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Cartas de leitores selecionadas pelo jornal O Estado de S. Paulo

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9 min de leitura

Violência urbana

Assustador

São assustadoras as imagens da violência urbana em Copacabana, onde bandos de assaltantes atacam à luz do dia. E é igualmente assustador que moradores do bairro tenham criado um grupo de justiceiros para combater esses assaltantes. É igualmente criminoso e deve também ser combatido pela Polícia.

José de A. Nobre de Almeida

josenobredalmeida@gmail.com

Rio de Janeiro

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Justiça

Grupos de justiceiros em Copacabana, bairro nobre do Rio, se formam. Todos repetem que não adianta prender os criminosos – o que também dizem os responsáveis pelas polícias –, pois o Judiciário os liberta rápido e facilmente. E, assim, as castas nacionais continuam a desenhar o cenário brasileiro dividido entre felizardos e infelicitados. É apenas uma questão de falta de pudores e de dignidade nas classes políticas e nas demais classes dirigentes dos Poderes da República. Precisaríamos de menos sinecuras, menos privilégios e menos corrupções perdoadas e de mais educação, punições eficazes e vontades políticas honradas.

Marcelo Gomes Jorge Feres

marcelo.gomes.jorge.feres@gmail.com

Rio de Janeiro

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Sabesp

Inaceitável

A imensa maioria dos manifestantes que compareceram à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) para acompanhar a votação da privatização da Sabesp era composta por jovens que tinham um único intuito: tentar obstruir de qualquer maneira, por meio da confusão e da violência, o pleito. Os atos de vandalismo foram nitidamente premeditados, pois não houve provocação prévia alguma. Foi uma versão reduzida do que aconteceu em Brasília em 8 de janeiro, o mecanismo é o mesmo: se um determinado objetivo não é atingido pela via democrática, a ordem é partir para a ignorância. É preocupante que jovens, justamente aqueles que mais deveriam entender e propagar os preceitos democráticos mais fundamentais, como, por exemplo, discutir temas e leis civilizadamente na Casa Legislativa, façam da violência desenfreada uma forma de protesto e considerem isso normal. Não é normal, não é aceitável, não é democrático, seja qual for o assunto em questão.

Luciano Harary

lharary@hotmail.com

São Paulo

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Emendas parlamentares

Linha do tempo

O enfadonho assunto das emendas parlamentares não sai do noticiário e continua revelando a “politicagem desembestada e prepotente” de Brasília, para usar a feliz expressão de Paulo Hartung em Governo e sociedade, uma conexão decisiva à democracia (Estadão, 3/1, A4). O povo assiste bestializado à disputa do dinheiro extraído do bolso do contribuinte pelos Poderes da União, ainda não independentes nem harmônicos. O editorial A deturpação das emendas parlamentares (Estadão, 5/12, A3) descreve esta barafunda federal que não respeita os princípios da impessoalidade, da moralidade, da legalidade, da publicidade e da eficiência, expressos no artigo 37 da Constituição Cidadã. Parece-me que isso só acontece porque, na distribuição dos recursos tornados públicos, se ignoram também muitos dispositivos constitucionais de gestão das finanças públicas, como ocorreu nos célebres escândalos dos Anões do Orçamento (1993), da Máfia dos Vampiros (2004), dos Sanguessugas (2006) e do Orçamento Secreto (2021). Ao observar essa linha do tempo de sacanagens de anões e gigantes, me vem mais uma vez à memória a música Bola de meia, bola de gude, do inspirado Milton Nascimento: “Pois não posso, não devo, não quero viver como toda essa gente insiste em viver. E não posso aceitar sossegado qualquer sacanagem ser coisa normal”.

João Pedro da Fonseca

fonsecaj@usp.br

São Paulo

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América Latina

Triste destino

Brasil, Argentina e Venezuela, três grandes nações e seu triste destino de serem lideradas por políticos medíocres, sem estatura de estadistas à altura de seus notáveis países e dos complexos desafios do século 21. O mundo anda em progressão geométrica, e as nações sul-americanas se movem lentamente, em progressão aritmética, em descompasso com os demais países. Está na hora de brasileiros, argentinos e venezuelanos reagirem e escolherem os melhores nomes da nação para dirigir seus respectivos países, se desejam melhores dias para seus filhos.

Paulo Sergio Arisi

paulo.arisi@gmail.com

Porto Alegre

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Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

BOM SENSO DE MADURO

Se depender do governo brasileiro, Maduro pinta e borda na fronteira com o Brasil, porque Lula da Silva se limita, timidamente, a dizer “que o bom senso prevaleça”. Mas já temos comprovações suficientes de que Maduro não aplica muito o seu bom senso. Assim, Lula da Silva ideológico fica sempre na frente do Lula da Silva administrador, do lutador para o progresso do Brasil e do pugnador pelo alavancamento de nossa economia. Ainda bem que as forças brasileiras de ataque e defesa já se manifestaram e seguirão na defesa nacional, gostem ou não os ideólogos retrógrados.

