Venezuela
‘Abraço à democracia’
Hoje, o governo de Lula promoverá o “abraço à democracia” na Praça dos Três Poderes, em alusão aos acontecimentos lamentáveis de dois anos atrás. Entretanto, daqui a dois dias, o mesmo governo Lula estará abraçando a “democracia” de Nicolás Maduro. Estaria o presidente sofrendo de dupla personalidade ou transtorno bipolar?
Luiz Gonzaga Tressoldi Saraiva
Salvador
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Posse de Maduro
É compreensível que fiquemos indignados com o fato de Lula determinar que a embaixadora do Brasil compareça a esse ato destituído de legitimidade. Porém, deve ser ponderado que há muitos brasileiros naquele país, o que torna a atitude do presidente prudente, pois não enviou ninguém do primeiro escalão, sem deixar de dizer que o Brasil tem alguma atenção a demonstrar. Diplomacia não é ideologia, mas relação entre Estados soberanos com interesses específicos, com base no Direito Internacional.
Dijalma de Camargo
São Paulo
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Tribunal de Contas
Nepotismo
O artigo de Roberto Livianu A grande família (6/1, A4) mostra como o nepotismo em nosso meio é amplo, com destaque para os Tribunais de Contas, onde a exigência legal de qualificativos é solenemente ignorada em benefício da grande família, lá alojando, em cargo vitalício regiamente remunerado, as queridas mulheres das autoridades. O pobre contribuinte brasileiro tem que bancar até isso! Será que um dia a Constituição vai ser respeitada?
José Elias Laier
São Carlos
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Baixada Santista
Surto de virose
O surto de virose na Baixada Santista, principalmente no Guarujá, não é novidade e mostra a inoperância das autoridades competentes. Em 2010 houve essa epidemia. Uma parente veio de Valinhos, nesta mesma época do ano, e após frequentar a praia do Guarujá teve problemas gastrointestinais fortíssimos, ficou hospitalizada e veio a falecer, após 12 dias. Na ocasião, a família procurou diagnosticar o que teria acontecido, pois não havia sentido para essa doença. O surto havia atingido mais de 2 mil pessoas, exatamente o que ocorre hoje. O que teria acontecido após um simples caminhar pela praia? Um sorvete caseiro, uma espiga de milho, uma água de coco? A família procurou entender, e até foi solicitada uma análise da água. Não houve resposta, como não haverá agora. Mas a ingestão de um alimento não é capaz de afetar milhares de pessoas. A premissa é a contaminação pela água que atinge a casa de todos os moradores, mas a Sabesp nega essa hipótese. Algo de errado e muito grave volta a acontecer.
Gilberto Ruas
São Paulo
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‘Estadão’, 150 anos
Fonte idônea
Na infância, fiquei impressionado ao visitar as rotativas do Estadão na Rua Major Quedinho, e entendi como era complexa a atividade jornalística. Agora, décadas depois, agradeço pelo empenho de cada pessoa que participou ou participa do caminho com perseverança, mantido pela seriedade que se fez a marca registrada deste jornal, fonte idônea de muitos e muitos brasileiros.
Jaques Bushatsky, pró-reitor da Universidade Corporativa Secovi-SP
São Paulo
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Companhia de uma vida
O jornal Estadão faz parte da minha vida “desde sempre”. Meus avós, meus pais, meu marido e eu acordávamos com o jornal O Estado de S. Paulo na mesa do café e, mais tarde, com a programação da Rádio Eldorado. Por alguns anos, ainda tivemos em nossas vidas o simpático – mais leve – Jornal da Tarde. Vocês mudaram e o mundo também mudou nestes 86 anos em que vivi. Obrigada pela companhia.
Isabel Longo Bahia
São Paulo
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Contribuição à democracia
Os 150 anos do Estadão representam um marco para a trajetória da imprensa no Brasil, com uma contribuição inestimável para a consolidação da República, da democracia e da livre iniciativa em nosso país.
Luiz Césio Caetano, presidente da Firjan
Rio de Janeiro
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O Estadão agradece os votos de feliz aniversário de Andrii Borodenkov, chefe interino da Embaixada da Ucrânia no Brasil; Abraham Goldstein e Edgar Lagus, respectivamente presidente nacional e vice-presidente da B’nai B’rith do Brasil; e Sindicato da Micro e Pequena Indústria (Simpi).
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Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br
FANTASIA
Em relação ao editorial Maduro rouba eleição, e Brasil vai à posse (Estadão, 7/1, A3), torço para que o filme Ainda Estou Aqui ganhe o Oscar e escancare ao mundo a atitude infeliz e contraditória do atual governo federal, que diz defender a democracia mas, ao mesmo tempo, prestigia abertamente uma ditadura sanguinária. Seria interessante para os membros desse verdadeiro desgoverno assistirem ao filme com atenção para poderem ver as tragédias que uma ditadura traz às pessoas comuns, às famílias, às empresas e ao País. O Brasil, infelizmente, ainda continua à mercê de um governo bastante inepto economicamente, que traz sofrimento crescente à população e às empresas com suas ações e, também, com sua falta de ação. E que ainda teima em viver no seu mundinho de fantasia em Brasília enquanto fecha os olhos para os horrores que acontecem, diariamente, pouco além de nossas fronteiras. Até quando? Tristes trópicos.
