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Cartas de leitores selecionadas pelo jornal O Estado de S. Paulo

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Por Fórum dos Leitores
11 min de leitura

Tragédia no litoral de SP

O dinheiro dos royalties

Tendo recebido nada menos que R$ 632,8 milhões em 2022 como pagamento de royalties pela exploração de petróleo em suas águas, as prefeituras dos quatro municípios do litoral norte mais afetados pelo dilúvio no carnaval (São Sebastião, Ubatuba, Caraguatatuba e Ilhabela) têm condições de sobra para oferecer melhores e mais seguras condições de moradia aos milhares de habitantes de suas encostas, sujeitas às intempéries e catástrofes climáticas a cada novo verão. Por oportuno, cabe lembrar que os moradores e as vítimas das vilas afetadas pelos deslizamentos são os responsáveis diretos pela manutenção do funcionamento do turismo local: trabalham em hotéis, pousadas, restaurantes, quiosques e casas de veraneio das cidades. Sem eles, a engrenagem de atração turística, razão de ser de todo o litoral, simplesmente deixa de funcionar.

J. S. Decol

decoljs@gmail.com

São Paulo

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Comoção

Talvez a imagem mais representativa da tragédia anunciada que se abateu sobre o litoral de SP seja a foto do menino Aleffi Miguel, publicada no Estadão de domingo (A15). A imagem é digna, infelizmente, de prêmios de fotojornalismo e dos cumprimentos ao fotógrafo Felipe Rau. Impossível não se comover ou até chorar diante da expressão do menino, hoje órfão e vítima do descaso das autoridades. Em 1982, a foto de um garoto chorando, na capa do Jornal da Tarde, comoveu o Brasil pela derrota na Copa do Mundo. Agora, a foto de Aleffi deveria gerar comoção e revolta neste país de injustiças. E aos políticos de São Sebastião, do Estado e de Brasília, uma pergunta: quem será responsável, agora, pela vida e pelo futuro de Aleffi?

Homero Moreira Querido

homeroquerido11@gmail.com

São Paulo

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Subprefeitura da Sé

As barracas dos sem-teto

Sobre a entrevista com o coronel Alvaro Camilo (Subprefeito da Sé defende remover tendas de sem-teto, Estadão, 27/2, A16), é lamentável que cabeças como esta deem as cartas na cidade de São Paulo. Pergunto: por que não providenciar, antes, onde alojar essas pessoas?

Neuton K.

nkarassawa@hotmail.com

São Paulo

Todos sabem que barracas e bancas precisam de autorização municipal para ser instaladas nos espaços públicos. A Praça da Sé, como tantos outros locais públicos, é inadequada a essa finalidade, por causa da grande circulação de pessoas. Existe a opção de abrigos seguros para os sem-teto, mas não é aceita. Afinal, quem manda nesta cidade?

Vera Bertolucci

vbertolucci@yahoo.com.br

São Paulo

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BNDES

Reindustrialização

O Estadão noticiou no domingo (26/2, B1) que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) pretende fomentar a reindustrialização do País por meio da concessão de crédito para startups. Esta é só a mais recente evidência de que o atual governo está completamente sem rumo e sem noção da realidade do País e do mundo.

Oscar Thompson

oscarthompson@hotmail.com

São Paulo

Metas e contrapartidas

Em relação à notícia BNDES prevê dobrar crédito a startups e universidades para ‘reindustrializar’ País (26/2, B1), é realmente triste notar que, enquanto milhões de brasileiros enfrentam o desemprego, o subemprego, a fome e tragédias como a do carnaval, que soterrou as esperanças e a vida de tanta gente, o BNDES ainda continue com a política ultrapassada de distribuir generosamente escassos recursos públicos a setores pouco produtivos e competitivos da economia nacional. Essa distribuição se dá, como sempre, na vã esperança de melhorar a participação destes setores no PIB nacional e sem aparentemente exigir contrapartidas claras, metas e compromissos objetivos e mensuráveis no tocante à potencial criação de riqueza representada pelo aumento da produtividade, inovação e maior inserção do Brasil nos mercados internacionais. Assim, o resultado esperado, como sempre, serão a manutenção do baixo crescimento econômico e a continuação da decadência da indústria nacional. Mudou o governo, mas a política que não nos afasta do atraso continua praticamente a mesma. Ao sofrido povo brasileiro resta apenas o papel de espectador impotente desta tragédia anunciada. Tristes trópicos.

