Plano golpista
Renovação
Executar um golpe de Estado e assassinar adversários para beneficiar um Jair Bolsonaro não vale a pena. Os militares e outros que planejaram o golpe têm de ser tão ou mais medíocres que o ex-presidente. Lula, por sua vez, não prima pela competência e também foi acusado e condenado por coisas que deveriam torná-lo inelegível. O Brasil viu como as acusações contra ele foram tornadas sem efeito, como ocorreu com outras figuras envolvidas na Lava Jato, perdoadas como se fossem vítimas de calúnia. Espero que tudo isso sirva para que haja renovação nas nossas opções de grupos e pessoas para comandar o Brasil. Por meios legais e democráticos, não pela força. A propósito, é bom o governador Tarcísio de Freitas se abster de declarações equivocadas sobre as atitudes de seu padrinho na passagem da Presidência para Lula, a fim de não comprometer um trabalho considerado bom na administração de São Paulo e o seu próprio futuro político.
Sueli Machado
São Paulo
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Política e sociedade
Centro, volver!
Meus cumprimentos ao ex-presidente Michel Temer por seu artigo Esquerda, direita, centro... (Estadão, 23/11, A4), no qual ele comentou com propriedade o resultado das recentes eleições municipais no Brasil, que rompeu a condenável e deletéria polarização entre a esquerda vermelho desbotada lulopetista e a extrema direita verde-oliva bolsonarista. Como bem disse em suas conclusões, a próxima eleição “não será apenas de nome contra nome, mas de programa contra programa. Será, na certa, uma atuação bastante respeitosa com o eleitorado”. Por oportuno, cabe citar Winston Churchill: “A política é quase tão excitante como a guerra e não menos perigosa. Na guerra, a pessoa só pode morrer uma vez, mas na política, diversas vezes”. Como prega o sábio e milenar dito romano, in medio virtus (a virtude está no meio). Centro, volver, Brasil!
J. S. Decol
São Paulo
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Problemas reais
Excelente o artigo Esquerda, direita, centro..., de Michel Temer. Lançou luz sobre este tema tão maçante quanto improdutivo que é o debate irracional entre ideologias, enquanto os problemas reais se acumulam sem que as autoridades se mostrem capazes ou interessadas em enfrentá-los, buscando o bem comum.
Sander Figueiredo Campos
Guarulhos
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Moderação
O artigo do ex-presidente Michel Temer é o exemplo da moderação de que todos precisam. Independentemente de suas ações durante os mandatos de deputado, vice-presidente e presidente da República, Temer sempre se manifesta medindo palavras e procurando concisão e objetividade. Precisamos de mais políticos como ele, que inspirem o equilíbrio de ideias e reforcem os objetivos democráticos do povo.
Arnaldo Goltcher
São Paulo
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Combate à fome
A urgência que se impõe
O que o governo brasileiro efetivamente faz para resolver o problema da miséria, e não apenas da fome, no Brasil? O impacto dos discursos indignados do presidente da República, transpirando emoção, enquanto conclama a miséria planetária, sem nenhuma providência efetiva, nos leva a indagar: como vai o saneamento no País? Péssimo, obrigada! Saúde? Igualmente péssima, obrigada! Educação? A resposta parece óbvia. Não tenho mais estômago para ouvir, há décadas, o mesmo blá-blá-blá sobre acabar com a fome no mundo, se nossos problemas básicos não são resolvidos. Lula é tão apegado à ideia obsessiva de ser uma referência mundial, um Nobel da Paz, que não se dá conta da urgência que a triste realidade do País impõe.
Regina Athayde
São Paulo
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Ciência
Autotestagem
Os exemplos de autotestagem de medicamentos trazidos por Fernando Reinach em A cientista que curou o próprio câncer (Estadão, 23/11, A22) lembram os experimentos com ligninas e derivados que têm, em tese, propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias. Alguns pesquisadores chegaram a “molhar a língua” com alguns desses preparados, ingerindo pequenas quantidades, e os russos, no tempo da URSS, desenvolveram um preparado em pó de lignina com tais propriedades medicamentosas, nunca testado de fato. Guardo um saquinho desse “remédio” como documento histórico, mas não tive coragem de ingerir.
Adilson Roberto Gonçalves
Campinas
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Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br
TENTATIVA DE GOLPE
Todos os indiciados tem um caminho para tentar minimizar as penas e quem sabe escapar da prisão: delatar. Mauro Cid bem que tentou segurar a onda mas acabou entregando os pontos e a rapadura. Resta saber se será ainda oferecida a oportunidade de delatar alguma coisa, já existem motivos e provas suficientes para enjaular o bando todo.
