Olá, amigos.
Todos bem?
Sim, lá se foram minhas férias.
Em breve, vou organizar um texto sobre a coquetelaria nas cidades que visitei (Madri, Porto, Lisboa, Atenas e Nápoles). Acho que pode render um material legal para um debate etílico por aqui...
Enfim, não achei que conseguiria material para essa primeira semana de retorno.
Me enganei de um jeito maiúsculo.
O mundo da coquetelaria está em alta rotação aqui em São Paulo. Muitas casas prestes a abrir, outras em soft-opening, projetos e mais projetos.
Eis que na quinta-feira visitei o Pindura - que abre oficialmente na terça-feira, dia 7. Trata-se da materialização de um sonho do bartender Diogo Sevilio (Diogro), que há tempos vem gestando a ideia de apresentar a cultura de boteco, a coquetelaria popular brasileira de boteco, em sua potencialidade máxima. Com a parceria com o grupo DRK, esse sonho já está instalado na Vila Madalena, no antigo ponto do Mule Mule.
O Pindura é uma consequência natural de projetos como Marginália R.A.É (Rasgueirage Avec Élégance) - lançado por Sevilio em 2019 e que pregava a valorização de botecos e bebidas marginalizadas.
O novo bar tem mais de 80 coquetéis listados em seu cardápio. O Pindura oferece todas as variações clássicas (ou criados por Sevilio) daquilo que, em um mundo ideal, seria possível de reproduzir em quase todos os boteco do Brasil. Entre os chamados ‘Pop Drinks’, raspadinhas, shots e misturinhas saídas de ‘suqueiras’.
Drinques como ‘Beijo na Boca’ (já pensou em beber um Halls?), ‘Namorar Pelado’, ‘Bacurau’ e ‘Piña Queimada’ são surpreendentemente bons - e estão em uma faixa de preço que vai de R$15 a R$ 25.
Vale também olhar para os autorais que Sevilio vem trabalhando ao longo dos anos, como o Dimiliano (uma espécie de Old Fashioned com Domeq, Cynar, Bitter de Café, twist de laranja e cereja chuchu) e o Bullet In The Head (com Jack Daniels, Brasilberg, limão, bitter e twist de laranja).
Além dos coquetéis, a cozinha botequeira está bem representada com sardinhas, bolinhos e muito mais.
O Pindura fica na Rua Aspicuelta, 459 - Vila Madalena.
SHUK
Nesta semana também fui almoçar na nova unidade do Shuk, restaurante especializado em comidas de rua do Oriente Médio. O Shuk da Rua Ferreira de Araújo é um sucesso consolidado na região. Por isso fiquei curioso para conhecer a casa da Rua Girassol - que tem como foco as esfihas.
Ok, mas qual o motivo de falar em esfihas aqui neste balcão dedicado ao universo da coquetelaria? Bem, o novo Shuk também apresenta uma carta de coquetéis assinada por Alexandre Bussab e Tabata Magarão, do Trinca Bar. Em seu primeiro dia oficial de funcionamento, experimentei o Zatartini – uma variação de martini com infusão de zaatar e damasco.
Também peguei uma “provinha” do Tahini Negroni ( com gim, Campari, vermute rosso e fat de tahine) e do Middle East Old Fashioned (com borbon, run, nozes, xarope de jallab e bitter de café com cardamomo. Preciso voltar para experimentá-los direito.
Também existem drinques com arak, como o Arak Attack - com rum, limão siciliano, xarope de especiarias, hortelã, club soda e arak.
Na Rua Girassol 625, Vila Madalena.
Solara
Para a comemoração de 2 anos de vida, o Solara recebe o nova-iorquino Barely Disfigured. Os bartenders Jeremy Andre e Morgan Hamidani apresentarão quatro drinques preparados com Fords Gin e Woodford Reserve. O Cór Gastronomia assina as comidinhas do evento. No próximo dia 8 de Maio, às 19h, na R. Original, 89, Vila Madalena.