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Cartas de leitores selecionadas pelo jornal O Estado de S. Paulo

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8 min de leitura

Governo Lula

Mal nas pesquisas

Que bom seria se grande parte de nós, brasileiros, tivesse razões incontestáveis para aplaudir o atual governo. Mas essa não é a realidade. Pelos graves erros que Lula comete, principalmente na área econômica, o presidente segue nas trevas das pesquisas de aprovação. A mais recente, da Genial/Quaest, divulgada na semana que passou, mostra que Lula é desaprovado por 56% dos entrevistados (eram 49% em janeiro deste ano). E a aprovação do presidente caiu de 47% para 41%. No Nordeste, seu mais importante reduto eleitoral, sua aprovação caiu de 59% para 52% desde janeiro. Na realidade Lula, desde que assumiu o mandato em 2023, age como um cidadão alucinado que inicia a construção de sua casa pelo telhado, e achou que seria aplaudido em praça pública. No lugar de assentar os alicerces da economia do País com equilíbrio fiscal, alavancou sem freios sua gastança. Assim, o Banco Central (BC) não teve outra alternativa senão elevar a taxa básica de juros (Selic) a partir de meados de 2024, de 10,50% para os atuais 14,25% ao ano, na tentativa de conter a inflação. E qual foi a reação de Lula? Sem sensibilidade para dialogar com a Nação, preferiu ofender a presidência do BC, os empresários, chamando-os de especuladores, e até produtores e comerciantes de ovos, chamados de “pilantras”. E para recuperar a aprovação contratou um marqueteiro: Sidônio Palmeira. Mas não existe milagre que resolva a incompetência e recupere a imagem do governo. O País continuará capengando até 2026.

Paulo Panossian

São Carlos

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Promessas não cumpridas

Na pesquisa Genial/Quaest, 71% dos entrevistados dizem que Lula não cumpre as promessas de campanha. Vejamos algumas: 1) zerar a fila do INSS, que hoje está perto de 2 milhões de pessoas; 2) o desleixo com a inflação, que extrapola o teto da meta; 3) transparência, mas a diversas informações de interesse público o governo impõe sigilo de cem anos. Além disso, Lula prometeu colocar a picanha na mesa do brasileiro; recuperar a posição de protagonista global na política externa; recuperar áreas degradadas e reflorestar áreas desmatadas; combater o garimpo ilegal; e dar assistência de saúde aos povos yanomami. Sem cumprir essas promessas e seus discursos, o presidente pode contratar o melhor marqueteiro do mundo, que fica difícil ganhar credibilidade.

Vital Romaneli Penha

Jacareí

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Desaprovação

Segundo as pesquisas e comparando com o futebol, podemos dizer que o terceiro governo Lula está entrando na zona do rebaixamento.

José Renato Nascimento

São Paulo

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Crédito do Trabalhador

‘Amigo da onça’

“Amigo da onça” é uma expressão popular originada de um personagem de histórias em quadrinhos. É usada para definir a pessoa que diz ser amiga de outra, mas que constantemente coloca essa outra em situação constrangedora ou vexatória. Agora, temos no Brasil um crédito consignado para chamar de “amigo da onça”: os bancos vão invadir o seu imaculado FGTS para bloquear o recurso que vai te emprestar (o seu próprio dinheiro). Um negócio extremamente lucrativo para os bancos (risco zero) e que fomenta o consumo das famílias. Fica a pergunta: quem ganha e quem perde com essa operação financeira? E ainda temos de ouvir a frase “gasto é vida”, de Dilma Rousseff, para endossar essa violência financeira e alimentar os votos de Lula. Socorro!

Roberto Solano

Rio de Janeiro

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Educação

Contra a evasão escolar

Pé-de-Meia já custa R$ 5,1 bilhões a mais que o planejado (Estadão, 3/4, A17). Melhor de tudo seriam boas escolas, com professores bem pagos motivando alunos ao estudo. Seria mais barato, educativo e sem risco de desvios.

Mario Cobucci Junior

São Paulo

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Tarefas pendentes

No artigo 40 anos e o futuro (Estadão, 4/4, B10), Fabio Giambiagi relaciona duas tarefas pendentes para o Brasil deslanchar: o ajuste fiscal e o avanço da produtividade. Talvez nesta última esteja implícita a melhoria drástica da educação no País. Como ele não a mencionou, acrescento esta tarefa às outras duas: sem foco total no resgate da educação pública (promessa e frustração de sucessivas administrações), as melhorias que vierem serão capengas.

