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Cartas de leitores selecionadas pelo jornal O Estado de S. Paulo

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Por Fórum dos Leitores
8 min de leitura

Relações exteriores

BNDES

Parece pesadelo, mas não é. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social novamente financiará países vizinhos em dificuldades econômicas como o Brasil. O presidente Lula da Silva nunca abandonou seu sonho de ser chamado “o grande paizão da América Latina”, só que com o dinheiro alheio. Enquanto aqui vivem milhões em extrema pobreza onde o “emprego não chega”, como Bahia, Maranhão e Alagoas, os Estados mais pobres do País, financiaremos emprego em outros países. Resta saber como serão esses financiamentos. A garantia continuará sendo em “charutos”?

Beatriz Campos

beatriz.campos@uol.com.br

São Paulo

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Piada pronta

Alguém precisa avisar Luiz Inácio de que o “N” de BNDES significa Nacional e não Internacional, senão o banco teria de se chamar Bides. Já não basta o caso da refinaria venezuelana de Carabobo, que nos deixou com cara de bobos. Parece piada pronta: o projeto argentino se chama Vaca Muerta. Precisa falar mais alguma coisa? Vamos fomentar a combalida indústria nacional.

Renato Amaral Camargo

natuscamargo@yahoo.com.br

São Paulo

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Ajuda a vizinhos

Recentemente, a ministra Marina Silva alertou, em Davos, que 120 milhões de brasileiros passavam fome. Entretanto, o nosso presidente da República oferece o BNDES para promover o crescimento de vizinhos. Fica a pergunta: Luiz Inácio Lula da Silva foi eleito presidente do Brasil ou das Américas?

Luiz Antonio Alves de Souza

zam@uol.com.br

São Paulo

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Lula oferece BNDES para promover o crescimento de vizinhos. Esse filme já passou, não? Ah, é cópia nova, praticamente com os mesmos personagens.

Ariovaldo J. Geraissate

ari.bebidas@terra.com.br

São Paulo

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Mercosul

O Mercosul é uma piada de mau gosto. Está aí há mais de 30 anos e até hoje não disse a que veio. Só sabemos que já gastou muitos milhões de dólares dos sofridos contribuintes brasileiros e argentinos.

Luiz Eduardo R. de Magalhães

luizeduardomagalhaes@gmail.com

São Paulo

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Cartão corporativo

Conduta amoral

As comparações divulgadas sobre qual presidente da República gastou mais no cartão corporativo são secundárias, no meu ver. A conduta amoral que vem se observando no uso desse cartão de crédito é o que deve ser combatido e cobrado pela imprensa e sociedade. Do lado dos empossados, falta ética, bom senso e respeito. É o retrato pobre do país onde o exemplo não vem de cima. É vergonhosa a lista de itens comprados: remédios de uso pessoal, hospedagens para amigos, financiamento de motociatas, itens nada relacionados ao exercício do mandato. O salário atual do presidente ultrapassa R$ 30 mil. Precisamos cobrar ética e transparência.

Rodrigo Cezar Pereira

rodrig2705@gmail.com

São Paulo

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Na intimidade

Cartão foi usado para comprar carnes nobres, camarão e bacalhau no Alvorada (23/1, A7). Na intimidade, camarão e lagosta. Junto do povo, pastel e refrigerante.

Robert Haller

São Paulo

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Astronomia

Céu estrelado

A matéria Um céu cada vez menos estrelado (22/1, C10) me deixou muito triste e preocupada que gerações futuras das grandes cidades não possam ver o que é a beleza de um céu estrelado. Recordei quando estive no Planetário do Ibirapuera, lá pelos anos de 1980, cujos espectadores eram na maioria alunos de escolas públicas e particulares. A sessão se iniciou com explicações gerais sobre planetas e em seguida mostraram o céu de São Paulo: meio nublado, com poucas estrelas e sem graça. Em seguida, uma voz anunciou que iríamos ver um céu do interior de São Paulo ou Brasil. Apareceu o céu com milhões de estrelas, a Via Láctea, o Cruzeiro do Sul, as Três Marias, etc. Houve um silêncio absoluto entre os alunos, em seguida uma estrondosa salva de palmas sem parar. A sessão continuou, e eu, criada no interior, fiquei emocionada com a reação daqueles alunos ao verem um magnífico céu estrelado.

Tania Tavares

taniatma@hotmail.com

São Paulo

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Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

‘CARINHO’ A CUBA E VENEZUELA

“Precisamos tratar Venezuela e Cuba com muito carinho”, disse o presidente Lula da Silva na Argentina, só esquecendo que estes dois países têm carência não só de afeto à sua população, como o mínimo necessário que seus dirigentes não oferecem para que levem uma vida digna.

Luiz Frid

fridluiz@gmail.com

São Paulo

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EMPRÉSTIMOS DO BNDES

Lula nem bem assumiu a Presidência da República e já está ajudando os vizinhos com empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para “promover seus crescimentos”. Esqueceu que alguns países aos quais ajudou nos retribuíram com solenes calotes. Sr. presidente, utilize tudo que tem para primeiramente ajudar o Brasil a crescer.

