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Cartas de leitores selecionadas pelo jornal O Estado de S. Paulo

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8 min de leitura

Eleição nos EUA

Joe Biden x Donald Trump

Foi constrangedor e aflitivo ver Joe Biden falando no debate com Donald Trump. Obviamente, não tem condições de governar. O Partido Democrata vai pagar caro pela insistência em escolhê-lo, quando há duas mulheres preparadas para nocautear o troglodita mentiroso: Michelle Obama e Kamala Harris. Ainda dá tempo de mudar. Fora Trump!

Elisabeth Migliavacca

São Paulo

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Lula e o dólar

Destempero

Pensei que os destemperos de Lula da Silva tivessem passado com a saída de Jair Bolsonaro da Presidência, mas me enganei. Lula continua com a mesma falta de educação, chamando de “cretino” quem vê ligação entre suas falas e a alta do dólar.

Vital Romaneli Penha

Jacareí

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Expectativas racionais

Um dos pressupostos básicos da economia moderna é a ideia das expectativas racionais, que postula que os agentes econômicos anteveem o que o governo vai fazer. Lula tem demonstrado a força desse conceito na prática: basta a notícia de que ele vai dar uma entrevista ou fazer um discurso para a economia “prever” o que será dito e precificar o estrago. O resultado é o aumento do dólar mesmo antes de o teor das falas do presidente ser divulgado.

André Zille

Belo Horizonte

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Contas públicas

Pente-fino no INSS

O INSS vai promover uma operação pente-fino para validar ou invalidar 800 mil concessões de benefícios que poderão resultar em cerca de R$ 7 bilhões de economia anual aos cofres públicos. Por que não investigar os R$ 51 bilhões de sentenças judiciais pagas em 2023, que constam de seu Boletim Estatístico da Previdência Social (Beps) e equivalem ao absurdo e inconcebível valor de cinco vezes o valor de todas as novas concessões de benefícios do mesmo ano, e o dobro dos R$ 26 bilhões de 2022, que equivalem a três vezes todas as concessões daquele ano?

Elie R. Levy

São Paulo

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Poder Judiciário

Conflito de interesses

Fórum de Gilmar reúne executivos de 12 empresas com processos no Supremo (Estadão, 27/6, A9). Por uma questão de ética e bom senso, Gilmar Mendes, ministro do STF, instituição outrora respeitável e que, lamentavelmente, vem perdendo a confiança e a credibilidade dos brasileiros, deveria proibir radicalmente a presença de empresas com processos no Supremo em seu evento em Lisboa. Negar que existam conflitos de interesses na situação é inaceitável, e uma forma de subestimar a inteligência da população brasileira que raciocina.

Maurílio Polizello Junior

Ribeirão Preto

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Até quando?

Gilmarpalooza, evento organizado pela faculdade do ministro do STF, levou a Lisboa 6 ministros da Corte, governadores, deputados, o presidente da Câmara e, segundo o Estadão, 12 executivos de empresas com processos a serem julgados no STF. Até quando vamos assistir a (e pagar por) isso, sem de nada reclamar?

Humberto C. de Cerqueira

São Paulo

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Educação

Distante da realidade

A propósito do editorial Ambição na educação também exige realismo (Estadão, 28/6, A3), as metas do Plano Nacional de Educação (PNE) são ambiciosas e bem distantes da atual realidade. Acompanho de perto a política de educação no município de Luziânia (GO), onde, decididamente, os indicadores de desempenho dos alunos não expressam a realidade. No fim, o município fica com um ótimo conceito no MEC, enquanto seus alunos apresentam resultados pífios na prática, mal conseguindo interpretar textos ou realizar as quatro operações matemáticas ao finalizar o ensino fundamental. Para mim, a situação começou a degringolar a partir do momento em que decidiram que reprovar um aluno só ocorreria em casos extremos, inflando as notas das matérias com outros requisitos que não as provas em si. Vamos ser realistas e admitir que, no momento atual, educação de qualidade não é apenas passar os alunos de série para satisfazer os indicadores de desempenho dos municípios, talvez para não perderem parte das verbas repassadas pelo MEC. Educação de qualidade é avaliar os alunos de forma objetiva, e não de forma subjetiva como tem sido feito, pois, do contrário, todos os esforços e metas planejadas não terão os resultados esperados.

