Venezuela
Posse de Maduro
Ao enviar um representante para participar da posse de Nicolás Maduro, na Venezuela, no caso a sua embaixadora, Lula da Silva está validando o resultado de uma eleição fraudulenta, que o próprio governo brasileiro não reconheceu. É absurda a alegação do petista de que precisa ter um mínimo de relacionamento com o país vizinho. Com governos autocratas não se transige.
Deri Lemos Maia
Araçatuba
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González Urrutia
Pergunta-se o motivo pelo qual o governo Maduro oferece US$ 100 mil pela captura de Edmundo González Urrutia. A Venezuela respeita plenamente o direito de qualquer cidadão de se candidatar à presidência do país, atendendo à legislação eleitoral, e também de vencer as eleições. Já quanto a querer tomar posse, trata-se de uma ousadia inaceitável, sujeita à prisão perpétua.
Simão Korn
São Paulo
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Cargo público
Péssimos exemplos
A desembargadora Clarice Claudino da Silva, presidente do Tribunal de Justiça do Mato Grosso (TJ-MT), autorizou no mês passado o repasse de R$ 10 mil a magistrados e servidores a título de auxílio-alimentação (o vale-ceia). Enquanto isso, a ex-vereadora da Câmara Municipal de São Paulo, Janaína Lima (PP-SP), ao retirar seus pertences do gabinete que ocupou na Casa durante sua gestão, achou por bem apossar-se de uma privada e de uma pia por se considerar proprietária dos tais apetrechos. Por determinação do TJ de Mato Grosso, os valores relativos ao vale-ceia, considerados exorbitantes, serão devolvidos, e a ex-vereadora, num gesto de benevolência após a reação da opinião pública, achou por bem doar o vaso e a pia para a Câmara Municipal. Mas o estrago, em ambos os casos, está feito. Dois péssimos exemplos de imoralidade partindo de pessoas públicas que, pelo cargo que ocupam, deveriam dar o bom exemplo; se não ativamente, ao menos não protagonizando tontices dessa natureza. Mas não há motivo para desesperança. Há bons desembargadores e bons vereadores.
Luciano Harary
São Paulo
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Gabinete sem privada
A ex-vereadora Janaína Lima faz-nos atualizar o trocadilho, pois a política, agora, abandona a vida pública levando a privada. Espero que investiguem o que levou a praticar tal disparate e, se for verdade, por que a ex-parlamentar não denunciou a ausência de tais peças sanitárias quando assumiu o mandato e o gabinete.
Adilson Roberto Gonçalves
Campinas
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‘Estadão’, 150 anos
Recortes do jornal
Tenho um corpo biológico de 79 anos e conheci o jornal O Estado de S. Paulo no fim da década de 1950, na Vila Sabino, hoje município de Sabino. O jornal chegava sempre atrasado no armazém da família Michelini e ficava exposto no balcão, onde eu tinha a oportunidade de ler as suas páginas. Depois fui jornaleiro em São Paulo, e o jornal era uma das preferências das pessoas e também minha. Tenho comigo vários recortes de O Estado de S. Paulo, que nos ajuda bastante com informações voltadas à população idosa. Parabéns ao jornal pelo trabalho de informar a população.
Olavo de Almeida Soares
São Paulo
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Parte da história
Meus cumprimentos pelo sesquicentenário do nosso Estadão. É uma honra fazer parte dessa história, como leitor, nestes recentes 50 anos.
Roberto Szabunia
Joinville (SC)
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Edições históricas
Gostaria de parabenizar o jornal pelos 150 anos. Que venha mais um século e meio de muita informação e contribuição para a sociedade brasileira! Leio o jornal em suas versões impressas e digitais, e ele teve um papel fundamental na minha graduação em Jornalismo, tanto que guardo edições históricas há mais de dez anos. Vida longa ao Estadão!
Calebe Henrique B. de Souza
Mogi das Cruzes
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Ler o mundo
Não sou nenhuma personalidade, só uma assinante de muitos anos. Mas quero aplaudir os 150 anos do Estadão e dizer que aprendi a ler o mundo também através de suas páginas. Nem sempre concordando, mas sempre ponderando junto. Parabéns pela excelência!
Solange Zreik
São Paulo
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Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br
CELEBRAÇÃO DO ATRASO
Em relação ao artigo É a dívida, Mr. President (Estadão, 3/1, B3), infelizmente, a má qualidade deste verdadeiro desgoverno só aumenta cada vez mais, agora com a virtual queima das nossas suadas reservas externas e o descaso crescente com os princípios econômicos e financeiros mais básicos. Pouco se pode confiar no que o governo federal diz, a exemplo da atitude intempestiva de enviar alguém para a posse do ditador de plantão na Venezuela, enquanto até ontem afirmava que não o faria. Essa celebração do atraso e do autoritarismo só pode trazer consequências nefastas ao Brasil. Parece que a sofrida população brasileira está presa num verdadeiro Titanic, prestes a atravessar os enormes e traiçoeiros campos de gelo da economia global em 2025, enquanto o inconsequente comando do navio simplesmente ordena velocidade máxima para tentar inutilmente chegar à miragem representada pelo porto seguro que lhe garanta a possibilidade de reeleição. Tristes trópicos.
