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Drinques para fazer em casa

Balcão do Giba

Balcão do Giba

Passeio etílico pelo centro de SP: a coquetelaria do Cineclube Cortina, do Fel e Infini Bar

Começo do ano com os drinques de Chula (no Cineclube Cortina) e os clássicos esquecidos do Fel (embaixo do Copan)

Olá, amigos

Todos bem?

Aproveitei os últimos dias de 2022 e o comecinho de 2023 para preencher algumas lacunas etílicas. Eu, por exemplo, ainda não tinha visitado o bar do centro cultural Cineclube Cortina. Além disso, fazia uma eternidade que eu não encostava esse cotovelo no charmoso balcão do Fel, bar que fica embaixo do edifício Copan, e  também no concorrido Infini Bar, que fica dentro do tradicional restauranteLa Casserole.

Vamos começar pelo Cortina. O lugar conta com a coquetelaria da hermana Chula - que construiu uma carta brincando com clássicos do cinema. No dia da minha visita, fui atendido por dois ótimos nomes da equipe: Laís Ladrine e Saulo Silva.

Bar do Cineclube Cortina. Arquivo Pessoal  

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O bar é grande, mas costuma encher antes dos shows (principalmente aqueles com muita procura). Quem prefere um bar um pouco mais vazio pode chegar depois dos shows começarem (mas o burburinho da casa cheia é um charme).

Gostei bastante do "Milk Punch de Guys and Dolls" (com rum, abacaxi, coco tostado, limão e especiarias) e do refrescante  e muito pedido "French 75 de Casablanca (com gim, açúcar de coentro, limão e vinho branco). Para os mais audaciosos, o coquetel que é uma mistura de negroni com dirty martini, o desafiador "Se Negroni do Estômago Fosse Um Dirty Martini (ele leva cachaça branca, água de pepino, vermute dry, jerez de maçã, sorvete de gorgonzola e goiaba e picles caseiro.  Outra boa pedida no Cortina é pedir clássicos - todos saem perfeitamente equilibrados.

Laís Ladrine. Arquivo Pessoal  

Já no início do ano, abri os trabalhos de bar visitando o Fel - casa que não frequentava há muito tempo . A casa, de pouquíssimos lugares, continua charmosa e com uma trilha sonora de cortar o coração. Para achar um lugar no balcão, o ideal é chegar antes das 19h (abre às 17h) e contar com a sorte para pegar o contra fluxo de clientes.

O Fel continua sendo um templo para os nerds da coquetelaria, aqueles que buscam coqueteis esquecidos pelo tempo. A carta tem, por exemplo, drinques de 1827, como o Brown Betty. Recomendo aos iniciados (ou nem tanto), o Triglav (coquetel de 1921 com rum, vermute tinto, Grand Marnier e Angustura).Também gostei do Rusa Dry (de 1943 - com vodca, gim, vermute tinto e angustura). Outra pedida interessante é o My Hope (criado em 1922 - com conhaque, Graham's Extra Dry White, Angostura e Páprica.

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Em tempo, o Cortina e o Fel ficam próximos. Se você estiver com sede e na "missão" de reconhecer ou revisitar bares, é possível visitar as duas casas em uma só noite.

Coquetéis do passado no Fel. Arquivo Pessoal  

Mas você também pode chamar um aplicativo e (depois de uma curtíssima viagem) chegar ao restauranteLa Casserole, no Largo do Arouche. Lá, fica o Infini Bar. Minha última visita ao local foi no dia da sua inauguração - ainda em um mundo pré-pandemia.

O bar tem uma pegada que ao mesmo tempo parece retrô e futurista - acho que depende de quantos drinques você vai tomar.

Espelhos por todos os lados no Infini. Arquivo Pessoal  

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Hoje, o chef de bar é o Rodrigo Roso (ex-Boca de Ouro). Roso, aliás, está preparando uma carta autoral para o Infini - que deve ser lançada em março. No dia em que estive lá, Roso estava de folga, mas fui muito bem atendido pelo Vitor Demion. Recomendo o Um Corpo Que Cai (gim, vermute seco, Poire Williams, Angostura e amargos de limão cravo e o Old Man (com vermute tinto, amaro, angostura e tintura de kaffir.

O Cortina fica na Rua Araújo, 62

O Fel fica na Avenida Ipiranga, 200 (embaixo do Copan)

O Infini está no Largo do Arouche, 346 - República

Trilha sonora perfeita no Fel. Arquivo Pessoal  

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