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Cartas de leitores selecionadas pelo jornal O Estado de S. Paulo

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Por Fórum dos Leitores
8 min de leitura

30 anos do Plano Real

Lula e FHC

Sobre a notícia do encontro de Lula e FHC, fica claro o deslocamento do petista ao centro para tentar reverter o que foi desfigurado do apoio tucano na sua vitória contra o que representava Bolsonaro. Mas daí a supor que Lula vai governar visando às reformas estruturais, como, por exemplo, a administrativa, para conter o elevado déficit público, ou da saúde, de forma a minimizar os gastos da classe média com os caros planos de saúde, jamais veremos. A filosofia do PT não permite que Lula lidere grandes e eficientes reformas de que o País tanto necessita, como fizeram Itamar Franco e FHC. O poder, para petistas, é apenas uma forma de elevar gastos, estatizar empresas e manter a ideologia fiel às origens proletárias. O País, ora, que penhore o seu futuro nas mãos de falsos estadistas.

Paulo Chiecco Toledo

São Paulo

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Um país sério

A foto de primeira página do Estadão de 25/6 foi a melhor dos últimos anos. Persio Arida, Pedro Malan, Gustavo Franco e FHC ajudaram a conduzir e construir um maravilhoso país, do qual todo brasileiro tem saudades. Éramos felizes nos tempos em que o Brasil era um país sério.

Werner Sönksen

São Paulo

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Educação em São Paulo

Saúde escolar

Foi com imensa satisfação que li a notícia São Paulo amplia entrega de óculos para alunos da rede municipal e combate evasão escolar (Estadão Expresso, 24/6). Lembrei-me do Fundo Social de Solidariedade, criado pela inesquecível Lucy Montoro, que tinha por lema a conhecida frase “Eu dou a vara e ensino a pescar”. Foram criados vários projetos de promoção humana e, com seu carisma, ela incentivou as primeiras-damas de cada município. Muitos paulistas trabalharam juntos nesse sentido e se registrou autêntico e verdadeiro engajamento profissionalizante. Quando Alaíde Quércia, médica oftalmologista, assumiu a presidência do fundo, ela deu continuidade a todos os projetos deixados por Lucy Montoro e sua preocupação teve como foco a acuidade visual. Criou-se, então, um projeto com a Secretaria da Educação, que tem a seu cargo milhões de crianças, e com a da Saúde, com os seus prestimosos médicos. O Fundo Social de Solidariedade arcava com os óculos, as lentes e até cirurgias. Foi um projeto que alcançou grande proporção e sua expertise foi cedida a todos os que procuravam replicá-lo em outros municípios. Em seguida, Alaíde incentivou projetos para deficientes e idosos, também bem-sucedidos. Testemunhei de perto o trabalho destas duas grandes mulheres, pois fui assessora jurídica do Fundo Social de Solidariedade desde a sua criação e com elas muito aprendi. Personalidades plenas de elevação moral e espiritual.

Maria Cláudia de S. Foz Destri

São Paulo

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Fapesp

Fomento aos municípios

Nos municípios mencionados a seguir os estudantes, funcionários e docentes das universidades públicas contribuem para a economia e a saúde social: Araçatuba, Araraquara, Assis, Bauru, Botucatu, Campinas, Diadema, Dracena, Franca, Guaratinguetá, Guarulhos, Ilha Solteira, Itapeva, Jaboticabal, Lorena, Marília, Osasco, Ourinhos, Piracicaba, Pirassununga, Presidente Prudente, Registro, Ribeirão Preto, Rio Claro, Rosana, Santos, São Carlos, São José do Rio Preto, São José dos Campos, São Vicente, Sorocaba, Tupã, São João da Boa Vista. Desde o cabeleireiro local até a quitanda dependem dos que trabalham ou estudam nessas instituições, sem falar, claro, dos benefícios para os serviços de saúde em cada um desses locais. Nas sedes locais da UFSC, da UFABC, da Unifesp, da Unesp, da Unicamp e da USP se ensina e se produz conhecimento que determina impactos econômicos, sociais e culturais. Ainda se deve considerar que empresas locais, muitas de alta tecnologia, nascem a partir do conhecimento produzido e dos formandos. Descontando os salários dos professores, os recursos para pesquisa em todos estes locais dependem do apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, a Fapesp. Mas um recente parecer da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo ameaça cortar 30% do orçamento da Fapesp. Esse corte pode paralisar pesquisa, diminuir a qualidade do ensino, o prestígio que o Município tem em razão da qualidade das sedes universitárias e, no limite, afetar toda a economia local pela evasão dos estudantes. Pergunto: você votaria num vereador de um partido que aceita cortar os recursos da Fapesp nas eleições municipais de 2024?

