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Cartas de leitores selecionadas pelo jornal O Estado de S. Paulo

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8 min de leitura

Internacional

Rebelião russa

Sicários não podem ser confiáveis. Vladimir Putin experimentou de seu próprio veneno ao ser desafiado pelo grupo Wagner, que se voltou contra seu contratante depois das infâmias praticadas sob procuração dos russos na Ucrânia, em seguida a “missões” argentárias na Síria e na África. Se os mercenários intensificarem a rebelião interna na Rússia e a população civil der vazão a seu descontentamento profundo com a situação atual decorrente da insana invasão da Ucrânia, o sistema começará a desabar e levar em seus destroços a cabeça de Putin, assim como já ocorreu com inúmeros “homens fortes” russos.

Amadeu Roberto Garrido de Paula

amadeugarridoadv@uol.com.br

São Paulo

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Lula na Europa

Lula da Silva deve estar decepcionado com o tratamento que lhe vem sendo dispensado na Europa. Antes queridinho dos europeus, agora é bombardeado por todos os lados, até pelos franceses, que tinham por ele grande admiração. A questão principal é sua posição gelatinosa sobre a culpa pela guerra na Ucrânia. A recepção ao ditador Nicolás Maduro e o argumento de que há uma “narrativa” contra ele também compõem o quadro de imensa má vontade. É claro que as críticas às exigências da União Europeia (absurdas) para um acordo com o Mercosul atiçaram o fogaréu, mas, no fundo, ele imaginava que poderia contornar algumas delas. Não está sendo assim. Há dois outros pontos que demonstram o desastre do planejamento da viagem: o encontro com a primeira-ministra italiana de direita, Giorgia Meloni, que não estava no script, mas que acabou acontecendo, e o jantar com o príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman, que era para acontecer, mas teve que ser cancelado quando lembrou-se de que partiu do príncipe o envio das joias à família Bolsonaro. Pode haver maior incompetência?

Fernando Procópio de A. Ferraz

fernando@procopioferraz.com.br

São Paulo

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Economia

Incentivos às montadoras

Ao ceder à pressão das montadoras para desencalhar os estoques de carros novos, o governo federal incide no mesmo erro do presidente Juscelino Kubitschek, quando abriu as portas às montadoras estrangeiras para instalar suas fábricas no Brasil, há mais de 60 anos. Com o passar do tempo, a opção pelo transporte individual vem congestionando e poluindo os grandes centros urbanos. Não foram só os indicadores sociais que pioraram nas últimas décadas, como destacou o presidente Lula ao discursar em Paris. Nossa malha de transporte por trilhos é inexpressiva, a energia elétrica dos tempos dos bondes e ônibus foi indevidamente substituída pelo óleo diesel (combustível fóssil e poluente). Melhor seria o governo usar sua capacidade de financiamento para desenvolver a infraestrutura de transportes de cargas e de passageiros e apoiar um programa de renovação da frota de ônibus urbanos e interurbanos, movidos à eletricidade, gás natural ou uma combinação de combustíveis limpos. Não deixando ainda de incentivar um programa de renovação dos veículos de duas rodas, oferecendo aos trabalhadores de baixa renda motocicletas elétricas silenciosas, confortáveis, seguras e com potência e autonomia adequadas.

Marcos Abrão

m.abrao@terra.com.br

São Paulo

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Estado de São Paulo

Túnel Santos-Guarujá

Neste mês, a Autoridade Portuária de Santos (APS) apresentou o novo projeto da ligação seca e submersa entre Santos-Guarujá. O projeto apresentado foi orçado em R$ 5,8 bilhões, para ser executado em quatro anos. Cabe lembrar que, em 2022, ou seja, apenas um ano atrás, o então ministro da Infraestrutura e atual governador de São Paulo, sr. Tarcísio de Freitas, apresentou basicamente esse mesmo projeto através do processo de privatização do Porto de Santos, orçado então em R$ 2,9 bilhões, que representa menos da metade do valor do projeto atual apresentado pela APS. Creio que a população carece dos devidos esclarecimentos sobre o porquê dessa tremenda diferença de mais de 100% para um projeto com as mesmas finalidades. Com a palavra, os representantes da APS, para que não sejamos surpreendidos no futuro com o projeto em andamento.

Carlos Sulzer

csulzer@terra.com.br

Santos

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Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

FIASCO DE PUTIN

O exército de mercenários formado por presidiários russos que foram soltos para combater na guerra da Ucrânia se rebelou contra o comando militar da Rússia. O fiasco de Vladimir Putin na condução da guerra poderá lhe custar o cargo e a cabeça. O que era para ser um passeio no parque se tornou um pesadelo para Putin: as forças armadas russas foram dizimadas, seus armamentos obsoletos não foram páreos para as modernas armas que a Otan continua mandando para a Ucrânia, as tropas russas se mostram mal treinadas e desmotivadas, e o apelo aos mercenários pode ser o último erro de Putin. Não é mais possível contemplar um cenário com a Ucrânia arrasada, Putin marchando em Kiev e o mundo assistindo passivamente. Os aliados precisam abrir um caminho minimamente razoável para Putin sair de cena vivo e a Rússia se reorganizar como nação.

