Inquérito do golpe
Bolsonaro vira réu
Após ser tornado réu pelo Supremo Tribunal Federal (STF), Jair Bolsonaro, desesperado, se pronunciou publicamente e destilou insanidades e mentiras tentando se defender. A justiça tem de prevalecer neste caso, reservando ao ex-presidente um lugar na Papuda.
Sylvio Belém
Recife
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Direito de defesa
A democracia é inacabada e inabalada. Mas os títulos de Jair Bolsonaro não acabaram e estão sendo abalados. Antes foi ele deputado, candidato, mártir, “mito”, herói, “imbrochável”, presidente, ex-presidente e denunciado. Ontem, tornou-se réu. Visto que a democracia ainda está por aqui, então ele tem direitos e, a partir de agora, o direito de se defender. Boa sorte! Vai precisar.
Luís Fabiano dos S. Barbosa
Bauru
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Questão de honra
A condenação do ex-presidente Bolsonaro é questão de honra para o Poder Judiciário brasileiro, para reafirmar ao povo do Brasil e ao mundo que aqui a democracia impera e que somos uma nação que não pode de forma alguma deixar impunes atos golpistas contra o Estado de Direito.
Célio Borba
Curitiba
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Orçamento
Cheque emendado
Antigamente, era bem difícil emendar uma folha de cheque. Quando se emendava o cheque, tentava-se salvar a emenda no verso, mas o tomador do cheque costumava não aceitá-lo. Documento sério ou oficial não se rasura ou emenda. Atualmente, ninguém sabe o que é cheque. E os parlamentares alteram o Orçamento encaminhado pelo Executivo como se emendasse o valor de cheque ao portador contra o Tesouro Nacional (leia-se o povo contribuinte). Ops, não emendam o cheque. É emenda Pix.
Fabio Gino Francescutti
Rio de Janeiro
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Futebol brasileiro
Argentina 4 x 1 Brasil
Sem Messi em campo, a seleção brasileira tomou olé da campeã mundial Argentina, numa vergonhosa e histórica goleada de 4 a 1 pelas eliminatórias da Copa do Mundo, em Buenos Aires. Se não trocar de técnico e de esquema tático imediatamente, corre o sério risco de ficar de fora de uma Copa pela primeira vez. Fora, Dorival Jr.! Muda, Brasil!
J. S. Vogel Decol
São Paulo
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O essencial
Tolice achar que trocar o técnico ajudará a melhorar o desempenho da seleção brasileira. Treinadores temos muitos. Falta o essencial: jogadores de qualidade com personalidade e técnica apurada para vestir a amarelinha.
Vicente Limongi Netto
São Paulo
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Técnica e calendário
O problema da seleção não é só o técnico, mas a total falta de técnica e de calendário. Pegamos um jogador de cada time estrangeiro e montamos a equipe lançando o sucesso à pura sorte. O fiasco contra os hermanos demonstra que estamos longe de formar uma equipe de respeito. Melhor seria convocar todo um clube brasileiro e fazê-lo representar o Brasil. Certamente, não faria tão feio e não daria tal vexame.
Carlos Henrique Abrao
São Paulo
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Desorganização estrutural
Não temos uma boa seleção desde 2002. Sempre tivemos alguns craques que salvavam a pele de nossa desorganização estrutural. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) forma dirigentes bem-sucedidos, e nada mais. Com a escassez de campos de várzea nas periferias do País e a globalização que padronizou a formação do pé de obra, somos mais do mesmo. Jogamos como outras dez seleções consideradas grandes, mas temos a desvantagem de nunca termos investido na formação de treinadores, já que os craques resolviam. Hoje não temos mais craques, só alguns bons jogadores que se destacam aqui, por praticarmos um futebol medíocre. Temos um jogo pobre, valorizamos a cera, o fingimento, a catimba, a encenação, o antijogo, e é impossível acompanhar com prazer um jogo inteiro do nosso principal campeonato, o Brasileirão, que de grande tem só o nome, a não ser um jogo entre um eventual líder e o vice-líder, porque os times são quase sempre reativos, retrancados e jogam por uma bola parada. Ainda não entendemos que fazer campeonatos estaduais de três meses é um erro grave, porque a maioria dos clubes não tem mais o que fazer no resto do ano. A CBF, cujo comando acaba de ser reeleito, provavelmente mandará Dorival Jr. embora, e seja o que Deus quiser. Pobre futebol brasileiro!