Francisco Eduardo Britto

São Paulo

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Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

MEDIDAS POPULISTAS

O presidente resolveu antecipar o pagamento do 13° em duas parcelas, para abril e maio, para aposentados e pensionistas. São medidas populistas. O povo vai ficar com dinheiro no bolso para injetar na economia, pois será um incentivo ao consumo e certamente causará aumento na inflação. É um crescimento de curto prazo que em nada vai ajudar a economia. O presidente, em plena campanha eleitoral e em busca de conquistar sua popularidade, não se preocupa em cortar gastos, só em gastar. Mas chegará a hora em que o cidadão ficará sem dinheiro, pois os preços não dão trégua. O que será do Natal sem o 13° salário?

Izabel Avallone

São Paulo

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O GRANDE MENTOR

Mais um erro do ministro da Reeleição, Sidônio Palmeira. Um balanço parcial das bondades do governo Lula logo após o anúncio do tarifaço de Donald Trump. O povo não quer saber de passado, mas, sim, do futuro.

Vital Romaneli Penha

Jacareí

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BOLSA DE VALORES

Até quando os americanos vão bater palminhas para Trump? Até quando os americanos vão acreditar que a queda das bolsas de valores é em prol deles? Até quando Trump vai conseguir ficar no cargo? Prometeu o céu para seus eleitores, mas, em pouco tempo no cargo, está entregando o inferno. Que sirva de lição para os bolsonaristas: Lula não é e nunca foi a solução do nosso país, assim como Bolsonaro. Será que em 2026 vamos conseguir eleger alguém menos populista e mais competente para governar o nosso país? Pior que nossos políticos, só nossos eleitores.

Maria Carmen Del Bel Tunes

Americana

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TARIFAÇO DE TRUMP

Se todos os economistas indicam o mesmo, é provável que aconteça o contrário.

Pedro Paulo Prado

São Paulo

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OPORTUNIDADE

O Brasil precisa aproveitar a grande oportunidade de aumentar o comércio com os países europeus e asiáticos, que deixarão de comprar ou vender para os Estados Unidos como consequência do aumento das tarifas de importação impostas pelo governo de Donald Trump. O Mercosul deverá aumentar seu comércio com a União Europeia e com a Ásia. O grande beneficiado pelo tarifaço de Trump será a China. O único perdedor será os Estados Unidos, que terá uma grande inflação já em 2025, perdendo mercados no mundo inteiro. O tiro de Trump sairá pela culatra do povo americano.

Paulo Sérgio Arisi

Porto Alegre

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JUÍZES EM WASHINGTON

É muito cedo para considerar que o radicalismo destrutivo de apenas uma pessoa, o presidente Trump, que assusta até seus seguidores republicanos, possa, num passe de mágica, transformar uma nação inspiradora, democrática e poderosa numa republiqueta sem segurança jurídica ou numa ditadura, que seria poderosa e temida pela força do seu poderio militar. No curto prazo, o trumpismo vai afetar, com certeza, o turismo, o emprego e a economia dos EUA e dos países que dependem do seu mercado. Para os que acreditam na força da tradição de suas instituições americanas e nos valores cultuados pelo seu povo, penso que está na hora de ter calma. Suas instituições estão vivas; vai haver reação. O mundo que acompanha, com perplexidade, o drama da população americana que teme, além da perda de bens materiais, por seus direitos civis, está tirando uma lição: o trumpismo e o populismo extremado de direita e esquerda têm seus dias contados. É a lição que se tira deste episódio: o restabelecimento do valor das instituições. A sua credibilidade não só é fundamental à democracia, como determinante nas decisões dos investidores. É a grande riqueza de uma nação.

Nilson Otávio de Oliveira

São Paulo

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RIBALTA

Alguns equilibrados especialistas vislumbram na tarifa de 10% imposta por Donald Trump aos produtos brasileiros uma oportunidade para o País aumentar o fluxo de seus produtos, desde que, no entanto, Lula da Silva se mantenha em silêncio ou diminua a enxurrada verborrágica que normalmente transmite sobre as crises. Certamente, com tal postura, permitiria que os competentes negociadores e diplomatas nacionais trabalhassem sem interferências indesejadas. Não será absurdo supor que a brecha de beneficiamento a ser assim obtida não esteja sendo bem acolhida por ele próprio, pouco acostumado a ser eclipsado, na medida em que se considera a fonte de saber na qual todos deveriam se inspirar. Talvez preferisse, quem sabe, que o Brasil fosse atingido por mais severas taxas, pois haveria espaço para suas declarações plenas de equívocos que dariam, por outro lado, ensejo a aparições intempestivas na ribalta.