Renato Ribeiro Oliveira

Valparaíso de Goiás (GO)

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Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

‘MARCHA LENTA’

Neste País em que todos avanços só acontecem em ritmo de marcha lenta, como com a aprovação encaminhada da reforma tributária após 30 anos, e também com a decisão sobre descriminalização da maconha – que ocorre após nove anos. Concordo que essa tarefa deveria ser do Congresso Nacional, porém, fez bem o Supremo Tribunal Federal (STF) decidir nesta quarta-feira, 26/6, essa lamentável pendenga que poderá livrar da prisão, e apenas sofrer penas alternativas, os que são pegos com até 40 gramas de maconha. E o Brasil, enquanto o mundo já avançou nesta matéria, dá seu primeiro passo para não continuar lotando as cadeias com milhares de pessoas que não são traficantes, mas usam a droga para consumo próprio. O nosso Congresso, em vez de acusar de intromissão o STF, que seja mais célere com as importantes questões nacionais, e não priorizar aprovar diuturnamente benefícios até vis dos parlamentares, como escorchantes valores para Fundo Partidário e Eleitoral, e também para as excrescências emendas parlamentares secretas. Ou seja, foram eleitos nas urnas somente para servir à Nação.

Paulo Panossian

São Carlos

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DESCRIMINALIZAÇÃO DA MACONHA

Como sempre, o STF vem para complicar. Pergunta: 40 gramas só de maconha ou é para as demais drogas como haxixe, crack, cocaína e ecstasy? O policial, quando abordar a pessoa, vai ter uma balança para auferir a quantidade ou vai levar na delegacia para pesar?

Silvano Antônio Castro

São Paulo

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‘TURMA NOCIVA’

As pessoas começam a usar drogas por pressão social. Quem não bebe álcool é visto como um chato e recebe enorme pressão por todos os lados para beber só uma taça de vinho ou um copinho de chopp. Com a maconha não é diferente. Se toda a turma está fumando e alguém disser que não quer fumar, essa pessoa irá receber muita pressão para dar só um peguinha no baseado. Para mitigar o problema das drogas, seria mais produtivo fazer campanhas educativas contra aqueles que insistem que todo mundo beba ou fume maconha. Esses verdadeiros amigos da onça são os responsáveis pelo aumento dos usuários de drogas, essa turma é muito mais nociva que os traficantes.

Mário Barilá Filho

São Paulo

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‘BALANÇA DE ALTA PRECISÃO’

Com essa decisão em descriminalizar o porte pessoal da maconha, vai aumentar os apetrechos de uso dos policiais no dia a dia. Além das armas, coletes, câmeras, capacetes, etc, os profissionais deverão portar também uma balança de alta precisão, com maior números de casas decimais possíveis, e o policial terá que respeitar também o intervalo de pesagens das balanças. O STF não definiu a reincidência dos usuários, em razão de que o uso continuado a longo prazo é tão prejudicial quanto às grandes quantidades consumidas.

Arcangelo Sforcin Filho

São Paulo

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POSICIONAMENTO DE LULA

Gostei de ouvir o presidente Lula manifestar-se sobre as decisões políticas do STF: “A Suprema Corte não tem que se meter em tudo. Ela precisa pegar as coisas mais sérias, sobretudo aquilo que diz respeito à Constituição” e completou dizendo que esse tipo de posicionamento do tribunal cria uma rivalidade que “não é boa para a democracia” e nem para os Poderes. Uma pena não ter sido o protagonista, só se manifestou depois da fala dura do ministro Luiz Fux sobre a função de cada poder, não sendo eles juízes eleitos.

Paulo Tarso J Santos

São Paulo

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MINISTROS DO STF

Bons tempos em que os ministros do STF tinham notável saber jurídico e reputação ilibada.

Luiz Frid

São Paulo

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‘BALBÚRDIA’

A nossa Carta Magna determina que os poderes da República são independentes, mas harmônicos entre si. Assim, Executivo, Legislativo e Judiciário exercitam cada um a sua missão prevista na Lei Maior, sendo vedadas as interferências de um poder em outro, exceto o Judiciário, que pode analisar inconstitucionalidades, e determinadas situações que fogem da análise do mérito do ato praticado por outro poder. Entretanto, nos últimos tempos, temos visto um processo de judicialização constante por parte do Judiciário, atuando fora de sua competência, especialmente com relação ao Legislativo. Bem adequado é o editorial do Estadão intitulado STF, de novo, usurpa papel do Congresso (Estadão, 27/6, A3), e cuja matéria se verifica que a Suprema Corte foge de somente apreciar o artigo 28 da Lei 11.343/2006, também conhecida como Lei de Drogas. Ou seja, bastaria a interpretação do referido dispositivo e a sua constitucionalidade ou não, com o que se evitaria essa verdadeira balbúrdia sobre o tema.

