PEC das Praias
Insensatez
Somente a inépcia mental e a esperteza política que assola alguns pretensos legisladores poderiam idealizar a proposta de um projeto para a venda de terrenos, hoje da União, a particulares. Se aprovado tal absurdo, nossas praias e ilhas poderão ser fechadas ao acesso público; pescadores expulsos de suas colônias; e o já influente capitalismo imobiliário, que hoje determina como e para onde as cidades devem crescer, promovendo o caos e a degradação na ocupação urbana, alcançará também a orla marítima, certamente com reflexos ambientais. Prefeitos e vereadores se regozijarão com a possibilidade de incluírem na lei de uso e ocupação do solo as praias e ilhas do município, sujeitando ainda mais o poder municipal à influência econômica local. Nem a tragédia ambiental gaúcha influencia estes paquidermes que têm a pele engrossada pelo recorrente distanciamento do interesse público. A sordidez e a insensatez são a marca registrada de alguns amorfos legisladores (sic).
Honyldo Roberto Pereira Pinto
Ribeirão Preto
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Congresso Nacional
Orçamento secreto
O editorial do Estadão de 2/6 O orçamento secreto ‘pegou’ mostra com clareza a montagem da falcatrua generalizada, com honrosas exceções e em detrimento do mínimo de decência, ética e vergonha, por nossos distintos governantes e congressistas. Mostra, também, uma terra sem lei, onde se desrespeitam abertamente as leis que “não pegam” (como assim?). Afinal, o orçamento secreto foi declarado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 2022, mas alguém respeitou essa decisão? O modelo 1.0, inaugurado por Bolsonaro, foi turbinado a 2.0, aperfeiçoado pelo atual governo. Quem manda na bocada? Num gesto que dizem ser de autodefesa, o cidadão e as empresas sonegam impostos e destroem parcela significativa do PIB, desgostosos de sustentar a máquina corrosiva e corrupta do Estado, os cupins e os favorecidos. Ainda que se faça a reforma tributária, com benefícios tangíveis sabidos, a dinâmica e os propósitos escusos não mudarão em nada, pois a carga tributária e os beneplácitos negociados mantêm a desesperança e a desconfiança. O Brasil real faz de conta que acredita, e os Poderes e os lobbies consolidados fazem de conta que se preocupam com o Brasil.
Luiz A. Bernardi
São Paulo
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Cumpra-se!
Sobre o orçamento secreto, denunciado pelo Estadão no governo Bolsonaro e turbinado no governo Lula, cabe a pergunta: o que o STF tem a dizer? Não adianta nada julgar inconstitucional essa prática nefasta e não tomar atitudes para fazer cumprir a Carta Magna.
Luiz Antonio Amaro da Silva
Guarulhos
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Educação
EAD para professores
A chamada educação a distância (EAD) está passando a significar distância da educação, e o editorial A presença do professor (Estadão, 3/6, A15) foi providencial para alertar que deve haver limites para ampliar as possibilidades de formação profissional. Uma coisa é um curso complementar para quem já tem alguma habilitação. Um professor de nível superior, por exemplo, que queira aprimorar a prática pedagógica para a educação básica. Outra coisa é a indústria de caça-níqueis educacional que se instalou para dar diplomas a toque de caixa a jovens que nem sequer têm um contato com seu alunado. Vamos ver como será a grita dos conglomerados educacionais em face da acertada medida do Ministério da Educação.
Adilson Roberto Gonçalves
Campinas
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Valorização do professor
O ensino está cada vez pior no Brasil. Os professores ficaram assustados com a desvalorização da carreira. Hoje, quem não tem competência para arrumar um bom emprego vai dar aulas. Caiu o nível dos professores que estão na ativa. Tal qual os alunos, os professores também não leem nem procuram se informar. Pobres das nossas crianças. Ou se valoriza o professor por meio do mérito ou vamos ficar na rabeira dos países pobres. E pensar que o Brasil é um país tão rico! Como pode estar neste atraso na educação? Como culpar as crianças, se quem deveria ensiná-las também não sabe e não tem compromisso com a aprendizagem? E ainda há quem apoie o absurdo da EAD para a formação de professores. Só poderia dar neste fracasso que hoje vemos. Enfim, todo o dinheiro enviado para a educação não se traduz em aprendizado – estão aí as pesquisas que mostram isso.
