Apostas online
A ficha caindo
Recentes reportagens e editoriais contundentes do Estadão foram necessários para chamar a atenção do governo sobre a calamidade das bets, apostas online cujo mercado movimenta bilhões de reais no Brasil (quase 1% do PIB do País no ano passado). A parcela mais pobre de nossa sociedade está se enterrando ainda mais na pobreza, com a esperança de dias melhores, arriscando seu rico dinheirinho. Nota técnica do Banco Central (BC) revelou que 5 milhões de beneficiários do Bolsa Família enviaram R$ 3 bilhões via Pix às bets (20% do valor pago pelo governo) no mês de agosto. Na sexta-feira passada (27/9), parece que caiu a ficha de deputados e senadores. Só após insistentes críticas e cobranças, principalmente deste jornal, o Congresso começa a se articular para rever limites das apostas para beneficiários de programas sociais e uso do Pix. E, no sábado (28/9), a verdade apareceu em mais uma manchete deste diário: Governo só mirou arrecadação ao propor regulação das ‘bets’. E, sob pressão, Lula “encomendou soluções a várias pastas”. Que essas encomendas não recaiam sobre nós, brasileiros, pois estamos cansados de surpresas desagradáveis.
Sergio Dafré
Jundiaí
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Desgraça
Li o excelente editorial do Estadão de sábado (Paternalismo não resolve problema das ‘bets’, 28/9, A3) e me veio à mente um conceito de Rui Barbosa: “De todas as desgraças que penetram no homem pela algibeira, e arruínam o caráter pela fortuna, a mais grave é, sem dúvida nenhuma, esta: o jogo”. Eu, aos 93 anos, por exemplo, não jogo e condeno todo tipo de jogo, inclusive loterias. Nem rifa compro. Se acho justa a necessidade do rifeiro, dou o dinheiro e dispenso o tique-taque. Proposta às autoridades: reconhecer o erro e voltar a proibir estas apostas online no País.
Geraldo Modesto de Medeiros
São José do Rio Preto
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Nau sem rumo
As bets são só uma das misérias miseráveis do Brasil. Aqui se proíbe tanto, a toda hora, e não se fiscaliza o que de fato precisa ser fiscalizado. O Brasil está como uma nau sem rumo, quiçá um Titanic afundando, e os sem-vergonha que o legislam, judicializam e governam só defendem o seu próprio, em nome hipotético de uma ideologia falida. Estamos literalmente perdidos, toda a população que pensa, que trabalha e que não vive de falcatruas.
Roberto Barbieri
Passos (MG)
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Operação Lava Jato
A vez de Léo Pinheiro
Dias Toffoli, ministro do Supremo Tribunal Federal, anulou todas as condenações do empresário Léo Pinheiro, da OAS, na Operação Lava Jato (Estadão, 28/9, A8). Agora só falta mandar devolver o triplex do Guarujá a Lula da Silva. Sem dúvida, alguns são mais iguais que outros.
J. A. Muller
Avaré
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Assembleia Geral da ONU
Discurso de Netanyahu
Não é esvaziando o plenário da Assembleia Geral da ONU que os representantes de vários países, inclusive o Brasil, vão convencer o premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, a parar os incessantes ataques ao Hezbollah no Líbano. Sem nenhuma apologia da guerra, duvido que, se a maioria dos países que se retiraram da conferência durante o discurso didaticamente bem elaborado do israelense estivesse na mesma situação e tivesse em mãos os recursos bélicos que Israel possui, não fariam o mesmo. Naturalmente que Netanyahu se comporta como se não se importasse com a morte de inocentes, mas é certo que a essência para a existência do Hezbollah é a aniquilação completa de Israel.
Abel Pires Rodrigues
Rio de Janeiro
‘A hora da paz!’
