Forum Dos Leitores

Fórum dos Leitores

Veja mais sobre quem faz

Fórum dos Leitores

Cartas de leitores selecionadas pelo jornal O Estado de S. Paulo

exclusivo para assinantes
Por Fórum dos Leitores
11 min de leitura

Assembleia Geral da ONU

Brasil e a guerra na Ucrânia

O presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, em seu discurso na Assembleia Geral da ONU, fez crítica à dupla China e Brasil. E não é que Lula, tosco em questões de relações internacionais, em vez de responder referindo-se à Ucrânia, refere-se diretamente a Zelenski, e de forma ofensiva? Que imprudência. Ou seria arrogância mesmo?

Sandra Maria Gonçalves

São Paulo

*

Doutrina Lula

Segundo essa doutrina, a Ucrânia deveria ceder logo o território invadido pela Rússia, para acabar com a guerra e obter a paz pela via diplomática, como sugerido por Lula. Portanto, o presidente Irfaan Ali, da Guiana, que se cuide, porque, se o desagradável companheiro Nicolás Maduro desejar o petróleo tipo Brent produzido na Guiana, nem precisaria invadi-la, bastando expressar o desejo de receber os campos de petróleo do vizinho, que evitaria o desgaste de uma guerra, já que, pela doutrina Lula, a paz estaria preservada pelo atendimento dos desejos de Maduro, assim como foi sugerido à Ucrânia. Depois será a vez do Paraguai dos brasiguaios.

Alberto Mac Dowell Figueiredo

São Carlos

*

A comitiva brasileira

Não sei se senti vergonha, desapontamento, repulsa ou tudo isso quando li que mais de 100 pessoas integraram a comitiva de Lula que viajou a Nova York em razão da Assembleia Geral da ONU. Será que era necessária a ida dos presidentes do Senado e da Câmara? A maioria dos integrantes da comitiva talvez nem tenha tido motivos para estar ali. Os gastos da viagem já somam mais de R$ 750 mil, e ainda a conta está longe do valor final. Somente a passagem aérea da ministra Esther Dweck (Gestão e Inovação em Serviços Públicos) custou quase R$ 46 mil. Será que ela pretendia dar a volta ao mundo antes de regressar ao Brasil? Essas notícias deixam os trabalhadores e os pagadores de impostos do País totalmente desiludidos. Este país não tem jeito, só jeitinhos.

Károly J. Gombert

Vinhedo

*

Gastando sem freios

Lula 3 levou um modesto séquito de 100 pessoas a Nova York. Só o bilhete aéreo de uma ministra custou módicos R$ 46 mil. Ela merece! Só gostaria de saber se, na condição de simples mortal, como nós, ela jogaria essa dinheirama pela janela, se tivesse de fazer o pagamento com recursos próprios. Questionado sobre tamanho disparate, o governo se sai com a singela resposta de que nesta época do ano há muita procura por passagens aéreas para Nova York e, portanto, o preço está de acordo. Vamos ver até onde vai a conta, afinal são diversos quartos de hotel, a equipe de segurança do nosso rei e sua primeira-dama, e por aí vai. Isso tudo porque Lula da Silva está preocupado com os gastos públicos... Imaginem se não estivesse, não é mesmo?

Renato Camargo

São Paulo

*

Medicamentos

Preços mais justos

Necessário, oportuno e muito bom o artigo de José Serra sobre a urgência de estabelecer maior controle sobre as farmacêuticas, seus produtos e preços nas nuvens (Preços mais justos para medicamentos, Estadão, 26/9, A4). A velocidade com que são lançadas grandes quantidades de medicamentos novos, cuja eficácia às vezes é duvidosa (em alguns casos na própria bula vem escrito que nem todos os efeitos são conhecidos e garantidos), deixa pacientes em dúvida. Quanto aos preços, nem se fale: caríssimos! E eu pergunto: como os produtores podem oferecer descontos até superiores a 50% para quem apenas se cadastra em suas plataformas? E igualmente as farmácias vivem oferecendo descontos. Quem não tem acesso a essas facilidades está proibido de ficar doente? Realmente, é necessário colocar ordem neste festival.

Ladislau Batho

São Paulo

*

Antonio Candido

Em Poços de Caldas

Desculpem-me exercitar o bairrismo, mas o que não é dito pode cair no esquecimento. Antonio Candido, cujo documentário sobre os últimos anos de sua vida acaba de ser lançado (Estadão, 26/9, C1), foi educado no Colégio Marista em Poços de Caldas (MG). Foi nessa cidade, aliás, que nasceu o Banco Moreira Salles, que depois se tornou Unibanco, antes de se fundir ao Itaú, que hoje mantém o Instituto Moreira Salles, onde estreia o documentário. Uma coincidência que eu não poderia deixar passar em branco.