Izabel Avallone
São Paulo
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Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br
FORMAÇÃO DE PROFESSORES
A presença do professor (Estadão, 3/6, A3). Na realidade, os professores não poderiam ter uma formação completa e adequada pelo sistema EAD, especialmente porque precisam dar aulas práticas que, pelo sistema EAD, não podem ter a aplicação requerida e necessária. Quem cursou uma universidade e uma faculdade conceituada sabe muito bem que as aulas presenciais são sempre aumentadas com cursos complementares e extensivos, objetivando uma formação global e capaz de preparar para a vida e para a profissão. Assim, bem fez o MEC em reduzir, em pelo menos 50%, a não presença em aulas. A formação dos professores precisa ser adequada e satisfatória porque ensinar hoje é difícil pelas variações e progressos da ciência, da tecnologia e das humanidades. O ideal seria tempo integral ou presencial integral.
José Carlos de Carvalho Carneiro
Rio Claro
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EDUCAÇÃO PRESENCIAL E À DISTÂNCIA
Ilusão achar que o problema da educação é a formação presencial ou online dos professores. As aulas presenciais e com dondocas universitárias que nunca foram professoras na educação básica. Mês passado chegaram professores formados 100% presencial por universidades como USP, PUC e Unicamp que não aguentam e exoneram. A professora do primeiro ano está apanhando do autista severo e vive chorando pela escola querendo largar o cargo.
Eliel Queiroz Barros
Santo André
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‘SAÚDE E EDUCAÇÃO DECENTES’
Este governo só pensa em arrecadar para depois distribuir aos políticos. Se há previdência privada é porque as pessoas não contam com saúde e educação decentes fornecidas pelo governo, tendo que economizar para se virar no futuro ou ajudar os filhos. Nos poupe.
Tania Tavares
São Paulo
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‘BOBO DA CORTE’
A vida é cheia de reviravoltas. E graças a nossa laboriosa imprensa que nada esquece, para políticos demagogos e populistas é um pesadelo sem volta. Como bem lembra o Estadão em seu editorial com título O orçamento secreto ‘pegou’ (Estadão, 2/6, A3), Lula, durante a última campanha eleitoral entrevistado no Jornal Nacional, da TV Globo, botou banca referindo-se ao então presidente na época, Jair Bolsonaro, dizendo que ele era um chefe de Estado e de governo sem poder, pois era refém do Congresso Nacional, ou seja, um bobo da corte, já que quem cuidava do Orçamento era o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). Ora, esse filho Garanhuns, que infelizmente preside novamente esta Nação, não somente engole, tal qual Bolsonaro as indecentes emendas e orçamento secreto, como ainda permitiu como verdadeiro bobo da corte que os valores destas emendas parlamentares fossem alavancadas de R$17,6 bilhões, em 2022, para R$53,9 bilhões, em 2024. Ou seja, sem maioria, sem liderança alguma, Lula é absoluto refém do Congresso. Nada aprendeu com o poder e não é capaz de dialogar de forma republicana até com a Nação. Porém, é mestre em indignar o mercado, investidores, já que continua um político de ideias retrógradas e duvidoso cúmplice da democracia, pois perversamente idolatra ditadores déspotas pelo mundo prejudicando a imagem do nosso país.
Paulo Panossian
São Carlos
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PRINCÍPIO DA IMPARCIALIDADE
Existe no nosso sistema jurídico o princípio da imparcialidade, inerente ao juiz quando atua nos procedimentos judiciais. Assim, quando o magistrado se sentir impedido, nos casos previstos em lei, deverá rogar a sua suspeição, ficando assim vedado de atuar nos respectivos feitos. Cabe ao Supremo Tribunal Federal (STF), que se diz guardião da Constituição Federal, assegurar que tal princípio seja observado, evitando assim a ocorrência de legalis aberratio.
