Tecnologia
Menos tempo online
Para afastar menores do smartphone, China força restrições em aparelhos (Estado, 5/8, A14). Preocupação global, as telas ainda vão provocar muita dor de cabeça. O problema da China, e dos demais países, é mais abrangente que o celular. Desde 1990, bate com a geração Y. Muitos dos anteparos que sustentavam a sociedade foram caindo: perderam adeptos a religião e o casamento (e os que ocorriam desmoronavam com mais frequência), o coletivismo foi substituído pelo individualismo e a reflexão, pela mudança frenética. O mundo virtual ocupou as atividades do mundo real e a informação factual perdeu lugar para fake news. Se um ChatGPT tem mais empatia do que médicos, imaginem a batalha que a humanidade e sua humanização têm de travar com o terraplanismo e sua tecnologia de robotizar a natureza humana, que é de interação social? Felizmente, os países começam a se preocupar com isso, ainda que por motivos diferentes daqueles que realmente afetam as crianças e os jovens.
Carlos Ritter
Caxias do Sul (RS)
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EUA
‘Choque Trump’
Sobre a coluna de Fareed Zakaria no Estadão de sábado (5/8, A16), seria a eleição de Donald Trump um projeto chinês?
Paulo Tilelli de Almeida
Bebedouro
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Romeu Zema
Entrevista reveladora
A entrevista do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Governador quer ação do Sul e do Sudeste contra o Nordeste, Estado, 6/8, A6 e A7), intensamente inspirada no andamento da reforma tributária, confirma que os embates do “nós contra eles” vão se ampliar nefastamente entre os líderes de regiões do País. A entrevista oferece, ainda, a oportunidade de constatar a visão distorcida que nossos líderes políticos têm das reais necessidades do Brasil. Enquanto se ocupam de embates regionais e pessoais, nem sequer mencionam ou se preocupam com prementes reformas, como a do atual modelo político-eleitoral e a reforma administrativa. Infelizmente, esta visão distorcida e inoperante de gestão e representação parece que vai se aprofundar.
Honyldo Roberto Pereira Pinto
Ribeirão Preto
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Congresso Nacional
Cota parlamentar
Deputado utiliza cota parlamentar para dar carro de R$ 100 mil à irmã (Estado, 5/8, A10). Como pode isso? Se a verba que deveria ser usada para manter eleitores informados da atuação parlamentar, além de custear outras despesas de cunho político, está alta demais, ela deve ser reduzida. Usá-la para comprar carro para parente é o fim do mundo!
Marco Antonio Martignoni
São Paulo
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Petrobras
O PT de sempre
Nota na Coluna do Estadão (5/8, A2) sobre o loteamento de cargos na Petrobras só confirma o que o PT pretende quando no governo: locupletar-se do Estado brasileiro. Não se está Construindo um Novo Brasil (CNB), como indica a corrente petista da qual Lula faz parte, mas está, sim, adotando princípios de gestão pública retrógrados, patrimonialistas, no mais descarado e inconsequente compadrio, como já ocorreu nos governos petistas passados, cujos resultados negativos já são do conhecimento dos brasileiros e que tanto eram temidos. Talvez o País nunca necessitou tanto de uma oposição qualificada como nos dias atuais, mas temo que isso dificilmente ocorrerá com o Congresso Nacional que foi eleito. O tempo dirá...
José Carlos Lyrio Rocha
Vitória
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Governo Lula
Reforma ministerial
Muito bom o critério de escolha de ministros de Estado: primeiro, os nomes; depois, qual pasta vão ocupar. Isso é o que eu chamo de escolha por mérito!
Luiz Frid
São Paulo
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Lei de Drogas
O papel do STF
Sobre o editorial O dever de respeitar o Congresso (Estado, 5/8, A3), o Supremo Tribunal Federal (STF) já não legisla, exerce poder regulamentar. Chegar a ponto de fixar quantos gramas caracteriza porte de drogas é diminuir a função constitucional da Corte.
Ciro César Soriano de Oliveira
São Paulo
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Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br
‘SUICÍDIO ECONÔMICO’
Tenho lido críticas à liberação de impostos de produtos importados, em reportagens e cartas publicadas no Estadão. Sou solidária à grita de produtores nacionais, prejudicados por uma medida contraditória com os objetivos declarados do governo Lula 3. A realçar, em última análise, descompromisso em relação a certas prioridades (’Zerar imposto de importado é um suicídio econômico’, 1/8, B6). Pois, ao tempo em que promove redução do preço de carros de passeio (a controversa política do carro popular), sob o argumento de ajudar a indústria automotiva a preservar postos de trabalho, o governo petista faz o oposto em relação à produção de artigos de vestuário e acessórios. Como observado nas matérias jornalísticas, isso significa submeter a indústria nacional a uma injustificada desvantagem competitiva, a causar fechamento de postos de trabalho no setor de fabricação e no comércio varejista. Esse “suicídio econômico” precisa ser revisto com urgência por um governo que se diz empenhado em garantir “a picanha e a cervejinha do fim de semana”. Afinal, ser coerente é preciso.