José Antônio Farina

Poços de Caldas (MG)

*

Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

EM DIREÇÃO AO BURACO

Muitos de nós, ao assistirmos o grande acontecimento global na Assembleia da ONU, ficamos atentos ao que Lula iria expor em seu discurso de abertura. Os que assistiram já deram logo suas impressões sobre suas falas narcisistas, como sempre, e poucas soluções dos problemas que ele próprio deveria solucionar. Triste, pois não houve muita repercussão de sua fala. Porém, não pudemos deixar de dar atenção às falas de outros representantes, principalmente aos discursos de alguns dos nossos vizinhos, sem deixar de nos espelhar e refletir se não será essa a situação para qual, nós brasileiros, infelizmente estamos a caminho. Destaco os presidentes de El Salvador e da Argentina, Nayib Bukele e Javier Milei. Quem assistiu, observou o que eles condenam em seus governos, apontando principalmente o crescimento das ditaduras na América Latina. Bukel afirmou que em El Salvador ‘’nós não prendemos opositores, não censuramos opiniões diferentes das nossas, não tiramos a liberdade de pessoas por expressar suas ideias, não confiscamos bens e todos sabem que suas propriedades e direitos estarão sempre protegidos”. Milei deixou claro que a censura, a perseguição política, etc. pode levar a acreditar que há uma ditadura disfarçada, maquiada que tratam como democracia. Afirmou que em seu país a saúde financeira está no caminho fiscal correto, atraindo investimentos internacionais. O mesmo, infelizmente, não podemos dizer de nosso país que caminha para buraco bastante perigoso, não só em relação às finanças como também naquilo que conquistamos com muito sacrifício: a nossa liberdade, que está no campo de falso e total democracia. Devagar assistimos os cortes de direitos garantidos claramente pela leis constitucionais, levados por aqueles que são obrigados a mantê-las, como se fosse natural, dando pouca importância para o espanto de alguns indivíduos conscientes. Liberdade, liberdade, abra as asas sobre nós.

Leila Elston

São Paulo

*

‘ARRUMAR O QUARTO’

Por que será que Lula nada falou sobre a Venezuela ou a Nicarágua em seu discurso de abertura na ONU?Preferiu falar de outros conflitos que nada ou quase nada podemos ajudar, como já disse o filósofo Luiz Felipe Pondé sobre a ativista Greta Thunberg: manda ela arrumar o quarto. No caso de Lula, o quarto seria a Venezuela e a Nicarágua.

Márcio M Pascholati

São Paulo

*

LULA E UCRÂNIA

O presidente Lula da Silva continua afirmando que a única maneira de acabar com a guerra seria a Ucrânia ceder seu território para a Rússia. Isso é o mesmo que dizer que a mulher deve se deixar estuprar, facilitar a vida do estuprador, relaxar e gozar durante o ato. Incrível que Lula não vislumbre a possibilidade do ditador russo Vladimir Putin simplesmente encerre os exercícios militares especiais como uma alternativa para terminar o conflito. O Brasil entrou na Segunda Guerra Mundial com a cara e a coragem, enfrentou e venceu fora de casa um inimigo muito mais poderoso, pena que Lula nunca foi à escola e não aprendeu essa e tantas outras histórias de superação. Apesar de você, Lula, a Ucrânia pode e vai vencer a guerra.

Mário Barilá Filho

São Paulo

*

‘LIÇÃO DE ESPERTEZA’

Lula disse que se Volodymyr Zelensky fosse esperto, tentaria uma solução diplomática para a guerra com a Rússia, e não militar. Resumiu o conflito com uma solução caseira: sentar e conversar, talvez tomando uma cerveja, como já havia sugerido ainda como ex-presidente em 2022. Revelou esperteza ao dizer que as agências de risco não devem ouvir a Faria Lima e empresários, e sim ele e os trabalhadores. Resta saber se as agências captaram a esperteza do presidente, que ao pedir para restaurar a nota de crédito, trama driblar seu arcabouço fiscal. Zelensky tem muito a aprender com a diplomacia de Lula, que não faz a lição de casa mas dá lição de esperteza.