Hernan Chaimovich

São Paulo

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Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

DESCRIMINALIZAÇÃO DA MACONHA

A descriminalização do porte de maconha que o Supremo Tribunal Federal (STF), por maioria, está decidindo, é um processo que entre nós está se iniciando. Quando tal processo tiver sido alcançado, poderemos ter uma maneira para termos uma diminuição da criminalidade pelo uso de drogas, coisa que já acontece em grandes países do planeta e que nós precisamos também vivenciar.

José de Anchieta Nobre de Almeida

Rio de Janeiro

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PORTE DE MACONHA

Com a definição dos magistrados em estipular 40 gramas para que as pessoas possam ser consideradas apenas usuários, os policiais, então, vão ter de estar munidos de balanças de precisão, homologadas pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro)? Seria cômico se não fosse trágico.

Luiz Frid

São Paulo

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BALANÇAS DE PRECISÃO

Se as ideias que o STF tem considerado para definir o peso máximo de maconha que um portador da droga pode legalmente portar e, assim, manter-se como um simples usuário, como deverá proceder o policial quando, lá na rua, encontrar maconha com alguém? Terá ele uma balança de precisão para verificar o peso ou vai levar todo mundo para a delegacia, onde será feita a pesagem? E como irá ele proceder para que, no caminho, essa quantidade da droga seja preservada e caracterizada? Quaisquer que sejam os procedimentos a adotar, se essa regra for aprovada, será um bom negócio fabricar pequenas balanças de precisão para policiais e usuários.

Wilson Scarpelli

Cotia

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LUIZ FUX

O ministro do STF Luiz Fux, durante o julgamento a respeito do porte de maconha para uso pessoal, foi enfático ao admitir que o Poder Judiciário, por meio do seu principal braço, a Corte Suprema, não deveria ser o ambiente propício para a referida discussão e sim o Congresso Nacional, onde estão os representantes do povo. Citou como exemplo o ocorrido em vários países europeus e acrescentou que os membros do colegiado ao qual pertence não têm competência técnica para estabelecer quantidades e regular a venda da droga. Palavras suas: “Nós não somos juízes eleitos, o Brasil não tem governo de juízes”. Menos, ministro. Foram várias as ocasiões em que a Corte agiu politicamente, como se governo fora, situação que suscitou perplexidade em setores importantes da sociedade. É claro, portanto, que os togados, em que pese o fato de não serem escolhidos pelo voto popular, saem às vezes das alçadas da estrita aplicação da lei em última instância e da defesa da Constituição para agirem como simulacros de governantes, pois, apesar de, como declarou, o País não possuir um governo de juízes, pode, às vezes, formar um time de juízes do governo, uma vez que suas nomeações dependem deste último. A propósito, Fux é um dos poucos juízes de carreira a integrar o Plenário.

Paulo Roberto Gotaç

Rio de Janeiro

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‘GOVERNO DE JUÍZES’

Fux diz que Brasil ‘não tem governo de juízes’ durante julgamento sobre a maconha no STF (Estadão, 25/6). A manifestação de Fux é muito relevante, e leva-nos, inevitavelmente, a reflexões e questionamentos. Quais os reais limites de atuações dos Três Poderes da República? Estaria algum poder extrapolando suas atribuições legais? Fortes evidências indicam que o Judiciário tem extrapolado seus limites, agido de forma arbitrária, atropelando outros poderes. Representantes do Judiciário, Legislativo e Executivo devem sentar-se a uma mesa e, democraticamente, restabelecer limites de atuação de cada um, e respeitá-los. Afinal de contas, “cachorro que tem muitos donos morre de fome”.

Maurílio Polizello Junior

Ribeirão Preto

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JOGATINA

A autorização para abertura de cassinos, bingos, jogo do bicho, corrida de cavalos e outras jogatinas passou pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal por 14 votos a 12. Agora, vai a Plenário em data a ser marcada para ser votada; se aprovada, como concebida pela Câmara dos Deputados, segue para a sanção total ou parcial do presidente da República. O Projeto de Lei 2.234/2022, aprovado pela Câmara há dois anos e três meses, em março de 2022, seguirá em frente ou o Senado evitará que essa verdadeira roleta russa chegue ao presidente? Façam suas apostas. Eu, aproveitei os números do PL e fiz a minha fezinha, quem sabe, o poste me ilumine.