Patricia Porto da Silva
Rio de Janeiro
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COMPETITIVIDADE INTERNACIONAL
A análise da entrevista ‘Zerar imposto de importado é um suicídio econômico’ foi bastante incompleta, tendo em vista que não foi levado em conta que há despesas como o frete internacional, seguro de carga e lucro do remetente, que obviamente não incidem sobre as empresas brasileiras. Também não foi levado em conta que as empresas nacionais muitas vezes recebem generosos subsídios, incentivos fiscais e facilidades de crédito, o que aumenta artificialmente as suas margens de lucro. É verdade que os impostos cobrados no Brasil são elevados, mas será que todas as empresas pagam toda essa carga de impostos, ou acabam atrasando o seu pagamento esperando condições especiais de refinanciamento? O que dizer então das despesas trabalhistas devidas mas não pagas, alvos de inúmeras reclamações à Justiça por parte dos trabalhadores? A indústria brasileira deve começar a pensar em melhorar sua competitividade internacional com aumento da inovação e da produtividade, e não depender mais apenas do obsoleto e fracassado modelo baseado no mercado interno (que tem somente cerca de 2,5% da população mundial). Ou continuar a utilizar máquinas velhas e defasadas tecnologicamente, conforme pesquisa da própria Confederação Nacional da Indústria apontou recentemente. Os consumidores brasileiros seriam os primeiros a agradecer.
Fernando T. H. F. Machado
São Paulo
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ISENÇÃO DE IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO
Sobre a notícia de isentar imposto de importação de compras de até US$ 50, porém com cobrança de ICMS de 17%, fica a pergunta: por que taxar com ICMS a favor do Estado se não há circulação de mercadorias? Mais justo é o imposto de importação para a União, já que há a saída de recursos do País.
Jose Pedro Vilardi
São Paulo
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ARGENTINA
A Argentina realizou nesta segunda-feira (31) um pagamento de 2,7 bilhões de dólares ao Fundo Monetário Internacional (FMI), por meio de acordos com a China associados a um empréstimo do Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF), conforme informou o ministro e candidato argentino Sergio Massa. Isso “sem precisar utilizar um único dólar de suas reservas para pagar o vencimento”, conforme o mesmo disse em mensagem proferida no Palácio de Hacienda. Dessa forma, salvou-se de se tornar inadimplente com o FMI e perder as próximas entradas de recursos do fundo que lhe são vitais. Ufa! A salvação chegou no último momento. Seria recomendável que o Brasil incluísse no teto de gastos que ainda está vigente os avais e comprometimentos que está assumindo para auxiliar nossos irmãos argentinos que, na prática, estão insolventes e que, sabidamente, não terão condições para pagar os referidos empréstimos que só lhes estão sendo concedidos por que alguém assumiu a responsabilidade. Por trás do CAF estamos nós.
Jorge Alberto Nurkin
São Paulo
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AÇÕES CONTRA BANCOS
Até quando a Justiça vai protelar a ações contra os bancos sobre os planos econômicos? Muitos beneficiários estão morrendo sem receber o que lhes é devido.
Uma vergonha.
Gustavo Guimarães da Veiga
São Paulo
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MARCIO POCHMANN
Quando Lula diz que confia na capacidade intelectual de Marcio Pochmann, lembro-me daquela frase que diz que quando João fala sobre José, apreende-se muito mais sobre João do que sobre José.
Ely Weinstein
São Paulo
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FORNECEDOR DE MATÉRIA-PRIMA
Desde sempre, o Brasil é fornecedor de matérias-primas para que outros países as transformem em produtos mais valiosos. Os grãos de café foram transformados pelos italianos em bebidas deliciosas. O minério de ferro exportado para a China volta transformado em navios, e o lítio que começa a ser extraído em Minas voltará em carros elétricos enquanto nosso governo volta ao Fusca de Itamar. Aqui ficam o despreparo e o salário mínimo. Na Coreia do Sul – que era igual ao Brasil nos anos 1970 –, a população tem o triplo da renda per capta de nosso país. Bela performance, a nossa.
Aldo Bertolucci
São Paulo
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PROGRAMA SAINDO DAS RUAS
O governador Tarcísio de Freitas, usando de um modelo inovador, está tentando humanizar o trato aos moradores de rua. A ideia é investir em escolas rurais para acolher essa legião de vulneráveis. Essas escolas agrícolas já existem, mas seriam ampliadas para receber esses necessitados. O programa foi batizado de Saindo das Ruas. Só se espera que o Poder Judiciário, mais uma vez, não se mostre contrário à ideia. Afinal, alguma coisa precisa ser feita.
