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8 min de leitura

Ditadura na Venezuela

A estratégia lulista

O presidente Lula da Silva mantém a estratégia: continua a cobrar as atas eleitorais e propõe a realização de um novo pleito ou de um governo de coalizão na Venezuela. Não reconhece o golpe do “amigo” Nicolás Maduro e insiste em provas não existentes ou, pior, num governo de coalizão (Papai Noel não existe, presidente). Ideologias à parte, que Lula venha a público explicar o que o Brasil ganha com isso e convencer o povo da sua atitude. Ele representa a Nação, e não suas ideias ou seu partido político.

Roberto Solano

Rio de Janeiro

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Ridículo

A insistência em cobrar a apresentação das atas eleitorais da Venezuela está levando as chancelarias do Brasil e da Colômbia ao ridículo. Bem fez o governo do México ao se retirar do trio. Está claro que as atas não serão entregues. E o que poderão Brasil e Colômbia fazer, então? Colocar Nicolás Maduro de castigo, ajoelhado no milho?

Patricia Porto da Silva

Rio de Janeiro

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Coragem, presidente

Eu gostaria que o presidente Lula atacasse Nicolás Maduro – para que o amigo prove a lisura do processo eleitoral venezuelano – com a mesma voracidade que ele ataca a Anvisa e o Banco Central sob Roberto Campos Neto.

Márcio M. Pascholati

São Paulo

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Eleição em São Paulo

Facada virtual

É muito difícil de acreditar, mas, depois de passarmos por Collor e, mais recentemente, por Bolsonaro, chegamos a Pablo Marçal, mais um representante do famoso e desgastado título de “salvador da Pátria”, candidato a prefeito da maior cidade do País. Seus oponentes não sabem qual estratégia funcionará para tirá-lo do páreo. Calar Marçal nas redes sociais já se mostrou ineficaz, pois de alguma maneira ele sempre encontrará uma brecha para estar lá. Se tentarem por meio da Justiça Eleitoral – que tem motivos para tanto –, mas não tiverem êxito, poderão estar dando em Marçal uma espécie de facada virtual, que o levará a vitória.

Abel Pires Rodrigues

Rio de Janeiro

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Marçalismo?

O crescimento inesperado de Pablo Marçal na disputa pela Prefeitura de São Paulo embaralhou o pleito e provocou um empate técnico com Guilherme Boulos e Ricardo Nunes. Essa reviravolta pegou todos de surpresa e vai obrigar os candidatos a reverem suas estratégias de campanha. O que muitos andam perguntando é: estará surgindo o marçalismo? Será ele um novo Messias? Ou Bolsonaro perdeu o controle sobre o bolsonarismo? O que assusta é pensar que a cidade de São Paulo, que, se fosse um país, estaria à frente de Portugal, Grécia e Finlândia, complexa e com tantos problemas a serem resolvidos, poderá vir a ser governada por gente tão despreparada. Marçal não tem programa de governo crível. Assim como vimos acontecer com Jair Bolsonaro, a ascensão do ex-coach na política reflete o desencanto das pessoas com os atuais mandatários.

Deri Lemos Maia

Araçatuba

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Chacrinha

Marçal é fácil de entender, é o Chacrinha da política: “Eu vim para confundir, não para explicar”. Os incautos estão perdendo tempo ao tentar descobrir algo valioso onde só há objetivo de bagunçar e aparecer.

Sandra Maria Gonçalves

São Paulo

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Patrimônio

Planejamento sucessório

O Estadão de 26/8 (B14) tratou da preocupação de herdeiros com a incidência de novatio legis sobre eventual imposto sobre a sucessão hereditária, cujo temor, contudo, não afetaria fatos geradores pretéritos. A bem da verdade, o artigo 35 do Código Tributário Nacional disciplina o momento da ocorrência do fato que permite a exigibilidade do tributo, qual seja: com a morte do proprietário, cujos bens serão transmitidos a seus herdeiros ou sucessores. Nesse sentido, a construção pretoriana emanada do Supremo Tribunal Federal editou súmulas a respeito, distinguindo perfeitamente o momento da incidência do imposto e o de seu recolhimento, diverso daquele. Tanto isso é verdade que o artigo 144 do Código Tributário reconhece que o lançamento, documento hábil para o recolhimento do gravame, se reporta à data da ocorrência do fato gerador (no caso, a data da morte do proprietário dos bens), dando azo na aplicação do princípio constitucional tempus regit actum, tranquilizando o espoliado contribuinte.