Em meio ao recrudescimento do conflito no explosivo Oriente Médio, com a guerra se alastrando além da Faixa de Gaza para o Líbano, não poderia ser mais oportuno o artigo A hora da paz!, do ex-presidente Michel Temer (Estadão, 28/9, A4), em que fez apropriadas e pertinentes considerações históricas a respeito da região que vive sob alta-tensão desde 1948, logo após a resolução da ONU que criou dois Estados, o de Israel e um árabe. Bem disse o ex-presidente: “Não posso deixar de reconhecer que o povo árabe inadmitiu o Estado de Israel, e daí o conflito que se estende ao longo do tempo”. Essa frase resume em poucas palavras o que ocorre na região há nada menos que 76 longos anos. Diante do caso, cabe dizer paz na Terra Santa aos homens de boa vontade. Amém!
J. S. Decol
São Paulo
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Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br
UMBIGO DE LULA
Feliz por constatar que o Estadão é um veículo de comunicação plural. Meus cumprimentos aos autores do excelente editorial O umbigo de Lula (Estadão, 27/9, A3). Nele está descrito de forma clara quem é de fato Luiz Inácio Lula da Silva, o ilícito, medíocre e insignificante presidente do Brasil. O irretocável texto lavou-me a alma.
Maurilio Polizello Junior
Ribeirão Preto
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LULA NA ONU
Muito bom e acertado o editorial do Estadão sob o título O umbigo de Lula (Estadão, 27/9, A3). O presidente Lula no Congresso da ONU se comportou como um verdadeiro demiurgo.
Abel Pires Rodrigues
Rio de Janeiro
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COMITIVA PRESIDENCIAL EM NY
Nova York é conhecida como a cidade que nunca dorme. E para conhecimento do senhor presidente da República, tem brasileiros que também nunca dormem e estão de olho nessa caravana que o senhor levou para a ONU. Que vergonha, presidente. Que escândalo com o dinheiro público, presidente. Mais de 100 pessoas, presidente. O que elas foram fazer lá, comprar Iphone 15 mais barato? Eu quero o meu dinheiro de volta aos cofres públicos. E uma sugestão, presidente: vá para casa cuidar da esposa nova e aproveitar os dias extras que o Supremo Tribunal Federal (STF) está lhe proporcionando em liberdade. Quem não sabe brincar não desce para o play, e quem não sabe o que é governar, não deveria ter subido a rampa.
Luiz Gonzaga Tressoldi Saraiva
Salvador
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NOBEL DA PAZ
Ao ligar a TV neste ano, para assistir ao discurso de Lula na Assembleia Geral das Nações Unidas, já estava preparado para mais uma decepção. E logo no início mudei de canal, pois percebi que seria outro vexame. Mas só ao ler o Estadão desta sexta-feira, 27/9, constatei que fiz muito bem, pois o nosso presidente não só nos envergonhou de novo, como deu um vexame homérico – disse uma bobagem e tomou um troco do presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski –, aliás, merecido. Mas, o que mais surpreendeu na resposta do líder ucraniano foi comentar que Lula está em busca de um título Nobel da Paz. Eu já li, não só no Estadão, como em outros jornais, esse mesmo comentário, mas não dei muita importância, pois sei de longa data que a Academia Norueguesa, responsável pelo Nobel da Paz, assim como a sueca, para os demais prêmios, o fazem com critérios não divulgados abertamente. Porém, tal afirmação, por parte de Zelenski, faz com que a situação mude de figura, e, finalmente, explica, para mim, o porquê de tantas viagens ao exterior, logo no início do seu mandato. E já se passaram 22 meses. Talvez atrás de um hipotético Prêmio Nobel da Paz? Enquanto as quadrilhas que se instalaram aqui, nas cidades e em nossos biomas, durante o governo Bolsonaro fazem a festa? O nosso meio ambiente largado à sanha dessas quadrilhas, com os últimos incêndios de Norte a Sul do País? Com o nosso maior climatologista afirmando que a Floresta Amazônica está próxima a um ponto sem retorno? A troca de um prêmio Nobel? Até parece, mas não creio que o mesmo homem que nos salvou de uma eventual ditadura sórdida chegaria a tanto. Porém, que o seu governo está dando mole para a bandidagem que recebeu de herança de Bolsonaro e domina o Brasil, está.