Fernando T. H. F. Machado
São Paulo
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VOANDO ALTO
Alada sem asas não voa. Governo Lula 3 lançou a empresa Alada para produzir foguetes e satélites, visando parcerias internacionais, nessa era de drones, carros voadores e foguetes interplanetários. A questão é tecnológica e o Brasil entra com as bases de lançamento de objetos voadores, dando asas, pelo menos, à imaginação de nos tornarmos potência foguetória planetária. Vamos entrar em 2025 voando alto.
Paulo Sergio Arisi
Porto Alegre
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CENÁRIO BRASILEIRO
Saída de dólares do Brasil em 2024 é a terceira maior da série histórica, diz BC (Estadão, 2/1); Como o dólar saltou de R$ 4,84 para R$ 6,18 em 2024, o pior ano desde a pandemia (Estadão, 30/12/2024); Safras ruins e dólar alto fazem preço do café disparar; consumidor já apela para o chafé (Estadão, 29/12/2024); Como ficará o preço das passagens aéreas em 2025, com o dólar em alta e empresas endividadas? (Estadão, 3/1). Não precisa ser muito inteligente para concluir que, se o governo Jair Bolsonaro foi ruim, a gestão Lula da Silva é muito pior.
Maurilio Polizello Junior
Ribeirão Preto
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INQUÉRITOS NO STF
Alexandre de Moraes é relator da maioria dos inquéritos criminais do Supremo Tribunal Federal (STF). Egoísmo ou egocentrismo. A psicologia explica.
Arcangelo Sforcin Filho
São Paulo
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EMENDAS PARLAMENTARES
As emendas parlamentares, embora previstas em lei, são uma excrescência; é um escárnio ao País, um tapa na cara dos pagadores de impostos. A alocação de recursos públicos precisa ser pautada por critérios técnicos rigorosos, e seu uso requer transparência e publicidade. Afinal, dinheiro não é capim, precisa ser usado com parcimônia. Os recursos das emendas estão sendo canalizados para redutos eleitorais dos caciques políticos e sendo usados com fins eleitoreiros, sem que haja ônus algum para os beneficiários. Só ficam com o bônus. É uma partilha desigual e injusta, que causa distorção e desequilíbrio no processo eleitoral. E ainda deixa o executivo refém do legislativo que acaba vendendo caro a aprovação de projetos de interesse do governo. O sistema presidencialista não comporta essa prática. Mais parece com o parlamentarismo.
Deri Lemos Maia
Araçatuba
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VENDER FACILIDADES
Tenho visto muitos leitores aplaudindo o sr. Flávio Dino pelo rigor com que vem tratando os congressistas nas liberações das emendas do Orçamento. A princípio vejo tal atitude como demagógica. Posso estar enganada, mas fica parecendo uma travessia de uma boiada num rio cheio de piranhas quando sacrificam um boi e conseguem passar 100. Uma outra visão analisando o comportamento do referido ministro ao longo de sua vida, afinal de contas, ele foi congressista e governador. Fica patente aquela máxima: criar dificuldades para vender facilidades. Então aguardemos os acontecimentos. Por ora ponho em dúvida esse comportamento.
Iria de Sá Dodde
Rio de Janeiro
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SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
A edição de 2/1 d’O Estado de S.Paulo traz matérias referentes ao Supremo Tribunal Federal (STF). A primeira é o editorial que aborda A credibilidade do STF em queda livre (Estadão, 2/1, A3) do referido órgão. A segunda, um artigo de Wesley Gazlo, intitulado Moraes é relator da maioria dos inquéritos criminais do STF (Estadão, 1/1, A6), que discute a concentração de relatorias nas mãos do mesmo ministro, bem assim a duração dos inquéritos. O texto menciona que o surgimento de novos fatos motivaria novos pedidos de diligências, e, por outro lado, quanto mais demorado o inquérito mais sujeito estaria à inclusão de novos fatos surgidos do dinamismo próprio da realidade social. A pontuar possíveis razões da queda de credibilidade notada por meio de pesquisas de opinião. A par de justificativas de ordem técnica, a longevidade dos inquéritos parece sinalizar perda de foco ou incapacidade de costurar dados de modo a credenciar necessárias medidas de responsabilização ou de inocentação.
