Desgoverno e pandemia
Reunião muito atrasada
A reunião, em Brasília, dos engravatados dos três Poderes foi realizada com um ano e 300 mil mortos de atraso. Não fossem a pressão da sociedade, liderada pela imprensa, com adesão tardia de banqueiros, empresários, economistas e embaixadores, mais o clamor de países de todo o mundo, perplexos com o caos no nosso país, nada continuaria a ser feito neste Brasil negacionista e acéfalo de liderança presidencial.
PAULO SERGIO ARISI PAULO.ARISI@GMAIL.COM
PORTO ALEGRE
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Luz vermelha
Na reunião para a formação do “comitê da crise”, Bolsonaro fez lembrar o personagem Sandoval Quaresma, da Escolinha do Professor Raimundo: quando estava chegando a hora de tirar um dez, veio de novo em defesa do “tratamento precoce” para a covid-19. Arthur Lira faz tempo que acendeu o sinal vermelho.
OSWALDO BAPTISTA PEREIRA FILHO OSWALDOCPS@TERRA.COM.BR
CAMPINAS
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Remédio fatal
Com pose de nova autoridade máxima do País, pela insistência de Jair Bolsonaro em perdê-la, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, profetizou: “Os remédios políticos do Parlamento são conhecidos e são todos amargos. Alguns, fatais”. Faltou dizer: como o kit covid. Que, além de não ter efeitos benéficos contra a doença, está provocando mortes, como já comprovado neste país.
ABEL PIRES RODRIGUES ABEL@KNN.COM.BR
RIO DE JANEIRO
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Fiocruz e Butantan
Neste tempo de pandemia, uma observação que não passa despercebida é a morosidade na entrega de vacinas pela Fiocruz. Até agora, cerca de 3,1 milhões de unidades, muito pouco para tudo o que recebeu do governo federal, R$ 1,9 bilhão. O Butantan já entregou quase 28 milhões de doses da Coronavac, e sem nenhuma verba federal. Alguém pode explicar?
GILBERTO DE LIMA GARÓFALO GILGAROFALO@UOL.COM.BR
VINHEDO
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Corrupção
Credibilidade da Justiça
Com dezenas de anos de exercício da advocacia, nove na presidência da OAB na região de Rio Claro, seis anos de atividades no conselho seccional da Ordem e membro efetivo do Instituto dos Advogados de São Paulo, cumprimento o ex-presidente do TJSP dr. Márcio Martins Bonilha por suas oportunas considerações sobre o julgamento do STF que, no caso do triplex no Guarujá, figurando Lula da Silva como condenado, por decisório da lavra do eminente magistrado Sergio Moro, considerou-o suspeito (O tempora, o mores, 25/3). Com efeito, o instituto consagrado da coisa julgada foi rasgado e todas as premissas para a efetivação dos julgamentos após o primeiro grau foram postas de lado, possibilitando visão inconfiável da Justiça a qualquer intérprete, jurista ou não. Tenho certeza que uma imensidão de militantes na Justiça está solidária com o eminente desembargador.
JOSÉ CARLOS DE CARVALHO CARNEIRO CARNEIROJCC@UOL.COM.BR
RIO CLARO
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Lava Jato no lixo
O julgamento da Segunda Turma sobre a parcialidade ou não de Moro, assim como a sentença de Edson Fachin sobre a competência de julgamentos da Lava Jato em Curitiba, não podem ignorar os anos de recursos, julgamentos em até terceira instância, roubalheira na Petrobrás, dinheiros devolvidos à União e à petroleira, enfim o maior trabalho bem-sucedido contra a corrupção no País. Foram horas e horas de discussões, despesas com os julgamentos, deslocamentos com réus, enfim, tudo isso não é plausível que se jogue no lixo. Não se trata de deixar ou não Lula livre para disputar as próximas eleições, mas, sim, de respeitar o povo, sua esperança de ver um horizonte mais limpo da corrupção endêmica que se engastou no corpo da República.
MÁRIO NEGRÃO BORGONOVIMARIONEGRAO.BORGONOVI@GMAIL.COM
PETRÓPOLIS (RJ)
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Abaixo os ‘inferiores’!
Diante do julgamento da Segunda Turma do STF que decidiu pela parcialidade do juiz Moro, temos como resultado uma enorme oportunidade de economizar muito dinheiro dos brasileiros, acabando de vez com todos os juízes de primeira, segunda e terceira instâncias. Deixar apenas os 11 ministros do STF, que simplesmente ignoram todas as sentenças proferidas por instâncias “inferiores”.