Gilberto Pacini
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‘ABERRAÇÃO’
É uma aberração ou um escárnio uma delegação presidencial constar mais de 100 pessoas em sua viagem para Nova York. Será que o atual governo está concorrendo com as agências turísticas?
Lincool Waldemar D. Andrea
São Paulo
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HORÁRIO DE VERÃO
Diante da polêmica sobre a volta do horário de verão, abolido pelo governo Jair Bolsonaro em abril de 2019, cabe dizer que sua implantação é bem-vinda, como se o dia tivesse 25 horas, com 1 hora a mais para ser vivido.
J. S. Decol
São Paulo
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‘BETS’
É muito fácil proibir os pobres de apostar nas “bets”, eles não tem lobbies. Agora, coragem para proibir propagandas nas televisões (como fez o ex-ministro da Saúde José Serra com cigarros) e patrocínio em camisas de times de futebol, não tem. Tem que ter atitude e contrariar muitos interesses.
Vital Romaneli Penha
Jacareí
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APOSTAS ONLINE
A sanha arrecadatória do governo acabou gerando outro tipo de cracolândia, só que desta vez digital. O sintoma já se sabe: o dinheiro recebido vem sendo mal usado. E a causa? É a falta de aperfeiçoamento do benefício. Outro dia li que havia uma proposta de se fazer um pente fino nesses benefícios, mas os prefeitos gritaram agora não. Depois das eleições. Fica clara a compra de votos, mas está longe de acabar com a fome, pois surgiu mais um elemento de consumo, o vício. Acontece que como o dinheiro não é do governo, pode haver desperdício já que Lula tem a chave do cofre. A sociedade espera que o governo aperfeiçoe o Cadastro Único, eliminando de vez as pessoas sem direito.
Izabel Avallone
São Paulo
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‘CRACOLÂNDIA DIGITAL’
Crianças tem apostado nas “bets” que, sem qualquer regulamentação, estão arruinando suas próprias famílias. Sabe-se que estão recorrendo até mesmo à agiotagem para obter recursos e poder jogar cada vez mais nessas mais de mil plataformas irregulares. Essa nova droga já ultrapassou a dependência ao álcool e às drogas. Na verdade, parece mais uma cracolândia digital e é inconcebível que o governo permaneça inerte enquanto os adolescentes, facilmente, se viciam nessas medíocres apostas de risco. Tristeza!
Júlio Roberto Ayres Brisola
São Paulo
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‘BOLSA BETS’
Beneficiários do Bolsa Família gastaram R$ 3 bilhões via Pix em casas de apostas (Estadão, 25/9, A16). Nada disso é estarrecedor, pois grande parte da população Brasileira vive mais de transferências de renda do governo Federal com os programas sociais e menos de salários vindos do próprio trabalho. Daí a diminuição da procura por trabalho. Para que trabalhar se o governo me dá de graça? Para resolver essa questão, que tal criar o Bolsa BETs?
