Segurança pública
Inadmissível
“Um vídeo divulgado nas redes sociais flagrou um policial militar jogando um homem do alto de uma ponte da cidade de São Paulo” (Estadão, 3/12). A cena é inacreditável. Até um saco de lixo seria mais bem tratado do que aquele homem foi. Isso não condiz com o protocolo de abordagem da Polícia Militar. É de dar nojo! Urge um programa de reclassificação dos policiais militares de São Paulo, pois atitudes como essa são inadmissíveis.
Roberto Solano
Rio de Janeiro
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Justiceiros
O que as imagens falam a palavra não consegue negar. Um assassinato pelas costas num mercado, um homem arremessado de uma ponte. Afinal, que polícia psicopata é essa? Policiais se tornaram justiceiros frios?
Elisabeth Migliavacca
São Paulo
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O que está acontecendo?
PM executa adolescente rendido e desarmado na Bahia. PM joga homem de ponte em São Paulo. PM atira contra crianças que o alertaram sobre seta do carro. PM mata com tiros nas costas homem que furtou sabão em mercado. PM mata motociclista de aplicativo por corrida de R$ 7. O que está acontecendo com a PM? Porque já não dá mais para dizer que é algo isolado, afinal todos esses casos citados aconteceram nos últimos três dias. O Brasil tornou-se um país violento e a violência é gratuita. Mata-se por R$ 7, por quatro embalagens de sabão e joga-se uma pessoa da ponte sabe-se lá por quê. A que era estamos voltando? Medieval? Pedra lascada?
Luiz Gonzaga Tressoldi Saraiva
Salvador
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País incivilizado
Diante da escalada de violência explícita das forças policiais no Brasil, a pergunta que não quer calar: as polícias estão impregnadas de maus policiais? Ou foi liberada a sentença de morte no País e ninguém ficou sabendo? Se foi, chegamos ao fundo do poço e os inocentes e as potenciais vítimas de extermínio pela polícia que se cuidem. Eu mesma vou começar a pensar em migrar para um país civilizado logo, logo.
Jane Araújo
Brasília
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Inflação
Escolha de Lula
Caro presidente Lula, se a inflação continuar subindo, o preço que pagaremos será uma catástrofe em 2026. Imagine um aumento de preços generalizado muito acima da meta atual, ao nos avizinharmos das eleições presidenciais. Se o senhor não crê que estamos correndo esse risco, peço encarecidamente, como seu eleitor, que se aconselhe – assim como a sra. Gleisi Hoffmann – com economistas de reconhecida competência e isentos de viés ideológico, para melhor avaliar o perigo da disparada da inflação e da taxa Selic sob a conjuntura fiscal atual. O senhor pode escolher entre Lula I e Dilma II.
Cássio M. de R. e Camargos
São Paulo
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Plano golpista
Traidores da Pátria
Quando vejo que alguns poucos militares, e não a corporação, planejaram matar o presidente da República, o vice-presidente e um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) – isso mesmo, não depor, assassinar alguém que tem família –, lembro-me da frase de Ulysses Guimarães ao promulgar a Constituição que ainda vigora, em 1988: “Quanto a ela, discordar, sim. Divergir, sim. Descumprir, jamais. Afrontá-la, nunca. Traidor da Constituição é traidor da Pátria. (...) Temos ódio à ditadura. Ódio e nojo. Amaldiçoamos a tirania onde quer que ela desgrace homens e nações. Principalmente na América Latina”.
Márcio Roberto Lopes da Silva
Itu
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Jornalismo
Prêmio Iree
Como assinante deste jornal há décadas, quero cumprimentar repórteres, editores e executivos que contribuíram para a publicação da série de reportagens sobre a conexão entre o crime organizado e o poder público. O prêmio concedido ao Estadão pelo Instituto para Reforma das Relações entre Estado e Empresa (Iree) reconhece a relevância do tema e a qualidade do conteúdo entregue aos leitores. Em meio ao oceano de conteúdo produzido a cada minuto, encontro segurança na tradição e no rigor do jornalismo profissional. Agradeço a contribuição cotidiana da imprensa na missão de fiscalizar o poder público e desvelar o que contraria os valores de nossa Constituição.