SYLVIO FERREIRASYLVIOFERREIRA@HOTMAIL.COM
SÃO PAULO
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O voto de Cármen Lúcia
“La donna è mobile qual piuma al vento/ Muta d’accento e di pensiero...”. Sem comentários.
CELSO VIDIGAL CELSOVIDIGAL@UOL.COM.BR
SÃO PAULO
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Veredicto das urnas
Ainda existe um último recurso contra a decisão infame do STF salvando a pele de um criminoso condenado e com sentença confirmada por tribunais superiores, de competência e reputação ilibadas. O suspeito julgamento do habeas corpus declarando o dr. Sergio Moro parcial em suas decisões nesses processos tem o claro objetivo de restituir ao ex-condenado os direitos políticos para se candidatar à Presidência da República. Nesse momento o povo saberá dar a resposta a esse criminoso.
ELIE BARRAK EGBARRAK@GMAIL.COM
SÃO PAULO
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Símbolo eternizado
O prezado dr. Sergio Moro é o símbolo do combate à corrupção no Brasil e assim ficará eternizado na memória, na alma e no coração dos brasileiros de bem. Nossa gratidão.
JOSE JOAQUIM ROSA JOSE.ROSA1945@HOTMAIL.COM
SÃO PAULO
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Roberto DaMatta
Mil crônicas
Felicito o sr. Roberto DaMatta por sua coerência e arte, seu poder de escrita. Orgulho do reconhecimento espontâneo pela neta – quer coisa mais forte? Parabéns ao Estado e a DaMatta, rumo às 1.500! Haja coelho na cartola...
PEDRO SASSIOTO PSSASSIOTO@UOL.COM.BR
SÃO PAULO
Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br
ACORDARAM?
Empresários, banqueiros e economistas ex-presidentes do Banco Central, a "elite pensante" do Brasil, acordaram de seu "sono dogmático", tal qual Kant ao ler David Hume? Levaram um ano para admitir que elegeram um
obtuso para presidente, na hora mais escura, quando se faz necessário um estadista na liderança da Nação.
Agora, com o Titanic afundando, lembraram que faltam barcos e salva-vidas. Coloquem a mão no bolso de suas elegantes calças e tirem o dinheiro acumulado, porque vão perder os anéis e os dedos, se não socorrerem sua fonte de riqueza inesgotável, chamada Brasil de todas as iniquidades e dos eternos desgovernos. Chegou o dia D e a hora H.
Agir ou morrer abraçados às suas vãs esperanças.
Paulo Sergio Arisi paulo.arisi@gmail.com
Porto Alegre
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ADÁGIO EM VOGA
O conhecido adágio popular “aos amigos os favores da lei, aos inimigos o rigor da lei” ficou bastante claro na decisão histórica do STF, ao anular as condenações em três instâncias porque as provas não são consistentes e obtidas ilegalmente. De fato, os réus, desde sempre, se dizem inocentes e não consta nos autos recibo de malfeito com firma reconhecida. É pura ficção no currículo o rombo na Petrobrás, empréstimos subsidiados impagáveis a parceiros do foro de São Paulo e a ditaduras amigas, cobertura personalizada no Guarujá com elevador privativo, sítio em Atibaia com pedalinhos dos netinhos. São autênticas fake News. Nunca houve rombo na Petrobrás nem indenização a investidores norte-americanos por falsas informações. A cobertura no Guarujá e o sítio são intrigas da oposição e todos os empréstimos a ditaduras amigas estão sendo rigorosamente quitados. O Brasil nunca foi e nunca será o país da impunidade e da corrupção, como muita gente diz por aí.
Humberto Schuwartz Soares hs-soares@uol.com.br
Vila Velha (ES)
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E AGORA, COMO FICA?
Tudo muito bom, tudo muito bem, o Supremo resolveu por bem anular todo o processo contra o ex-presidente! E agora? Vamos ter que esquecer tudo o que paira sobre ele? Já que tudo foi anulado. Por que o Ministério Público não começa imediatamente um novo processo? Será que isto vai ficar na impunidade? Vergonha em ser brasileiro!
Douglas Marin Del Nero douglas@construirvilaolimpia.com.br São Paulo
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COMBATE
O Brasil não pode e não deve destruir nem o passado e muito menos o futuro no combate à corrupção, porém, caro ex-juiz Sergio Moro, num Estado Democrático de Direito, numa democracia, que tem uma Constituição federal promulgada e outras leis, é preciso que se siga rigorosamente e imparcialmente, dando direito a todos a uma defesa justa e dentro dos ditames da lei, o que o senhor simplesmente não fez, pensando politicamente em busca de uma nomeação. Primeiro foi ministro da Justiça; depois gostaria de uma vaga no STF; e ser candidato às eleições de 2022. Enfim, o STF acaba de dizer que tudo isso foi absolutamente parcial. Marcos Barbosa micabarbosa@gmail.com
Casa Branca
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GILMAR MENDES OUVIU O QUE NÃO ESPERAVA
Nunes Marques: “Os que não me conhecem ainda tem mais 26 anos para me conhecer”.