Fernando T. H. F. Machado

fthfmachado@hotmail.com

São Paulo

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Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

ORIGEM DO NOVO CORONAVÍRUS

A divulgação do relatório que afirma que o vírus da covid-19 se espalhou por um acidente de um laboratório chinês (Estado, 27/2, A11) é simplesmente um despropósito. O relatório é inconclusivo e chegou a ser recebido com reservas pela Casa Branca. Serve apenas para agravar a crise envolvendo os EUA e a China, após o episódio do abate de um suposto balão espião chinês por caças americanos.

Jorge de Jesus Longato

financeiro@cestadecompras.com.br

Mogi Mirim

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ROYALTIES DO PETRÓLEO

A tragédia no litoral norte paulista levanta a questão sobre o dinheiro dos royalties do petróleo, são bilhões de reais pagos há anos para cidadezinhas pequenas como São Sebastião e Ilhabela. Essas cidades já deveriam ter resolvido todos os problemas de infraestrutura com esse dinheiro. A hipótese de haver desvio de dinheiro público dos royalties de petróleo não pode ser descartada. Ilhabela e São Sebastião são, proporcionalmente, as cidades mais ricas do País, no entanto, estão muito longe de resolver problemas básicos como a questão do tratamento de esgoto, que já deveria ter sido resolvido há muito tempo. Seria oportunidade investigar onde foram parar os bilhões de reais que Ilhabela e São Sebastião receberam nas últimas décadas.

Mário Barilá Filho

mariobarila@yahoo.com.br

São Paulo

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PLANOS DE CONTINGÊNCIA

A reportagem da jornalista Roberta Jansen, sobre a importância das “sirenes, treino e rota de fuga” como opções de alerta de chuva (Estado, 27/2, A13) me chamou a atenção pelo inusitado do seu emprego. A autora lembra, por oportuna, que nos Estados unidos e no Japão os planos de contingência para tsunamis e furacões também usam sirenes e treinamentos. Contudo, convenhamos, são situações totalmente diferentes. Aqui estamos falando de chuvas para comunidades que foram empurradas para encostas de morros e montanhas inabitáveis pela especulação imobiliária. Essa é a realidade nua e crua. Claro que as pessoas saírem antes dos temporais salva vidas. E os seus pertences, que com certeza adquiriram com muito sacrifício? Estamos assistindo nesses dias, pelas emissoras de televisão, ao que eles encontram quando voltam para a casa. Nunca é demais lembrar que estamos enfrentando um perigo mortal com o aquecimento global. O planeta vai reagir a essa nova realidade, de acordo com as leis da termodinâmica, um ramo da Física que estuda os sistemas termodinâmicos fechados, como é o caso da Terra. Nenhum dos terraplanistas poderá reverter essa realidade. Portanto, os fenômenos climáticos serão a cada ano piores que os anteriores, até conseguirmos reverter essa situação que nós, humanos, criamos. As encostas de morros e montanhas não podem mais serem ocupadas para moradias. Simples assim.

Gilberto Pacini

pacini0253@gmail.com

São Paulo

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INTERESSES PARTIDÁRIOS DE LADO

Quando se trata de assunto de interesses dos cidadãos e da Nação, os interesses partidários devem ser colocados de lado. Bela demonstração de republicanismo dado por Lula da Silva, Tarcísio de Freitas e Felipe Augusto, prefeito de São Sebastião ( PT-Republicanos-PSDB) ao se reunirem após a tragédia no litoral norte paulista. Se essa postura fosse adotada para os assuntos/projetos de interesses da Nação, não precisaríamos da funesta pratica do “toma lá, dá cá”, que nada mais é que a formalização do mensalão.

