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Cartas de leitores selecionadas pelo jornal O Estado de S. Paulo

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10 min de leitura

Direitos humanos

Dois pesos e duas medidas

O presidente Lula acertadamente, em menos de um dia depois de exposto o caso, soube demitir seu ministro Silvio Almeida, dos Direitos Humanos e da Cidadania, acusado pela ministra Anielle Franco e por outras mulheres de violar justamente direitos humanos, abusando delas sexualmente. Mas o mesmo Lula faz ouvido mouco às gravíssimas violações de direitos humanos na Venezuela do companheiro Maduro, onde, além de uma eleição comprovadamente fraudada, estão ocorrendo milhares de prisões, casos de tortura e tentativas de invasão de embaixadas. Pelo jeito, o presidente e seu assessor Celso Amorim continuarão a favor das democracias relativas, quando se trata de ditadores companheiros. Acorde, presidente, há momentos em que não dá para ficar em cima do muro.

Luigi Petti

São Paulo

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Assédio e punição

O assédio sexual deve ser exemplarmente punido, não importando se o praticante do crime possui excelentes predicados ou não. Meu total apoio à ministra Anielle Franco e às demais vítimas.

Adilson Roberto Gonçalves

Campinas

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Ambiente

O Brasil do improviso

Muito se tem falado sobre o clima, em especial sobre a Conferência da ONU sobre Mudança do Clima (COP) prevista para acontecer em 2025, em Belém do Pará. Ali se trabalha no plano das ideias, mas o fogo vem consumindo o que há de melhor na Amazônia, no Pantanal e um vasto número de cidades pelo Brasil, com suas propriedades destruídas. Só agora, porém, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, parece ter acordado para a necessidade de fazer alguma coisa de fato (Estadão, 5/9, A17). Ela propõe criar um marco regulatório com a figura da emergência climática, para fugir do teto de gastos diante de uma situação de catástrofe, a exemplo do que aconteceu no Rio Grande do Sul. Fala que estamos vivendo um “novo normal”, aproveitando-se da retórica, como se só agora os incêndios que assolam o País estivessem acontecendo. As queimadas na Amazônia e no Pantanal, porém, já deveriam ter sido resolvidas, se o ministério atuasse seriamente na fiscalização e no combate ao desmatamento. Tudo o que se lê é que aumenta significativamente o desmatamento, enquanto os incêndios consomem florestas. O fogo não espera; enquanto Marina Silva sonha com o tal marco, o Pantanal está sendo devastado. E o que disse a ministra? Que, se o cenário de mudança climática não for revertido, o Pantanal pode acabar no fim deste século. Esse é o Brasil das promessas, do improviso e do atraso.

Izabel Avallone

São Paulo

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Choque de gestão

O fim do meio ambiente foi proposto, mesmo, pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, e Lula da Silva segue determinado a alcançar esse objetivo. Bolsonaro era curto e grosso, Lula é cínico e dissimulado; Bolsonaro abriu mão de receber uma conferência mundial do clima no Brasil, Lula vai passar muita vergonha na COP-30, no ano que vem, em Belém do Pará: o mundo inteiro verá a Amazônia em chamas, os índios sendo massacrados, os maiores rios do planeta sendo envenenados pelo lixo da mineração e pelo esgoto doméstico que corre a céu aberto pela cidade. O Brasil precisa de um choque de gestão.

Mário Barilá Filho

São Paulo

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Eleição em São Paulo

Trampolim para Brasília

O candidato à Prefeitura de São Paulo Pablo Marçal (PRTB) admitiu publicamente não ver problema algum em renunciar ao cargo de prefeito para se candidatar à Presidência da República. É evidente que é esse o seu desejo supremo, sendo a atual campanha para a Prefeitura apenas uma vitrine para se tornar conhecido e o cargo de prefeito, caso eleito, um mero trampolim para alcançar a Presidência. À parte a vertente ideológica deste ou daquele candidato, seria de bom-tom a legislação eleitoral rever a procedência desse expediente. Os exemplos conhecidos não foram bem recebidos pelo eleitorado: em 2006 o então prefeito José Serra renunciou ao cargo para se candidatar ao governo, o mesmo acontecendo com João Doria em 2018. Os eleitores conscientes, assim como a população verdadeiramente interessada nos problemas do município, querem um mandatário comprometido com o cargo durante todo o mandato, e não alguém que assume a função já pensando no governo do Estado ou na Presidência. Já passou da hora de acabar com essa farra.