Robert Haller robelisa1@terra.com.br
São Paulo
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GILMAR MENDES E O JULGAMENTO DE MORO
Durante o seu voto sobre a suspeição de Sérgio Moro, o ministro Gilmar Mendes perguntou aos seus pares: “Alguém aqui compraria um carro do Moro? Alguém aqui compraria um carro do Dallagnol?”. E ele mesmo respondeu: “Não comprariam!”. Caso as perguntas fossem feitas para a população brasileira, a resposta seria: “Sim, compraríamos!”. E se a pergunta fosse: “Algum brasileiro compraria um carro dos ministros do STF?”. A resposta seria: NÃO! Quanta credibilidade, hein Gilmar?!
Darci Trabachin de Barros darci.trabachin@gmail.com
Limeira
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IRRESPIRÁVEL ATMOSFERA
É lamentável que Sérgio Moro, que já foi uma das personalidades mais admiradas pelo seu trabalho no enfrentamento à macrocorrupção que vem desviando há décadas somas gigantescas de recursos destinados ao povo brasileiro e corroendo os valores morais da sociedade, seja considerado, pela desacreditada Corte suprema, em processo expedito articulado e estimulado pelo mais corrosivo de seus ministros, suspeito para julgar e condenar, como juiz legítimo concursado, o maior corrupto da História do Brasil. Pelo seu desempenho no combate a atos lesivos ao País, inclusive possibilitando o retorno de vultosas somas aos cofres públicos, foi nomeado para comandar o Ministério mais importante do governo do presidente Bolsonaro com quem, contudo, se chocou por questões ligadas a nomeações na Polícia Federal e alegadas interferências nas suas funções, o que o levou a renunciar ao cargo. A partir daí, ensaiou lançar-se numa carreira política que até agora não decolou, o que fez com que, de certa forma, sua chama se apagasse lentamente. Com a recente decisão da Segunda Turma, vê-se na condição de náufrago, sem contar com quem lhe lance uma boia salva-vidas. Triste história de quem um dia já constituiu forte esperança de erradicar as práticas de usurpação indevida, entranhadas desde sempre na cultura de poder nacional. Com a recente decisão da Corte, é quase certo o retorno da irrespirável atmosfera da impunidade.
Paulo Roberto Gotaç prgotac@hotmail.com
Rio de Janeiro
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SEGUNDA TURMA DO STF
A decisão da Segunda Turma do STF, que declarou a parcialidade do então juiz Moro, causou reações diversas. Naturalmente, a defesa do ex-presidente Lula exultou: “A decisão fortalece a Justiça”. Houve opiniões contrárias. Como a de Marcel van Hatten:“... Suspeitos são os ministros que votam contra o combate à corrupção”. Possivelmente, há quem sustente que, se o “caso” Al Capone fosse submetido à Segunda Turma, ele não teria amargurado a prisão.
Declaro-me incompetente para um diagnóstico completo. No entanto, com o risco de ser acusado de machista, não posso deixar de pensar na famosa ária da ópera Rigoletto – La donna è mobile. Com efeito, um dos argumentos da eminente Carmén Lúcia, que a fez mudar seu voto de 2018, foi a ocorrência de novos dados.Dificilmente a condução coercitiva de Lula, ocorrida em 2016, invocada como um dos elementos determinantes da mudança de 180° em 2021 do voto proferido em 2018, tenha sido apenas fruto de uma percepção tardia. Nada de espantoso considerando que foram necessários 5 longos anos para declarar Curitiba , lugar inapropriado para julgar casos como o famoso triplex, entre outros processos.
Deixando de lado a logorreia bombástica do juridiquês, a qual aplasta o mortal comum, pouco afeito ao gongorismo Supremo, frases mais prosaicas, como “não há salvação para juiz covarde”, “você compraria um carro do Moro?” e o urticante menoscabo ao Piauí, rompem o estado anagógico no qual os ouvintes, ainda despertos, estavam mergulhados.Sem querer, poderiam vir à lembrança frases proferidas pelo ministro Barroso, dirigidas num outro contexto ao ministro Gilmar Mendes: “ Você é uma pessoa horrível ...com pitadas de psicopatia”.