Júlio Roberto Ayres Brisola
São Paulo
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FALSOS MOTOBOYS
Em São Paulo, têm sido relatados diversos roubos cometidos por falsos motoboys. Os criminosos se aproveitam da agilidade das motocicletas para abordar vítimas, simulando entregas ou serviços. Munidos de armas, ameaçam pedestres e motoristas, exigindo dinheiro e celulares. Essa prática criminosa tem gerado preocupação na população e exigido atenção das autoridades. Diante desse cenário, é essencial que as pessoas fiquem atentas à abordagem de motoboys desconhecidos, verificando identificações e confirmando a veracidade do serviço. Além disso, é importante denunciar qualquer comportamento suspeito às autoridades competentes, visando coibir tais ações criminosas e garantir a segurança nas ruas da cidade.
Luciano de Oliveira e Silva
São Paulo
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PLATAFORMAS DIGITAIS NAS ESCOLAS
No que concerne à posição do secretário da Educação do Estado de São Paulo ao substituir os livros didáticos por plataformas digitais para estudo dos alunos da rede pública estadual, é preciso esclarecer que elas foram vendidas à Secretaria da Educação por empresa de propriedade do próprio secretário, da qual se licenciou. O que significa que Renato Feder usufruirá de rendimentos da mesma, em algum momento. É do conhecimento público que o deputado Carlos Gianazzi já denunciou tal escândalo ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas do Estado de São Paulo.
Luiz Gonzaga de Oliveira Pinto
São Paulo
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POWERPOINT
Como é? O secretário da Educação do Estado mais rico do Brasil quer substituir livros pelo PowerPoint? Governador Tarcísio de Freitas, que tal substituir Renato Feder pelo PowerPoint?
Luciano Nogueira Marmontel
Pouso Alegre (MG)
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DEVER DE CASA
É impressionante a Secretaria da Educação abolir o uso do livro escolar nas escolas do Estado. Como vão os alunos estudar e fazer os deveres de casa sem os livros? Aposto que o senhor secretário nunca estudou em casa.
Wilson Scarpelli
Cotia
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PADRE QUEVEDO
Fazendo um paralelo ao que a microbiologista Natalia Pasternak disse (’Pseudociência, a homeopatia não passa de um placebo’, 23/7, A18), de que “existe no imaginário popular um folclore muito forte de que, senão funciona, não faz mal, então deixa. Isso não é verdade. Pode fazer muito mal”, o saudoso Padre Oscar Quevedo (1930-2019) ensinou a vida inteira que “o curandeiro é sempre perigoso e, quando cura, é criminoso! Porque tira a dor, mas deixa a doença, tira o sintoma, mas deixa a causa”.
Luiz Roberto Turatti
Araras
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FALTA DE CONHECIMENTO SOBRE HOMEOPATIA
Sou médico homeopata há 35 anos e venho por meio desta manifestar meu repúdio em relação à entrevista com a senhora Natalia Pasternak publicada neste jornal no dia 23 de julho de 2023. É totalmente condenável e injustificável não aceitar a homeopatia como especialidade médica e totalmente descabida e sem fundamentos essa falsa ideia de dizer que homeopatia é placebo, pois há casos de milhares de pacientes tratados em diversos países pelo mundo, por vários anos, inclusive com tratamentos em crianças e/ou com pessoas idosas, as quais não têm consciência sobre qual tipo de medicamento estão tomando. Também em pacientes e pessoas que se julgavam céticos(as) em relação ao tratamento homeopático e são testemunhas das evidentes melhoras clínicas, muitas vezes em diversas patologias, com bons resultados, muitas das quais há tratamentos apenas paliativos ou infrutíferos pela medicina tradicional (alopática). Não se pode negar que há milhares de pessoas tratadas pela homeopatia, as quais são testemunhas disso, assim como há inúmeros casos devidamente bem documentados e registrados. É condenável essa senhora difamar a homeopatia, inclusive nos acusando de “matar pacientes” e de sermos “aproveitadores“, acusações gravíssimas. Essa senhora não tem o mínimo conhecimento sobre a especialidade e o tratamento homeopáticos. Convido a senhora Pasternak a conversar e debater pessoalmente comigo ou até mesmo com qualquer colega homeopata, muitos renomados professores e pesquisadores da homeopatia.
Adriano Nogueira Aleixo
adrianonaleixo@hotmail.com
Jundiaí
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BERÇO DAS ÁGUAS
O Brasil precisa parar de desmatar o Cerrado. Conhecido como o berço das águas, o Cerrado abastece as principais bacias hidrográficas do País. O uso exagerado da água na irrigação de lavouras gigantescas e as plantações de soja não permitem a recarga das águas subterrâneas, e isso tudo está causando desequilíbrios gravíssimos: seca persistente no Cerrado, Pantanal e Região Sul do País, que chegou agora até o vizinho Uruguai. O Brasil deve limitar o uso da água pelo agronegócio, parar de desmatar e recuperar áreas degradadas no Cerrado, proteger as nascentes e permitir a recarga das águas subterrâneas plantando espécies de raízes profundas, isso tudo se não quiser ver seu agronegócio secar, literalmente, no futuro muito próximo.
Mário Barilá Filho
São Paulo