Izabel Avallone

São Paulo

*

‘VERGONHA’

Em sua passagem na abertura oficial da 79.ª Assembleia Geral da ONU, em Nova York, o presidente Lula envergonhou profundamente o Brasil perante o mundo ao declarar mais uma vez, sem meias palavras, seu apoio explícito e irrestrito aos grupos terroristas Hamas e Hezbollah em conflito com Israel, bem como à Rússia pela criminosa invasão da Ucrânia. Em vez de aproveitar a oportunidade ímpar para expor às delegações de 193 países uma posição de neutralidade, equilíbrio e ponderação, que sempre caracterizaram o trabalho diplomático e elogiável do Itamaraty ao longo dos anos, o governo Lula se coloca de forma descabida e condenável do lado errado de ambos os conflitos, favorável aos que primeiro atacaram, invadiram e assassinaram covardemente civis inocentes. Lamentável. Pobre Brasil.

J. S. Decol

São Paulo

*

POSICIONAMENTO DE LULA

O presidente Lula, por meio de sua péssima posição nos problemas mundiais, propõe paz para todos como solução, como se todos fossem a favor da guerra. Ele propõe que por meio de conversas o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, deveria ceder às pretensões do presidente da Rússia, Vladimir Putin, e entregar várias cidades para os russos. Ao mesmo tempo, nunca acha que os ataques terroristas do Hamas e do Hezbollah, financiados pelo Irã, tenham tanta importância. Nunca lhe ocorre que Israel tem o direito de se defender pela única maneira possível, que é pela força, porque não é possível uma solução diplomática com grupos que não aceitam de forma alguma a existência de Israel.

Luiz Frid

São Paulo

*

MUDAR O DISCO

Que tal o presidente do Brasil mudar o disco gasto, e passar a pedir para o seu amigo Putin fazer o que ele pede para Zelensky? Não nos envergonhe tanto.

Tania Tavares

São Paulo

*

TAXAÇÃO DOS SUPER-RICOS

O presidente Lula, em mais uma falácia eleitoreira nesta segunda-feira, 23/9, assinou a medida provisória que propõe taxar os super-ricos no Brasil. Além de depender da quase impossível aprovação do Congresso Nacional, não conseguirá cobrar os tantos milionários políticos, escondidos atrás de fóruns especiais, leis ineficientes e advogados poderosos.

Carlos Gaspar

São Paulo

*

VIAGEM A NOVA YORK

Com mais de 100 pessoas, entre autoridades e convidados, Lula e a esposa embarcaram para Nova York para a Assembleia da ONU. Maravilhoso turismo nesta época do ano, e mais ainda com dinheiro público. Pobre País.

Mário Cobucci Júnior

São Paulo

*

JULGAMENTOS

Senhor Luís Roberto Barroso, sabe por que o Supremo Tribunal Federal (STF) tem 90 mil processos por ano? Porque aceitam julgar até briga de papagaio.

Gustavo Guimarães da Veiga

São Paulo

*

CRIME ORGANIZADO

O crime organizado está se infiltrando cada vez mais no comando do País por meio da política, de empresas de ônibus, de empresas de fachada, entre outras atividades para se tornar acima de qualquer suspeita. A violência e os homicídios também estão em alta. Todos os dias nos deparamos com notícias de ataques à democracia. Já o governo Federal faz cara de paisagem, do tipo não sei de nada. Lá atrás, eram cerca de 30 políticos na ativa ligados à facções criminosas, hoje a notícia é que já são mais de 50 políticos, de mãos dadas com esses criminosos. Afinal, a evolução é lastreada em postagens dinâmicas e está diretamente ligada à influência social, econômica e política. Na verdade, são gabinetes do ódio que disparam milhares de fake news, como já visto no passado, e são facções com ação transnacional. Enquanto isso, Lula da Silva & Cia. permanecem inertes e segue o jogo!

Júlio Roberto Ayres Brisola

São Paulo

*

APOSTAS ONLINE

Fazenda vai monitorar CPF de apostadores, diz Haddad (Estadão, 25/9, B10). São as “bets” que deveriam ser bloqueadas imediatamente pela Justiça, pelo Ministério Público e pela Polícia Federal por serem danosas à economia da população brasileira, que acaba sendo atraída pelo vício de apostar em jogos de clubes de futebol, muitos deles financiados pelas empresas de apostas, as “bets” no novo idioma do Brasil colonizado.