João Israel Neiva

jneiva@uol.com.br

Cabo Frio (RJ)

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GESTÃO ANTERIOR

Ministério do Turismo vai criar força-tarefa para verificar atos da gestão de Jair Bolsonaro. Essa não é tarefa do Tribunal de Contas da União (TCU)? Por isso que este país não evolui. A cada troca de governo, o ministério, em vez de tocar o dia a dia da pasta, vai vasculhar a gestão do ministro anterior. É tudo igual, direita e esquerda.

Vital Romaneli Penha

vitalromaneli@gmail.com

Jacareí

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GARIMPO CLANDESTINO

Falaram tanto, jogaram culpa no governo passado, quando na verdade o garimpo clandestino foi “facilitado” pelo deputado federal Odair Cunha (PT-MG), por um “jabuti” colocado na última hora em um projeto que transitava no congresso em 2013. Pela lei, dependia da “boa-fé” do fornecedor do ouro afirmar que não procedia de “terras indígenas”. Inocência ou má-fé? Porque, desde que o mundo é mundo, os locais onde existem minérios ou pedras preciosas atraem todo tipo de pessoas. Tudo é pago em ouro, trapaças e mentiras. Resultado? A criminalidade explodiu nos pequenos municípios da Amazônia onde o Estado dificilmente entra. A culpa é de quem? Como o governo fará para resolver esse imbróglio provocado por um dos seus? A conferir.

Beatriz Campos

beatriz.campos@uol.com.br

São Paulo

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‘O URSO’

Medíocre, alienada e fascista a fútil análise de Mário Varga Llosa (Estado, 23/2, C3), Prêmio Nobel de Literatura, do conto O Urso, do notável escritor americano William Faulkner, que narra a luta de um urso em preservar seu habitat dos que destroem a natureza para construir cidades e estradas, a tal civilização amada por Vargas Llosa por suas “comodidades”. Um intelectual de direita na contramão da luta pela preservação do meio ambiente natural, nossa mãe natureza, que estamos matando. Um bolsonarista peruano.

Paulo Sergio Arisi

paulo.arisi@gmail.com

Porto Alegre

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CUSTO DO ZOLGENSMA

Reportagem do Estadão informa que até novembro de 2022 o Poder Judiciário obrigou o Estado a pagar tratamento com zolgensma para 102 pacientes, ao custo médio de US$ 1,6 milhão, o que perfaz um valor total de R$ 832.320.000 (102 x 1.600.000 x 5,10). Isso é mixaria perto dos R$ 20 bilhões colocados à disposição dos deputados para asfaltar estradas até as suas fazendas.

Renato Maia

casaviaterra@hotmail.com

Prados (MG)

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ESPAÇO PARA O GOLPISMO

O Ministro da Justiça, Flávio Dino, foi direto, reto e exato na entrevista (Estado, 26/2, A8) ao afirmar que, se o governo não desempenhar bem na economia, “abre espaço para a emergência do golpismo”. É o grande desejo da extrema direita: o fracasso deste governo para poder voltar ao poder. Quem parece estar colaborando veementemente para isso é o núcleo político do PT, que ignora acintosamente os índices que atestam a piora da inflação, segue fazendo pressão sobre o Banco Central para a redução da taxa de juros sem argumentos convincentes, e enfrenta o próprio ministro da Economia, Fernando Haddad, que já percebeu e deu indicações técnicas de que a manutenção da desoneração dos combustíveis e o aumento do salário mínimo ainda este ano será um desastre para a economia, em português claro. Não há benesse política que justifique tamanho negacionismo. Ainda há tempo para que a ala moderada do governo se faça ouvir. Ou melhor, que o presidente Luiz Inácio a ouça efetivamente.