Paulo Roberto Gotaç

Rio de Janeiro

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CAMPANHA INÓCUA

Governo Lula lança campanha com futebol, cristãos e ‘passinho’ para enaltecer os programas sociais (Estadão, 4/4). Em mais uma atitude desesperada para tentar reverter a queda de sua popularidade, Lula da Silva lança mais uma campanha que, certamente, se mostrará inócua como as anteriores. Luiz Inácio precisa profissionalizar sua gestão, acabando com a gastança inconsequente, revertendo o déficit público e, principalmente, restituindo o poder de compra do cidadão. Estas medidas, que dificilmente serão implementadas por absoluta falta de bom senso e coerência, seriam bem-vindas e poderiam trazer alguma mudança em seus elevados índices de rejeição.

Maurílio Polizello Junior

Ribeirão Preto

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O ÓBVIO

Em reunião na residência oficial do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, senadores presentes avaliaram que o governo ainda não tem um diagnóstico preciso sobre as causas da impopularidade de Lula e sua gestão (Estadão, 4/4, A2). Que tal começar por incompetência? Quando foi a última vez que o PT mostrou alguma competência para administrar qualquer cidade, Estado ou o País? O que acontece agora é que a incompetência chegou a tal nível que até aqueles que fazem o L estão dando sinais de cansaço. Exaustão, para ser mais preciso. O governo e os senadores mostram incompetência para admitir o óbvio: Lula 3, o retorno, é um fiasco nacional e internacional, que, inclusive, está pavimentando um País ingovernável para o próximo presidente da República. Que pode ser ele: Lula 4, o eterno.

Luiz Gonzaga Tressoldi Saraiva

Salvador

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AJUSTES VITAIS

O Brasil tem jeito, mas precisa de ajustes. A insegurança jurídica é o câncer brasileiro que precisa ser extirpado. Com segurança jurídica – o básico para o desenvolvimento –, as leis são obedecidas, os malfeitores são presos e cumprem penas. Tudo mais vem por acréscimo. A maioria dos nossos políticos priorizam se locupletar e se manter no poder, enquanto o País fica à míngua e carecendo de tudo, mesmo com pesada carga tributária. Falta brasilidade à classe política. Por isso que o Brasil é o país do futuro que nunca chega.

Humberto Schuwartz Soares

Vila Velha (ES)

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ASSUNTOS DO SUPREMO

Nos últimos tempos, o Supremo Tribunal Federal (STF) tem se ocupado de assuntos estranhos para uma Corte Constitucional, como mostrado na matéria Supremo proíbe revista íntima ‘vexatória’ em visitantes de presídios (Estadão, 3/4, A20). Disciplinar pontualmente a atividade de servidores de presídios no exercício de funções de zelar pela segurança não parece ser matéria constitucional. Afinal, as escolas de polícia é que devem ser o local adequado para tratar desse assunto, por ter a função de preparar adequadamente o pessoal de segurança, ensinando os regulamentos não só desse procedimento, mas de todos os procedimentos policiais.

José Elias Laier

São Carlos

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IDEIA FIXA

Somos conhecidos como o País dos impostos, da corrupção e da impunidade. O governo nada faz para nos livrarmos destes problemas. O importante mesmo é ganhar as eleições. O Ministério da Comunicação é o que atesta toda essa engenharia.

A.Fernandes

São Paulo

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EMENDAS PIX

As emendas Pix têm de acabar (Estadão, 4/4, A3). Embora não simpatizante da esquerda, creio ser dever patriótico apoiar a iniciativa do ministro Flávio Dino sobre o controle rigoroso no dinheiro que todos nós brasileiros destinamos aos parlamentares. Seja pelo Pix ou por outras vias. O que estamos esperando, caros irmãos?

César Eduardo Jacob

São Paulo

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DITADURA MILITAR

Dia 31 de março nos trouxe a lembrança do período que nos dominou. Me leva a refletir e a afirmar com toda convicção: queremos liberdade e democracia. Ditadura nunca mais.

Sylvio Belém

Recife

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DEFESA DA DEMOCRACIA

A respeito da triste lembrança dos 61 anos do golpe militar, cabe, por oportuno, reproduzir o que bem disse o presidente Lula da Silva: “O 31 de Março serve para lembrarmos da importância da democracia, dos direitos humanos e da soberania do povo para eleger seus representantes. Ameaças autoritárias insistem em sobreviver no País. Não existe, fora da democracia, caminhos para que o Brasil seja um país mais justo e menos desigual. Não existe justiça sem a garantia de que as instituições sejam sólidas, harmônicas e independentes”. Democracia e liberdade, sempre; ditadura e autoritarismo, nunca mais.

J. S. Vogel Decol

São Paulo

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