Luiz Celso de Barros,

advogado tributarista

Bauru

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Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

‘PONTO DE NÃO RETORNO’

Em aviação, quando o voo passa de uma certa distância em relação ao seu destino, diz-se que é um ponto de não retorno. O ponto de não retorno de Lula foi o discurso do ditador nicaraguense Daniel Ortega, em que ele diz que a forma como Lula tratou as eleições venezuelanas foi “vergonhosa”, e que Lula “quer se tornar o representante dos ianques (americanos) na América Latina”. Qualquer que seja a posição de Lula, daqui em diante, o discurso do ex-amigo colocou Lula numa encruzilhada: se correr o bicho pega, se ficar o bicho come. Fora que parece até piada dizer que Lula está alinhado aos Estados Unidos e contra os companheiros de longa data. Mas esse foi o grande feito de Lula nesta sua terceira (espero que última) passagem pela presidência. Lula conseguiu com as palavras que jorram da sua boca, comandadas pelo raciocínio tacanho do seu cérebro, desagradar a todas as correntes políticas, democráticas e não-democráticas. Um feito expressivo para quem se autodeclara defensor dos fracos e oprimidos, e eterno candidato, ungido por ele mesmo, o Prêmio Nobel da Paz. Talvez tenha conseguido com suas atitudes, e, principalmente, sua não tomada de uma posição firme e clara, o Prêmio Nobel da Incompetência.

Luiz Gonzaga Tressoldi Saraiva

Salvador

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‘PEQUENOS LÍDERES’

Já chegou a pregar que era líder da democracia. Mas Lula da Silva 3 enganou-se, porque nenhum líder democrático e de democracia apoia ou justifica atos de Nicolás Maduro. Assim, enganou a si próprio e aos eleitores brasileiros que pensaram tratar-se do homem certo para representar uma democracia do tamanho do Brasil. Ledo engano, apoiou Maduro. Assim, o líder da frente pela democracia, como salienta o editorial do Estadão Onde está o líder da ‘frente pela democracia’? (Estadão, 27/8, A3), mesmo frente à farsa da Justiça venezuelana de sufragar o falso, não fez a lição de casa, conspurcando o título. Pena. Porque o Brasil não merecia ter falsos e pequenos líderes.

José Carlos de Carvalho Carneiro

Rio Claro

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‘SALVE-SE QUEM PUDER’

O Brasil inteiro está pegando fogo, ainda bem que o presidente Lula vai acabar com o desmatamento ilegal em 2030. Até lá, salve-se quem puder.

Mário Barilá Filho

São Paulo

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‘NA CONTA DE TODOS NÓS’

Onde está o líder da ‘frente pela democracia’? (Estadão, 27/8, A3). Lula, que se elegeu prometendo defender a democracia, segue incapaz de denunciar a ditadura companheira de Maduro, mesmo diante da farsa oficializada pela Justiça venezuelana. Lamentavelmente, a esquerda festiva votou em Luiz Inácio, que nunca fez questão de esconder seu alinhamento ideológico com as ditaduras comunistas mundo afora. Nós, da direita menos festiva, jamais compramos sua falsa defesa da democracia, não votamos nele, e a conta a pagar por aguentar um comunista na presidência, infelizmente, é de todos nós.

Maurílio Polizello Junior

Ribeirão Preto

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AUSÊNCIA DE UM LÍDER

Onde está o líder da ‘frente pela democracia’? (Estadão, 27/8, A3). O tal líder não está nem na Venezuela e muito menos no Brasil. Estamos vendo o desmonte de todas as instituições e uma verdadeira farra com o dinheiro público. Ao mesmo tempo em que somos penalizados com os aumentos dos impostos assistimos ao perdão de dívidas milionárias aos Odebrechts, aos Joesleys, calotes da Venezuela, Cuba e outros. Assistimos também ao governo gastador e déficits crescentes, o que termina em juros altos e perda do poder de compra pela inflação e dólar caro. Já passamos do tempo de perceber que esse governo não respeitou nem um pouco sua promessa da tal frente ampla pela democracia.

Nelson Falseti

São Paulo

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‘SALVE-SE QUEM PUDER’

Congresso, Supremo Tribunal Federal (STF) e governo formam, em suas relações, um triângulo cheio de mistérios, mitos, inverdades e perigos como o Triângulo das Bermudas, onde navios foram afundados e aviões derrubados. Aqui, a população afunda cada vez mais e adota entre eles a máxima “salve-se quem puder”.

Carlos Gaspar

São Paulo

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RANKING DOS MUNICÍPIOS

São interessantes os resultados do Ranking de Competitividade dos Municípios feito pelo Centro de Liderança Pública avaliados no editorial O resultado da boa gestão (Estadão, 26/8, A3). Há alguns aspectos, porém, que precisam ser esclarecidos. Primeiramente, um dos principais financiadores de tal instituição é o Banco Itaú, com interesses não necessariamente públicos. Além disso, outro dia o Estadão mostrou a decepção com a qualidade educacional em São Paulo, o Estado mais rico da Nação, o que é um contraponto com a boa avaliação agora apresentada por municípios paulistas. Isso traz o alerta de que é importante saber o que está sendo enfatizado em um ranking dessa natureza. Avaliações são necessárias, mas sempre são falhas, ainda mais em questões complexas como o conjunto de ações de gestão pública. Que sirvam de parâmetros, mas não de conclusões absolutas.