Luciano Harary

São Paulo

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Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

AFRONTA AO ESTADO

Alexandre de Moraes, o xerife do Brasil, pressiona seus subordinados a produzir relatórios que turbinam os processos contra aqueles que, supostamente, praticam atos antidemocráticos. Para muitos são atitudes legais, mas imorais, principalmente partindo de um ministro da Suprema Corte. Bloquear as contas da Starlink e também de seu patrimônio (automóveis, aviões, barcos), empresa via satélite mais usada no Brasil e, contra a qual não existe nenhuma acusação de pratica ilícita, é uma afronta ao Estado Democrático de Direito e mostra mais uma atitude autoritária de um ministro que se diz defensor da democracia. Fora, Alexandre de Moraes.

Jose Alcides Muller

Avaré

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‘POLEIRO DE GALINHEIRO’

O Supremo Tribunal Federal (STF), atualmente, está mais sujo que poleiro de galinheiro. Mas convenhamos, o STF representa Lula, Jair Bolsonaro e Congresso. A maioria dos que lá estão foram indicados por Lula, Dilma Rousseff e Bolsonaro. Foram indicados para defender seus padrinhos e não por grande saber jurídico. Foram confirmados no cargo com o apoio dos senadores, tão inocentes quanto os presidentes Lula, Dilma e Bolsonaro. E com o apoio dos votos dos eleitores brasileiros, que não precisam de urnas adulteradas, pois a própria ignorância garante a eleição dos que aí estão e dos que estão chegando, tipo Pablo Marçal. Viva a democracia brasileira. Viva a ignorância. Viva a pobreza. Viva os empresários, intelectuais e mídia, que se calam. Peço socorro.

Maria Carmen Del Bel Tunes

São Paulo

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‘NÃO É FÁCIL SER BRASILEIRO’

Lula, Alexandre de Moraes, STF, políticos, impostos, juros, inflação, preços dos alimentos, bandeira vermelha, assaltos, roubos, horário político e outras cositas mais. Não é fácil ser brasileiro. Nunca foi. Está pior. Muito pior.

Carlos Gaspar

São Paulo

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GESTÃO LULA

As notícias, que não são apenas notícias, mas notícias checadas e comprovadas, mostram que estamos vivendo tempos obscuros e o final não se parece a nada que cheire a democracia. Se não, vejamos. O Congresso com cada vez mais poderes e verbas para fazer o que bem entender, afrontando até a Constituição. Vide emendas Pix. O governo da vez atentando contra estatais, agências reguladoras e tendo uma vergonhosa postura com relação à política externa, em especial ao resultado das eleições venezuelanas. Diga-se de passagem, também atentando contra a Constituição. O Supremo Tribunal Federal (STF), que deveria ser o baluarte da Constituição, mais perdido que cego em tiroteio, atuando onde não é chamado nem é da sua atribuição, e afrontando a tudo e a todos com decisões monocráticas e processos infinitos. Pelo visto, só falta o presidente da República democrática relativa mudar a data do Natal.

Luiz Gonzaga Tressoldi Saraiva

Salvador

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MEDALHA DE OURO

Aos que reclamaram, com motivo, da medalha que a esposa de Lula, a Janja, recebeu sem méritos: e se for de ouro maciço? Precisa desenhar?

Tania Tavares

São Paulo

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CONDECORAÇÕES ÀS ESPOSAS

Infelizmente, no Brasil, as condecorações de honra ao mérito são uma verdadeira piada. Como esta medalha ao mérito Oswaldo Cruz, entregue por atuação à saúde à 22 pessoas, que, dentre elas, e a quem não apresenta justificativa alguma, Lula condecora de forma estapafúrdia a sua própria esposa, a primeira-dama Janja. Assim o fez também em 2010 quando condecorou a já falecida ex-esposa Marisa Letícia. Porém, Lula, nesta mania crônica de presidentes desprezarem a meritocracia (em até várias áreas do funcionalismo), não está sozinho. O seu antecessor Jair Bolsonaro condecorou com quatro medalhas a sua esposa Michelle Bolsonaro, incluindo a de Oswaldo Cruz. Pode?