Mário Barilá Filho

mariobarila@yahoo.com.br

São Paulo

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INSTABILIDADE NA RÚSSIA

Antes de deixar Paris no sábado, 24/6, ao ser indagado sobre a situação de instabilidade na Rússia, nosso presidente não quis comentar, porque aguardaria por maiores informações, para saber do tamanho da rebelião, não pretendia falar sobre algo tão sensível. Pois perdeu a oportunidade de dizer que repudia qualquer tentativa de derrubada de governo, quanto mais em se tratando do tão amado e amável Vladimir Putin.

Paulo Tarso J. Santos

ptjsantos@yahoo.com.br

São Paulo

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PROTAGONISMO INTERNACIONAL

Está claro que Lula quis a Presidência da República para buscar um protagonismo internacional, por isso passa mais tempo viajando do que assumindo o governo. Infelizmente tem a fantasia de ganhar o Nobel da Paz, porque alega ser contra as guerras, como se alguém fosse a favor. Vai ser difícil aguardar até 2026, para, com discernimento, os brasileiros escolherem algo melhor. Oremos.

Luiz Frid

fridluiz@gmail.com

São Paulo

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REFORMA TRIBUTÁRIA

Falar em reforma tributária sem a devida reforma administrativa é uma verdadeira falácia, para não falar enganação. Com o estouro dos gastos públicos, querem criar um imposto único que fique mais fácil de arrancar dinheiro do contribuinte. Se fosse para a melhoria dos serviços públicos, tudo bem, mas não, esse gordo quinhão dos impostos, entre os mais altos do mundo, será usado para bancar desperdícios da gestão pública, em geral precária, que favorece os desvios de recursos, megalomaníacos, que sabe-se lá para onde vão. Lamentável. Enxugar a máquina pública, torná-la eficiente, econômica e eficaz, para que os impostos se revertam em maior bem-estar à população, com educação, segurança e saúde pública de qualidade e que atendam à demanda populacional, isso sim seria uma boa proposta de reforma tributária.

Silvia Rebouças Pereira de Almeida

silvia_almeida7@hotmail.com

São Paulo

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GUERRA PARTICULAR

Lula criou uma guerra para chamar de “sua”. Insiste em afrontar o Banco Central e o seu presidente, Roberto Campos Neto. Não se sabe qual parte Lula ainda não entendeu. Afinal, se não fizer a lição de casa, gastando menos, não se intrometendo no projeto do arcabouço fiscal, não excluindo do plano empresas de amigos, acabar com o “orçamento secreto”, entre outras barbaridades, os juros certamente cairão. Na verdade, esse é o único instrumento disponível para que o Brasil não siga o caminho da Argentina. É verdade que existe influencia negativa na oferta de empregos, no aumento do endividamento das empresas, das famílias e do próprio governo. Faça a sua parte abandonando a “sua” guerra particular, presidente.

Júlio Roberto Ayres Brisola

jrobrisola@uol.com.br

São Paulo

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GOVERNOS E SOCIEDADES ANÔNIMAS

Por que muitos dos governos que conhecemos não atuam como as sociedades anônimas bem sucedidas, com respeito ao meio ambiente, às necessidades da sociedade e à governança do país onde atuam? Tais empresas são lideradas por um presidente que respeita a missão, a visão e os valores do empreendimento (leis constitucionais, Supremo Tribunal Federal), um conselho (senadores e deputados), uma diretoria (ministros das diversas pastas), uma gerência e chefias (segundo escalão dos ministérios). Periodicamente, fazem reuniões para a avaliação das metas estabelecidas (educação, saúde, segurança), correção dos rumos baseada na satisfação dos clientes, ou seja, nas necessidades e anseios de todos os cidadãos, nas receitas (impostos) e despesas. Sociedades anônimas também realizam assembleias gerais, onde se expõe aos acionistas (povo) a situação das empresas. Se os acionistas estiverem satisfeitos, poderão aprovar o desempenho das lideranças. Caso contrário, exigirão sua substituição. Parece simples, não é mesmo? Pois é, e cabe a nós, eleitores, escolher as pessoas que julgamos serem confiáveis e aptas a exercerem suas funções.

Luiz Roberto Hirschheimer

luizrobertoh@gmail.com

São Paulo

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PRINCÍPIO DA ‘PESSOALIDADE’

Dizia o artigo 37 da Constituição federal que a administração pública deveria obedecer aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, o que gerava o interessante acrônimo “limpe”. Passados muitos anos da promulgação da Carta “cidadã”, o mesmo acrônimo passou a representar ladroagem, improbidade, mentira, pessoalidade e escracho. O novo princípio da pessoalidade ficou comprovado na semana que passou.