José Carlos de Carvalho Carneiro

carneirojcc@uol.com.br

Rio Claro

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SOLDADO DO EXÉRCITO

Os militares “são bons” para serem enviados para regiões críticas e perigosas, inclusive os jovens que não são carreiristas. Foram enviados para a zona de guerra de Israel, para a “zona de guerra” do Rio de Janeiro e agora para área de conflitos próximo a Roraima. Contudo, na hora do reajuste salarial dos servidores, são excluídos. Soldado do Exército ganha em media R$ 1.700 de salário bruto.

Heitor Vianna P. Filho

posadacta@gmail.com

Araruama (RJ)

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REFORÇO MILITAR

O reforço militar para a fronteira brasileira com a Venezuela já estava previsto pela situação do tráfico e faz parte da demagogia de nosso maior turista pago com os recursos de brasileiros, e ainda é insuficiente para enfrentar o real problema de segurança interna do Brasil, além da falta de um programa nacional de segurança. Ah! Quanto a Maduro, basta mandar uma camisa de força e alguns comprimidos de tarja preta.

Jose Rubens de Macedo Soares

joserubens@jrmacedoadv.com.br

São Paulo

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‘JUSTICEIROS’ NO RIO

Agora, aqui no Rio de Janeiro, em resposta ao recrudescimento dos recentes ataques de grupos assaltando transeuntes, alguns armados, surge outro grupo de “justiceiros”. A que ponto estamos chegando? Estamos regredindo aos tempos bárbaros? O Estado, por desinteresse, incompetência ou falta de recursos, finge que não vê, e não oferece ensino de qualidade, saúde pública, segurança nem transporte público decente. O Estado se deteriora a olhos vistos. O que é feito dos tributos cobrados da sociedade? Aonde isso vai parar?

Panayotis Poulis

ppoulis46@gmail.com

Rio de Janeiro

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ATRASO BRASILEIRO

O tremendo atraso do Brasil enquanto nação decorre da péssima e terrível qualidade do nosso material humano. Nós temos leis vergonhosas que não punem ninguém por conta do caráter de vitimização das nossas leis penais que ideologicamente tratam bandidos da pior espécie como vítimas sociais. A Constituição brasileira só concede um mar de direitos, inclusive para transgressores sem nada cobrar do cidadão a nível de trabalho e construção social. Nossa população, a grande maioria absolutamente desvalida, desempregada e sem qualquer tipo de preparo ou de instrução por conta de um ensino público de péssima qualidade, é uma população propositalmente marginalizada. Interesse político de instruir e preparar a população, nenhum, desde a época do Império. Este mar de zumbis sociais que vaga pelas ruas das grandes cidades brasileiras sem nada produzir para a sociedade, protegido por leis lenientes e cúmplices desta terrível realidade, retrata de forma vil a estúpida e indigente mentalidade brasileira de eterna vitimização. Ação e determinação da nossa sempre inepta governança para a solução desta e de tantas terríveis realidades sociais, simplesmente nenhuma, desde sempre.

Paulo Alves

pauloroberto.s.alves@hotmail.com

Rio de Janeiro

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MARCO TEMPORAL

Excelente o editorial Marco atemporal da insensatez (6/12, A3). Acredito que o ditado popular “por fora bela viola, por dentro pão bolorento” se encaixa perfeitamente às declarações do “viajante” presidente Lula ao exterior. Lá fora, para inglês ver, prega a paz incansavelmente, porém, internamente, quer mais é que o circo pegue fogo. Em Dubai, durante a COP-28, comparou o Congresso Nacional a uma raposa tomando conta do galinheiro sobre a questão do marco temporal. A reação mais incisiva coube à Frente Parlamentar do Agro, setor que carrega o Produto Interno Bruto (PIB) nos “lombos” e, no entanto, é espezinhado pelo presidente sempre que tem o microfone às mãos. “As falas de Lula criminalizam o Legislativo, amplia a animosidade no Campo e aflora o debate jurídico”, diz o texto. Alguns parlamentares taxaram Lula como autoritário, e outros o acusaram de tentar a “criminalização” da área rural. Para este jornal, uma fala desrespeitosa sob qualquer ótica. Poucos se levantaram contra o tamanho desatino do presidente da República e ficou claro que a liberação de emendas é mais importante do que a honra do Legislativo.

Sergio Dafré

sergio_dafre@hotmail.com

Jundiaí

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REFORMADORES BRASILEIROS

Lendo o artigo de Felipe Salto A Hidra tributária (7/12, A6), cuja síntese é que “a reforma prometia a simplificação, manter a carga tributária, não cumulatividade plena, o fim da guerra fiscal e a concentração da tributação no destino. Nada disso ocorrerá”, fica claro que, a exemplo de um sem-número de outras reformas anteriores, os reformadores brasileiros seguem à risca a máxima de Giuseppe Tomasi di Lampedusa, citada no seu romance O Leopardo, com pequenas adaptações, assim: “Tudo deve ser reformado de forma que tudo fique como está”. Pena que se gaste tanto tempo e recursos para isso.

jcmrizzo@uol.com.br

José Claudio Marmo Rizzo

São Paulo

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INFLAÇÃO DE TAXA DE DESEMPREGO BAIXAS

Muito boa a coluna de William Waack. Leio sempre. Porém, quero discordar de dois pontos de Desafios esmagadores (7/12, A10). Inflação baixa? Onde, por favor? Pois na minha região, próxima de Campinas, não senti nada no bolso. Segundo, taxa de desemprego baixa? Com um PIB desses? Parece que o novo contratado do IBGE já está fazendo mágica. Leio é que muitas empresas estão fechando e demitindo.