Cesar Araujo

cesar.40.araujo@gmail.com

Ribeirão Preto

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ECONOMIAS PARECIDAS

Como o Brasil e a Argentina já resolveram todos os seus problemas e suas parecidíssimas economias vão de vento em popa, com dinheiro sobrando e inflação próxima de zero, nada mais razoável que os respectivos presidentes e ministros busquem um joguinho financeiro para passar o tempo.

César Francisco Martins Garcia

cfmgarcia@gmail.com

São Paulo

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DESTINAR VERBA AO SOCIAL

O Brasil é um país pobre, com milhares de pessoas vivendo em condições sub-humanas, e ainda falam que o BNDES vai financiar outros países (já esqueceram experiências anteriores). Se está sobrando dinheiro no BNDES, então vamos destinar ao social, que é uma de suas finalidades. Vamos utilizar os recursos exclusivamente para financiar escolas, clínicas, hospitais e saneamento para as pessoas que vivem em condições abaixo da linha de pobreza. Financiar aos outros, quando falta para nós, é o cúmulo do absurdo.

Marco Antonio Martignoni

mmartignoni1941@gmail.com

São Paulo

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VOLTA DO FORO DE SP

A volta ao Foro de SP e os laços com a Venezuela, Cuba e demais ditaduras, é o Brasil seguindo modelos inviáveis, não democráticos e que atentam contra os direitos humanos. Se a liberdade é um valor para cultuar e defender essas ditaduras, deveria ser repudiada.

Valerio Bronzeado

valeriocostabronzeado@gmail.com

João Pessoa

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JUROS DO BC

A política de juros do Banco Central (BC) para conter a inflação é defendida por todos que detêm o capital. Afinal, quem quer deixar de ganhar bilhões sem trabalhar? Henrique Meireles disse em entrevista ao Estadão que a inflação de 3,25% como meta é razoável. O que causa estranheza é que nesse cálculo os alimentos não têm peso adequado (aumento de 11,64%), ante inflação de 5,79% segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Ou seja, dinheiro na praça para consumo não pode, mas para encher bolso de poderosos, pode.

Luiz Antonio Amaro da Silva

zulloamaro@hotmail.com

Guarulhos

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DISPOSTO A REPETIR ERROS

O Brasil agradece aos céus por ter se livrado do tenebroso governo Bolsonaro, porém, isso não dá o direito de Lula fazer tudo que ele bem entender. Como um menino birrento que levou uma bronca, Lula parece disposto a repetir, um por um, todos os erros que o levaram à cadeia. Com metade do País em situação de insegurança alimentar, conforme dados do seu próprio governo, Lula insiste em retomar ações de distribuição de dinheiro a fundo perdido para países que não tem crédito em lugar algum. Com Lula e Dilma Rousseff, o Brasil deu muito dinheiro para Cuba e Venezuela. A Argentina também não terá condições nem vontade de honrar os compromissos, receberá dinheiro de Lula a fundo perdido. Se Lula insistir em um fazer governo ideológico e desaforado, será surpreendido por um processo de impeachment fulminante. Geraldo Alckmin faria um governo muito mais sensato e produtivo do que o menino birrento em que Lula se transformou.

Mário Barilá Filho

mariobarila@yahoo.com.br

São Paulo

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TRAGÉDIA DOS YANOMAMIS

O Brasil, dos invasores portugueses, em 1500, até os brasileiros de 2023, pratica um genocídio interminável com povos originários. Os “civilizados”, devastadores de florestas, poluidores de rios e matadores de indígenas, estão destruindo a natureza deste lado do paraíso há 523 anos, num verdadeiro matricídio, renegando sua mãe natureza. O editorial O País não sabe lidar com seus indígenas (Estado, 24/1, A3) relata a atual tragédia que se abate sobre os Yanomamis. São 30 mil indígenas sofrendo um genocídio por 20 mil invasores de suas terras e riquezas naturais, com o beneplácito da nação e governo.

Paulo Sergio Arisi

paulo.arisi@gmail.com

Porto Alegre

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NECESSÁRIA DESMILITARIZAÇÃO

Como nos lembra Tom Jobim, o Brasil não é para principiantes. Na terra brasilis, processos modernizadores são permeados pela sobrevivência da velha política e das oligarquias. O historiador Marco Antonio Villa costuma dizer que por aqui o novo se mistura com o velho, sem se tornar completamente novo e sem abolir em definitivo a velha estrutura. Com efeito, mesmo após a redemocratização em 1985, que alçou um ex-integrante do regime à Presidência da República (José Sarney), em decorrência da morte de Tancredo Neves, os militares permaneceram tendo voz ativa e sendo atores participantes da cena política tupiniquim. Foi somente com a extinção do Serviço Nacional de Informações (SNI), no governo Collor –um oligarca nordestino de ações, embora isoladas, extremamente disruptivas com a velha estrutura cartorial–, que as Forças Armadas foram afastadas do debate político e eleitoral para, como determina a Carta Magna de 1988, exercerem com exclusividade as prerrogativas de defesa da ordem e da segurança nacional. Foi Jair Bolsonaro quem, a reboque do golpismo institucionalizado de Eduardo Villas Bôas, tristemente reviveu a politização das forças militares e o estímulo à quebra da hierarquia. É neste sentido que, apesar de não nutrir pessoalmente qualquer simpatia pelo lulopetismo, entendo ser mais do que necessária a “desbolsonarização” das Forças Armadas, em especial do Alto Comando; comemorando, portanto, a demissão de Júlio César de Arruda do comando do Exército. A politização de assuntos militares costuma não terminar bem –pelo menos para a democracia e para o Estado de Direito.