Fernando T.H.F. Machado
São Paulo
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POSSE DE MADURO
Agora só falta o governo brasileiro e o partido que está no poder chamar o governo de Nicolás Maduro: em condições análogas à democracia.
Vital Romaneli Penha
Jacareí
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GLOBO DE OURO
Um ponto se destaca das retumbantes manifestações referentes à distinção da atriz Fernanda Torres com o prêmio da Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood, o Globo de Ouro. Com toda vênia a quem considera ter sido, afinal, a esperada consagração da qualidade da produção nacional, o júbilo me parece, ainda, um tanto desmedido, a transparecer reminiscências de nossa formação colonial. Como a necessidade da chancela vinda do exterior para certificação de nossos valores, apesar de já estarem tão bem desenvolvidos e reconhecidos nos vários campos da arte e da cultura.
Patricia Porto da Silva
São Paulo
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FANTÁSTICA
Fernanda Torres já nos brindou por muito tempo com sua icônica Vani de Os Normais, e agora se consagra com Eunice Paiva. Não tenho palavras para expressar o quão fantástica ela é. Vitória para ela e para nós brasileiros.
Célia Maria Anderáos
São Paulo
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EMBLEMÁTICA
Os brasileiros ficaram acordados até tarde para ver Fernanda Torres recebendo seu merecido Globo de Ouro. Uma vitória emblemática, pois, além de recolocar o cinema nacional no foco mundial, o filme representa um verdadeiro libelo contra governos ditatoriais, contra a intolerância e contra os direitos fundamentais. A democracia, ora sobrevivente, agradece.
Elisabeth Migliavacca
São Paulo
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POR TODA VIDA
Curti no fim de semana lendo com curiosidade sagaz a edição especial de 150 anos do Estadão. Lembrei quando comecei a ter contato no científico quando um professor dividiu a sala em grupos com vários temas nacionais. Estávamos em plena redentora, tendo como bibliografia fundamental edições do Estadão, tempo de censura, mas o jornal manteve a sua perspicácia, e aprendíamos os estragos que a censura prévia sem ética poderia causar. Depois na graduação, pós e mestrado como aluno, agora leio como professor. Primeiro adquirindo nas bancas, depois assinando pessoalmente ou pelas empresas. Recentemente, como aposentado, ganhei uma assinatura dos filhos e ainda fotografo algumas notícias e envio para alguns amigos com minhas observações.
Silvio Olivo
São Paulo
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RECORDAÇÕES
Como assinante do jornal há cerca de setenta anos, reconheço o seu importante papel na minha formação social como professor universitário. A análise critica dos acontecimentos sociais sempre contribuíram de forma inequívoca para o esclarecimento do leitor e a formação cultural sempre ganhou a dimensão do evento, como por exemplo, o inesquecível patrocínio do Primeiro Festival Internacional de Cinema realizado no Cine Marrocos, onde também eram realizadas a entrega do famoso Prêmio Saci de cinema.
Álvaro de Aquino e Silva Gullo
São Paulo
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ENTRE GERAÇÕES
Guardei a versão impressa do Estadão 150 anos para presentear um sobrinho jornalista que mora na Alemanha há mais de 30 anos e possui uma bela coleção de edições importantes de jornais do mundo. E me perguntando sobre minha relação com o jornal, descobri que o Estadão faz parte do mundo para mim. Quando nasci, há quase 79 anos, ele já estava nas mãos de meus avós, pais e tios, assim, percebi agora que nunca imaginei um mundo sem o Estadão. Eu partirei e o Estadão continuará beneficiando meus futuros bisnetos.
Sandra Maria Gonçalves
São Paulo
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HISTÓRIA NAS PÁGINAS
O encarte do Estadão de sábado (Estadão, 4/1, E1-E48) é um almanaque que merece ser encadernado e objeto de leitura dos amantes dessa Máquina de Notícias verdadeiras e profundas que esclarecem o leitor de maneira singular. Desde 1876, quando Bernard Gregoire se propôs a distribuir o jornal A Província de São Paulo, na ordem de 900 exemplares diários, foi considerada uma façanha inédita. Tanto é verdade que o sucesso o tornou ícone do jornal. Na verdade, a matéria vai de A a Z, focando todos os acontecimentos, bons ou maus, até a data atual. Fatos já guardados no esquecimento de muitos brasileiros, que, após a leitura desse efemérides, afloraram novamente em nossos pensamentos e, em muitos casos, nos assustam com tantas tramoias que já passamos. Ao mesmo tempo, quanto evoluímos em nossas vidas. Novamente, meus cumprimentos Estadão. Nós, pessoas de bem, precisamos diariamente dessas fidedignas notícias. Obrigado. O Brasil precisa do Estadão e de seus comandantes.
Júlio Roberto Ayres Brisola
São Paulo
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SENSATEZ
Belíssimo artigo do ex-governador do Espírito Santo, Contra a marcha da insensatez (Estadão, 7/1, A4), um dos poucos políticos que mostram seriedade, visão e equilíbrio. Pena que nosso presidente não leia jornais, muito ocupado em sua campanha à presidência. Mala tempora currunt.
Aldo Bertolucci
São Paulo