Mário Barilá Filho
São Paulo
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SESSÕES CURTAS
Se o ministro Alexandre de Moraes não tivesse saído mais cedo do Supremo Tribunal Federal (STF), no dia 15 de dezembro de 2022, a história do Brasil teria sido outra. Militares teriam prendido o ministro, dando início ao golpe De Estado terrorista, com assassinatos e a imposição de uma ditadura militar de extrema direita no Brasil. O STF deve sempre terminar sua sessão mais cedo.
Paulo Sergio Arisi
Porto Alegre
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DITADURA NUNCA MAIS
Ainda existem vários pontos obscuros a serem esclarecidos pela Polícia Federal sobre essa tentativa de assassinato e golpe de Estado, dos quais os quatro traidores da pátria presos e outros implicados são apenas a ponta de um grande iceberg. Por exemplo, de quem e por que partiu a ordem de abortar a missão? Se houve quem soubesse do plano e não quis participar, por que não o denunciou? Agora, uma pergunta aos que ainda insistem na tese de que Lula foi uma péssima escolha na eleição de 2022: dá para imaginar como o País estaria agora caso Jair Bolsonaro – um mau militar amigo de maus militares – fosse reeleito democraticamente, ou, pior, reconduzido ao poder por uma ditadura militar sanguinária? Seria o caos, a bagunça, a escuridão. Isso não aconteceu e jamais acontecerá, pois apesar de não poucos pesares e problemas, as instituições brasileiras são sólidas, democráticas, constitucionais e legalistas. Ditadura nunca mais não é um mero bordão. Significa nunca mais mesmo.
Luciano Harary
São Paulo
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FORMA DE TERRORISMO
A revelação da Polícia Federal de que golpistas em 2022 planejaram matar Lula, Geraldo Alckmin e Alexandre de Moraes é uma assustadora forma de terrorismo que felizmente fracassou. Agora que as investigações estão apontando o envolvimento de oficiais superiores das Forças Armadas, precisamos continuar as investigações para punir legalmente tais envolvidos, para que sirva de exemplo aos eventuais personagens que ainda imaginam ter condições de tais atos terroristas.
José de Anchieta Nobre de Almeida
Rio de Janeiro
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ENTRAR NA ONDA
Como homem da roça que passou grande parte da vida puxando o cabo da enxada e sendo semianalfabeto, juro que eu não consigo entender como é possível militares da alta patente entrarem na onda de Jair Messias Bolsonaro e quebrarem a cara.
Virgílio Melhado Passoni
Jandaia do Sul (PR)
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COVARDIA E OMISSÃO
Os Traidores da Pátria (Estadão, 20/11, A3) estão em ação há muito tempo, pois não foram punidos após as mais de duas décadas de ditadura. Dentre eles, o capitão expulso do Exército por planejar atentado ao sistema de abastecimento de águas de Guandu, foi ungido como presidente da República e tornou-se o mentor da extrema direita no País. As Forças Armadas, se carregassem alguma dignidade, deveriam ser as primeiras a punir exemplarmente esses traidores, mas a ordem na caserna é a da covardia e da omissão. Aquilo que se dizia serem apenas pontos de ação terrorista, rapidamente virou uma reta e, em breve, se revelará uma superfície ampla, caminhando para um sólido de volume criminoso de sombras plúmbeas sangrentas.
Adilson Roberto Gonçalves
Campinas
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PLANO MAQUIAVÉLICO
O plano para implantar novamente uma ditadura no Brasil era complicado e maquiavélico. Prévia uma tal de operação “Punhal Verde e Amarelo”, que assassinaria o presidente então eleito, Luís Inácio Lula da Silva; seu vice, Geraldo Alckmin; e o ministro do STF, Alexandre de Moraes. Mas o desfecho de toda essa ação diabólica é muito fácil de imaginar e está cristalina. Logo, é impossível não acreditar que o futuro ditador, assim beneficiado, não saberia o que seu criminoso grupo político estava armando e que não teria dado seu aval a tudo que foi tramado.