Ary Braga Pacheco Filho

ary.pacheco.filho@gmail.com

Brasília

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REELEIÇÃO

No mundo político brasileiro, com seus viciados sistemas de escolha, constata-se o triste fato de que os eleitos não são estimulados a agirem exclusivamente como representantes da sociedade que os elegeu e os sustenta – custam caro! –, mas a dirigirem o foco de seus faróis, desde o primeiro dia no cargo, ao próximo pleito, visando a garantir sua perenidade no poder, ao mesmo tempo em que se afastam dos compromissos assumidos nas campanhas, verdadeiras usinas de mentiras. E, pior, o povo, que deveria exercer o poder que lhe cabe, aceita placidamente a farsa e espera que os “paizões” sanem seus angustiantes problemas, embora eles estejam interessados mesmo é em resolver os deles.

Paulo Roberto Gotaç

prgotac@hotmail.com

Rio de Janeiro

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INELEGÍVEL

Decretar a inelegibilidade de Jair Bolsonaro no Brasil e de Donald Trump nos Estados Unidos conduzirá Lula da Silva e Joe Biden a uma merecida aposentadoria ao fim de seus respectivos atuais mandatos, pois não precisarão se candidatar para enfrentar os adversários que já demonstraram ter competência e votos para derrotar. Brasil e Estados Unidos poderão renovar suas lideranças políticas nas eleições de 2024 lá e de 2026 aqui.

Paulo Sergio Arisi

paulo.arisi@gmail.com

Porto Alegre

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PREJUÍZOS À NAÇÃO

Tenho observado uma queda constante nos preços dos combustíveis, alimentos, mão de obra, frete, dólar e em todos os itens básicos para nossa sobrevivência desde a posse do presidente Lula da Silva. O governo anterior trabalhava para aumentar os preços e assim iludia uma pequena parcela da população que não enxerga que ganhar muito e pagar mais caro apenas gera inflação, descontrole monetário e ilusão de aumento no faturamento. Não adianta ganhar muito se cada vez se compra menos e mais caro. Espero que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) torne Jair Bolsonaro inelegível e que ele seja cobrado pela Justiça por todos os prejuízos que causou à Nação, tanto os crimes de responsabilidade como os contra a humanidade. Nossa democracia será fortalecida quando tivermos segurança jurídica para protegermos nossas instituições de fanáticos e incompetentes no comando da Nação.

Daniel Marques

danielmarquesvgp@gmail.com

Virginópolis (MG)

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INFLAÇÃO

Em visita semanal aos supermercados pude testemunhar o gosto amargo da inflação, preços subindo entre 20% e 30% apesar do freio de consumo e de se tratar de final do mês, quando a população tem menos dinheiro no bolso. Penso assim que a atitude do Banco Central de manter a taxa Selic no mesmo nível é um mal necessário diante da conjuntura econômica e frente à ganância do lucro no setor de produção e venda.

Carlos Henrique Abrão

abraoc@uol.com.br

São Paulo

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ADVOGADOS DOS PRESIDENTES

O Supremo Tribunal Federal (STF) está se constituindo na máxima corte nacional de advogados particulares dos presidentes da República brasileira. Ou seja, nada como o País realmente espelhar-se em sua chamada Corte Maior de Justiça. Pois nada mais realmente somos que um emaranhado sociológico de política única – a política dos grupos mais endinheirados, poderosos e atuantes do nosso país.

Marcelo Gomes Jorge Feres

marcelo.gomes.jorge.feres@gmail.com

Rio de Janeiro

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GILMAR MENDES

Gilmar Mendes disse que a parceria Moro-Dallagnol dá nojo. Então deveria dizer em alto e bom som, sendo tão correto, o que acha da atividade extra que ele tem com negócios até em Portugal, onde costuma levar parceiros, claro, tudo com mordomias mil. Ser honesto não e só falar dos outros, mas mostrar os próprios atos num país de tantas mordomias e benesses.

Antônio José G. Marques

ajgmescalhao@gmail.com

São Paulo

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VOTAÇÃO POPULAR

Gilmar Mendes, o decano do STF, disse ter nojo do modelo Moro-Dallagnol opinião que não é compartilhada pelo povo, já que os dois foram consagrados nas urnas. Numa votação popular, a dupla de Curitiba ganha de lavada dos 11 da toga preta.

J. A. Muller

josealcidesmuller@hotmail.com

Avaré

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DESCRIMINALIZAÇÃO DAS DROGAS

Fica cada vez evidente que a criminalização das drogas aumenta o seu potencial de consumo e favorece o surgimento de quadrilhas que se formam para distribuição dessas drogas. Todos os países que descriminalizaram seu consumo tiveram diminuição de consumo e eliminaram os marginais que formam os cartéis que comercializam tais mercadorias. Precisamos aqui entre nós, como já pregaram nossas importantes lideranças, criar mecanismos de descriminalização dessas substâncias para solucionarmos os imensos efeitos trágicos que a criminalização nos impõe.

José de Anchieta Nobre de Almeida

josenobredalmeida@gmail.com

Rio de Janeiro