Adilson Roberto Gonçalves

Campinas

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COMPETÊNCIA DA ADMINISTRAÇÃO

Não surpreende a competência na administração das cidades brasileiras e sua capacidade em melhor qualidade de vida da população, principalmente em cidades do Sul e Sudeste, como informa o Estadão no editorial O resultado da boa gestão (Estadão, 26/8, A3). Da mesma forma, não surpreende a baixa, para não dizer propriamente nula, participação de apenas duas cidades do Nordeste, Recife e Fortaleza, uma do Norte, Palmas, e uma do Centro-Oeste, Campo Grande. Quanto ao Nordeste, falta de dinheiro federal não é a causa. Milhões foram doados, todavia, tal e qual capitanias hereditárias, assim permaneceram por décadas, quando não administrados por governos incompetentes, que adicionaram corrupção, inclusive na educação. Alguns com administração socialista, fracassaram como fracassa a esquerda quando está no poder. Portanto, nada surpreende, nem a aprovação do Lula, coincidência ou não, na região Nordeste.

Mário Cobucci Júnior

São Paulo

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ELEIÇÕES EM SP

É difícil crer que tantos candidatos à prefeitura, que nada têm a ver com nossa cidade, desejem realmente fazer algo por ela. Será necessário nas eleições que se aproximam que os eleitores não se deixem enganar por falsas promessas e discursos de declaração de amor, sendo que alguns deles nem conhecem a cidade, mas estão claramente apaixonados por tudo o que São Paulo representa, esquecendo que se trata de conquistas obtidas por meio do trabalho e competência de seus cidadãos.

Vera Bertolucci

São Paulo

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PABLO MARÇAL

Pablo Marçal é o único candidato cujo discurso expressa o grau de revolta do cidadão brasileiro com os desaforos que vêm sofrendo por parte dos donos do poder. Impedir que ele fale ou que concorra não irá mudar isso. Quem quiser derrotá-lo e não ser execrado pelo povo terá de democraticamente se submeter ao debate.

Jorge Alberto Nurkin

São Paulo

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‘SUPREMACIA’

O Brasil virou um grande cassino, onde o croupier é quem o preside. As apostas entre os Três Poderes chega a ser surreal. Instituições, pessoas físicas, jurídicas, famílias e sonhos são destruídos sob a égide do imediatismo, um dos pilares de uma sociedade doentia. O ter passou a ser supremacia sobre o ser.

Luiz Felipe Schittini

Rio de Janeiro

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‘FARRA DAS APOSTAS’

O velho vício de apostas, agora americanizado de bets, está matando brasileiros. Em editorial É urgente dar fim à farra das ‘bets’ (Estadão, 25/8, A3), o jornal expôs o horror causado pela farra das apostas no Brasil de todos os vícios. Só pode ter sido autorizado pelo lobby de mafiosos junto aos Três Poderes da República sem senso moral. Um escândalo.

Paulo Sergio Arisi

Porto Alegre

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‘TRAGÉDIA ANUNCIADA’

Em relação ao editorial É urgente dar fim à farra das ‘bets’ (Estadão, 25/8, A3), gostaria de tecer os seguintes comentários: essa nova tragédia anunciada só demonstra o que todos já sabem. Na prática, temos um governo fraco, perdido e até certo ponto desinteressado no real bem-estar da população do nosso querido Brasil. Esse (des)governo prefere ações vazias de marketing e prima pelo imediatismo, com aparente privilégio ao atendimento das demandas feitas por lobbies organizados, mesmo que isso contrarie os verdadeiros interesses e necessidades da população. Como resultado, nossa jovem democracia sofre e corre o risco de se esgarçar de vez. O Brasil de hoje, infelizmente, se parece cada vez mais com a China do século 19, que sequer conseguia defender suas fronteiras nacionais e tinha uma população cada vez mais pobre e viciada. E pior, com governantes tragicomicamente inaptos para entender as mudanças estruturais em curso no resto do mundo. O terrível resultado dessa lamentável falta de visão estratégica é amplamente conhecido por todos. Tristes trópicos.

Fernando T. H. F. Machado

São Paulo

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‘BRASIL FATIADO’

Seca, fome, queimada, roubalheira, desemprego, feminicídio, governantes ruins. É o Brasil fatiado. Em dor, tristeza, agonia, indignação e desesperança.

Vicente Limongi Netto

Brasília

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RÚSSIA

Ninguém quer pagar para ver se realmente o poderio bélico da Rússia é mesmo o que Vladimir Putin vende ao mundo, especialmente aos EUA. Desde o começo da guerra com a Ucrânia, em 2022, a Rússia, proporcionalmente, está em desvantagem nessa guerra. Na verdade, se houvesse mesmo esse poderio vendido e potencializado pelas ameaças de Putin, a guerra já teria terminado há muito tempo. Afinal, o que estamos vendo é Golias sendo manietado por Davi. Fica a pergunta: Será que Putin - ídolo de Lula - está com essa bola toda ou é muita mentira para pouco poderio bélico?

Júlio Roberto Ayres Brisola

São Paulo