Luciano Harary

lharary@hotmail.com

São Paulo

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‘FESTA DO 8/1′

O jornalista J. R. Guzzo volta a atacar a Justiça pela repressão aos atos de 8 de janeiro: diz que é preciso “individualizar a conduta criminosa”, ou seja, tem que colocar no processo, detalhadamente, o que cada um fez naquele dia, naquele local (Estado, 26/2, A9). Diante da impossibilidade de fazer isso com todos os participantes da “festa”, eles devem ser libertados e o processo, arquivado. Não sou advogado, mas levanto duas questões importantes nesse caso. Quer dizer que, nos casos de cangaço moderno, isso também deve ser observado, já que são bem mais de 20 pessoas e teriam que ser descritos, detalhadamente, os crimes de cada um? Alguns do partícipes da “festa do 8/1″ foram plenamente identificados e filmados cometendo crimes, aliás, divulgados em redes nacionais. Segundo a teoria do emérito jornalista, eles poderão ser julgados pois estão absolutamente individualizadas suas condutas. Só que, para que esses crimes “individualizados” ocorressem, foi necessário o concurso de vários outros figurantes que não aparecem nem na foto. Mas somente um será julgado, podendo ser condenado. Isso é justiça? Isso me parece mais um destempero bolsonarista do que outra coisa. É uma afirmação facciosa, demostrando um partidarismo exacerbado e até desonesto. Detalhe: eu não votei em Lula (nem em Bolsonaro).

Nelson Newton Ferraz

nelfer2011@gmail.com

São Paulo

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INSULTO À LEI

O artigo de J. R. Guzzo na edição de domingo, 26/2, é “um insulto espetacular à lei” (para usar as próprias palavras dele) e à inteligência do leitor. Prisões políticas de mais de 900 cidadãos? Todos os detidos praticaram um punhado de crimes, gravíssimos, contra a ordem democrática e o Estado Democrático de Direito, devidamente tipificados e identificados. Vergonhoso, um “articulista” se prestar a esse papel de desinformação e falácia.

Antonio Carlos Augusto Gama,

promotor de Justiça aposentado, advogado e professor de Direito

antonicogama@gmail.com

Ribeirão Preto

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ASSUNTOS DE DELEGACIA

O jornalista J. R. Guzzo discorre de maneira clara o absurdo da prisão de mais de 900 brasileiros em razão da invasão e depredação dos edifícios dos Três Poderes em Brasília no dia 8/1 em seu artigo Isso é democracia?. O mesmo Supremo Tribunal Federal (STF) que não viu a montanha de dinheiro desviado dos cofres públicos apontados pela Lava Jato agora está vendo algo de muito mais grave na atuação de arruaceiros, como se isso não fosse algo recorrente em outras capitais. Enquanto as cortes supremas dos países adiantados cuidam de assuntos importantes para a sociedade, aqui, a nossa parece atuar em assuntos próprios de delegacia.

José Elias Laier

joseeliaslaier@gmail.com

São Carlos

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‘LULAG’

Mais de 900 pessoas presas pelos atos de vandalismo de 8/1, com a mera suposição de que todas cometeram crimes, sem acusações formais individuais, caracteriza um gulag. Ou seria um Lulag?

Ely Weinstein

elyw@terra.com.br

São Paulo

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FALTA DE PROFESSORES

Desrespeito, a Prefeitura de São Paulo negar que falte professores nas escolas municipais. A Secretaria de Educação de São Mateus enviou professor para a turma da minha filha somente após eu reclamar ao Estadão.