Paulo Panossian

São Carlos

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TRÊS PODERES

Os editoriais da última semana no Estadão A covardia do Brasil na Venezuela (Estadão, 4/9, A3) e A capitulação do Supremo (Estadão, 4/9, A3), dão a medida exata do caminho da democracia de Lula e seus famigerados adeptos: transformar este imenso País à imagem e semelhança do que ocorre por lá. É este o intento deste maligno partido, o PT, e do Executivo atual: o de ter em suas mãos o controle das instituições, subjugando as Forças Armadas, dominando o Judiciário e comprando o Legislativo. O Judiciário, para transformar tudo o que deseja em Constitucional, o Legislativo, para autenticar tramoias, e as Forças Armadas, para que o povo não saia às ruas. Triste destino que os brasileiros estariam fadados a viver quando colocaram no poder, em 2002, aquele que sonhavam um dia levaria o Brasil ao concerto das grandes nações.

Carlos Leonel Imenes

São Paulo

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VOTOS OU DINHEIRO

A covardia do Brasil na Venezuela (Estadão, 4/9, A3). Políticos agem sempre pensando em votos ou dinheiro. Nicolás Maduro não vota no Brasil.

Celso Francisco Álvares Leite

Limeira

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PRESIDENTE LULA

A covardia não é do Brasil. O Brasil é uma instituição, uma Nação, cujo povo não apoia as decisões de Lula da Silva, que, aliás, é um presidente sem povo, igual ao ditador da Venezuela. O covarde é o presidente, amiguinho do companheiro Nicolás Maduro.

Arcangelo Sforcin Filho

São Paulo

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O QUE FALTA?

Com a decretação do mandato de prisão do candidato da oposição a Maduro, Edmundo González Urrutia, que claramente venceu as eleições na Venezuela, o governo brasileiro, por meio do seu assessor especial Celso Amorim, afirmou que o País “não aceita prisões políticas”. O que será que falta acontecer na Venezuela para que o Brasil de Lula reconheça que o companheiro Maduro é um ditador?

Abel Pires Rodrigues

Rio de Janeiro

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INFLUENCERS PRESOS

A profissão de influencer virou moda no Brasil. Muitos resolveram se tornar influencers e, segundo consta, vários vêm da geração nem-nem – nem estudam e nem trabalham. Nessa maneira de ganhar dinheiro fácil, os bicheiros modernos estão saindo do controle e avançando rapidamente em irregularidades criminais. Cooptadas por quadrilhas dedicadas à jogos ilegais e lavagem de capitais, acabam levando esses famosos para a cadeia. Sem qualquer regulamentação, a jogatina corre solta – e os crimes também. Na verdade, o livre trânsito de recursos ilícitos circulam impunes pelo País, que vendem ilusões, tendo como chamariz influenciadores. Afinal, alguém tem que dar um basta nessa baderna indecente que arruína famílias.

Júlio Roberto Ayres Brisola

São Paulo

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‘VAIDADES E TOLICES’

O oceano de mediocridades da internet também tem suas estrelas. Desconfio que há uma fábrica de produzir influencers, todos iguais, mulheres e homens de um mesmo biotipo, fabricados para dizer aos outros imbecis do que eles devem gostar e como agir para serem amados pelos outros idiotas, seus iguais. Figuras que se completam em suas bolhas de futilidade e babaquices. Este mundo de idiotas sempre existiu, mas não tinham palco nem voz. Agora o mundo se abriu para todos mostrarem suas vaidades e tolices. Eles são maioria e o mundo é deles. Viva a mediocridade.