J. Francelino do Nascimento
São Paulo
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LULA DA SILVA
Brasileiros: o problema do Brasil é o presidente.
Robert Haller
São Paulo
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‘PROFUNDA VERGONHA’
A ‘paz’ de Lula é a submissão da Ucrânia (Estadão, 3/6, A3). A visão do presidente Lula da Silva sobre a invasão da Ucrânia pela Rússia é motivo de profunda vergonha. De acordo com a cabeça de Lula, a Ucrânia deveria entregar seu território para a Rússia, gesto capaz de restabelecer a paz na região. O fato da Ucrânia continuar a lutar para continuar existindo é um estorvo. Pior que a cabeça de Lula só a visão de seus assessores. Na cabeça de Celso Amorim, o muro de Berlim continua em pé, a Rússia é comunista, Cuba e Venezuela são democracias plenas e a Coreia do Norte é uma maravilha. Nenhuma força no universo vai fazer Lula e sua tigrada tirarem o penico comunista da cabeça. Para não passar muita vergonha, os brasileiros em viagem pelo exterior devem dizer que são paraguaios.
Mário Barilá Filho
São Paulo
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DONALD TRUMP
O ex-presidente americano Donald Trump foi condenado por fraude contábil em 34 processos. Trump declarou que a justiça americana é corrupta. Os eleitores americanos consideram confiáveis as instituições de seu país. Juan Merchan, que é o juiz desse processo, foi chamado de demônio por Trump. Merchan deverá definir a pena de Trump em meados de julho. Trump ainda é acusado de obter documentos confidenciais de defesa nacional da Casa Branca depois de deixar o cargo, por resistir às tentativas do governo de recuperar os materiais e por tentar reverter os resultados das eleições de 2020. O ex-presidente será julgado nos outros processos que podem resultar em desagradáveis declarações do candidato republicano, provocando ainda mais os seus devotados eleitores.
José Carlos Saraiva da Costa
Belo Horizonte
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PAZ DE LULA
Sobre o editorial A ‘paz’ de Lula é a submissão da Ucrânia (Estadão, 3/6, A3), vou fazer uma analogia daquelas que Lula tanto usa para esclarecer seus pontos de vista: imagine, senhor presidente, que a Argentina invada o Sul do Brasil e tome para si parte do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. O senhor abriria mão do território invadido para manter a paz com os hermanos? Espero contar com seu entendimento.
Luciano Nogueira Marmontel
Pouso Alegre (MG)
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CONDENAÇÃO DE TRUMP
Mário Barilá Filho (Fórum dos Leitores, 3/6) acerta ao afirmar que os Estados Unidos se transformarão em motivo de chacota caso elejam Donald Trump, o caricato topetudo, ridículo ninfomaníaco para a presidência do país. Erra entretanto, ao afirmar que Trump é criminoso. Criminoso seria, caso suas peripécias sexuais, algo muito comum entre políticos mundo afora, fossem financiadas com dinheiro do contribuinte. O milionário sexólatra transgrediu leis estadunidenses, mesmo bancando suas farras sexuais com dinheiro próprio, o que faz dele, no máximo, um contraventor.