Dimas Ramalho, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo
São Paulo
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Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br
CENÁRIO BRASILEIRO
Parece incrível que nesse Brasil o crime, o desrespeito e a desordem grassam em quase todas as áreas. Basta uma olhada no jornal que nos deparamos com notícias como essas: Tribunais dão bônus a juízes antes de decisão do Congresso (Estadão, 2/12, A7); Assessores do STJ são acusados de vazar informações a lobistas (Estadão, 2/12, A8); PF suspeita que desembargador do MS comprou casa de luxo com propina (Estadão, 2/12, A10); “Bets chinesas “usam " laranjas” para entrar em lista oficial do governo (Estadão, 2/12, B1 e B2), beneficiários do bolsa família emprestavam nomes em troca de dinheiro. Enquanto isso, o professor Denis Lerrer Rosenfield discorre sobre o artigo O fiasco do golpe (Estadão, 2/12, A6), em que aponta as possíveis causas do fracasso, e numa linguagem simples desmonta a farsa que se quer impor aos aloprados de 08 de janeiro. Pois é, enquanto a atenção da maioria está concentrada nesse assunto, os crimes vão acontecendo e nada de endurecer as penas para os criminosos que estão em todos os poderes. Sinceramente, está difícil viver neste país. Daqui a pouco, todos fecham suas gavetas e vão desfrutar de suas férias, deixando o povo ao léu.
Luciana Lins
Campinas
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SÍMBOLOS RELIGIOSOS
O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para permitir símbolos religiosos em prédios públicos, pois considerou tratar-se de manifestação da tradição cultural brasileira, muito embora, de acordo com a Constituição, o Estado seja laico. Não seria o caso de também permitir o uso de símbolos (escudos) de times de futebol, pois nada mais enraizado em nossa cultura do que o nosso futebol? Desde que, evidentemente, não ocorram brigas entre os ministros por suas preferências clubísticas.
Mario Miguel
Jundiaí
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PACOTE DE GASTOS
Estava fora do País nesses últimos tempos curtindo o ócio da minha aposentadoria. Tinha o diploma de economia tirado pela antiga UEG, hoje UERJ. Como parei de exercer a profissão, suspendi meu registro. Mas os ensinamentos ficaram. Aí veio Lula e colocou um sanitarista, Antonio Palocci, que de maneira inteligente seguiu a linha de Pedro Malan. Resumindo, não fez besteira. Mas, depois vieram Guido Mantega e Dilma Rousseff, auxiliados por Mercadante e outros petistas, e, para finalizar o caos que vivemos, Fernando Haddad, o pior de todos eles. Vieram para confirmar os ditados “nada está tão ruim que não possa piorar”, e “amanhã estará pior do que hoje”. Então o que entregaram não foi um pacote. Foi um embrulho feito com papel higiênico usado.
Paulo Henrique Coimbra de Oliveira
Rio de Janeiro
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RECESSO DAS FUNÇÕES
O presidente Lula, há dois anos, se mantêm em recesso das suas funções, especialmente em suas duas últimas incursões, dignas de seu perfil estadista. Ora, apresentou aos delegados da Polícia Federal uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC), com uma série de singelas medidas paliativas para combater a insegurança e a matança no País, mas que, sem se sustentar, na verdade, visava se intrometer na administração dos Estados brasileiros e, logicamente, foi abandonada por falta de credibilidade. Agora, chegou a vez da tentativa de implantação de um pseudo pacote de corte de gastos, que de tão ruim e superficial, já abre brechas à elevação dos gastos – possibilidade aplaudida por Lula. Pelo andar da carruagem, somente nesses dois últimos casos, fica clara a indecisão e a instabilidade mental do demiurgo que, na verdade, pretende manter tudo como d’antes na quartel de Abrantes.