Paulo Sergio Arisi

Porto Alegre

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‘LOUCURA INFERNAL’

Incêndios criminosos. Dos casos suspeitos, quantos são investigados? Qual é o índice de resolução e julgamento? Dos condenados, quantos cumprem pena ou pagam multa? Dos que cumpriram pena, quantos são reincidentes? Enfim, com a eficiência de nosso sistema Judiciário, qual é a perspectiva de frear o absurdo ambiental que vivemos? Aliás, alguém tem algum número que dê alguma noção da situação real que vivemos? Não o número de incêndios, mas o que está por trás. As perguntas são pertinentes, os inúmeros casos absurdos que temos nas cidades são prova cabal. Roubo de cabos elétricos na CPTM e CET, por exemplo, muitos deles filmados, não se sabe se sequer são investigados ou não, mas se tem certeza que são intermináveis. Dentre tantos outros casos, isto dentro da cidade, área limitada com densidade populacional, onde há uma estrutura montada de policiamento e investigativo, com provas palpáveis, endereço certo, etc. No campo, nas matas, no cerrado, áreas imensas pouco povoadas, cheias de ameaças? Faz anos que alguém aqui nos Jardins está mudando criminosamente a posição de semáforos. Fazê-lo demanda uma escada, uma chave 17 ou 19 mm, soltar parafusos, reposicionar o semáforo e suas luzes, prender tudo de novo, pegar a escada e ir embora sem que ninguém perceba, não importa que seja em frente a guarita da rua e que a rua tenha 24 horas motos de segurança circulando. Você pergunta e ninguém viu, ninguém vê, ninguém sabe como aquilo aconteceu. Você denuncia e cai no vazio. Você conversa com os marronzinhos da CET e alguns deles falam sobre o assunto, outros nunca perceberam nada, nunca ouviram falar, mesmo que a conversa se dê debaixo de um dos semáforos que foram criminosamente mudados de posição – fato ocorrido. Tudo indica que os incêndios vão continuar porque o Poder Público e o Estado não têm mão forte, mão pesada, que no caso dos incêndios criminosos se faz mais que necessária. As notícias mostram que para uma área imensa, floresta a perder de vista, se tem 150 brigadistas acaba sendo deprimente. Só? Quantos seriam realmente necessários? Melhor, o que urge para o controle desta loucura infernal que vivemos? O Brasil sempre viveu um “toca fogo no circo”, um “quanto pior, melhor”. O resultado está aí.

Arturo Alcorta

São Paulo

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MORADORES DE RUA

As eleições municipais se aproximam e um dos maiores problemas de Curitiba é a população em situação de rua, que nos últimos anos tem aumentado consideravelmente. A grande maioria são homens, jovens, migrantes de outras cidades do Paraná, mas, também de outros Estados. Alguns usuários de drogas, mas muitos já em situação de drogadição, o que leva o Poder Público a tratar o assunto além de social, como também de segurança pública, já que a violência e ameaças são uma constante entre eles nas ruas e praças centrais, o que expõem a insegurança dos cidadãos e ao próprio comércio. Em nossa capital, para tentar amenizar essas situações, a prefeitura tem implantado novos abrigos públicos com estrutura de saúde e amparo a esta comunidade, mas é muito pouco o número destes homens e algumas mulheres de querer fazer cursos, frequentar ensino ou mesmo voltar ao mercado de trabalho e ressocializar. Devido a tantas estruturas sociais e um número imenso de ONGs que os apoiam, eles só buscam essas ajudas para se alimentar, pegar roupas, aproveitar os alimentos, albergues e hotéis sociais; mas voltam nestes intervalos de horas para perambular pelas ruas, praças, etc. Parece até que tem gente que lucra com a existência e permanência deste batalhão de pessoas em situações adversas, porque não se vê nem ONGs e nem o Poder Público lutar por moradia, aqueles que de fato estão nas ruas e abrigos pela falta de um teto. É um problema grave de ordem social que os próximos vereadores e o prefeito e seu vice deverão tratar com seriedade. Esse assunto delicado e controverso de Curitiba. Quem quer ação social para melhorar na vida deve ser priorizado. Agora, aqueles que se escondem nas camadas sociais dos moradores de rua para promover a desordem e a violência devem ser devidamente tratados na área de Segurança Pública. O Poder Público não pode perder o controle deste imbróglio que tem prejudicado muitos trabalhadores, estudantes e toda população curitibana.

Célio Borba

Curitiba

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TRANSPORTE CARIOCA

O complexo do Roberto Medina, chamado de Imagine, vai gerar 143 mil empregos. Que tal expandir o metrô do Jardim Oceânico até lá? Como escreveu John Lennon: you may say I’m a dreamer, e eu diria: but I’m not the only one. Pensando grande para ver se resolve o grande problema de transporte da cidade.

Roberto Solano

Rio de Janeiro