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Cartas de leitores selecionadas pelo jornal O Estado de S. Paulo

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9 min de leitura

Venezuela

Eleição fajuta

Numa democracia fajuta como a da Venezuela, eleições fajutas só poderiam levar a um resultado fajuto. Sob o comando de Nicolás Maduro desde 2013, o país assistiu a mais um processo eleitoral marcado por acusações de fraude e falta de transparência. A comunidade internacional condena a legitimidade destas eleições, enquanto o povo venezuelano continua a lutar por uma verdadeira representação democrática.

Reinner Carlos de Oliveira

Araçatuba

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Transparência

Nada mais transparente que as eleições na Venezuela. Transparentemente fraudadas. Transparentemente antidemocráticas. Transparentemente censuradas. Transparentemente favorecendo o candidato governista e dificultando o acesso dos oposicionistas. Transparentemente autoritária. Transparentemente infeliz para o povo venezuelano.

Emmanuel Publio Dias

São Paulo

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Expulsão de diplomatas

A expulsão de sete diplomatas de países latino-americanos da Venezuela sublinha muito bem o modo ditatorial do governo chavista. É próprio das ditaduras o exercício oficial do cancelamento de qualquer voz divergente ao regime estabelecido. Tanto a fraude no resultado da eleição como a expulsão dos diplomatas testemunham que, para Nicolás Maduro e seus asseclas, a democracia – espaço de liberdade e participação – é persona non grata. Enquanto a democracia não for bem-vinda na Venezuela, restará aos demais países latino-americanos continuar recebendo e acolhendo em seus territórios aqueles milhares de venezuelanos que fogem dos abusos do regime e da persona non democrata.

Luís Fabiano dos Santos Barbosa

Bauru

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O óbvio

Tantas análises, projeções e palpites, enquanto o óbvio foi descartado: Maduro não perderia a eleição, independentemente de quantos votos tivesse. O resultado está aí e reclamar não adiantará. Democracia com seriedade não era lá encontrada há tempos.

Mário Cobucci Jr.

São Paulo

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A moral brasileira

Vários países e entidades internacionais cobraram do governo venezuelano acesso às atas das seções eleitorais. O governo brasileiro, que alegremente usa e abusa do poder de decretar sigilo de cem anos sobre as mais triviais informações no Brasil, não tem moral para cobrar transparência. Nem tem interesse em saber o que realmente aconteceu por lá.

Arnaldo Mandel

São Paulo

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Governo Lula 3

Pronunciamento na TV

Pronunciamento de Lula da Silva na TV no domingo “foi o quarto pronunciamento do petista desde o início deste terceiro mandato” (Estadão, 29/7, A7). Deveria haver critério para um presidente falar em rede de rádio e televisão. Daqui a pouco, está falando em rede de 15 em 15 dias para “prestação de contas”. Ainda assim, Lula se esqueceu de prestar contas sobre a compra do arroz, sobre a suspensão da licitação da Secretaria de Comunicação ou sobre a medida provisória tão favorável aos irmãos Batista ao comprar a empresa de energia do Amazonas. Será que foi falta de tempo?

Vital Romaneli Penha

Jacareí

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Trânsito

Acidentes com moto

Para cada acidente envolvendo moto e carro importado que ganha destaque, diariamente dezenas de outros acidentes com moto acontecem nas ruas de São Paulo, muitos até sem gerar boletim de ocorrência. Basta ver, a qualquer momento, em todos os cruzamentos, a forma imprudente com que muitos motociclistas, ou mais especificamente motoboys, conduzem suas motos. A pressa de entregar encomendas de forma alguma pode legitimar o absurdo número de irregularidades cometidas na cidade, tais como direção na contramão, desrespeito às faixas de pedestre, ultrapassagem no farol vermelho, velocidade excessiva, uso de calçadas. Sem contar o barulho infernal com que muitas motos azucrinam os ouvidos e a paz dos moradores da cidade. Quando é que a Prefeitura vai fazer, no mínimo, uma intensa campanha na mídia, pedindo mais educação no trânsito e civilidade para esses motoboys?

Francisco Eduardo Britto

São Paulo

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Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