Júlio Roberto Ayres Brisola
São Paulo
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PEDIDO DE NATAL
Querido Papai Noel, meu bom velhinho, este ano não vou pedir para o senhor trazer nada, vou pedir para o senhor levar: leve o mau velhinho (Lula), com sua digníssima esposa, para as terras frias do Norte. É um pedido singelo, mas de muita importância pra salvar o nosso Brasil. Em tempo: fui um bom menino este ano.
Roberto Solano
Rio de Janeiro
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OPERAÇÃO POLICIAL
Em 2019, uma operação da polícia na favela de Paraisópolis provocou a morte de vários jovens que participavam de uma festa, um dos quais com 16 anos de idade. Hoje, passados cinco anos, os pais desses jovens foram se manifestar diante do Palácio do Governo de São Paulo. Porém, a revolta desses cidadãos deveria se voltar ao Poder Judiciário. O processo criminal não começou e, até agora, os policiais ainda não foram ouvidos. É terrível saber que nossa Justiça não funciona porque se gasta muito, mas não há interesse em fazer com que a lei seja cumprida.
Aldo Bertolucci
São Paulo
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TARCÍSIO DE FREITAS
Quanto mais acompanho o noticiário sobre as ações e comentários do bolsonarista Tarcísio de Freitas, atual governador de São Paulo, mais duvido que esse senhor seja a pessoa ideal para permanecer no posto que ocupa, e muito menos, para concorrer à presidência em 2026. Como não queremos nenhum golpe de Estado, vamos torcer para que ele continue mostrando quem de fato é, o que já vem fazendo desde a campanha que o elegeu, e assim a máscara de cordeiro que usa em público, quando não está entre seus correligionários, logo dará lugar à sua verdadeira face.
Jane Araújo
Brasília
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DENÚNCIAS DE IRREGULARIDADES
Quando, em março, o governador Tarcísio de Freitas disse ”pode ir na ONU, na Liga da Justiça, no raio que o parta que eu não tô nem aí”, se referindo às vítimas de ação policial, o governador simplesmente autorizou a polícia a matar.
Vital Romaneli Penha
Jacareí
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PERDÃO DE BIDEN
Em tese, a questão de um presidente dos Estados Unidos perdoar membros de uma quadrilha com quem teria cometido crimes é complexa e envolve aspectos da Constituição, precedentes legais e potenciais conflitos de interesse. Embora o poder de perdão seja extenso, não é ilimitado. Enquanto o presidente Joe Biden possa tecnicamente perdoar crimes federais, se ficar provado que o uso de tal poder foi utilizado para proteger a si mesmo ou seus associados em um contexto de atividade criminosa, há fortes elementos para ser considerado como abuso de poder. Afinal, tal uso do poder de perdão violaria a intenção constitucional, além de constituir obstrução de Justiça.
Jorge Alberto Nurkin
São Paulo
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PASSADO INJUSTO
O ainda presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, dá perdão presidencial ao próprio filho. Parece que a maior democracia do mundo está copiando o poder da Justiça como a total influência política dos países do terceiro mundo. O passado injusto está voltando velozmente.
Luiz Frid
São Paulo
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EDUCAÇÃO
Muito apropriadas as observações de Renata Cafardo sobre a avaliação da capacidade pedagógica do docente, na matéria intitulada Como medir se um professor sabe ensinar? (Estadão, 1/12, A18), mas não adianta avaliar e não seguir a classificação. No meu município, o concurso válido por dois anos possibilita aos primeiros lugares o ingresso temporário na rede, para, no segundo ano, dispensar esses professores e convocar os classificados abaixo deles numa tentativa de agradar a todos, politicamente em prejuízo dos alunos.