Hilton da Silva Pereira

monoblocosantoandre@hotmail.com

São Paulo

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DEVOLVER O MAJESTOSO CENTRO

Em aditamento à minha publicação neste jornal de 21/12/2022, com o título Centro abandonado, hoje a situação lamentavelmente piorou muito. Perdemos o direito de “ir e vir” conforme reza na nossa Carta Magna em seu artigo 5.º, aprovada no ano de 1988. Certo estava o então presidente da República, sr. José Sarney, que declarou na época: “Este país vai ficar ingovernável!”. Trabalho e frequento o Centro de São Paulo há mais de 60 anos, prestando serviços voluntários, desde 2006, no Conselho Comunitário de Segurança do Centro de São Paulo, órgão da Secretaria da Segurança Pública, em que pertenço à sua diretoria, e pela primeira vez fui impedido de chegar com meu veículo no destino almejado. A esquina das ruas com mão única Gusmões e Conselheiro Nébias estava totalmente lotada de noias, drogados, doentes que ocupavam as calçadas e vias públicas, impedido a passagem de veículos e pessoas. Pergunto: onde está o meu direito de ir e vir? Pobres das famílias residentes nessa região, verdadeiras prisioneiras e lamentavelmente obrigadas a conviver nesse ambiente nocivo e malcheiroso. Os comerciantes nesse quadrilátero, onde tradicionalmente existe grande comércio de peças, acessórios e ferramentas para motocicletas e automóveis, estão com suas mãos atadas, com prejuízos atrás de prejuízos, uma vez que perderam seus clientes, os quais se evadiram do local pelos motivos já apresentados. Ninguém merece tão grande desrespeito. A vida ali se tornou um inferno, verdadeiro caos, estado de guerra. No momento, resta-nos pedir a Deus que ilumine nosso novo governador assim como seu vice, que recebeu a árdua missão de erradicar esse cancro social que atrapalha, que envergonha, que deprime, e nos devolver o nosso majestoso Centro de São Paulo. Vamos contar também com o bom trabalho de nossas polícias. Pressentimos que dias melhores virão.

José Bordini

mauriciobordini@icloud.com

São Paulo

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HOMENAGEM A RUI BARBOSA

Merecida a homenagem (in memoriam) de Rui Barbosa, no centenário do seu nascimento, em Salvador, no dia 1.º de março de 2023. Cursou a Faculdade de Direito do Largo São Francisco (USP), onde foi colega de Joaquim Nabuco e Castro Alves. Tornou-se conhecido como Águia de Haia por sua defesa dos países latino-americanos na Conferência Mundial da Paz, em 1907. Foi membro fundador da Academia Brasileira de Letras (ABL). Em 1895 conquistou uma cadeira no Senado. Se entregou de corpo e alma à campanha abolicionista. Por suas posições liberais, é exilado no governo Floriano Peixoto. Liderou a campanha civilista na disputa pela Presidência da República com o marechal Hermes da Fonseca, mas é derrotado. Sofreu nova derrota na eleição presidencial de 1919 para Epitácio Pessoa. Durante toda a vida de homem público, lutou incansavelmente, com exemplar bravura, pelos ideais republicanos. Morreu em Petrópolis (RJ), cercado de grande fama e respeito. Vieira foi o seu grande modelo.

Luiz Gonzaga Bertelli,

presidente da Academia Paulista de História (APH)

lgbertelli@uol.com.br

São Paulo

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DEFENSOR DA IMPRENSA LIVRE

Por ocasião da efeméride de um século da morte do brilhante jurista, jornalista e político Rui Barbosa (1849-1923), em 1.º de março, cuja campanha eleitoral de 1909/10, chamada de civilista, teve o apoio de intelectuais, entre eles Julio Mesquita, fundador do Estadão nosso de cada dia, cabe, por oportuno, reproduzir um dos célebres pensamentos da Águia de Haia: ”A imprensa é a vista da nação. Por ela é que a nação acompanha o que lhe passa ao perto e ao longe, enxerga o que lhe malfazem, devassa o que lhe ocultam e tramam, colhe o que lhe sonegam, ou roubam, percebe onde lhe alvejam, ou nodoam, mede o que lhe cerceiam, ou destroem, vela pelo que lhe interessa, e se acautela do que ameaça”. Depois dos sofríveis quatro anos do negacionista e fascistoide desgoverno Bolsonaro, que elegeu como um de seus principais inimigos a imprensa livre e independente, as palavras de Rui Barbosa não poderiam soar mais apropriadas. Democracia e liberdade de imprensa, sempre; censura e mordaça, nunca mais. Basta.

J. S. Decol

decoljs@gmail.com

São Paulo