. Tal desatenção resultou nas recentes vítimas do Hezbollah, usuárias de pagers, walkie-talkies, etc. Estes fatos deveriam trazer à mente dos grupos terroristas a certeza de que a beligerância nunca deve ser a principal alternativa para a solução de litígios, levando-se em conta que a invenção humana não tem limites.

Simão Korn

São Paulo

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ATAQUES DE ISRAEL

Após os pagers, agora foram os walkie-talkies que passaram a explodir entre os membros do Hezbollah, no Líbano. Os próximos deverão ser os celulares. Por precaução, vou desligar meu celular por uns dias. Estou no Brasil, mas nunca se sabe. E se a moda pega?

Paulo Sergio Arisi

Porto Alegre

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‘PAÍS DE BRINCADEIRAS’

Anunciam que o maníaco do parque será solto, preso há 24 anos por matar dezenas de mulheres. A população ordeira e trabalhadora está cansada de leis frouxas que protegem assassinos. Nos Estados Unidos, canalha da laia do maníaco do parque pegaria pena de morte ou prisão perpétua. Por isso que ninguém leva a sério a decisão do Congresso, sancionada por Lula, punindo feminicidas com 40 anos de cadeia. Brasil é mesmo país de brincadeirinhas com o bom senso e com a dignidade do cidadão.

Vicente Limongi Netto

Brasília