GESTÃO LULA

Lula, desesperado para recuperar prestígio entre os brasileiros, inovou quando no domingo passado, 28/7, em rede nacional, tentou disfarçar uma prestação de contas pelos 18 meses de gestão. Ou seja, não esperou completar 24 meses de gestão, talvez porque sabe que o PIB deste ano será menor do que o de 2022 e 2023, e não vai entregar equilíbrio nas contas públicas, menos ainda o prometido déficit zero, etc. Na realidade, mentiu o tempo todo e usou um novo jargão: “O Brasil voltou ao mundo”. Barbaridade. Como se em 18 meses Lula tivesse recuperado a nossa economia. O desemprego é vegetativo, a inflação está na meta, os juros de primeiro mundo e sua relação internacional elogiável. Bufando na primeira pessoa disse ainda: “quando entreguei o governo há 14 anos, o País crescia mais de 4% ao ano, e de lá para cá assisto uma enorme destruição no nosso país”. Ora, se o presidente tivesse o mínimo de dignidade pública, teria pedido desculpas (assim como jamais pediu pela corrupção petista) por ter elegido seu poste Dilma, que além de ter sofrido um justo impeachment, esta desastrada ex-presidente afundou nossa economia em profunda recessão econômica, milhares de empresas faliram, elevou os níveis de desemprego, e perversamente também da pobreza no País. Até hoje estamos pagando essa conta. Na realidade, o Brasil vai de mal e a pior. Mesmo porque, diferente do que diz ao afirmar que “não abre mão da responsabilidade fiscal”, até aqui se lixou para este importante quesito, perdeu a confiança do mercado, a economia patina, a taxa Selic deixou de cair, o dólar beira os R$ 5,70, encarecendo produtos de primeira necessidade e reduzindo a comida nas mesas das famílias pobres. Lula não deveria subestimar os brasileiros como se fossem idiotas.

Paulo Panossian

São Carlos

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DÉFICIT

Pelo jeito Dona Lindu, mãe de Lula, não conseguiu ensinar ao filho a gastar menos do que ganha (aumento do déficit para R$ 68 bilhões no primeiro semestre).

Vital Romaneli Penha

Jacareí

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ORÇAMENTO PÚBLICO

Qual é o sentido de trabalharmos até quatro meses por ano para manter um Orçamento público que banca executivos nos três níveis, carregados de assessores inúteis, em detrimento dos servidores de carreira? De Câmaras Municipais, Assembleias Estaduais e Congresso de custos astronômicos e resultados pífios em relação aos interesses coletivos? De um Judiciário que auto concede remuneração em desacordo com a Constituição, e pior, acompanhado pelas Promotorias que, por dever funcional, deveriam zelar pela legalidade? Por que nossa Marinha investe em um submarino nuclear enquanto nossos rios e costa marítima, precariamente patrulhados, estão tomados por traficantes? Pergunta-se também a razão de grande parte do efetivo do Exército estar aquartelado no interior do País, distantes de nossas fronteiras, e agora com a revelação desta esdrúxula hierarquia estabelecida para a destinação de habitações de acordo com a patente, e esbaldando espaço, em um País carente de habitações? A continuar, caminhamos para alimentar um Orçamento que, a cada ano, mais se destina à manutenção de uns poucos privilegiados, enquanto a população continua na carência dos serviços que o Estado deveria prestar.

Honyldo Roberto Pereira Pinto

Ribeirão Preto

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‘PERSISTIR NO ERRO’

Errar é humano, mas Lula persiste no erro. Com narrativas focadas em inimigos, ele tenta esconder seu passado recheado de equívocos. A reedição do fracassado PAC e a resistência em privatizar e modernizar o Porto de Santos, escancarando a fragilidade da infraestrutura brasileira, impactando diretamente no desperdício, no encarecimento do alimento e, consequentemente, na fome, são só exemplos. Enfim, combater a miséria é difícil, culpar inteiramente a oposição, o Banco Central, o G-20 ou os super-ricos pelos seus erros é fácil.

Prof. Me. Marcelo Teixeira

São Paulo

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CALVÁRIO JUDICIAL

Violência reiterada (Estadão, 29/7, A17). O editorial do Estadão infelizmente nos apresenta o absurdo da nossa Justiça ao submeter a “um calvário judicial”, como classifica o texto, e impedir o direito ao aborto a uma menina de 13 anos vítima de estupro. A mãe autorizou o aborto, mas o pai não. É até constrangedor dizer qual a utilidade de uma Justiça com tal demora em um caso tão escabroso como este? E ainda o presidente do Senado quer restabelecer o quinquênio que havia antes para os servidores públicos, apenas para os cargos de nível superior da Justiça, para incentivá-los. A decisão da desembargadora que tratou do caso em nível de recurso, apesar de mulher, atendeu o recurso, negando o aborto, sob o argumento de que não existiam indícios médicos de perigo para que se prosseguisse com a gestação. Ora, a questão não era esta. Curto e grosso: é o direito que a menina tem ao aborto para não ser obrigada a tratar de uma criança que jamais quis, mas que lhe foi imposta pelo estuprador e por pessoas que não estão passando por uma situação tão absurda. Agora, com 28 semanas de gestação, cada dia que passa, as chances dela diminuem. Diante deste fato escabroso, até me conformo com os 30 anos que esperei por um precatório alimentar. Se o citado quinquênio tem motivo para o seu retorno, então deveria ser para todos os servidores, e o caso aqui tratado explica.

Gilberto Pacini

São Paulo

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PROTESTOS

Após dias do evento de abertura das Olimpíadas, aparecem os protestos sobre o desrespeito com a Última Ceia. Agora de nada adianta. Inês é morta. Conseguiram o que queriam. Devem estar rindo de nós. Não sei se o script da abertura passa pelas autoridades do país-sede. Se passa pelas autoridades, então viram o que fizeram com a Última Ceia. E nada aconteceu? Se não passa, só viram na hora. Era caso do presidente Emmanuel Macron ordenar a imediata paralisação da apresentação. Qualquer crítica agora entra por um ouvido e sai pelo outro.