Patricia Porto da Silva
Rio de Janeiro
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EXATAMENTE ONDE ESTAMOS
Em 2013, uma diferença de vinte centavos no preço das passagens de ônibus levou uma massa às ruas em busca de mudanças. Esse foi o argumento principal utilizado pela mídia, que pouco contribuiu para a formação de uma cultura reivindicativa sólida pela população. A cobertura frequentemente enfatiza fatalidades ou sugere que os problemas nacionais não têm solução, apenas reforçando a ideia de que “as coisas são assim mesmo”. É importante lembrar dois grandes movimentos populares brasileiros. Em 1984, o movimento Diretas Já mobilizou milhões pela retomada das eleições presidenciais diretas. Em 1992, as manifestações pediram e conseguiram o impeachment do então presidente Fernando Collor de Mello, eleito diretamente após o movimento de 1984. Para criar uma cultura de participação cidadã efetiva, talvez seja necessário começar por movimentos menores, focados em problemas locais de comunidades, bairros e cidades. Essas ações poderiam evoluir gradualmente até se tornarem movimentos nacionais voltados para questões mais amplas. Um primeiro passo concreto poderia ser um grupo de aposentados, que têm mais tempo disponível, instalando-se pacificamente em frente à Câmara dos Deputados e ao Senado, reivindicando, por exemplo, o fim dos 60 dias de férias dos juízes. Permaneceriam ali até alcançarem o objetivo. Com o passar do tempo, outras pessoas provavelmente se juntariam ao movimento, em revezamento constante, criando uma manifestação ordeira, sem impedir o direito de ir e vir de ninguém. A partir daí, novas pautas poderiam ser definidas, como o fim das emendas parlamentares. Cada conquista abriria caminho para reivindicações mais amplas, com intervalos para permitir que o Congresso Nacional efetivamente implementasse as mudanças. Outras demandas urgentes poderiam incluir: a extinção de milhares de municípios deficitários que não possuem arrecadação própria; o fim do analfabetismo de onze milhões; saneamento básico para 100 milhões de brasileiros; água potável para 33 milhões; acesso a banheiros para seis milhões de pessoas; a redução do domínio do crime sobre 23 milhões de cidadãos; e a urbanização das favelas, garantindo dignidade para os mais de 16 milhões que nelas vivem. Além disso, seria necessário estabelecer metas claras para a redução dos homicídios, visando diminuir em dez mil a cada ano, para que, em quatro longos anos, o número caia para poucos milhares ou até centenas, diante da impossibilidade de zerar, pois qualquer número de homicídio nunca seria normal. Outros grupos menores também poderiam atuar nos municípios, cobrando ações concretas para manter as cidades limpas, exigindo punições de práticas como o descarte irregular de entulhos, colagem de cartazes e pichações, fechamento de ruas públicas para torná-las particulares, além de muitas outras. Com ações contínuas e organizadas, talvez, em algumas décadas, a sociedade brasileira atinja um nível de participação política e civilidade comparável ao de países desenvolvidos. Caso contrário, se tudo permanecer restrito a reclamações e xingamentos nas redes sociais, daqui a 100 anos, estaremos exatamente onde estamos hoje.
Pedro Cardoso da Costa
São Paulo
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TURISMO NO BRASIL
Segundo dados divulgados e comemorados (!) pelo Ministério do Turismo, o Brasil recebeu em 2024 cerca de 6,6 milhões de visitantes estrangeiros, resultado de campanhas promocionais no exterior, como a divulgação da Marca Brasil e Visit Brazil. Para efeito de comparação, somente a torre Eiffel, em Paris, registrou em 2023 nada menos que 6,3 milhões de visitantes. Com efeito, o País “abençoado por Deus e bonito por natureza” merece ser conhecido por um número muito superior de turistas estrangeiros, desde que ofereça melhora significativa de sua infraestrutura receptiva e da segurança pública. Caso contrário, seguirá registrando números insignificantes quando comparados com os de outros países. Dados de 2023: França - 100 milhões; Espanha - 85 milhões; EUA - 67 milhões; Itália - 57 milhões; México - 42 milhões; Reino Unido - 37 milhões; China - 36 milhões; Alemanha - 35 milhões; e Grécia - 33 milhões. Muda Brasil.
J. S. Decol
São Paulo
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PLANOS DE SAÚDE
Os planos de saúde deitam e rolam, protegidos por um forte lobby e sob a proteção da ANS e do próprio governo. Temos uma pequena empresa, cujo plano de saúde empresarial foi reajustado em 25% em 2024 e agora em 2025 em 20%, dentro de uma inflação, que, segundo se apregoa, gira em torno de 4 a 5% anualmente. O que diz a ANS diante desse absurdo?
Sylvio Belém
Recife