Nelson Falseti

falsetini@gmail.com

São Paulo

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CRÍTICAS DO PT

PT critica poder do Centrão e ‘austericídio’ fiscal às vésperas de mudanças na equipe de Lula (Estado, 8/12). Lula, a grande referência do PT, que mantém as tradições de gestões anteriores, governando à base de acordos espúrios, ao melhor estilo do “toma lá, dá cá”, virou “peteca” nas mãos do Centrão. Se o PT tem que fazer críticas, não é ao Centrão, e sim ao seu líder, Lula da Silva.

Maurílio Polizello Junior

polinet@fcfrp.usp.br

Ribeirão Preto

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SERGIO MORO

Sergio Moro, outrora renomado pela sua atuação como juiz na Operação Lava Jato, agora enfrenta um capítulo obscuro em sua carreira política. Após ascender ao cargo de senador, encontra-se à beira da cassação, perdendo relevância política rapidamente. Sua trajetória, antes marcada por combate à corrupção, parece obscurecida por controvérsias e desgastes, resultando em uma figura outrora proeminente que agora luta para manter sua influência. O cenário político revela um Moro distante da projeção anterior, representando uma transição drástica de prestígio para uma posição de questionamento e declínio.

Luciano de Oliveira e Silva

Luciano.os@adv.oabsp.org.br

São Paulo

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TRATAMENTO DE ESGOTO POR DISPERSÃO

A privatização da Sabesp não vai resolver nada. O que vai resolver é substituir os emissários submarinos por estações de tratamento de esgoto. Hoje a Sabesp coleta o esgoto e lança no mar, através dos emissários submarinos, e diz que o esgoto foi 100% tratado pelo método da dispersão. Esse método não resolve o problema. Na alta temporada as praias do litoral inteiro ficam impróprias, contaminadas pelo esgoto sem tratamento que a Sabesp joga no mar. O Brasil precisa banir o método de “tratamento” de esgoto por dispersão e impor a construção de estações de tratamento de esgoto de verdade.

Mário Barilá Filho

mariobarila@yahoo.com.br

São Paulo

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RODÍZIO DE ENERGIA

Sugestão à Enel para cidade de São Paulo: rodízio regional do fornecimento de energia, similar ao do trânsito. Em horários de “pico”, por exemplo das 11h às 18h, cortes regionais. Por quê? Muito calor, aparelhos de ar-condicionado ligados ao mesmo tempo. Não esperaríamos o próximo verão. Iniciar-se-ia agora.

Cesar Eduardo Jacob

cesared30@gmail.com

São Paulo

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REBAIXAMENTO DO SANTOS

Depois de 111 anos de sua fundação, em 1912, ostentando orgulhosamente dois títulos mundiais conquistados (1961 e 1962), o Santos F.C., sob a desastrosa presidência de Andrés Rueda, se vê pela primeira vez na história rebaixado para a Série B do Brasileirão. No ano após o falecimento do Rei Pelé, maior jogador de todos os tempos, ”o Atleta do Século”, a Vila Belmiro chora de vergonha e tristeza.

J. S. Decol

decoljs@gmail.com

São Paulo

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PRETO E BRANCO

Preto com branco ou branco com preto, tanto faz. Essas cores, no futebol, estão fadadas ou insucesso: o Botafogo escorregou no final, o Vasco se salvou por milagre e o Santos (time do Rei Pelé) entra no clube dos rebaixados. A coisa está preta, ou melhor, preta e branca.

Roberto Solano

robertossolano@gmail.com

Rio de Janeiro

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DECADÊNCIA DO FUTEBOL BRASILEIRO

Outrora futebol que deu inveja a todas as seleções participantes da Copa do Mundo, dono de cinco taças, o invejado pentacampeão do mundo deixou de mostrar o bom futebol depois de 2002, ano da última conquista. Já se passaram cinco Copas do Mundo que a seleção canarinha nem chegou à final. A pior atuação da seleção nas Copas foi quando a patrocinou, em 2016: perdeu da Alemanha por 7 x 1, jogando no Mineirão. Sou torcedor da seleção desde 1953, quando tinha 16 anos e havia deixado Londrina para estudar em São Paulo. Meu companheiro de quarto era são-paulino roxo e, para o novo tricolor, o meu time foi campeão paulista. Mencionei esse detalhe para dizer que acompanho futebol há 75 anos. Outra coisa, tenho certeza de que não verei mais a seleção levantando a taça. O nosso futebol decaiu demais, enquanto o europeu melhorou em tudo. Até no fundamento e em outros requisitos o futebol brasileiro precisa melhorar se quiser voltar a ser competitivo, e não somente participativo. Como aconteceu isso? Quem acompanha sabe...

Toshio Icizuca

toshioicizuca@terra.com.br

Piracicaba