Cláudio Ferreira
São Paulo
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Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br
INSEGURANÇA
São Paulo insegura (Estadão, 26/3, A3). A segurança pública na gestão de Tarcísio de Freitas e Guilherme Derrite entrou em colapso total. O paulistano perdeu o direito constitucional de ir e vir, pois, se sair as ruas, não sabe se voltará vivo. Simplesmente vergonhoso.
Adel Feres
Goiânia
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TARCÍSIO DE FREITAS
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, disse que “é possível aumentar a segurança das urnas”. Seria importante ele saber que estamos tranquilos com a segurança das urnas, que já foram testadas, aprovadas e nunca encontraram nenhuma falha. Por outro lado, seria importante que trabalhasse mais na segurança de nossa cidade e de nosso Estado.
Luiz Carlos de Campos Salles
São Paulo
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JULGAMENTO NO STF
Além do prazer de ver a prática democrática em curso, assistir a sessões do Supremo Tribunal Federal (STF) são aulas de direito, de argumentação, de lógica processual e de nobre uso da linguagem. Se ao final e ao cabo vermos os golpistas presos, será a coroação do deleite. Angustiado deleite, que fique bem claro.
Adilson Roberto Gonçalves
Campinas
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ONIPRESENTE
Com a viagem internacional do presidente Lula e com discursos dentro do cerimonial internacional, o ministro Sidônio Palmeira parece que escalou o ministro Fernando Haddad para substituir o presidente com participações diárias em eventos, entrevistas e mais entrevistas. O importante é ocupar espaço na mídia.
Vital Romaneli Penha
Jacareí
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POLARIZAÇÃO
Presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban, diz estar preocupado com a polarização, que só faz sentido para o debate político. Já Simone Tebet, instada a falar a favor do governo do qual foi cooptada, mostrou que a polarização existe na política ao dizer que Bolsonaro é “carta fora do baralho”. Está enganada a ministra em sua declaração, pois Bolsonaro está dentro do baralho e vai permanecer. Essa polarização afeta a economia e o setor produtivo, além da necessidade de uma reforma administrativa. A ministra perdeu a oportunidade de pedir ao seu governo maior controle dos gastos, pois o descontrole da economia tem a ver com o governo do qual ela faz parte.
Izabel Avallone
São Paulo
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REAIS PROBLEMAS
Muito tem se falado sobre a pena da mulher que pichou uma estátua. Agora, por que levantar essa polêmica toda por conta de uma mulher que resolveu sair de sua casa em Minas Gerais, largar a sua atividade econômica e ir à Brasília para pichar uma estátua com batom? Daí, eu me pergunto, por que não estamos brigando por coisa mais séria? Como, por exemplo, condenar o assassino do ciclista que foi assaltado e morto em São Paulo, ou acabar com as atividades ilegais do PCC/CV, ou ainda cobrar as nossas autoridades pelo fim dessas ondas de assalto e insegurança que estamos passando. Talvez, isso não interesse aos nossos representantes políticos e essa seja a maneira deles desviarem as nossas atenções dos reais problemas que estamos vivendo.
Claudia Lebovits
São Paulo
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ACLAMADA INCLUSÃO
A ética da companheirada (Estadão, 26/3, A3). Não seria mais razoável ao governo e ao PT dar cargos para quem não tem cargo e anseia por uma oportunidade da tão aclamada inclusão, bradada por estes mesmos governo e partido? A senhora Anielle Franco certamente não se oporia em vistas à inclusão, certo?
Ricardo Machado da Silva
Grajaú
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DÚVIDA ATROZ
Será que a cabeleireira Débora R. dos Santos foi punida por pichar a estátua da Justiça ou por ter usado as palavras do presidente do Supremo Tribunal Federal?