Panayotis Poulis

Rio de Janeiro

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ILUSÃO

Só quem acredita que existam Papai Noel, Coelho da Páscoa, Cegonha e Saci Pererê acreditou que a Venezuela teria eleições limpas. Sem mais comentários.

Márcio M. Pascholati

São Paulo

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SILÊNCIO DE LULA

Por que o presidente Lula, ao contrário da maioria dos presidentes da América Latina, fica procurando chifre em cabeça de cavalo para não denunciar logo a farsa que foi a eleição na Venezuela? Acredita que o Maduro seja digno de se dizer de esquerda? Permitir que seu PT passe por cima de sua autoridade no partido e reconheça a vitória de Maduro? Por que Lula? Por que? Fica a impressão de algum rabo preso há muito tempo.

Adriles Ulhoa Filho

Belo Horizonte

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‘ESCRUTÍNIO PÚBLICO’

Sistema de votação na Venezuela: a eletrônica que agiliza a apuração e voto por cédula que permite o escrutínio público e, ao que parece, a auditagem. Por enquanto o resultado está somente baseado no Conselho Nacional Eleitoral (CNE). Muitos países exigem a entrega das atas das urnas, o que possibilitaria confrontar a totalização dos votos, restando ainda a checagem manual voto a voto. Se confirmado o resultado, que vivam com Maduro.

Paulo Tarso J. Santos

São Paulo

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ELEIÇÕES FRAUDULENTAS

Para bons entendedores o silêncio do presidente Lula da Silva em se manifestar com relação a evidente fraude nas eleições na Venezuela parece ter mais a ver com as ameaças do caudilho Maduro antes das eleições, quando fez alusão a falta de “auditoria nas eleições brasileiras”. Lá, como cá, parece que a maioria da população não quer Maduro, e aqui por onde Lula vai se mostra um presidente sem povo. Inclusive do Supremo Tribunal Federal (STF) e Tribunal Superior Eleitoral (TSE), de onde ministros estão sempre prontos a palpitar, vemos um silêncio mortal. Maduro seria também um chantagista?

Beatriz Campos

São Paulo

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BLOCO DOS APOIADORES

O presidente Lula está doidinho para se juntar ao bloco dos apoiadores do ditador Nicolás Maduro, como já fizeram os irmãos Rússia, Cuba, Nicarágua e Irã. Basta um estalo de dedos. É tudo o que ele quer.

Júlio Roberto Ayres Brisola

São Paulo

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DUVIDOSA REELEIÇÃO

Os Jogos Olímpicos, cujo grandiosa filosofia de vida envolvendo paz, igualdade, amizade, solidariedade, respeito, jogo limpo (fair play), educação e integração cultural é a forma de confraternização universal com todos os povos da Terra de forma respeitosa, clara e honesta. Infelizmente, contrariando o espírito olímpico, existem fatos impuros que entristecem a gente. É o caso da Venezuela. Nicolás Maduro, segundo Lula, com sua democracia relativa, quer se manter no poder pela terceira vez. Daí a duvidosa reeleição, com lisura contestada por muitos países e venezuelanos devido às barreiras aos eleitores no processo eleitoral e às graves suspeitas de fraudes.

Humberto Schuwartz Soares

Vila Velha (ES)

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SINUCA DE BICO

Maduro tem sua eleição reconhecida pelo PT. Isso mostra o espírito maligno do partido que só vê o que lhe interessa. Com isso, coloca seu Deus do olímpico, o presidente Lula, em uma sinuca de bico: vai endossar o PT e ser crucificado pelos países democráticos de boa fé. Veremos.

Roberto Solano

Rio de Janeiro

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VENEZUELA

PT diz que Maduro venceu eleições “pacíficas, democráticas e soberanas” na Venezuela. As cenas de guerra civil que vem de lá nos mostram o tipo de paz que o partido aprecia. Não era mesmo de se esperar que um narcoditador se deixasse intimidar pelo voto popular, especialmente quando esse põe em perigo o seu negócio. Em sua concepção, as massas só existem para serem exploradas e manipuladas. E é sua obrigação obedecer e acreditar. Isso é o que costumam chamar de democracia relativa. E o fato de ninguém – venezuelano ou não - ter o direito de criticar é o significado da palavra soberana. As ditaduras amigas e os partidos por detrás delas estão batendo palmas. Maduro só cometeu um erro: deixou que o voto na Venezuela fosse auditável. Agora, as pessoas estão querendo auditar o resultado, especialmente levando em consideração que a soma dos números apresentados dá mais do que 100%. Fica a lição: auditabilidade é um problema para os ditadores.

Jorge Alberto Nurkin

São Paulo

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VITÓRIA DE MADURO

Estava na cara. Só Lula não sabia.

Nilson Otávio de Oliveira

São Paulo