Sergio Dafré

Jundiaí

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UM ESTADISTA

O editorial Na foto de Lula com FHC, só há um estadista (Estadão, 26/6, A3) menciona que Lula é minúsculo perto de Fernando Henrique Cardoso. Somente perto de FHC?

Francisco Geraldo Salgado Cesar

Guarujá

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REENCONTRO

“O amor faz mais mal do que bem”, disse Napoleão Bonaparte. Lula e FHC se reencontram. Velhos parceiros que, em segredo, trabalharam juntos fazendo o Brasil que conhecemos. Um gerando o mundo dos sonhos e o outro o real. Escolheram uma boa hora: quando os sonhos se desvanecem e o real capenga. Trata-se de um encontro notável da juventude socialista de nosso país e, certamente, devem ter discutido novas ideias. A refundação do grêmio estudantil de outrora. Mas não espere que tirem algum novo coelho da cartola, apenas algum dinheiro que, por acaso, tenha sobrado no velho bolso dos contribuintes. Devem ter falado de temas gerais. Talvez até de temas ligados ao vice-presidente, Geraldo Alckmin, quem sabe. Mas pensar assim seria excesso de otimismo.

Jorge A. Nurkin

São Paulo

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‘LULA JAMAIS SERÁ’

Só querer ser estadista. Quando se vê foto de Lula da Silva cumprimentando Fernando Henrique Cardoso desde logo a análise reflete que o inculto Lula não merece ser nomeado estadista. Pode até querer, mas o poder fica longe de se realizar porque suas atitudes e ações nunca corresponderam ao modus vivendi de um estadista. Na foto de Lula com FHC, só há um estadista (Estadão, 26/6, A3), esclarece o jornal diante da foto publicada e retratando ambos em clima amistoso. Relembre-se que Lula da Silva e seus asseclas atacaram veementemente o Plano Real, e durante 16 anos subsequentes aos oito que FHC e sua equipe demoraram para consolidá-lo. Como festejá-lo agora? Eis que a posteridade revela as obras do passado do cidadão e nunca consagra quem não é merecedor do título ambicionado. FHC é estadista, Lula da Silva jamais será.

José Carlos de Carvalho Carneiro

Rio Claro

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‘IMPOSTO DO PECADO’

Se o preço do arroz e feijão sobe mais que cerveja e cigarro, conforme a matéria Preço de arroz e feijão sobe mais que cerveja e cigarro, produtos na mira do ‘imposto do pecado’ (Estadão, 26/6), podemos concluir que estamos vivendo numa orgia governamental. No Brasil é assim: tudo vira imposto do pecado e o brasileiro paga a participação e não sente prazer algum.

Carlos Gaspar

São Paulo

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ARROZ NO SUPERMERCADO

Passando só para lembrar que estive fazendo compras ontem em um supermercado e ainda tinha muito arroz à venda, mesmo sem a importação ter sido realizada.

Carlos Alberto Duarte

São Paulo

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DÓLAR EM ALTA

Pressões externas e falas de Lula elevam dólar ao maior patamar desde 2022 (Estadão, 26/6). Por que não te calas, presidente?

Robert Haller

São Paulo

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‘OUVIR É DE OURO’

Lula não está preocupado com o dólar. Dólar alto é trigo e fertilizante mais caro. É menos pão e alimento na mesa do pobre. Se Lula estivesse preocupado com o pobre, pensaria um pouco mais antes de abrir a boca. Como alguém já disse: o falar é de prata e o ouvir é de ouro. Lula, ouça mais e fale menos. O Brasil agradece.

Artur Mendes

Campinas

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‘DESASTRE’

Toda vez que Lula abre a boca é um desastre. O dólar sobe, afugenta investidores e a bolsa cai. Diria Juan Carlos, ex-rei de Espanha: “Por que não te calas?”.

Humberto Schuwartz Soares

Vila Velha (ES)

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80 ANOS DE GIL

Gilberto Gil celebra seus 82 anos. Além de Gil e Caetano Veloso, Milton Nascimento e Paulinho da Viola são outros artistas que vão celebrar em 2024 seus 82.º aniversários.

José Ribamar Pinheiro Filho

Brasília