No frigir dos ovos, a Operação Lava Jato ficou desacreditada,Moro passou de herói a vilão e as consequências desse 3x2 poderão se transformar num novo 7x1 ,cuja vítima é a ilusão de que um dia poderemos ser um País melhor.
Alexandru Solomon alex_sol@terra.com.br
São Paulo
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PEDIR DESCULPAS? JAMAIS
O recente pronunciamento do presidente Bolsonaro, em que aparentemente demonstrou apoio à vacinação em massa dos brasileiros, mostra a todos como funciona a sua versão da política nacional, pois muito mais fácil foi mostrar-se como realmente é, demagogo, populista e pusilânime, que admitir que errou e pedir desculpas à população brasileira. Para ele, política é para sujeito macho e durão, que pode mentir e mentir sempre, mas que jamais pode pedir desculpas, pois isso seria uma clara demonstração de fraqueza. Pobre Brasil, tão sujeito à atuação de canastrões hollywoodianos que preenchem, em postos públicos, tantos cargos de relevância e seriedade.
Marcelo Gomes Jorge Feres marcelo.gomes.jorge.feres@gmail.com
Rio de Janeiro
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COMITÊ DE CRISE
Pronto! Agora que Bolsonaro conseguiu criar o Comitê de Crise a cargo do presidente do Senado, está resolvido quem será o bode expiatório do fracasso do combate à pandemia. Agora nosso presidente pode voltar a se preocupar com sua reeleição que é a única coisa que lhe interessa.
Aldo Bertolucci aldobertolucci@gmail.com
São Paulo
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COERÊNCIA
Atendendo a orientações de comitês científicos, os prefeitos do Rio de Janeiro e de Niterói definiram que durante dez dias, de 26 de março a 04 de abril, serão observadas regras mais rígidas em cada uma das cidades. Evidentemente, tais regras deverão ser cumpridas rigorosamente. Entretanto, uma pergunta aqui fica: o transporte coletivo permanecerá operando abarrotado? Haja coerência!
Jomar Avena Barbosa joavena@terra.com.br
Rio de Janeiro
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‘QUEM QUER O LOCKDOWN?’
"Quem quer lockdown ?" perguntou ilustre sr. ministro da Saúde recém e tardiamente empossado. Com todo respeito, deixe-me dizer ao senhor que, apesar de médico, parece não saber o que é lockdown. Primeiramente e ainda que tardiamente, os familiares de 300 mil pessoas mortas nesta hecatombe, em grande parte por culpa de um governo inerte e insensível que já deveria ter tomado esta providência há pelo menos 6 meses. Mas também querem o lockdown pessoas que hoje estão vendo seus entes queridos à espera de um leito de UTI, com quase 70% de chances de virem a morrer pela falta dele. Também querem o lockdown estes heroicos profissionais de saúde, exaustos e desanimados desta luta insana sem ver o progresso dos resultados, apesar de seus esforços. Também quer o lockdown todo cidadão de bem engaiolado em seus recintos, assistindo todo dia pela TV este show de um verdadeiro circo de horrores. Também querem o lockdown dezenas de especialistas renomados, que todo dia falam sobre isto nas mídias sérias, sem que sejam ouvidos pelos nossos patéticos políticos. Tá bom ou quer mais ?
Agora, quem NÃO quer o lockdown, eu me lembro de uma só pessoa. Preciso dizer o nome ou o senhor já entendeu?
Paulo Sérgio Pecchio Gonçalves ppecchio@terra.com.br
São Paulo
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FARSA DO COMITÊ DA COVID
Acreditar que Jair Bolsonaro vai se converter em um defensor ardoroso no enfrentamento desta pandemia, a partir deste momento que anuncia em evento do Planalto, a criação de um comitê para coordenar a crise da covid é muita ingenuidade. Esse presidente, que jamais respeitou a ciência, a pandemia e as mortes, hoje em mais de 300 mil, e ainda ofende brasileiros que respeitam as regras protocolares do uso de máscaras e isolamento social, já no anuncio deste comitê teve a cara de pau de se referir ao tratamento precoce, do seu Kit Covid. Que contém medicamentos sem eficácia e comprovação científica, como a ivermectina e a hidroxicloroquina. Como relatam médicos de renomados hospitais de São Paulo, pacientes hospitalizados por covid que ingeriram esses medicamentos estão com maiores dificuldades no tratamento e até perdendo suas vidas. Ou seja, esse evento no Planalto não passa de uma farsa para tentar favorecer o presidente, que despenca nas pesquisas de opinião. E se realmente Bolsonaro estivesse determinado a comandar essa crise sanitária e unir o País, teria convidado todos os governadores, representantes dos prefeitos e não alguns poucos que o apoiam. Certamente, nem o presidente do Supremo, Luiz Fux, se sentiu confortável nesta cerimônia...