Abel Pires Rodrigues
Rio de Janeiro
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‘REPUBLIQUETA DE BANANAS’
Desde a posse do presidente Lula da Silva, sua esposa, a primeira-dama Rosângela da Silva, vulgo Janja, tem extrapolado de forma descabida e inadmissível os limites de seus gestos e palavras, imiscuindo-se e metendo seu comprido bedelho em áreas que não lhe dizem respeito sem o menor senso do ridículo. Uma verdadeira primeira-dama da republiqueta de bananas do PT. Vergonha.
J. S. Decol
São Paulo
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ESPERANÇA RENOVADA
Eu andava cabisbaixo nos últimos dias, pensando que os mentores da tentativa de amordaçar a nossa democracia não viessem a ser punidos. Me entristecia bastante quando eu falava da esperança que carregava em meu peito de vê-los alcançados pela lei, e alguém dava gargalhadas acompanhadas da frase “você tá querendo demais”, achando que isso seria impossível. Com as novidades apresentadas ao País no dia 19/11, levantei a minha cabeça e renovei a minha esperança. Não tive ainda a oportunidade de reencontrar com aqueles que achavam que eu estava querendo demais. Deixo bem claro, não sou de esquerda.
Jeovah Ferreira
Taquari (DF)
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TUDO SÃO DÚVIDAS
Qual é a tipificação penal, e legal, de pensar em matar alguém? E por falar em pensar em matar, quem foi, ou foram, os mandantes de Adélio Bispo? A única certeza é que tudo são dúvidas, até as provas.
Arcangelo Sforcin Filho
São Paulo
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EDUCAÇÃO DE BERÇO
A partir de agora, se a sra. Rosângela da Silva, mais conhecida como Janja, for xingada com palavrões publicáveis, ou não, ela entenderá e aceitará normalmente, ou ficara ofendida e magoada e pedirá ao seu marido que tome as providências cabíveis ?Ao ofender um empresário em público com palavrões, seria esse o comportamento que ela pretendia dar como exemplo às pessoas, e em especial a todas as mulheres brasileiras? Sempre soube que educação vem do berço: o que será que aconteceu com o dela?
Mario Miguel
Jundiaí
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NOSTALGIA
Que saudades da Dona Marisa.
Bia Stolf
São Paulo
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RECONHECIMENTO
Parece que o ministro desconhece a saga dos professores de escolas públicas. Em pleno século 21, o ministro da Educação, Camilo Santana, acena com um pacote de benefícios para aqueles docentes que queiram lecionar em lugares onde há déficit de profissionais. Eles sempre foram parar em lugares ermos e até moravam na casa dos donos de fazenda para lecionar em escolas onde eles faziam de tudo, desde limpar a própria sala. Acima de tudo faziam o que mais sabiam: ensinar. Tanto é verdade que toda pessoa que frequentou uma escola tem boas memórias de seus professores. Pois é, são essas mesmas figuras que tanto encantaram gerações, que vivem hoje desprezados e esquecidas, principalmente por seus governantes. O salário e a desvalorização foram acontecendo a cada ano até chegar a uma situação caótica, onde mal dá para sobreviver. Não é a sociedade que precisa reconhecer a importância de um professor, pois na iniciativa privada eles são reconhecidos e muito bem pagos, o que é preciso é o reconhecimento dos professores pelos governos.
Izabel Avallone
São Paulo
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ORÇAMENTO ESTADUAL
Entra governo sai governo, com raríssimas exceções, quando tem que mexer no Orçamento só lembram de tirar da educação com 190.838 professores e nunca dos salários dos deputados estaduais e das 24 e tantas secretarias, etc. A desculpa agora é tirar da educação (do roto) para dar à saúde (esfarrapado), ou seja, vai piorar. Se o governador, Tarcísio de Freitas, tem futuras pretensões de continuar na política, administre o Estado como administraria suas finanças pessoais.
Tania Tavares
São Paulo
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AGRESSÃO A UNIVERSITÁRIOS
As ofensas de universitários a colegas negros por serem cotistas é uma afronta, um crime, que não pode ficar impune e que merece também a expulsão desses elementos que não demonstram estatura para seguir na mesma instituição em que estão suas vítimas. Alias, na data em que foi comemorada a Consciência Negra, todos os racistas e preconceituosos de todos os tipos mereciam ser afastados do convívio social, já que não conseguem entender que todos, todos mesmo, negro, branco, rico, pobre, homem mulher, trans e cotistas – vamos incluir isso como uma categoria que tenha alguma importância – enfim, todos merecem respeito e paz para prosseguir no caminho da qualificação e da evolução. Expulsão dos agressores, já.
Jane Araújo
Brasília