Paulo Sergio Arisi

Porto Alegre

*

AUMENTO DAS DÍVIDAS

Incrível esse modelo de justiça social de Lula, e do também irresponsável Congresso, que na sanha de arrecadar impostos oficializaram no País a pior das jogatinas, até que o apostador tenha que sair de casa. Devido a essas bets da desgraça, conforme informa a imprensa, levantamento do Banco Central indica que cinco milhões dos beneficiários do Bolsa família apostaram, via Pix, R$ 3 bilhões. Dos R$ 690 que recebem, em média, mensalmente, infelizmente gastaram, por pessoa, R$ 100. Recursos esses que para as famílias, até com insuficiência alimentar, daria para comprar, de boa qualidade, dez quilos de arroz, dois de feijão, um pacote de açúcar, três pacotes de macarrão espaguete e duas latas de massa de tomate. Mas, esperar o que deste governo fraco, sem rumo e sem capacidade de dialogar que ainda vive refém do Congresso? Falando grosso na Assembleia Geral da ONU, Lula criticou governos por não se preocuparem com os pobres. Ora, esse relapso e demagogo Lula está mais interessado em se perpetuar no poder, como cúmplice desta desgraça das “bets”, e irresponsavelmente facilita que brasileiros pobres, vivendo sem eira nem beira social, gastem seus parcos recursos em apostas tirando a comida da boca da família. É assim que nestes 24 anos deste século, 16 (incluindo da gestão atual) é governado pelo PT, em que adia o desenvolvimento econômico e social do Brasil.

Paulo Panossian

São Carlos

*

RESOLUÇÃO DA ONU

O atual problema do Líbano começou com a Resolução 1701 da ONU, que estabeleceu os termos do cessar-fogo para a Segunda Guerra do Líbano em 2006. De acordo com a resolução, o Hezbollah deveria se desarmar e retirar-se do sul do Líbano, movendo-se para além do rio Litani. No entanto, fomentado pelo Irã, o Hezbollah tem violado a Resolução 1701 há muito tempo, com a conivência da ONU. Seu objetivo é armar-se para atacar Israel de todas as formas possíveis. Desde o ataque de 7 de outubro do ano passado, o Hezbollah lançou nove mil mísseis contra Israel, provocando a evacuação de cerca de 100 mil israelenses de suas casas no norte do país. A reação de Israel era mais do que esperada. Atualmente, 12 países estão prontos para apoiar todos os esforços diplomáticos para tentar concluir um acordo entre Líbano e Israel. Esse processo começaria com um cessar-fogo imediato de 21 dias para permitir negociações diplomáticas. A proposta visa impor uma solução diplomática e reverter o ciclo de violência. Os desafios enfrentados pela implementação da Resolução em relação ao Hezbollah e ao sul do Líbano, são significativos. Embora a resolução exija o desarmamento do Hezbollah e sua retirada do sul do Líbano, a realidade é que toda a existência desse grupo terrorista, apoiado pelo Irã, tem como objetivo exatamente o oposto. A ONU e a comunidade internacional precisam de uma abordagem firme e coordenada para garantir a conformidade. O que a ONU tem feito em relação a Israel é deplorável. Desde sua cumplicidade na radicalização de crianças e no fornecimento de suas instalações para quartéis do terror, até liderar a maior campanha difamatória da história contra o Estado judeu. Do ponto de vista de Israel, a ONU não é um organismo confiável ou respeitável. Assim, o papel dos Estados Unidos, da França e de outros países envolvidos na mediação será fundamental para o sucesso das negociações. As implicações de um possível acordo diplomático entre Israel e Líbano para a estabilidade regional poderiam ser enormes, desde que o acordo seja cumprido. No entanto, se o acordo não for bem-sucedido, ele certamente fornecerá ao Hezbollah o tempo necessário para se reagrupar e fortalecer suas posições, agravando as próximas etapas do conflito.

Jorge Alberto Nurkin

São Paulo

*

‘IRRELEVANTE É POUCO’

O ilustre sr. Willian Wack magnificamente colocou qual a situação do Brasil após a fala do Lula na Assembleia da ONU, conforme artigo Voz irrelevante (Estadão, 26/9, A10). Porém, com todo respeito, foi pouco. Realmente, o presidente se arrogou o direito de criticar um herói, no caso o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, que pugna com todas as suas forças e dos seus conterrâneos ucranianos pela democracia contra a Rússia e seu presidente Vladimir Putin, ex-chefe da KGB na Alemanha Oriental, antes da falência da extinta URSS. Em sua pobre visão, que também apoia o ditador venezuelano, e como bem disse o Willian Wack, crê se tratar de uma luta de classes. Pedimos vênia para acrescentar que Lula, falando dos outros, se olvida que deve ser periodicamente vista as tarifas, taxas e impostos a fim de se proteger contra aumentos excessivos e desarrazoados dos preços, e para que não seja fomentada a falta de honestidade dos preços dos produtos nacionais.

Fernando Geribello

São Paulo