Tania Tavares
São Paulo
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NOVOS LÍDERES
O Brasil pode sonhar com o surgimento de novas lideranças políticas. Lula da Silva caminha para uma merecida e oportuna aposentadoria, e Jair Bolsonaro deverá estar inelegível na próxima eleição. O Brasil precisa de sangue novo. Em nome da alternância no poder, o País deveria dar uma chance para uma pessoa honesta e competente governar a república, alguém com ficha limpa que saiba ler, escrever, fazer contas e que tenha boa educação formal. Alguém longe da baboseira direita contra esquerda. O Brasil pode entrar na corrida para substituir os Estados Unidos como o país líder do mundo livre. Para isso, o Brasil precisa acabar com a corrupção generalizada no governo e fazer uma gestão tão boa, ou melhor, do que o governo de Fernando Henrique Cardoso, o último presidente da República decente que o País teve.
Mário Barilá Filho
São Paulo
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HORA DE MUDAR
No futebol e na política, está na hora de mudar. O jovem técnico do Flamengo mostra que tem competência para isso. Já na política, só sabemos que os que estão aí não tem futuro.
Roberto Solano
Rio de Janeiro
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MEDIOCRIDADE INDESCRITÍVEL
Perder um jogo de futebol faz parte do esporte, não se pode ganhar sempre. Mas perder competindo é uma coisa, entregar a disputa é outra. O desempenho do Brasil contra a Argentina foi um horror, uma mediocridade indescritível, piorada pela expressão de impotência do técnico, incapaz de orientar algum tipo de reação ou plano alternativo. Motivos não faltam para que brasileiros de bem sintam vergonha. A seleção poderia não fazer parte da lista.
Luciano Harary
São Paulo
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REFLEXO DO PAÍS
Nosso futebol vem sendo degradado faz muito. Não deixa de ser reflexo de um País que vem sofrendo uma degradação social espantosa. Os bons números da economia mascaram o nosso fracasso geral como sociedade. Faça uma bet, quem será o próximo assassinado? Faça outra bet, quem será o vencedor do BBB de bandidagem e ladroagem? A seleção brasileira é só um reflexo do que é o País. De vergonha em vergonha, de derrota em derrota, sigamos em frente sem olhar para o passado de glórias. E no final, selfie!
Arturo Alcorta
São Paulo
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HUMILHAÇÃO
O futebol brasileiro está mesmo em franca decadência e só tem dado vexame. Desde a época em que o Brasil ficou esperando pela resposta do técnico Carlo Ancelotti – que acabou declinando do convite – após o mandato tampão de Fernando Diniz e agora, com Dorival Jr., ficou claro que a seleção está mais perdida do que cego em tiroteio. Afinal, o escrete brasileiro é repleto de jogadores oxigenados, tatuados, usando a gola da camiseta levantada no pescoço e destoando dos demais, ofendendo o adversário com promessa de dar “porrada” dentro e fora do campo, mas só proporcionou vergonha. Na verdade, providências urgentes devem ser tomadas, especialmente agora quando esse tal de Ednaldo Rodrigues acabou de ser reeleito presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Chega de humilhação!
Júlio Roberto Ayres Brisola
São Paulo
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VEXAME
Que vexame. A nossa garotada não deu para o gasto, e os meninos argentinos sobraram. Neymar não jogou, está machucado, mas Messi também não. A inofensiva seleção brasileira não importunou los hermanos. Foi um fiasco, mesmo com Vini Jr., o melhor do mundo. Pelo volume de jogo dos adversários, ficou até barato o 4x1. A próxima Copa do Mundo é logo ali, mas para fazer bonito temos muito a melhorar. É preciso um desempenho especial, pois só a amarelinha não ganha jogo.
Humberto Schuwartz Soares
Vila Velha (ES)
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DORIVAL JÚNIOR
Atordoado, o treinador Dorival Júnior parecia um cego em tiroteio na beira do campo vendo o medíocre time do Brasil levar um baile da Argentina. Mal convocado, mal escalado e mal armado. Seu time nos envergonhou.
Sylvio Belém
Recife