Maurílio Polizello Junior
Ribeirão Preto
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‘COLAPSO À VISTA’
O eixo do mal (China, Rússia, Coreia do Norte, Irã, África do Sul, Venezuela, etc.) ao qual o Brasil está se aliando em ritmo acelerado é um Titanic que já percebeu que, economicamente, se encontra em rota de colisão com o iceberg que selará o seu destino. O endividamento das empresas e das pessoas privadas da China atingiu níveis tão elevados que deixou de ser uma questão administrável. Em outras palavras: significa colapso à vista. Como os demais países desse bloco dependem umbilicalmente da China, tudo indica que devem afundar juntos. Isso sem mencionar as guerras cada vez mais possíveis entre China e Taiwan, entre Rússia e Ucrânia, entre a Coreia do Norte e Coreia do Sul (e eventualmente o Japão) e entre o Irã e Israel e os demais infiéis. Conflitos costumam ter um preço elevado, não só em vidas e, para quem se encontra com a corda no pescoço, podem desencadear uma desestruturação profunda. Isso é especialmente verdadeiro para as partes que compõem a federação russa. Mas também afeta todas as demais ditaduras do eixo que estão cada vez mais num estado de balança, mas não cai no poder. Talvez tudo isso seja exatamente o que atrai Lula em relação a esses países: ele se vê, junto a Janja, como parte dessa jornada. Como o Jack com sua Rose, deslumbrados com a primeira classe e figurando uma cena inesquecível na proa desse imponente navio. Paixão e fortuna, rumo ao desastre nas profundezas do mar.
Jorge Alberto Nurkin
São Paulo
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BIG BROTHER CHINÊS
A notícia está no noticiário internacional. Xi Jinping monta ‘big brother’ casa por casa para obter o controle total da vida dos chineses (Estadão, 3/6, C6-C7). O sistema monitora cada unidade habitacional atribuindo cores: verde para confiável, amarelo porque requer atenção e laranja para controle rigoroso. Pronto, agora é que o vergonhoso alinhamento ideológico entre o governo Lula e o governo chinês vai se intensificar. O sistema implantado por Xi Jinping é o sonho de consumo do lulopetismo. Afinal, por que ficar discutindo a regulação das redes sociais se é possível ir mais longe e regular cada cidadão, cada trabalhador, cada estudante? Democracia? Às favas a democracia.
Luiz Gonzaga Tressoldi Saraiva
Salvador (BA)
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PRIVATIZAÇÃO DE PRAIAS
A privatização das praias só apresenta uma vantagem: acabar com os arrastões e bandidos atazanando a vida dos cidadãos que querem aproveitar o sol, as belezas da natureza e a prática de esportes adequados. No mais, seria melhor usar a tecnologia para fiscalizar e coibir tais práticas. Nada mais irritante do que ter que pagar para ir à praia. Seria mais uma fonte de corrupção para os políticos que atuam nas cidades praieiras.
Mário Negrão Borgonovi
Petrópolis (RJ)
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CAUSA E CONSEQUÊNCIA
Como sempre, foi muito oportuno o artigo de Fernando Reinach, intitulado Correlação e causa: cegonhas e bebês (Estadão, 1/6, A15), explicando e desmistificando a relação entre causas e consequências, ou aquilo que em juridiquês se chama nexo causal, pois as crianças continuam a nascer, independentemente do número de cegonhas existentes no mundo. E os exemplos desse absurdo de raciocínio infelizmente estão muito presentes na política, nas redes sociais e no próprio meio jurídico, principalmente nas alegações trabalhistas, onde trabalhar virou causa (ou concausa) e burnout virou doença rotineira; dor nas costas se tornou doença grave e sempre culpa do patrão. As notícias de jornais, no afã de explicar os fatos, mais do que reportá-los, estabelecem correlações entre notórias coincidências temporais, entre fases da lua e queda do dólar ou, também infelizmente, entre o absurdo nível pluviométrico extemporâneo e a dedicação governamental no Rio Grande do Sul.
Luiz Philippe Westin de Vasconcellos
Jundiaí
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‘CLARA PERCEPÇÃO DA DESORDEM’
Claudio de Moura Castro, no artigo Não se pergunte como são feitas salsichas e lei (Estadão, 2/6, A5) nos dá a clara percepção da desordem, da bagunça, da incompetência, do oba oba e da fanfarronice de governos populistas como este de Lula 3. Cruz, credo.
Carlos Leonel Imenes
São Paulo