Mario Miguel
Jundiaí
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GESTÃO LULA
O presidente Lula, enquanto presidente, não contesta quaisquer dos desmandos do STF, corte facciosa e ideológica de esquerda e que prende parlamentar por crime de opinião e ainda derruba indulto presidencial em flagrante atentado à Constituição e ao devido processo legal. Ato contínuo, Lula discursa na ONU condenando o embargo econômico a Cuba, sem nunca mencionar que a ditadura cubana massacra e infelicita o povo cubano – povo jogado na miséria absoluta por um regime estúpido que inibe qualquer progresso individual – há mais de 60 anos. Lula condena a guerra da Ucrânia sem nunca mencionar que o tirano Vladimir Putin manda matar opositores e condena uma moça a 12 anos de prisão por conta de uma simples doação humanitária de pouco mais de US$ 50 a Ucrânia. Condena permanentemente Israel sem nunca dizer que a atitude sádica, covarde e assassina do Hamas contra jovens israelenses indefesos foi a causa de toda a hecatombe no Oriente Médio. O Brasil com tal governo, e ainda com um ministro nefasto e obtuso como Celso Amorim, apenas torna-se um palhaço no cenário internacional. Ninguém no mundo quer saber das sandices demagógicas de Lula. O Brasil não sabe sequer cuidar dos seus infindáveis problemas internos – e o mundo inteiro sabe disso. Um país com extrema pobreza e imensa criminalidade. Criminalidade que corre solta pela inércia de governos e de leis covardes e lenientes. País de baixíssima renda, e, ainda, onde falta emprego e educação pública de qualidade. Simplesmente nada disto interessa a Lula, ao ignóbil PT, ou a esta turma de esquerdistas hipócritas e picaretas.
Paulo Roberto da Silva Alves
Rio de Janeiro
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DESMATAMENTO
Desmatam as florestas para vender a madeira, criar gado, plantar eucalipto, fazer carvão e mineração clandestina. Em busca de lucro, estão acabando com qualquer possibilidade de vida em todo o Brasil, que se transformará num deserto maior que o Saara. Os rios de todo o País são alimentados pelas chuvas produzidas pela Floresta Amazônia, que irriga a nossa agricultura, pecuária e as cidades de todo o Brasil. Estão destruindo nossa única e colossal caixa d’água. Dá prá entender ou é preciso desenhar?
Paulo Sergio Arisi
Porto Alegre
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FALAS DE LULA
Nosso presidente já disse várias bobagens a respeito da guerra na Ucrânia. “Quando um não quer, dois não brigam”, ou que a Ucrânia deveria fazer o acordo de paz reconhecendo para a Rússia o território que ela já invadiu. Eu teria a curiosidade de saber a reação de nosso presidente se a Argentina declarasse guerra ao Brasil e, em um ataque fulminante, dominasse os Estados do Sul chegando na fronteira do Paraná com São Paulo e, nessa hora, o presidente Volodmir Zelenski sugerisse um tratado de paz reconhecendo que os Estados do Sul passariam a pertencer à Argentina. Tudo bem, poderíamos assinar esse acordo?
Aldo Bertolucci
São Paulo
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LULA E ISRAEL
A cada discurso contra Israel pela situação em Gaza e no Sul do Líbano, o presidente Lula perde mais uma oportunidade preciosa de permanecer calado. O uso indiscriminado e irrefletido que ele faz da palavra genocídio atingiu tal grau de banalidade que nem mais é levado a sério. Lula e o assessor Celso Amorim sabem muito bem o que estão fazendo ao considerar Israel o único agressor, fechando descaradamente os olhos para as atrocidades cometidas pelo Hamas e o Hezbollah. Seria precipitado considerar tal atitude repetitiva como antissemitismo e provavelmente não é essa a intenção do governo. Mas não basta não ser antissemita. É preciso demonstrar que não é.
Luciano Harary
São Paulo
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CONFLITO NO ORIENTE MÉDIO
O conflito entre Israel e os palestinos transcende questões territoriais e religiosas, revelando dimensões menos abordadas pela imprensa. O desenvolvimento tecnológico, por exemplo, impulsiona um cenário de guerra assimétrica, com Israel investindo em sistemas de defesa avançados e drones, enquanto grupos palestinos recorrem a táticas de guerrilha e redes subterrâneas. Outro fator relevante é o impacto das sanções econômicas nas condições de vida em Gaza, criando um ciclo de pobreza e radicalização. A luta pelo controle de recursos hídricos, essencial numa região árida, também acirra tensões, à medida que a escassez afeta tanto agricultores palestinos quanto colonos israelenses. Essa dinâmica complexa revela que, além da luta por soberania, há uma batalha silenciosa por sobrevivência.
Luciano de Oliveira e Silva
São Paulo