Paulo Panossian paulopanossian@hotmail.com
São Carlos
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MORTOS
Já atingimos mais de 300 mil mortos, a questão é: sem Bolsonaro, quantos seriam?
Francisco José Sidoti fransidoti@gmail.com
São Paulo
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A NOVELA DA CLOROQUINA
A toda-poderosa Food and Drugs Administration (FDA), órgão equivalente à Anvisa nos Estados Unidos, referência mundial no assunto, baniu a cloroquina para o combate à covid 19. Ato contínuo, Donald Trump despachou o estoque de cloroquina para o colega Jair Bolsonaro. Para um bom entendedor isso seria suficiente para encerrar a novela da cloroquina, mas não, agora a onda é fazer nebulização de cloroquina. Cada aplicação libera um leito de UTI, pois o paciente que receber a tal nebulização evolui para óbito. O Brasil é o país que mais está sofrendo com a pandemia. Se a cloroquina funcionasse, não haveria covid por aqui. Se Bolsonaro tivesse se empenhado pelas vacinas, pela máscara e pelo distanciamento social como ele se empenhou pela cloroquina, milhares de brasileiros estariam vivos. O Brasil e o resto do planeta esperam que as instituições brasileiras tomem as medidas necessárias para livrar o País e o mundo de Jair Bolsonaro. Maria Barilá Filho mariobarila@yahoo.com.br
São Paulo
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15
UM MANDA, OUTRO OBEDECE
A escolha de ministros pelo presidente Bolsonaro na base do "um manda, o outro obedece" não está dando muito certo para quem obedece. Vira um escudo do chefe e depois é "jogado aos leões".
Luiz Frid fridluiz@gmail.com
São Paulo
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300 MIL MORTES
A terrível tragédia de mais de 300 mil mortes em razão dessa pandemia dE Covid-19 tem uma pergunta que não quer calar: como foi possível que chegássemos a esse ponto. Os negacionistas governamentais entre nós vão ter que se responsabilizar perante a nossa história por tal hecatombe.
José de Anchieta Nobre de Almeida josedalmeida@globo.com
Rio de Janeiro
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PRESIDENTE IMPROVISADO
Ao assumir o cargo, o dirigente eleito tem a obrigação de apresentar um projeto de governo e indicar os responsáveis de cada um dos Ministérios, com a devida capacidade para o cargo. Mas efetivamente parece mesmo um O presidente improvisado (Estadão, 25/3 A3) que está no cargo maior da nossa República. E mais, não deixa de lado o negacionismo, postura que vem adotando em relação à pandemia que assola nossa população. Uma situação por demais preocupante.
Uriel Villas Boas urielvillasboas@yahoo.com.br
Santos
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LEGADO DE PAZUELLO
Quando o general Eduardo Pazuello assumiu interinamente o Ministério da Saúde, no dia 15 de maio, o Brasil registrava aproximadamente 15mil mortos pela covid-19. Está semana, ao sair pela porta dos fundos do Ministério da Saúde, deixou um legado de 300 mil óbitos. Sugiro que quando for condecorado pela missão cumprida, as insígnias devam ser cruzes em regozijo aos mortos, pois, durante esse tempo em que ficou à frente do Ministério, nunca demonstrou empatia às famílias enlutadas.
Pedro Luiz Leopardi leopardi73@gmail.com
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CHOROS
Os choros se entrelaçam na pandemia. Lágrimas cruzam caminhos sombrios. Sob o temor de 300 mil mortos. Choros indignados. O choro afetivo clama por paz. União e paciência. O amargo não disfarça o temor por decepções. Agruras e tristezas. Atrai maus pensamentos. O choro arrebatador é aquele que não teme fragilidades. Encara emoções. Os anjos garantem que tudo acontecerá no momento certo. O choro do retorno simboliza boas-vindas e cordialidade. Vividos por aqueles que cruzaram o paredão do medo e das trevas. O choro desolação é filtrado no sofrimento e na dor sem fim. O choro feliz é sinal do reencontro com Deus. Da fidalguia com o otimismo. Da fé com os bons combates. Da alma forte. Do amor com a chama da bonança. Com o frescor da vida. Necessária e solicitada em todos os lares. Abraçados com o sol alto e forte.
Vicente Limongi Netto limonginetto@hotmail.com
Brasília