Elias Menezes

elias.natal@hotmail.com

Belo Horizonte

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O FALSO MESSIAS

Messias no velho testamento se referia ao escolhido, o protetor, o libertador dos judeus, etc. E desde a morte de Cristo há 2023 anos, muitos religiosos e devotos falam que o Messias está voltando. Será? No Brasil tivemos outro Messias, Jair Messias Bolsonaro, que em 2018 foi eleito presidente do País. Em seus discursos, Bolsonaro fala em Deus, pátria e família. E após a derrota nas eleições, o falante Messias, se calou, sumiu dos holofotes. No dia 30 de dezembro foi para os Estados Unidos e até hoje não voltou. Ele deixou todos seus eleitores e “patriotas” na mão. Isso mostra que a frase “Deus, pátria e família” é tudo mentira, ele abandonou a pátria e a família, e o “deus” dele é de enganação. Enfim, Bolsonaro nutriu a nação com dúvidas e muita ira, e nada foi provado. Ele perdeu as eleições por sua asquerosa boca. Ele exala ódio naturalmente. Sempre votei contra o Lula, mas Lula mostrou ser mais homem do que o Bolsonaro.

Alex Tanner

alextanner.sss@hotmail.com

Nova Odessa

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PUNIÇÃO AOS GOLPISTAS

Lula deve olhar para o futuro, sem dúvida (O que faz um verdadeiro estadista, 22/1, A3). Porém, não poderá esquecer o 8 de janeiro e, sim, dar sequência a toda apuração e punição necessárias, pois, o “deixar para lá” significaria fazer o País se submeter a mais um golpe. Lembremos que foi esse comportamento de impunidade aos militares e civis que promoveram e praticaram a ditadura de 1964-85 que nos trouxe até aqui. Quiçá a Suprema Corte reveja aquela anistia literalmente feita com a faca no pescoço para colocar, definitivamente, cada ente do Estado brasileiro no seu devido lugar.

Adilson Roberto Gonçalves

prodomoarg@gmail.com

Campinas

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PRESIDÊNCIA DO SENADO

Muitos senadores ficaram indignados porque estão recebendo milhares de e-mails solicitando que em fevereiro elejam para a Presidência do Senado Federal, Rogério Marinho, em detrimento do atual presidente Rodrigo Pacheco, que nos últimos dois anos tem feito uma presidência pífia, se debruçando mais nos “próprios interesses”. Os digníssimos senadores recebem um mandato de oito anos, por isso não estão nem aí para os eleitores. Não estaria na hora de reverter isso? Mandato para senador de quatro anos, como da Câmara dos Deputados, assim quem sabe trabalharão mais pelo País e reclamarão menos.

Beatriz Campos

beatriz.campos@uol.com.br

São Paulo

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PAPEL DAS FORÇAS ARMADAS

É sempre bom lembrar que todos os países se deram mal quando as suas Forças Armadas (FA), que deveriam ser do Estado e não do presidente de plantão, deixaram seu único papel “defender a pátria” e se meteram na política e/ou em negócios financeiros. Vale também lembrar que as FA são financiadas pelo erário, usando recursos que muitas vezes estão faltando na saúde, educação e bem-estar da população. Logo, não cabe às FA ditar regras para a sociedade ou interferirem na política, eleições, etc.

Omar El Seoud

elseoud.usp@gmail.com

São Paulo

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POLÍTICA E FÉ

Quando a política entra nos quartéis pela porta da frente, a disciplina e hierarquia saem pela porta dos fundos. Quando a política entra nas igrejas, a fé sai pelas janelas.

Bernardo Assis Filho

bafpsi7@uol.com.br

Salvador

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SÃO PAULO ABANDONADA

A cidade de São Paulo completou 469 anos de vida e nunca esteve tão abandonada. Calçadas sujas e esburacadas que não dão segurança aos pedestres, ruas repletas de buracos, crateras e falta de sarjetas, placas de identificação das ruas praticamente inexistentes -imaginem as dificuldades de turistas que se aventuram por procurar um endereço na cidade- além de violência e má administração. Por outro lado, o prefeito Ricardo Nunes pretende ser reeleito para a vaga que assumiu com o falecimento do seu antecessor. Pensando bem, quantas lembranças e saudades de Bruno Covas.

Júlio Roberto Ayres Brisola

jrobrisola@uol.com.br

São Paulo