José Carlos de Carvalho Carneiro

Rio Claro

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‘TRANSIÇÃO ENERGÉTICA’

Infelizmente, o editorial do Estadão intitulado Uma transição energética com a cara de Lula (Estadão, 27/6, A3) está correto quando critica o presidente Lula sobre a transição energética e suas ações que causam incertezas. Quando, no exterior, reclama da falta de investimentos estrangeiros para a restauração e conservação da Amazônia e outros biomas no Brasil. Porém internamente ele vem agindo diferente. Sua mais recente declaração é de que vai, porque ele quer, explorar petróleo na Margem Equatorial. Não adiantou a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, vir a público e afirmar que essa exploração poderá ser bem pior do que a teimosia de Lula em construir a Usina de Belo Monte, no Rio Xingu, contra as afirmações dos climatologistas do Amazonas. Já está mais do que evidente que nessa empreitada a ministra está derrotada, pelo palpite de alguns de seus assessores, ignorantes em física e oceanografia. O presidente precisa se convencer que não tem como contrariar a ciência só porque quer. Cumpre lembrar que o nosso país foi pioneiro na criação de veículos movidos sem os derivados do petróleo, como o carro elétrico do engenheiro Gurgel e depois os movidos a etanol, subproduto da cana de açúcar. Porém, estamos ficando para trás devido a teimosia do presidente. Também, como informou recentemente o Estadão, as empresas especializadas em produzir energia eólica em alto mar se afastaram do Brasil por falta de apoio financeiro. Quando lemos o Jornal do Carro do Estadão, tomamos conhecimento de que as empresas do ramo estão lançando no mercado veículos com outros meios de propulsão, principalmente elétricos, menos poluentes. Como afirmou Carlos Nobre, reconhecido internacionalmente pelos seus estudos: “Temos que parar de extrair petróleo”. Afinal, se existe um país no planeta que pode deixar de usar petróleo como combustível é o Brasil.

Gilberto Pacini

São Paulo

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‘GOLPE DE ESTADO’

Os brasileiros estão confusos. A mídia anuncia tentativa de golpe de Estado na Bolívia. Mas as imagens só mostram militares se mobilizando. Cadê as velhinhas com as bíblias na mão? Como dá para chamar algo de tentativa de golpe só com militares se amotinando sem a presença das velhinhas?

Jorge Alberto Nurkin

São Paulo

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‘TENTATIVA FRACASSADA’

A tentativa fracassada de golpe militar na Bolívia mais pareceu aquelas comédias cinematográficas do século passado, tal a maneira com que os atos aconteceram na capital do País. A forma estereotipada como os acontecimentos se deram é de morrer de rir, que possibilita que no futuro que está à nossa frente, não anime mais os pretensos golpistas, principalmente neste canto do mundo.

José de Anchieta Nobre de Almeida

Rio de Janeiro

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‘FALTA DE PULSO’

Sobre a tentativa de golpe na Bolívia, um porta-voz da Casa Branca afirmou que o governo americano monitora de perto a situação. Deveriam monitorar os sinais vitais de Joe Biden, o pior presidente que os Estados Unidos já tiveram, depois de Franklin Pierce há 170 anos. O descontrole de Pierce serviu de pavio para a Guerra Civil. A falta de pulso de Biden está deixando o mundo à deriva do caos, com o controle das cartas nas mãos da Rússia e da China.

Sérgio Eckermann Passos

Porto Feliz

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‘GOLPES DISFARÇADOS’

Pois é, temos que estar muito alertas e repudiar qualquer golpe de Estado em diferentes partes do mundo. Mas perigoso mesmo são os golpes sendo dados, cotidianamente, disfarçados, usando ou não as Leis.

Tania Tavares

São Paulo

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DITADURAS NA AMÉRICA LATINA

Nosso presidente afirmou que não aceita ditaduras na América Latina. Tenho curiosidade de saber como ele define o regime da Venezuela que impede eleições livres há muitos anos e no qual o regime já provocou o êxodo de cinco milhões de venezuelanos para fugir da opressão do regime de Nicolás Maduro.

Aldo Bertolucci

São Paulo

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VENCEDORA DO CAMÕES

É a consagração da bela e necessária poesia de Adélia Prado com o Prêmio Camões, logo após ter ganhado também o Prêmio Machado de Assis da Academia Brasileira de Letras. Parodiando o poeta Ferreira Gullar: devemos premiar a poesia porque a vida não basta.

Adilson Roberto Gonçalves

Campinas

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PETS

Amar demais nossos animais de estimação pode fazer mal aos pets? (Estadão, 26/6). Este é um questionamento que não tenho como responder. O que posso garantir é que amar demais meus pets fez muito mal a mim. Minha primeira, uma Akita, sofreu um AVC e foi sacrificada em meus braços. Outros dois, da raça Border Collie, irmãos gêmeos, contraíram câncer e também foram eutanasiados em meus braços. Desde então, sofro por suas ausências, sinto a falta das demonstrações explícitas de carinho e amor incondicionais que dispensavam. Concluindo, posso afirmar que amar demais nossos pets, nos faz muito mal quando os perdemos.

Maurílio Polizello Junior

Ribeirão Preto