Maria Isis Meirelles M. de Barros
Santa Rita do Passa Quatro
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AJUSTE FISCAL
Comentário ao artigo A Lição de Esparta (Estadão, 10/11, B3), de Alexandre Schwartsman. Fiquei agradavelmente surpreendido ao ler o texto do articulista a quem nutro admiração acompanhando suas opiniões críticas no Jornal da Cultura, além dos editoriais no Estadão, que assino há vários anos. Infelizmente, a contenção pessoal em prol do alcance de objetivos maiores parece não pertencer a nossa cultura tupiniquim. Planos e mais planos econômicos e também de conteúdo social se sucedem sem o necessário acompanhamento de uma conduta de autocontenção, que no direito denominamos de self restraint. Não me lembro de ter lido algum discurso intelectual brasileiro no sentido apontado. Meus cumprimentos ao nobre articulista, a quem espero que volte a assumir algum cargo público novamente.
Alberto Gosson Jorge Junior
São Paulo
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VERDADES RELEVANTES
Referente ao artigo Uma luz no fim do túnel (Estadão, 30/11, A4). Sou suspeito porque admiro as colocações ponderadas e sóbrias do Bolívar Lamounier. Temos que trabalhar considerando os três fatores (pessoas voltadas para o bem comum, melhoria das instituições e a redução da desigualdade). Com relação ao primeiro, resumo da seguinte forma: geralmente, pessoas de má índole e mal intencionadas são atraídas pela política, que lhes concede poder e impunidade; pessoas competentes e íntegras são repelidas pela política atual e, normalmente, não são populares. Se o eleitor quiser pessoas competentes e íntegras como candidatos, e ainda, que sejam eleitas, terá que fazer algo diferente neste sentido. Os partidos recebem recursos bilionários, mas não fazem seu trabalho e apresentam aos eleitores candidatos sem o perfil adequado. Deveriam ser responsabilizados por suas indicações?
Carlos Roberto Teixeira Netto
Rio de Janeiro
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PRAZER DA LEITURA
Por que adultos perdem o prazer da leitura com a idade? (Estadão, 3/12, C1). Creio que sou uma exceção, pois passei a ler mais livros e ter maior prazer em fazê-lo na idade adulta, especialmente após os 40 anos. Claro que gostaria de ter tempo para ler muito mais. Livros mais volumosos estimulam mais do que os fininhos, ao contrário das recomendações da matéria. Também não estou rodeado de leitores, a não ser a filha mais nova, mas o gosto literário dela ainda é o juvenil, que me fugiu há algum tempo. Por outro lado, encaro a leitura como lazer além do aprendizado.
Adilson Roberto Gonçalves
Campinas
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150 ANOS
Trabalhei na Africa por longos 11 anos, agência que agora o Estadão escolheu para atender sua conta publicitária. Marcio Santoro é um excelente profissional e acredito que tenha sido pelas mãos dele que se deu o enlace. Na minha época atendíamos a Folha de São Paulo, outro grande jornal, e acho que fizemos um bom trabalho, haja visto os vários prêmios recebidos. Mas obrigação à parte, meu jornal sempre foi o Estadão. Hoje, estou na Bahia. Meu jornal continua o Estadão, apesar de existirem bons jornais por aqui. Quatro de janeiro vem aí, quando o Estadão estará comemorando o primeiro sesquicentenário de muitos que certamente ainda virão. Se é verdade que inúmeras profissões sumiram com o tempo e muitas ainda darão adeus, não é o caso do jornalismo, que seguirá sempre indispensável. Meus cumprimentos antecipado ao Estadão, nosso jornal de cada dia, destes tempos cada dia mais difíceis e onde a presença de um jornalismo qualificado e atento se torna tão necessário quanto o ar que respiramos. O Estado de S. Paulo, que nasceu paulistano, nesses 150 anos se tornou tão grande que virou Estadão. Estadão do Brasil.
Luiz Gonzaga Tressoldi Saraiva
Salvador